Força de Trabalho Secundária? Estereótipos de Gênero e suas Repercussões XI Salão de no Mundo Corporativo. Iniciação Científica PUCRS Lucas Gerzson Linck1, Amanda Pacheco Machado2, Hellena Bonocore Morais1, Marlene Neves Strey1 (orientador) 1 Faculdade dePsicologia, PUCRS, 2 Programa de Pós-Graduação em Psicologia,Grupo de Pesquisa Relações de Gênero Resumo Este trabalho busca problematizar os papéis e estereótipos vinculados ao gênero masculino e feminino, de forma a generalizar a atuação dos mesmos no mercado de trabalho, por causa da rigidez e pré-concepção dos mesmos no nosso dia-a-dia. Esta concepção é construída histórica e socialmente, mas também por visões generalizantes e biológicas que são internalizadas. Introdução Este trabalho faz parte de um estudo denominado Masculino, Feminino E Ciclo Vital, Um Estudo Exploratório, pertencente do projeto guarda-chuva denominado Gênero Gerações e Subjetividade. Nesta produção, procuraremos problematizar o estereótipo de mulher e suas possíveis repercussões no mercado de trabalho. . Metodologia Neste estudo, aplicamos um questionário com duas perguntas abertas: O Que É Ser Masculino? e O Que É Ser Feminino? juntamente com alguns dados demográficos dos indivíduos. Os questionários foram analisados por décadas, verificando o que cada uma delas considerava como masculino e feminino, após esta análise juntamos os dados. XI Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 09 a 12 de agosto de 2010 1624 Resultados (ou Resultados e Discussão) Ser mulher, segundo os questionários, caracterizou ser mãe, vaidosa, cuidadora, dedicada, dona de casa, esposa, etc Já ser masculino caracterizou ser pai, provedor, líder, lógico, o homem da casa. Estes estereótipos se mantiveram entre as gerações, denotam um padrão fixo entre as faixas etárias, apesar de algumas mudanças: Conclusão Estes resultados justificam a constituição de opressões e estereótipos sociais que estabelecem o que é ser masculino ou feminino e as atribuições dirigidas aos homens e mulheres. Permeando não só a comunicação como também as relações humanas e o mercado de trabalho, estes estereótipos colaboram para uma visão que interpreta a mulher como uma força de trabalho secundária, complementar e eventual, onde o direito a propriedade e a terra, por exemplo, normalmente não costumavam estar nos nomes de mulheres; seja porque elas não tinham plena responsabilidade jurídica para assinar contratos, seja porque os bancos exigiam consentimento do marido para qualquer transação. Referências Burlae, Krista K. (2004) The theory of mindful space: Identifying, understanding, and preventing violence. Affilia, Vol. 19, Nº 1, p. 85-98. Gersick, Connie J. G. & Kram, Kathy E. (2002). High-achieving women at midlife. An exploratory study. Journal of Management Inquiry, Vol. 11, Nº 2, p. 104-127. Gill, Rosalind (2002). Análise de discurso. In: Bauer, M. W. & Gaskell, G. (Orgs.). Pesquisa qualitative com texto, imagem e som (p. 244-270). Petrópolis: Vozes. Gilligan, Carol (1991). La moral y la teoría. México: Fondo de Cultura Económica. Levinson, D. (1996). Season’s of a woman’s life. New York: Knopf. XI Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 09 a 12 de agosto de 2010 1625