Universidade Federal do Rio Grande – FURG
Universidade Aberta do Brasil – UAB
Administração
Administração da Produção I
Semana 2
“Tipos de Sistemas de produção”
manufatura e serviço
Prof.ª M. Sc. Luciane Schmitt
1
Introduzir os conceitos gerais associados aos
sistemas produtivos e a sua relação com as
funções de planejamento e controle da
produção;

2
As empresas são estudadas como um sistema
que transforma, via processamento, entradas
(insumos) em saídas (produtos) úteis aos
clientes;
 Esse sistema é chamado de sistema produtivo;

3
A fim de que um sistema produtivo
transforme insumos em produtos (bens e/ou
serviços), ele precisa ser pensado em relação
aos prazos. Dessa forma, ações são
disparadas
com
base
nos
planos
previamente estabelecidos, para que,
transcorridos os prazos, os eventos
planejados pela empresa venham a se tornar
realidade;

4
A longo prazo, no nível estratégico, os
sistemas produtivos montam um plano de
produção, cuja função é, com base na previsão
de vendas de Longo Prazo (LP), visualizar com
que capacidade de produção o sistema deverá
trabalhar, para atender à demanda de clientes;

5
A médio prazo, o Plano Mestre de Produção
(PMP) buscará táticas para operar, planejando o
uso da capacidade instalada para atender às
previsões de vendas de Médio Prazo (MP) e/ou
pedidos em carteira já negociados com os
clientes;
 O PMP deverá analisar diferentes formas de
manobrar o sistema produtivo: adiantar a
produção, definir horas por turno, terceirizar
parte da produção;

6
Já a curto prazo, o sistema produtivo irá
executar a programação da produção, para gerar
os bens e/ou serviços e entregá-los nos prazos
estabelecidos aos clientes;
 Mudanças a Curto Prazo (CP) podem acarretar
desencontros entre os diferentes setores
produtivos, visto que não haverá tempo hábil para
sincronizar o processo como um todo;

7
Prazos
Longo
Prazo
Médio
Prazo
Curto
Prazo
Atividades
Plano de
Produção
(Estratégico)
Plano Mestre
(Tático)
Programação
(Operacional)
Objetivos
Previsão de
Vendas de LP
Previsão de
Capacidade de
Produção
Previsão de
Vendas de MP e
Pedidos em
Carteira
Planejamento de
Capacidade
Vendas
Produção
8
A classificação dos sistemas produtivos
tem por finalidade facilitar o entendimento
das características inerentes a cada sistema
de produção e sua relação com a
complexidade
das
atividades
de
planejamento e controle;

9
Tanto na manufatura quanto na prestação
de serviços, os sistemas produtivos são
similares no que diz respeito à transformação
de insumos em produtos/serviços úteis aos
clientes, através da aplicação de um sistema
de produção;

10
Manufatura
Serviço
orientada para o produto
orientado para ação
produto tangível – bens
adquiridos pelos clientes
serviço intangível – experiências
vivenciadas pelos clientes
produção antecede a venda
não pode ser previamente
executado e estocado
produção e consumo são
totalmente separados
envolve maior contato com o
cliente ou bem de sua propriedade
Quadro 8: Características que diferem manufatura e serviço
11




Manufatura:
sistema contínuo;
sistema em massa;
sistema em lotes;
sistema sob encomenda.
12
Contínuos
Massa
Repetitivos
em Lotes
Sob
Encomend
a
Alta
Demanda /Volume de
produção
Baixa
Baixa
Flexibilidade/Variedade de
itens
Alta
Curto
Lead-time produtivo
Longo
13
A classificação não depende do tipo de produto
em si, mas da forma como os sistemas são
organizados para atender à demanda.

Exemplo: fabricação de automóveis
Produção em
massa
100.000
carros /ano
Produção em
lotes
6.000
carros /ano
Sob encomenda
artesanal
com produção de poucos
carros exclusivos por mês
14
Empregado quando existe alta taxa de
uniformidade na produção e demanda de bens, o
que faz com que os produtos e processos
produtivos sejam totalmente interdependentes,
favorecendo a sua automatização;
 Devido à automatização dos processos, a
flexibilidade para mudanças de produto é baixa;

15
São necessários altos investimentos em
equipamentos e instalações. Nesse contexto, a
mão-de-obra é empregada apenas para
condução e manutenção do sistema;
 Devido à sincronização e automatização dos
processos, o lead-time produtivo é baixo, por
serem produzidos poucos produtos com
demanda alta;

16





Exemplos:
petróleo e derivados;
energia elétrica;
fábricas de cimento;
siderúrgicas;
fábricas de papel.
17
Estoque
de
MatériaPrima
PA
MP
Processo Produtivo
Estoque
de
Produto
Acabado
Dinâmica do PCP
PMP define velocidade do Fluxo,
o Foco na Logística de Abastecimento de MP e a Distribuição
de PA
Figura 3: Sistema Produção Contínuo (fonte: adaptado de
Tubino, 2008).
18
Empregado na produção em grande escala de
produtos altamente padronizados;
 Contudo, difere-se do sistema contínuo, pois
exige participação de mão-de-obra especializada
na transformação do produto;
 A demanda pelos produtos é estável, fazendo
com que seus projetos tenham pouca alteração
a CP;

19
Apresenta linhas de montagem altamente
especializadas e pouco flexíveis;
 A variação entre os produtos acabados se dá
em termos de montagem final, sendo que seus
componentes são padronizados, de forma a
permitir a produção em grande escala;

20
As montadoras de automóveis, por exemplo,
possuem linhas focadas nos chassis que, por sua
vez, podem ser carregados com diferentes
carrocerias, motores e demais acessórios, gerando
uma infinidade de produtos acabados sob a ótica
do cliente. Já pela ótica da produção, tais produtos
são bastante padronizados.

21
Exemplos:
 montadoras de automóveis;
 eletrodomésticos da linha branca (geladeiras,
máquinas de lavar, micro-ondas);
 aparelhos
eletrônicos
(TVs,
DVDs,
arcondicionado).
22
ROP= TC
Estoques
de
MatériasPrimas
MP
ROP= TC
PA
- - - - - ROP= TC
Estoques
de
Produtos
Acabados
ROP= TC
Dinâmica do PCP
PMP define velocidade do fluxo,
o Foco na Logística de Abastecimento (MP e SM) e de entrega de PA
Figura 4: Sistema Produção em Massa (fonte: adaptado de Tubino, 2008)
23
Há uma grande quantidade de estoque de MP
na entrada do sistema e de componentes dentro
da linha (supermercados de abastecimento);
 Já na saída, existe outra grande quantidade de
estoque de uma pequena variedade de PA;

24
O processo produtivo consiste na linha de
montagem, em que pessoas são encarregadas de
executar um conjunto de atividades produtivas
chamadas de Rotinas de Operações-Padrão (ROP)
no produto dentro do Tempo de Ciclo (TC);

25
O TC ditará o ritmo de saída de produtos
montados na linha;
 O TC sincroniza a velocidade da linha com a
demanda solicitada (balanceamento de linha);

26
O lead-time produtivo é baixo, sendo poucos
produtos produzidos com demandas altas;
 Estoques de produtos encontram-se à disposição
dos clientes como estratégia de pronto
atendimento;

27
Caracteriza-se pela produção de um volume
médio de bens padronizados em lotes;

lote de produção – produção de uma
quantidade limitada de um tipo de produto de cada
vez (cada lote recebe número e código);
Cada lote segue uma série de operações que
necessitam ser programadas, na medida em que as
operações anteriores são realizadas;

28
O sistema produtivo deve ser relativamente
flexível, visando atender diferentes pedidos
dos clientes e flutuações de demanda;

Emprega
equipamentos
pouco
especializados, agrupados em centros de
trabalho;

A produção dos lotes de produto segue a
regra da “produção em lotes econômicos”,
visando absorver custos de preparação (setup);

29
Existem longos períodos de espera dos lotes (em
programação, nas filas, nos set-ups), tornando o
lead-time produtivo maior do que no sistema em
massa;
 Em função da diversidade de produção e da baixa
sincronização entre as operações, esse sistema
produtivo trabalha com a lógica de manter
estoques como forma de garantir o atendimento
da etapa seguinte de produção;

30




Exemplos:
indústrias têxteis (tecidos e confecções);
cerâmicas;
indústria de utensílios plásticos;
biscoitos.
31
Estoques de PC e MP
PA 1
PA2
Dinâmica do PCP
Estoques de PA
• PMP define
necessidades de PA;
• MRP define as
necessidades de
OC/OF/OM;
• Foco no
sequenciamento das
ordens.
Figura 5: Sistema Produção em Lotes (fonte: adaptado de Tubino, 2008).
32
O Plano de Produção busca privilegiar os
critérios de desempenho associados às noções
de confiabilidade e flexibilidade;
 O foco do PCP está na programação da
produção, na medida em que organiza o
sequenciamento das ordens de produção em
cada centro de trabalho, de forma a reduzir
estoques
e
lead-times
produtivos
(programação empurrada ou puxada);

33
Montagem de um sistema produtivo voltado
para o atendimento das necessidades
específicas dos clientes, com demandas baixas.
Sendo assim, tal sistema tende para unidade;
 O produto tem uma data específica negociada
com o cliente para ser fabricado e uma vez
concluído, o sistema volta-se para um novo
projeto;

34
Os produtos são concebidos em estreita
ligação com os clientes, de modo que suas
especificações impõem uma organização
dedicada ao projeto, que não pode ser preparada
com antecedência;

35




Exemplos:
fabricação de navios;
aviões;
usinas hidroelétricas;
construção civil.
36
Quando o produto a ser fabricado possui
tempos operacionais altos, como semanas ou
meses, o PCP é realizado utilizando o conceito de
rede PERT, a qual permite identificar o chamado
caminho crítico.

37
Prestação de Serviços:
 serviços de massa;
 serviços profissionais;
 loja de serviços.
38
Compreendem muitas transações com os
clientes, envolvendo tempo de contato
limitado e pouca customização;
 Esses
serviços
são
baseados
em
equipamentos e orientados para o “produto”,
com pouca atividade de julgamento, exercida
pelo pessoal da linha de frente (atendentes);
 A divisão do trabalho é bem definida e segue
procedimentos preestabelecidos.

39
Exemplos:





supermercados;
serviços de aeroportos;
serviço de transporte público;
serviço de telecomunicações;
serviços de atendimento ao consumidor.
40
São definidos como de alto contato, em que
clientes despendem tempo considerável no
processo do serviço;
 Esses serviços proporcionam altos níveis de
customização e o processo é altamente
adaptável para atender às necessidades
individuais dos clientes;
 Tendem a ser “baseados em pessoas, em vez
de equipamentos, com ênfase no “processo”.

41




Exemplos:
consultores de gestão;
serviço de advogados;
cirurgiões;
arquitetos.
42
São caracterizadas por níveis intermediários de
contato com o cliente, customização, volume de
clientes e liberdade de decisão – posiciona-se
entre os serviços de massa e profissional;

O pessoal da linha de frente recebe
treinamento técnico e pode aconselhar os
clientes durante o processo de venda;

43
O cliente está comprando um serviço
relativamente padronizado, mas será influenciado
pelo processo de venda, que é customizado para
atender às suas necessidades individuais.

44
Exemplos:






bancos;
lojas de roupas e acessórios;
restaurantes;
hotéis;
agências de viagem;
academias.
45
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