O ENSINO DE FÍSICA NAS ESCOLAS BRASILEIRAS: Limites e Perspectivas Prof. Dr. Nestor Correia Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC [email protected] “Ninguém ensina nada a ninguém, ninguém aprende sozinho; a aprendizagem se dá na comunhão e na medida da necessidade e dos interesses de cada um e da sua motivação” (Paulo Freire). Com esse princípio, que é ainda mais forte quando se trata de conhecimento científico, que tem um forte componente de caráter tácito, fica difícil falar de ensino de física, porque não existe ensino de física. Então, vamos falar de aprendizado de física. Para facilitar a aprendizagem científica, é necessário que o professor, aqui entendido como educador, mediador e planejador, saiba o que é ciência, para poder estabelecer objetivos e metas a serem alcançados. Assim, não é suficiente que ele conheça somente o conteúdo programático da disciplina, mas que conheça e tenha experiência com o paradigma praticado na área de conhecimento na qual a sua disciplina se insere, que conheça a evolução dos conceitos e teorias, sua estrutura lógica e o contexto histórico em que foram desenvolvidos. Além disso, é necessário que este professor tenha conhecimento de didática, técnicas educacionais, psicologia da educação, psico-pedagogia, legislação, etc, para que saiba estabelecer estratégias adequadas ao grupo com o qual trabalha e apropriadas para alcançar aqueles objetivos. Mas é preciso, sobretudo, que ele seja um idealista abnegado, já que o reconhecimento social do seu trabalho reflete-se no baixo salário que recebe. Um problema particularmente grave quando se tenta aprender ciência em nossa sociedade é o baixo nível de inserção de conceitos e comportamentos científicos na cultura brasileira (comumente chamado de baixo nível científico). Isto não é simplesmente um problema de baixo nível de escolaridade. Mesmo entre as pessoas ditas cultas, o conhecimento científico é pequeno e, quando existe, é um conhecimento fragmentado, factual e mistificador. Assim torna-se difícil ancorar o planejamento de atividades educacionais no conhecimento pré-existente no aluno. Principalmente quando este indivíduo já passou por escolas com professores que não sabem o que é ciência e que o fizeram perder o comportamento inquisidor, natural dos sujeitos que se apossam do conhecimento e que não são depósitos de informações e implantaram nesse aluno um falso conceito de ciência: um conjunto interminável de fórmulas e procedimentos cristalizados que se aplicam a situações-problema, em geral, irreais, e coleções de fatos escolhidos com suas explicações dentro de modelos já estabelecidos. Isto é, qua ndo muito, o resultado do que algum dia foi um processo científico. A ciência é o processo em si. Alguns exemplos de como esse problema pode ser enfrentado é o que abordaremos na nossa intervenção. Falaremos sobre as experiências da Universidade de Brasília, da Universidade de Uppsala e da Universidade Estadual de Santa Cruz. Palavras-chave: Ensino de Física, aprendizagem científica, dificuldades, experiências Prof. Dr.Ubirajara Brito FAINOR [email protected] O Brasil tem realizado ultimamente avanços na Educação, Ciência e Tecnologia. Na primeira, mais quantitativamente do que qualitativamente, em especial no ensino de Física. Esta tendência carece de retificação, para que o País se insira com êxito na economia da globalização. Palavras-chave: ensino de Física, educação, ciência, tecnologia