Comunicação Visual Urbana: Uma Leitura da Mídia Mural Míriam Cristina Carlos Silva Universidade de Sorocaba Resumo • Registro, análise e divisão em tipologias da mídia mural na cidades de Sorocaba, São Paulo, Brasil. • Texto (Iuri Lotman). • Mídia secundária (Harry Pross). Crise da visibilidade • O excesso de imagens resulta em cegueira (Baitello Júnior, Kamper, Flusser). • Perda do objeto, por meio da onipotência do signo (Juremir Machado). • Quebra do silêncio com a presença da arte / incorporação de marcas qualitativas do objeto (Alexandre Orión). Mídia mural • Polifônica (Canevacci), composta por formas casuais e propositais de comunicação; • Usada em todos os bairros e na região central; • Não utilizada na região mais nobre da cidade; • Mídia transitória. Características • • • • Caos multicolorido (ausência de padrão); Código de ética; Formação autodidata dos produtores; Liberdade: diversidade de estilos e linguagem coloquial / popular; • Texto verbal como elemento acessório e de reforço. Técnicas mais freqüentes • Antropomorfização; • Infantilização. Aproveitamento de personagens do universo dos quadrinhos / animação; • Uso da grafitagem. Técnicas mais freqüentes • Metalinguagem; • Uso da exclusivo da linguagem verbal como elemento referencial; • Tentativa de representação humana figurativa / realista, amparada pela técnica do retrato. Influência da comunicação de massa • • • • • • Gestualidade; Vestimentas; Enquadramentos; Simulações de luz e sombra; Erotização; Uso do humor. Conclusões • Texto e imagem se completam ou se remetem, raramente se contradizem propositadamente; • Uso da mensagem referencial em detrimento da poética; • Repetição de fórmulas extraídas da comunicação de massa. • Maior preocupação estética na comunicação visual institucional; Conclusões • Outdoor e painéis eletrônicos: leitura a partir do trânsito de automóveis. • Cartaz e mídia mural: escala do transeunte. • Mídia na primeira fase da publicidade (Juremir Machado). Referências: • BAITELLO JÚNIOR, Norval. As imagens que nos devoram: antropofagia e iconofagia. Disponível em : WWW.cisc.org.br, 2003. • CANEVACCI, Massimo. A cidade polifônica: ensaio sobre a antropologia da comunicação urbana. São Paulo: Studio Nobel, 2004. • ECO, Umberto. Algumas verificações: a mensagem publicitária. In: A estrutura ausente. São Paulo: Perspectiva, 1997. • ECO, Umberto. Tratado geral de semiótica. São Paulo: Perspectiva, 1991. • FLUSSER, Vilém. O mundo codificado. São Paulo: Cosac Naif, 2007. • LOTMAN, Iuri. A estrutura do texto artístico. Lisboa: Estampa, 1978. • MARCONDES FILHO, Ciro. Até que ponto, de fato, nos comunicamos? São Paulo: Paulus, 2004. • PROSS, Harry e ROMANO, Vicente. Atrapados en la red mediática: orientación en la diversidad. Hondarribia: Argitaletxe Hiru, 2000. • SILVA, Juremir Machado da. O silêncio do objeto: uma lógica hiperespetacular. In: MELO, José Marques de e MORAIS, Osvando J. de (org.). Mercado e comunicação na sociedade digital. São Paulo: Intercom, 2007.