Duas óperas às avessas Sueli Regina Leone Instituto Presbiteriano Mackenzie (UPM) [email protected] Abstract. The main proposal of this piece of work is to establish the ideological and inter-textual relationship between The Threepenny Opera (Die Dreigroschenoper) and The Beggar's Opera, based on the theoretical presuppositions of Julia Kristeva and Mikhail Bakhtin. The libretto of The Threepenny Opera was written by Bertolt Brecht, in 1928, based on the plot of The Beggar's Opera and the songs were made by Kurt Weill. Concerning to The Beggar's Opera, its libretto was written by John Gay, in 1727, using popular and folk songs adapted by John Christopher Pepusch. The comparative analysis of the operas points out a new dimension to the paradigmatic text and a new concept of opera. Keywords. teather; literature; history; literary criticism. Resumo. A proposta deste trabalho é estabelecer os elos intertextuais e ideológicos entre a Ópera dos Três Vinténs e a Ópera do Mendigo, a partir dos pressupostos teóricos de Julia Kristeva e Mikhail Bakhtin. A Ópera dos Três Vinténs, data de 1928, seu libreto é de Bertolt Brecht, tendo como base a Ópera do Mendigo, e as músicas são de Kurt Weill. No que concerne à Ópera do Mendigo, ela foi escrita por John Gay, em 1727, e sua música foi adaptada por John Christopher Pepusch. À luz dos resultados obtidos neste estudo, apontar-se-á que a obra brechtiana é uma releitura do texto paradigma de John Gay, concluindo-se que as óperas analisadas são verdadeiras óperas às avessas. Palavras-chave. teatro; literatura; história; crítica literária. O trabalho Duas óperas às avessas aponta a estreita relação existente entre a Ópera dos Três Vinténs, libreto de Bertolt Brecht e música de Kurt Weill e a Ópera do Mendigo, de John Gay, com música adaptada por John Christopher Pepusch. Desde logo, apontar-se-ia, como proposta deste trabalho, o estabelecimento dos elos intertextuais e ideológicos entre as óperas inglesa e alemã, a partir dos pressupostos teóricos de Julia Kristeva e Mikhail Bakhtin. A Ópera do Mendigo data do início do século XVIII. Foi escrita pelo inglês John Gay, em 1727, estreando em Londres em janeiro de 1728. John Gay escreveu sua própria versão de ópera, apropriando-se do fascínio que ela suscitava nas platéias londrinas. Estabelecia-se aí um novo gênero operístico, a ópera-balada, consagrado imediatamente pelo público. Nesta época, na Inglaterra, como em toda a Europa, ópera era sinônimo de ópera italiana, como até hoje, de certa forma, ainda o é. Óperas diferentes das conhecidas eram destinadas ao fracasso. Contrariando as experiências anteriores, a ópera de Gay foi um verdadeiro sucesso. Estudos Lingüísticos XXXIV, p. 656-661, 2005. [ 656 / 661 ] Ressalta-se que, na época em que foi escrita a obra dramática de Gay, a Inglaterra vivia uma transição entre o modelo monárquico absoluto e a instituição do parlamentarismo, que restringia a dominação da monarquia. Com o aumento dos poderes do parlamento, os ministros passaram a ter maior importância na economia e na política do país. Crescia o domínio inglês com a expansão marítima. A Ópera do Mendigo retrata este momento histórico. O cenário é Londres, no início do século XVIII. Bertolt Brecht ao escrever, em 1928, a Ópera dos Três Vinténs, transformou a ópera de John Gay em uma crítica amarga e cruel da decadência da moral alemã, e mais, em uma sátira política acerca da ascensão de Hitler ao poder. A ópera brechtiana foi musicada por Kurt Weill, tendo como cenário de fundo o bairro londrino de Soho. Poder-se-ia dizer que o fato de a Alemanha ter saído perdedora da guerra enfraqueceu, consideravelmente, tanto sua economia como seu domínio territorial. Com o fim da guerra, que durou de 1914 a 1918, a monarquia foi destituída. Vale lembrar que, quando o governo alemão adotou o regime democrático, com a instauração da República de Weimar, muitos privilégios da época imperial foram mantidos. Em outras palavras, o Estado mudou a forma, mas manteve as mesmas estruturas sociais. Outro fato que merece destaque é que a revolução bolchevista, vitoriosa na Rússia, em novembro de 1917, abriria, para a Liga Espartaquista, ala mais radical do Partido Socialista Independente alemão, a possibilidade de uma revolução européia. Não obstante, a revolução espartaquista foi frustrada, levando à morte seus líderes Rosa Luxemburgo e Karl Kiebknecht. Estes acontecimentos foram marcantes na vida e obra de Brecht. Aos olhos de Fernando Peixoto (1979), dois são os temas do trabalho brechtiano – guerra e revolução. Brecht vivenciou em sua juventude as crueldades do capitalismo e do nacionalismo. Em decorrência, ele acreditava que somente o comunismo traria igualdades sociais. Diante de contextos históricos distintos, mas apontando, em comum, para momentos de crise, observa-se uma similaridade pertinente nos enredos das duas obras dramáticas. Tanto na Ópera do Mendigo como na Ópera dos Três Vinténs, um casal de contraventores vê sua única filha se apaixonar por um rapaz criminoso e desonesto. A moça se casa sem o consentimento dos pais e eles se desesperam. A saída encontrada pelo casal é delatar o genro à polícia, para que ele, julgado, seja condenado à forca. Há, entretanto, uma relação de suborno entre o noivo e o chefe de polícia, possibilitando a fuga do rapaz por duas vezes. Recapturado pela segunda vez, ele está pronto para ser julgado e executado, quando é subitamente libertado. No que diz respeito aos personagens, observa-se que Bertolt Brecht utilizou, em sua ópera, os mesmos nomes que John Gay: o casal Peachum, a filha Polly Peachum, o marido Macheath, a prostituta Jenny, e Filch que, na obra de Gay, é um ladrão e, na de Brecht, um mendigo. Entretanto, Brecht mudou o nome do chefe de polícia. Na obra de Gay ele se chama Lockit, enquanto que na ópera brechtiana é conhecido por Brown. Uma vez apresentados o resumo do enredo e os personagens principais das obras dramáticas, far-se-á, a seguir, a análise comparativa entre a Ópera dos Três Vinténs e a Ópera do Mendigo, apontando as relações dialógicas e intertextuais entre a versão brechtiana e o texto paradigma de John Gay. Estudos Lingüísticos XXXIV, p. 656-661, 2005. [ 657 / 661 ] Na visão de Julia Kristeva (1974, p.62), “[...] a palavra literária não é um ponto (um sentido fixo), mas um cruzamento de superfícies textuais, um diálogo de diversas escrituras: do escritor, do destinatário (ou do personagem), do contexto cultural atual ou anterior.” Nota-se “um cruzamento de superfícies textuais” no enredo e nos personagens das óperas de Brecht e de Gay, que são, basicamente, os mesmos. Há em comum a presença da criminalidade, o herói-bandido, o contraventor. Desde logo, aponta-se uma relação intertextual nos títulos das óperas. A palavra ópera remete-nos à tradicional ópera, em geral italiana. Cantores líricos, cenários espetaculares, guarda-roupa luxuosíssimo, muita pompa, riqueza e tradição. Em oposição à palavra ópera está a caracterização que cada uma das obras recebe. A começar por John Gay, em The Beggar’s Opera (Ópera do Mendigo), a palavra mendigo, que caracteriza a ópera do autor inglês denota um pedinte, alguém que para sobreviver necessita da ajuda de outras pessoas. A mesma relação de oposição entre a palavra ópera e a sua caracterização ocorre no texto de Bertolt Brecht, Die Dreigroschenoper (Ópera dos Três Vinténs). A caracterização de três vinténs aponta para um valor reduzido, ou seja, simbolicamente destituído de quase todo valor. Em resumo, poder-se-ia dizer que a Ópera do Mendigo e a Ópera dos Três Vinténs são óperas diferentes caracterizadas pelo estranhamento. Estranhamento também causa o herói-bandido ou o anti-herói. E continua sendo sentido no ambiente de criminalidade, roubos, prostituição, mendicância, corrupção. O estranhamento é um termo criado pelos formalistas russos para designar tudo aquilo que aparece na obra e não era previsto. Em outras palavras, tudo o que o texto provoca de surpresa, por apresentar algo estranho em relação ao esperado. Em síntese, o estranhamento remete-nos à caracterização dos textos dramáticos como uma grande farsa. Estabelecer-se-iam, entre a escritura do texto paradigma de John Gay, que data de 1727, e a do texto recorrente, mais de duzentos anos. A ópera brechtiana data de 1928. Além dessas diferenças temporais, as óperas apontam para diferentes momentos históricos e cenários de fundo. Kristeva (1974, p. 62) afirma que a “[...] história e a moral se escrevem e se lêem na infra-estrutura dos textos. Desde modo, plurivalente e plurideterminada, a palavra poética segue uma lógica do discurso codificado, só realizável plenamente à margem da cultura oficial.” A Ópera do Mendigo situa-se em princípios do século XVIII, em Londres, enquanto que a Ópera dos Três Vinténs está situada no início do século XX, em Soho, um distrito de Londres, caracterizado, entre outras coisas, pelos cantores de moritat. Poder-se-ia dizer que as dimensões do espaço textual são elementos em diálogo. Segundo Kristeva (1974, p.63), “[...] essas três dimensões são: o sujeito da escritura, o destinatário e os textos anteriores.” No texto paradigma – a Ópera do Mendigo – os crimes de roubos, arrombamentos, violações, denúncias de criminosos e os tribunais que sentenciam os réus, condenando-os à forca ou à deportação, dão ao texto um alto grau de dramaticidade. Observa-se que a ópera brechtiana faz uma paródia ao texto paradigma de John Gay. Segundo Cury (2003, p. 39), “[...] trata-se de transferir um autor de uma época para outra e de um espaço para outro. É o deslocamento cronológico e espacial.” O personagem Filch, na Ópera do Mendigo, de John Gay, é um jovem ladrão que presta serviços à família Peachum. O personagem homônimo da Ópera dos Três Estudos Lingüísticos XXXIV, p. 656-661, 2005. [ 658 / 661 ] Vinténs, de Bertolt Brecht, é o mendigo Filch, contratado pela família Peachum para exercer suas funções na mendicância em Baker Street. Ele recebe de Peachum cartazes com frases extraídas da bíblia. Estabelece-se uma nova relação entre as óperas com aspectos de carnavalização e intertextualidade. Na visão de Bakhtin (2002a), a menção feita, por Brecht, à religião aponta uma concepção carnavalesca do mundo, na qual a ideologia oficial da igreja é colocada sob o ponto de vista cômico. O diálogo intertextual prossegue. Os patrões – contraventores – são os mentores da passeata de protesto contra a corrupção entre policiais e criminosos. A idéia foi tão bem aceita pelos empregados que, quando os patrões tentaram reverter a situação, ela já estava incontrolável, não havendo mais possibilidade de nenhum retorno. Foi estabelecido o dia da coroação da rainha como data para o protesto. À luz das teorias de Kristeva (1974, p. 86), observa-se que o final da ópera recorrente mantém uma relação intertextual com a ópera matricial. Para ela, “[...] tudo o que se escreve hoje desvenda uma possibilidade ou uma impossibilidade de ler e de reescrever a história. Esta possibilidade é palpável na literatura [...] onde o texto se constrói enquanto teatro e enquanto leitura.” Na Ópera do Mendigo, a reflexão que se estabelece entre o ator e o suposto autor da ópera, o mendigo, dá ao texto de Gay um final mágico. Em outras palavras, na ópera de Gay, a objeção do ator visava dar à obra dramática um final feliz. O diálogo textual se estabelece na Ópera dos Três Vinténs com a chegada do arauto da rainha, que conduz ao final feliz. Macheath é libertado da prisão e da ameaça do enforcamento, além de ser agraciado com uma alta soma em dinheiro. A multidão de mendigos, ladrões e prostitutas expressa toda sua alegria. O grande final é o perdão de todos os crimes. As óperas estabelecem mais uma relação de intertextualidade na alegria pela libertação dos prisioneiros. No que concerne aos aspectos ideológicos, analisar-se-á a palavra como um instrumento da consciência e, portanto, um elemento importante em toda e qualquer criação ideológica. Aos olhos de Bakhtin (2002b, p. 31), “[...] tudo que é ideológico possui um significado e remete a algo situado fora de si mesmo. Em outros termos, tudo que é ideológico é um signo. Sem signos não há ideologia.” Não obstante, se a palavra é um símbolo, e este símbolo é ideológico, é necessário, desde logo, definir ideologia. Para os pensadores alemães Marx e Engels (2003, p. XXI e XXII), “[...] as idéias se sistematizavam na ideologia [...] enquanto consciência falsa, equivocada da realidade.” Mas ideologia é muito mais do que uma distorção da realidade. Na visão de Canguilhem (s.d., p. 33), o atual sucesso das noções de ideologia tem sua origem na vulgarização do pensamento de Karl Marx. Segundo o autor, [...] ideologia é um conceito epistemológico de funções polêmicas, que se aplica aos sistemas de representações que se exprimem na linguagem política, da moral, da religião e da metafísica. Essas linguagens apresentam-se como a expressão do que são, as próprias coisas, enquanto são de fato meios de proteção e de defesa de uma situação, isto é, de um sistema de relações dos homens entre si e dos homens com as coisas. Estabelecer-se-á, a partir da análise da palavra sob a óptica de signo social, o elo ideológico que une a Ópera dos Três Vinténs e a Ópera do Mendigo. Iniciar-se-á pelo Estudos Lingüísticos XXXIV, p. 656-661, 2005. [ 659 / 661 ] argumento que caracteriza as óperas. O argumento utilizado por Bertolt Brecht, na Ópera dos Três Vinténs, está baseado na análise da sociedade capitalista e no ditado de Proudhon – “property is theft” – propriedade é roubo. O fato de a Alemanha manter privilégios para poucos e pobreza para muitos, após a Primeira Guerra, acabou por levar a Alemanha ao nazismo, com a ascensão de Adolf Hitler. Bertolt Brecht se opunha radicalmente aos rumos que seu país tomava. Apropriando-se da situação básica e de algumas cenas da Ópera do Mendigo, do inglês John Gay, Brecht transformou o forasteiro de estrada Macheath – que parodiava estadistas ingleses do século XVIII – em um símbolo da burguesia capitalista. É neste ponto que a ópera de Brecht apresenta uma indeterminação comparada ao trabalho de Gay. Todos reconhecem, na Ópera do Mendigo, que os personagens Peachum e Lockit são formas satirizadas das figuras de Robert Walpole – primeiroministro inglês na época – e de Lorde Townshend, cunhado e adversário político de Walpole. É notável a originalidade da crítica satírica que John Gay fez não só em termos literários, mas também sociais e políticos. É bom ressaltar que Gay e os amigos eram partidários da monarquia. Não obstante, a Inglaterra vivenciava o aumento dos poderes do parlamentarismo, na figura do ministro Robert Walpole. Desde logo, observa-se que a história não pode ser vista apenas como uma sucessão de fatos ou idéias, mas como estes fatos se relacionam com a existência social do homem. Segundo Chauí (1984, p. 20), a história é “[...] o modo como homens determinados em condições determinadas criam os meios e as formas de sua existência social, produzem ou transformam essa existência social que é econômica, política e cultural.” Macheath é o personagem protagonista da Ópera dos Três Vinténs. Ele representa o homem de negócios ilícitos que comanda um grupo de contraventores. O uso do herói-bandido é uma das maneiras que Brecht encontrou para apresentar o efeito de distanciamento em sua peça, em outras palavras, a forma épica do teatro brechtiano. Sob outro viés, a Ópera do Mendigo tem Macheath, um ladrão de estrada, como seu personagem principal. A deslealdade observada entre os ladrões durante os julgamentos em Old Bailey é também notada no governo inglês. Aos olhos de Gay, e no que concerne à moral, poder-se-ia afirmar que há uma relação muito estreita entre ministros e malfeitores, ladrões – batedores de carteira – e cortesãos. Assim, Gay aponta, através de um dispositivo romanesco, os dois mundos – a prisão Newgate e a corte hanoveriana – sob a óptica de relações consangüíneas. Observa-se que é histórica a desqualificação do trabalho. Desde a aristocracia medieval o trabalho está dividido entre braçal e intelectual. A mesma divisão é observada no capitalismo, onde o lugar reservado ao proletariado é também depreciado. Em face disto, explica-se a rejeição ao trabalho como uma forma de protesto, um sentimento de descrédito e desilusão ao mesmo tempo. A criminalidade e a vagabundagem surgem em decorrência da rejeição ao trabalho. Finalizando, poder-se-ia afirmar que a rejeição ao trabalho está relacionada à sociedade capitalista que veda o deslocamento dos pobres dentro de uma hierarquia econômica e social. Uma hierarquia que funciona com rigidez, mantendo imutável a relação que se estabelece entre dominados e dominantes. Assim sendo, verifica-se que, Estudos Lingüísticos XXXIV, p. 656-661, 2005. [ 660 / 661 ] na Ópera do Mendigo, é apresentada a fase inicial do desenvolvimento capitalista, quando cresceu a produção manufatureira em virtude do comércio intensificado nas rotas marítimas. Por sua vez, a Ópera dos Três Vinténs faz uma crítica social ao sistema capitalista que, aos olhos de Brecht, não levaria o homem a lugar nenhum. Diante da análise comparativa apresentada, poder-se-ia concluir que a ópera brechtiana parodia o trabalho de Gay, repensando e atualizando as premissas apresentadas na peça setecentista inglesa. E que, em síntese, a Ópera do Mendigo e a Ópera dos Três Vinténs são verdadeiras óperas às avessas. Referências BAKHTIN, Mikhail. A Cultura Popular na Idade Média e no Renascimento. O Contexto de François Rabelais. Trad. Yara Frateschi Vieira. 5ª ed. São Paulo: Hucitec, 2002a. ___________. Marxismo e Filosofia da Linguagem. Trad. Michael Lahud e Yara Frateschi Vieira. 9ª ed. São Paulo: Hucitec, 2002b. BRECHT, Bertolt. Teatro Completo 3. Trad. 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