Tocantins e o fogo olímpico Junior Coimbra* Em agosto de 2016, o Brasil irá sediar o maior evento do mundo: a Olimpíada. Somente entre os integrantes da família olímpica e atletas serão cerca de 60 mil pessoas. Além deles, teremos mais de 25 mil profissionais de mídia e 70 mil voluntários. Os números dão a dimensão do evento. Indicam a oportunidade que o Brasil terá para mostrar ao mundo que está maduro para sediar mais um grande evento internacional. Os jogos olímpicos e paralímpicos serão o ápice de um calendário extenso iniciado em 2012 com a Rio+20, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a Copa das Confederações e a Copa do Mundo. Embora concentrados majoritariamente na cidade do Rio de Janeiro, com competições acontecendo também em Brasília, Belo Horizonte, Manaus, Salvador e São Paulo -, o Ministério do Turismo acredita que a Olimpíada é uma oportunidade para todo o país. A exemplo da Copa do Mundo, temos que ampliar os ganhos com o turismo para centenas de cidades. Durante o mundial de futebol, 491 cidades foram visitadas. Mais de 95% dos estrangeiros entrevistados por uma pesquisa do Ministério do Turismo manifestaram intenção de retornar ao Brasil. Outro importante dado é que os Jogos Olímpicos foram citados como motivação de retorno para 65% dos turistas da Copa. Mas muitos devem pensar que agora, ao contrário da Copa do Mundo que teve 12 cidades-sedes, a Olimpíada será realizada apenas no Rio de Janeiro e não terá impacto em outros destinos. Enganam-se. Isso por que teremos um grande momento que antecede os jogos: o revezamento da Tocha Olímpica. Esse pode ser um marco na história de cada destino visitado. A partir de maio de 2016, o fogo olímpico começa a girar os 26 estados do país e o Distrito Federal, passando por cerca de 300 cidades. Ao todo, a tocha percorre mais de 20 mil quilômetros e voa cerca de 10 mil milhas. Ela será levada por cerca de 12 mil condutores, entre atletas, celebridades e pessoas comuns. Em Tocantins, a chama passará por Palmas. Neste momento, o mundo inteiro estará com os olhos voltados para nosso estado. Temos que mostrar nossa história, nosso povo, nossas belezas naturais. Temos que realizar um grande evento, capaz de comover e sensibilizar pessoas de todo o mundo. É uma oportunidade única de revelar ao mundo os cenários de Tocantins: da cidade moderna e planejada de Palmas à exuberante natureza do Jalapão. O Ministério do Turismo já destinou mais de 64 milhões em 137 obras de infraestrutura turística no Tocantins, incluindo construção de centros de convenções, reforma de praças e orlas, urbanização de vias. Investimentos que tornaram o estado mais competitivo. Agora, Tocantins precisa investir em divulgação. Precisamos posicionar nosso estado como um destino certo para os interessados no sol e praia, ecoturismo e turismo de aventura. Temos, também, um potencial enorme em outros segmentos, como o turismo cultural, com experiências arqueológicas e étnico-indígenas, e o turismo de negócios. Na Olimpíada seremos o mundo inteiro dentro de um país, num retrato vivo das cinco argolas coloridas símbolo dos Jogos. Vamos mostrar nosso melhor. *Junior Coimbra é secretário Nacional de Políticas de Turismo do Ministério do Turismo.