Marcos Vasconcellos Media: plural de medium, que em latim significa meio; meio de comunicação Profissional de mídia de uma agência Programação dos meios e veículos Setor ou departamento de mídia da agência É onde está o grosso do dinheiro do anunciante Inteligência estratégica a serviço da aplicação de cada centavo do cliente, no melhor momento, no melhor programa, do melhor veículo, tudo orientado ao melhor interesse do público-alvo Meio = meios de comunicação (TV, rádio, revistas, jornais etc.) Veículo = nome específico do meio (TV Globo, Rádio Bandeirantes, Veja, Folha de São Paulo etc.) O Marketing tem como objetivo fundamental tornar acessível o produto para determinado universo consumidor potencial O mídia tem como função básica tornar a mensagem comercial publicitária acessível a esse público A ferramenta vital de trabalho do mídia é a informação Que tipo de meio é o mais adequado à campanha desejada pelo cliente? Mídia de massa ou mídia dirigida? Mídia de massa: eletrônica, impressa, alternativa ou digital? Mídia dirigida: digital, não digital ou eletrônica? Eletrônica: televisão, rádio, Internet Impressa: jornais, revistas, periódicos, houseorgans, folders, broadsides, folhetos, panfletos etc. Alternativa: aérea (asa delta, parapente, balões, dirigíveis (blimps), raio laser etc.), aeroportos, cinemas, estações rodoviárias, metrôs, estádios, estradas, externas, indoor e outdoor, onboard (divulgação em bandejas de bordo, encostos de poltronas etc.), pessoais (anúncios em valesrefeição, comercial fale-grátis, mensagens em cartões telefônicos etc.), praias, shoppings e supermercados, veículos Digital: e-mail, Internet, telefones digitais e celulares Digital: e-mail, Internet, telefone digital ou celular Não digital: telemarketing ativo e receptivo, mala direta, catálogos, brindes direcionados etc. Eletrônica: TV por assinatura, videogames Meios visuais: para serem lidos ou vistos Meios auditivos: para serem ouvidos ◦ Imprensa: jornais, revistas e periódicos ◦ Propaganda ao ar livre: outdoor, cartazes, painéis, luminosos etc. ◦ Folhetos em geral: catálogos, folders, house organs, mala direta ◦ Exibições: display, vitrines, exposições, faixa de gôndola ◦ Emissoras de rádio ◦ Alto-falantes Meios audiovisuais: para serem lidos, ouvidos e vistos ◦ ◦ ◦ ◦ Televisão Cinema Multimídia Internet Meios funcionais: para desempenhar determinada função ◦ Brindes ◦ Amostras Segundo veículo mais utilizado pelos anunciantes Responsável por 15,5% dos investimentos publicitários no Brasil (Mídia Dados, 2007) O comércio varejista é o que mais investe em jornal A tiragem (nº de exemplares impressos) e a circulação (nº de exemplares que circula entre o público) estão intimamente ligadas ao custo da publicação e ao público a que se destina O Instituto Verificador de Circulação (IVC) é a organização que tem o objetivo de estabelecer a autenticidade da circulação de jornais e revistas, além de autenticar a audiência de Web Sites Apelo universal: alcança qualquer tipo de público. Indicado para produtos de consumo em geral Maleabilidade: o anúncio pode ser inserido,modificado, trocado ou cancelado com rapidez Resposta rápida: o jornal estimula o consumidor e provoca uma reação quase imediata quanto à decisão de compra Multiplicidade de assuntos: possui variedade de matérias, incluindo cadernos específicos para públicos específicos Formador de opinião: conceitua e transmite credibilidade em suas mensagens publicitárias Imediatista: transfere atualidades e permite anúncios de oportunidade Encartes: permite a inclusão de encartes locais ou regionais Espaço: possibilita maior volume de informações sobre os produtos ou serviços anunciados Controle: é de fácil verificação no caso da publicação do anúncio. É passível de auditoria pelo IVC É lido às pressas Índice baixo de leitura regular Por ter vida curta, exige freqüência de inserções Qualidade de impressão questionável para determinados produtos Circulação restrita geograficamente Possuem um público amplo e diversificado Respondiam, em 2007, por cerca de 8,6% dos investimentos publicitários brasileiros Apesar de a maioria das revistas brasileiras circular nacionalmente, há as que visam atingir públicos específicos Por seu caráter seletivo, há muitas revistas segmentadas, especializadas ou técnicas que atendem a uma classe socio-econômica mais alta ou que possui interesses especializados São classificadas por gênero, tais como de interesse geral, femininas, masculinas, de esporte e automobilismo etc. Conforme o gênero, podem assumir um caráter de especializadas ou dirigidas ◦ Ex.: Exame: interesse geral, porém de negócios Dificilmente são lidas por uma única pessoa Praticamente, ninguém as joga fora depois de lidas Vida útil longa Permanência entre os consumidores é a maior entre os meios de comunicação Sua periodicidade contribui para o aumento da vida útil (semanal, quinzenal, mensal, trimestral ou anual) Visual atraente Espaço Audiência Seletividade Equilíbrio entre aspectos racionais e emocionais Encartes Não possuem maleabilidade para troca rápida de anúncios Nem sempre permitem anúncios de oportunidade Desperdício de verbas com campanhas estritamente locais Baixa cobertura se comparadas com os meios TV e rádio Inclui não apenas o outdoor, mas grande número de peças publicitárias Para efeitos estatísticos, o outdoor é isolado da propaganda ao ar livre e os demais itens são chamados mídia externa ou mídia exterior A mídia exterior corresponde a 3,7% do bolo publicitário (Mídia Dados, 2007) O outdoor e muitos itens da mídia exterior podem ser colocados longe das placas de produtos concorrentes e perto das lojas em que se encontram os produtos Por seus tamanhos e cores, exercem grande impacto no público, só superado pela força da televisão É a mídia que mais rapidamente atinge a massa da população Outra característica do outdoor é oferecer a veiculação de objetos tridimensionais, dentro e fora dos limites das placas, com ou sem movimentos Em geral, sua periodicidade é de 15 dias Quando se compra o espaço – tabuletas – compra-se um conjunto de locais, sem que seja possível escolher todos os pontos Pode ser comprado também sobre a forma de circuitos Sua compra pode ser local (bairro, rua etc.), regional ou nacional Oportunidades: a mensagem pode ser colocada nos momentos oportunos e sua substituição é relativamente rápida Maleabilidade: pode ser utilizada em uma extensão nacional, em uma cidade ou em um bairro Impacto, ação rápida e constante: impressiona pelo tamanho e pelas cores. As pessoas circulam pelas ruas e a ação do outdoor é constante Massificação: atinge todos os segmentos na mesma proporção. Mídia com penetração abrangente Memorização e simplicidade: em geral, as pessoas circulam pelos mesmos locais diariamente e vêem as placas repetidamente. Além disso, a mensagem concisa e breve facilita a memorização Baixa seletividade Dificuldade de escolha de locais específicos Vulnerabilidade quanto a intempéries e vandalismo Meio publicitário mais democrático dentre todas as mídias Atinge toda a população brasileira, não representando diferença significativa entre as classes sociais A programação do rádio é, fundamentalmente, de lazer, entretenimento, prestação de serviços e educação, o que responsabiliza esse veículo por 4,2% dos investimentos publicitários no Brasil (Mídia Dados, 2007) Cerca de 3 mil emissoras cobrindo o território nacional com programação dirigida em função das áreas geográficas em que atuam Eficiente, porque aguça a capacidade de imaginação dos ouvintes Permite alta freqüência de veiculação por custo bastante reduzido se comparado com outros meios de comunicação Entretenimento: meio que proporciona diversão e o ouvinte pode acessar a qualquer hora Maleabilidade: é possível cancelar, trocar ou inserir uma mensagem publicitária rapidamente Impacto: pelos efeitos sonoros e pela capacidade imaginativa, os textos publicitários criam impacto Atenção paralela: é possível ouvir o rádio e exercer outras atividade, sem desvio da atenção Cobertura: possui alta penetração junto à população Baixo custo: permite alta freqüência nas inserções Eficiência: é eficiente para mensagens mais sintéticas É um veículo local Vida útil curta Ao contrário da mídia impressa, a mensagem não pode ser “revista” Inadequado para temas complexos, textos técnicos ou longos Age exclusivamente pela audição Rotatividade de audiência: a emissora que é líder hoje, pode não ser amanhã Exige olhos e ouvidos, requerendo a atenção de quem a assiste É o maior meio publicitário do país, responsável por 59,4% dos investimentos em propaganda (Mídia Dados, 2007) É a mais eficiente mídia de caráter nacional, pela facilidade com que pode ser programada em rede Permite a programação regional e local e formatos diversificados (secundagem) Permite a inserção de infomerciais Apresenta alguns pontos negativos: ◦ Os custos de inserção e de produção de filmes são altos ◦ O uso constante do controle remoto (zapping) nos intervalos da programação desestimula o anunciante Entretenimento: é um meio que proporciona diversão e o telespectador pode acessar a qualquer hora Cobertura: é possível inserir comerciais em níveis nacional, regional ou local Impacto: os efeitos da cor, o com e os movimentos atraem o telespectador Atenção: quando inseridos comerciais ao vivo ou merchandising nos programas Atinge a todos: independentemente da faixa etária, classe social ou grau de instrução Não é seletiva Custo elevado e de difícil negociação É dispersiva para produtos seletos O efeito zapping do controle remoto permite a fuga dos comerciais Assim como no rádio, a mensagem não pode ser “revista” Ainda enfrenta problemas na sua estrutura, seja na programação oferecida, seja nos preços cobrados Criadas na década de 1990, fazem parte desse mercado a Net, a TVA, a Sky, a Direct TV, a Tecsat, a W@yTV e a ViacaboTV É o meio em que os empresários menos investem, só atingindo 3% dos investimentos publicitários no Brasil, com cerca de 4,9 milhões de assinantes (Mídia Dados, 2007). Número de assinantes de TV por Assinatura 4900 5000 Quantidade (mil) 4500 4082 3790 4000 3500 3469 3559 3457 2000 7 2001 8 2002 9 3850 3533 2974 3000 2571 2693 2500 1800 2000 1500 1000 1000 500 350 0 1994 1 1995 2 1996 3 1997 4 1998 5 1999 6 Ano 2003 10 2004 2005 11 12 2006 2007 13 14 Considerada a mídia mais nova do mercado Meio híbrido: ◦ Suas características envolvem tanto aspectos eletrônicos quanto digitais ◦ Pode ser usada como meio de massa ou como meio de comunicação dirigida Revolucionou o mercado publicitário Depois do “estouro da bolha” causado pelas empresas que acreditaram na maturidade da Internet, os empresários estão cautelosos, aguardando os mecanismos que a nova mídia poderá lhes proporcionar em termos de retorno de investimentos, principalmente os publicitários Oferece audiência mundial, mas é difícil de medir; segmentar um público dessa amplitude é complexo Estar na Internet é vantagem competitiva para as organizações: “Quem não está na Internet, está fora do mercado” Baixos custos das mensagens publicitárias A concentração dos internautas ocorre no eixo Rio-São Paulo (estudo do Grupo de Mídia, realizado em 13 mercados brasileiros): a Internet, portanto, ainda tem muito o que crescer no Brasil Entrave para o desenvolvimento da Internet: exclusão digital, causada pela baixa renda da população; computadores e aplicativos ainda são muito caros para a maioria dos brasileiros Os internautas cuja condição financeira permite acompanhar as evoluções tecnológicas possuem os softwares que inibem a aparição de mensagens publicitárias: cautela por parte dos empresários, portanto, na utilização da mídia Cobertura: altíssima cobertura geográfica Seletiva: os anúncios podem ser dirigidos a sites específicos Baixo custo Filtros eletrônicos, como o anti-spam e o antipop-up Poluição visual em função da quantidade de informações na tela Formatos invasivos interrompem a navegação Quantidade excessiva de e-mails sem segmentação específica Pouca segurança Tendência a ser supervalorizada pelos publicitários, que podem se esquecer do potencial das mídias tradicionais Fazem parte do material promocional das organizações: ◦ Brindes: criados para fixar a marca de uma empresa, produto ou serviço Chaveiro, boné, camiseta, guarda-sol, toalha, agenda, caneta etc. ◦ Amostras: usadas para introduzir um produto no mercado Possuem a característica de criar um posicionamento na mente do consumidor Características dos meios de comunicação Meios Vantagens Desvantagens Oportunidades Ameaças Som e imagem, movimento Cobertura de massa Pequenas e seletivas audiências Variação da audiência Fascínio, dinamismo, emoção Dispersão, baixa seletividade Fringe time (madrugada, manhã) Alteração da programação Flexibilidade geográfica Inflexibilidade operacional Transmissões comerciais, eventos Antecedência da reserva de espaço Adequação editorial, horário Secundagem padronizada Publicidade virtual, 3D, digital Competição: qualidade editorial Som imaginação e emoção Cobertura geográfica Transmissões especiais comerciais Baixa renovação da audiência Voltado para a comunidade Controle da veiculação Rádio transmissão digital Semelhança de programação Flexibilidade comercial, agilidade Fragmentação de audiência Horários: madrugada, fins-desemana Interesses econômicos diversos Força dos comunicadores Freqüência, rotatividade Som ambiental, autos, transistores Emissoras e transmissões piratas Envolvimento racional Cobertura localizada Ampliação, circulação, segmentos CPM elevado Fidelidade de leitura Problemas de impressão Suplementos comerciais especiais Competição pelo conteúdo Flexibilidade comercial Circulação reduzida, restrita Reprodução – evolução tecnológica Instantaneidade da informação Encartes, cores, insertos Reprodução de imagens Comunicação dirigida, personalizada Custo da matéria-prima, papel Cobertura geográfica, nacional Inflexibilidade operacional Cadernos, suplementos especiais Competição pelo conteúdo Qualidade gráfica, impressão Periodicidade, prazos Repartes regionais, editoriais e públicos Velocidade da informação Possibilidades regionais Desconhecimento editorial Adequação, ambientação editorial Equilíbrio: custo relativo e absoluto Encartes, insertos, promoção Lenta cobertura do universo do leitor Ações promocionais, institucionais Custo da matéria-prima Televisão Rádio Jornal Revista Qual o produto, serviço, idéia, empresa que o cliente deseja divulgar e quais suas principais características? Quais os objetivos da comunicação? Qual é o público-alvo (target) e quais as suas principais características? Que tipo de mensagem é a mais adequada ao público-alvo? Por quê? Em quanto tempo o cliente espera uma resposta da comunicação? Qual a verba de comunicação disponível? Que tipo de meio de comunicação deve ser usado para otimizar a verba do cliente? Qual(is) o(s) melhor(es) veículo(s) a ser(em) usado(s) para otimizar a verba do cliente? Como avaliar a eficiência da campanha, tanto em termos de distribuição da verba, quanto em termos de distribuição dos veículos, retorno financeiro e eficiência da mensagem? Detalhamento das ações estratégicas: especificações das programações: gêneros de veículos ou programas que serão usados, dias, faixas, horários, colocações, posições, seções etc. Detalhamento de como as programações serão montadas em termos de combinações entre os vários meios e veículos e como estarão dispostas ao longo do período total da campanha em flights (períodos contínuos de veiculação) É preciso encontrar a melhor combinação de veículos, cuja qualidade de audiência coincida com o perfil do público-alvo escolhido A estratégia de mídia nasce da análise qualitativa do mercado, da força dos concorrentes, definindo-se onde anunciar e quanto anunciar As táticas compreendem: audiência, custo por mil, freqüência, horários, custos etc. Infelizmente, há no mercado agências e publicitários inescrupulosos que “empurram” televisão nos anunciantes que não conhecem as mazelas da comunicação. A televisão é a mídia que mais receita gera para a agência, porque ela ganha na veiculação e na produção. Cobertura ou alcance: número de pessoas ou de domicílios expostos, pelo menos uma vez, a determinado veículo de comunicação. Pode ser nacional, regional ou local. Índice de audiência: representa o percentual da audiência exposta a determinado veículo. É representado pelo número de ouvintes, telespectadores ou leitores que efetivamente sintonizam a emissora ou lêem jornais, revistas ou qualquer outro meio impresso Freqüência média: número médio de vezes que as pessoas ou domicílios tiveram a oportunidade de ser expostos à mensagem publicitária Custo por mil: quanto irá custar determinado anúncio, por mil pessoas O cruzamento e a análise de todos esses indicadores proporcionarão o estabelecimento de estratégias de mídia. Compara os atributos de um produto com o do seu concorrente Não ataca o concorrente Leva o público a fazer comparações entre o produto anunciado e o do concorrente Beneficia ambos os produtos: o anunciado e o comparado É preciso cuidado para não denegrir a imagem do concorrente Deve ser utilizada com cuidado Depende: ◦ Do público-alvo a ser atingido ◦ Dos problemas a serem resolvidos na comunicação ◦ Do tipo de humor a ser trabalhado É atraente, mas pode encobrir o conteúdo informativo e persuasivo da comunicação Pode cansar o consumidor Caracteriza-se pela ousadia Compreende o ataque ao concorrente, tentando atingir suas vulnerabilidades Para utilizá-la, é preciso conhecer muito bem o concorrente que será alvo do ataque, suas fraquezas e potencialidades Com base nesse conhecimento, a estratégia ataca o concorrente, oferecendo ao consumidor o que esse concorrente não está em condições de realizar É utilizada para ganhar participação de mercado de um concorrente maior Normalmente utilizada pelos líderes de mercado, com grande posição competitiva Os líderes, além de utilizá-la, mantêm constante inovação tecnológica em seus produtos É a forma de repelir um ataque É uma estratégia de aproveitamento das forças empresariais É recomendada para fixar marcas de empresas ou linhas de produto Não prioriza vendas, mas a imagem de marca Indicada para produtos e serviços de massa Proposta: desenvolver estratégias envolvendo os diversos veículos de comunicação, justificando a programação de mídia para determinado produto ou marca Deve contemplar: ◦ As diretrizes da campanha ◦ As recomendações devidamente justificadas e embasadas em dados demográficos, potencial de consumo, concorrência, nos hábitos e costumes do público-alvo envolvido, nos estudos de penetração dos meios de comunicação, ◦ Demonstrar a relação custo-benefício obtida Informações básicas: ◦ Análises quantitativas: Penetração dos meios: grau de intensidade de consumo dos veículos de comunicação pela população e por um público específico (Ex.: Instituto Marplan) Atividades da concorrência: investimentos realizados pelos concorrentes nos principais mercados brasileiros (Ibope Monitor) Cobertura eficaz: intensidade de mídia adequada, rentável e necessária para a marca diante dos objetivos predeterminados, especialmente em relação à intensidade de cobertura do público-alvo coberto pela campanha. Geografia e definição de mercados: conhecer geograficamente o mercado e seu potencial de desenvolvimento Custos relativos: relação custo-benefício proporcionada pelos veículos de comunicação Informações básicas: ◦ Análises qualitativas: Estrutura geral de mídia: conhecimento prévio do panorama de disponibilidade dos veículos de comunicação e seu comportamento (montante de verba que movimenta o mercado, segmentos em que é importante, distribuição do bolo publicitário de cada meio e veículo – Mídia Dados – Grupo de Mídia de São Paulo) Análise dos meios de comunicação: conhecer e analisar os meios de comunicação, para adequá-los corretamente ao produto ou marca do veículo de comunicação. A análise é desenvolvida com base nos objetivos mercadológicos do produto ou marca a serem veiculados e as conclusões devem ser associadas aos padrões de rentabilidade Para que os objetivos de mídia sejam atingidos, é recomendável que se tenha em mãos os objetivos de marketing do cliente, assim como os objetivos de comunicação As decisões importantes que precisam ser tomadas no início do processo de planejamento de mídia incluem: ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ A quem devemos destinar nossa mensagem Onde devemos colocá-la Quando devemos veiculá-la Em que meios/veículos devemos veiculá-la Por quanto tempo devemos veiculá-la Se a veiculação será linear, por ondas, concentrada ou por pulsação Mídia bem planejada, verba bem aplicada Em empresas orientadas para marketing, o dinheiro aplicado em publicidade é tão significativo que quase sempre é o quarto volume na necessidade de recursos, logo após as despesas com matérias-primas, funcionários e impostos Do total destinado à publicidade, a maior parte vai para a veiculação As empresas precisam receber das agências planos de mídia bem elaborados e completos Esses documentos vão justificar à diretoria da empresa os motivos pelos quais milhares de reais ou dólares estão sendo destinados à compra de matérias pouco concretas como audiência, tempo, atenção, lembrança etc. Informações básicas: Objetivos ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ Produto Mercado Concorrência Target (público-alvo) Verba (necessária e possível) e período adequado à veiculação ◦ De marketing: aumento do mercado, posicionamento de produto, fixação de marca, aumento de vendas, mudança de rotinas etc. ◦ De comunicação: estilo, tema e conteúdo das peças, nível de conhecimento da marca que se quer atingir e principais aspectos que a campanha pretende ressaltar ao público ◦ De mídia: níveis de cobertura sobre o target, funções que os meios de comunicação deverão exercer sobre a campanha e abrangência geográfica da campanha Recomendações ◦ Estratégias (mercados, meios, peças e formatos) ◦ Níveis de veiculação: Justificar por que a verba está sendo aplicada nas melhores alternativas Quantificar o público-alvo que está sendo comprado (freqüências, coberturas e GRP); número de flights ◦ Táticas: características das programações, critérios adotados para a seleção de programas e veículos, restrições, períodos de veiculação e esquemas especiais de veiculação ◦ Cronograma de veiculação (mapa de mídia) ◦ Programações básicas: descontos e negociações, mapas das programações contendo todos os programas e veículos programados, com detalhes de preços, audiências, custos relativos, dias e outros dados ◦ Público coberto: indicar a quantidade de público que a campanha vai cobrir, com a verba que lhe foi destinada ◦ Resumo da verba INÍCIO Cliente procura a agência e manifesta interesse em divulgar um produto, serviço, empresa, marca ou ideia Cliente elabora o briefing, apresenta-o e discute-o com o profissional de atendimento, que o auxilia nos ajustes necessários Atendimento dá sinal verde para criação e planejamento e mídia darem continuidade ao desenvolvimento da campanha Após discussões e acertos com o atendimento, cliente dá a aprovação inicial para a continuidade do desenvolvimento da campanha Atendimento leva o briefing à agência e o apresenta à criação, planejamento e mídia e produção A campanha é apresentada em rough ou layout para o cliente e orçamento e planejamento são discutidos Criação desenvolve primeiro esboço de campanha e o passa para planejamento e mídia Atendimento leva as informações ao cliente, para discussões e negociações iniciais Com base no esboço da campanha, planejamento e mídia definem as estratégias de divulgação e estimam o orçamento e passam para atendimento Atendimento leva conceito da campanha, planejamento e estimativa de orçamento ao cliente Mídia faz simulações de distribuição da verba do cliente em mapas de mídia, conforme conversado e definido com o planejamento Mídia encontra a melhor distribuição para a verba do cliente Criação desenvolve a campanha e a repassa para a produção, para que desenvolva as peças de comunicação em formato final Produção finaliza as peças e criação as aprova, rejeita e sugere retrabalho das peças, ou sugere alterações à produção A campanha é apresentada ao cliente Cliente aprova a campanha Mídia negocia com os ve ículos de comunica ção a veicula ção da Campanha A campanha vai ao ar e a agência pode ou não fazer o checking FIM Emissoras Programas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 ... Horário S T Q Q S S D S T Q Q S S D S ... Total com. $ unit. $ total 10 ... ... 5 ... ... 6 ... ... 6 ... ... 6 ... ... 9 ... ... 42 $... $... TV Globo Novela I 18h00 Jornal Nac. 20h00 Vale a pena 14h00 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X SBT Hebe 22h30 Ratinho 21h30 X X X X X X X X X X X X X X Record Raul Gil 21h00 Total - X X X X X X X É o procedimento de verificar se uma oferta de patrocínio ou proposta de veiculação com esquema comercial é cara ou barata Exemplo: ◦ Cota nacional de co-patrocínio de um jogo da seleção brasileira com o seguinte esquema comercial: 40 chamadas com mensagens da própria emissora (caracterização) Vinhetas de abertura e encerramento 4 exibições de 30” 6 locuções de textos-foguetes (no máximo 12 palavras) 4 slides de sobreposição de logotipo durante o jogo 60 exibições de 30” de retorno Preço: R$ 4.800.000,00 Isso está caro ou barato? Somente com esses dados não dá para saber Exemplo de avaliação de patrocínio de TV Produto: Refrigerante W Target: Homens ABC 25/49 Proposta: jogo da seleção Emissora: Rede X Exibições Esquema comercial Mercado nacional (abrangência geográfica de 80%) Por dia Total Aud. Target Secundagem População target nacional: 19.619.000 Fator de conversão GRP Target Impactos (000) Chamadas 5” 10 40 8,2 0,20 65,6 10.296 Abertura/encerramento 7” 2 2 16,0 0,28 9,0 1.406 Exibições no jogo 30” 4 4 16,0 1,00 64,0 10.045 Textos-foguetes 10” 6 6 16,0 0,40 38,4 6.027 Slides de sobreposição 10” 4 4 16,0 0,40 25,6 4.018 Exibições de retorno 30” 2 60 9,0 1,00 540,0 84.752 742,6 116.544 TOTAL Parâmetro: programa esportivo Emissora: Rede Globo Exibições Melhor programa esportivo Secundagem Globo Esporte 30” Por dia - Total 1 Preço da proposta (R$) CPM (R$) 4.800.000,00 41,19 Mercado nacional (abrangência geográfica de 100%) Aud. Target - GRP Target Impactos (000) Preço com negociação (R$) CPM (R$) 6,0 - 6,0 1.142 56.154,50 49,18 Demonstrativo dos cálculos -GRP target das chamadas: 40 (exibições) x 8,2 (aud. Target) x 0,20 (fator de conversão) = 65,6 (GRP target) -Impactos das chamadas: 19.619.000 x 0,80 (abrangência geográfica) x 65,6 (GRP target) ÷ 100 = 10.296.000 impactos -CPM: 4.800.000,00 (preço da proposta) ÷ 116.544.000 (total de impactos) x 1.000 = 41,19 Audiência: % esperado do target considerado (tabela da emissora) Fator de conversão: definido pela emissora Definir a população-target em vista do mercado para o qual a emissora está vendendo a proposta Se a proposta não especificar, definir com o veículo as secundagens de cada tipo de veiculação:chamadas, vinhetas, textos-foguetes etc. Através de fatores de conversão, converter as diferentes secundagens para o padrão de 30”, usando como critério a força de comunicação e não os coeficientes (fatores) das tabelas das emissoras Calcular o total de impactos da proposta e seu CPM Comparar o CPM da proposta com o CPM do melhor e mais adequado programa para o produto, independentemente se ele é de outra emissora ou não, que, no quadro, é chamado de parâmetro O quadro pode ser usado também para propostas de rádio e de mídia impressa No exemplo do quadro, a proposta não está cara Na vida real dos mídias, há muitas ofertas que aparentemente são tão boas quanto essa, mas trazem um grande número de exibições de retorno, que ofuscam os mais míopes, causando-lhes a ilusão de uma proposta vantajosa Permite à emissora cobrar um preço absoluto mais caro pelo evento, embora o preço relativo, o CPM, fique barato Tem a finalidade de verificar se os anúncios autorizados foram veiculados e, em caso positivo, se o foram de acordo com o que foi contratado com os veículos Isso é feito de duas maneiras: ◦ A partir dos documentos e comprovantes enviados pelos próprios veículos (mapas de exibições das emissoras de TV, tábuas de irradiações de emissoras de rádio, exemplares de revistas e páginas de jornais onde foram publicados os anúncios, notas fiscais e faturas, fotos etc. ◦ A partir de relatórios ou sistemas on-line, comprados de empresas que fazem trabalhos de checagem No Brasil, o custo para fazer o checking de uma campanha é bancado pela agência TV aberta: Ibope Mídia (57 mercados de TV, fiscalizando 146 emissoras) TV por assinatura : Ibope Mídia (cobre 5 mercados e 30 emissoras das 55 existentes); Ágape (29 emissoras, sem distinção de mercados) Rádio: Ibope Mídia (5 mercados e 23 emissoras); Ágape (5 mercados e 23 emissoras) Outdoor e mídia exterior: Mídia View (atua em 44 cidades e fornece relatórios fotográficos via Internet) Cinema: Fiskanew, ISR e Mídia View (fazem checking regularmente em cinemas das grandes capitais e em qualquer cidade sob consulta prévia). Há também, serviços especializados de checking, que se valem de softwares sofisticados para tal: AdSolutions, Medialog, Media Systems etc.) Implantação e execução: criação, mídia, produção da campanha e envio do material para os veículos A implantação do planejamento de comunicação requer, por parte do anunciante e da agência, o desenvolvimento de controles, com vistas ao acompanhamento da evolução das campanhas que estão sendo veiculadas Avaliação das campanhas: efeito-venda e efeito comunicação Avaliação do efeitocomunicação Pré-testes de anúncios Avaliações diretas Testes de portfólio Pós-testes de anúncios Testes de laboratório Testes de lembrança (recall) Testes de reconhecimento Avaliações diretas: ◦ ◦ ◦ ◦ Testes de portfólio: ◦ ◦ ◦ ◦ Painéis de consumidores ou especialistas em propaganda São apresentados a essas pessoas diversos anúncios alternativos que se pretende utilizar na campanha. Elas examinam os anúncios e preenchem questionários, cujo objetivo é responder à questão: “qual dos anúncios apresentados influenciará mais na compra do produto?”. As respostas dos participantes do painel podem ser abertas ou fechadas, ou por meio de escalas de avaliação, com pontos atribuídos por item. Contribuem para selecionar as peças mais fracas, não as excelentes. São reunidos consumidores ou especialistas em propaganda É fornecido a eles um portfólio simulado de anúncios para serem lidos e analisados Em seguida à análise, pede-se que cada um se manifeste livremente a respeito dos anúncios que viu. Os testes de portfólio indicam a habilidade de um anúncio em sobressair-se e o entendimento de sua mensagem. Testes de laboratório: ◦ ◦ ◦ Algumas pessoas são escolhidas e levadas a um laboratório, onde são apresentadas a um anúncio. O efeito potencial desse anúncio é determinado por meio da mensuração de reações fisiológicas das pessoas a eles submetidas, como batidas do coração, variações da pressão sangüínea, dilatação da pupila, transpiração, por exemplo, com o auxílio de equipamentos especiais. Os testes de laboratório medem o poder de obtenção da atenção e do despertar de um anúncio, ao invés de qualquer outro estado de consciência que o anúncio possa produzir. Testes de lembrança: Testes de reconhecimento: ◦ São realizados encontros com usuários regulares de determinada mídia ◦ É pedido a eles que tentem se lembrar dos anunciantes e dos produtos de que trata o assunto em estudo ◦ Esses testes indicam o poder que o anúncio tem de ser percebido e retido na mente das pessoas. ◦ É feita uma amostragem de usuários de determinada mídia (por exemplo: leitores regulares de certo jornal). ◦ Pede-se a essas pessoas que apontem o que reconhecem como tendo visto e/ou lido. ◦ Para cada anúncio são preparados três registros diferentes, a partir dos dados conhecidos: Notado: porcentagem das pessoas pesquisadas que dizem ter visto ou lido qualquer parte do anúncio publicado no jornal escolhido. Visto ou associado: porcentagem das pessoas pesquisadas que afirmam ter visto ou lido qualquer parte do anúncio que indica claramente os nomes do produto ou serviço do anunciante. Leram a maior parte: porcentagem de pessoas pesquisadas que não só olharam, como também leram mais da metade do total do material de leitura do anúncio.