º fórum internacional de educação região metropolitana de campinas Maria do Pilar Lacerda promoção CÂMARA TEMÁTICA DE EDUCAÇÃO Região Metropolitana de Campinhas 02 e 03 de setembro de 2010 UNICAMP, Campinas – SP - Brasil organização executiva Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSA Ministério da Educação Foto: Assessoria de Comunicação/MEC Qualidade em Educação: Avanços e Perspectivas 5° Fórum Internacional de Educação da Região Metropolitana de Campinas Campinas/SP - 02 de setembro de 2010 Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva Secretária de Educação Básica Ministério da Educação Ministério da Educação “Se o país não for pra cada um Pode estar certo Não vai ser pra nenhum” Esmola (Skank) Ministério da Educação PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - PDE • O PDE foi lançado em abril de 2007, com foco prioritário na Educação Básica (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, além da educação de jovens e adultos - EJA). • O PDE reúne as ações do Governo Federal que mudaram o retrato da educação brasileira. • Seu maior desafio é assegurar educação de qualidade para 60 milhões de crianças e jovens que frequentam as escolas e universidades. Ministério da Educação PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - PDE • O PDE é um conjunto de ações estratégicas do Ministério visando à melhoria da qualidade da educação, a redução das desigualdades e o desenvolvimento das potencialidades. • Possui mais de 40 ações organizadas em quatro eixos: Educação Básica, Educação Superior, Educação Profissional e Tecnológica; e Alfabetização de Jovens a Adultos. • Princípios do PDE: visão sistêmica da educação; territorialidade (arranjo educativo); desenvolvimento; regime de colaboração; responsabilização; mobilização social. Ministério da Educação CONTEXTO EDUCACIONAL BRASILEIRO • Matrículas: • Educação Básica* - 52,8 milhões • Educação Infantil - 6,8 milhões • Ensino Fundamental - 31,7 milhões • Ensino Médio - 8,3 milhões • Educação Especial - 252,6 mil • Educação de Jovens e Adultos - 4,7 milhões • Educação Profissional e Tecnológica - 861 mil • Educação Superior** • Graduação presencial - 5,1 milhões • Graduação a distância - 728 mil * Educacenso - 2009 ** Censo da Educação Superior 2008 Ministério da Educação METAS DE QUALIDADE PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA • Para estabelecer as metas de qualidade para a Educação Básica foi criado um indicador nacional, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que cria uma base de planejamento e informação. • O Ideb considera indicadores de fluxo escolar (aprovação e reprovação escolar) e médias de desempenho nas avaliações nacionais (Sistema de Avaliação da Educação Básica e Prova Brasil). • Esse indicador foi estabelecido numa escala que vai de zero a dez. Foram traçadas metas de desempenho bianuais para cada escola e cada rede até 2022. Ministério da Educação METAS DE QUALIDADE PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA • O objetivo do PDE é alcançar a média 6,0 até 2021, que corresponde à média atual da OCDE no PISA. Ministério da Educação IDEB – BRASIL* (http://sistemasideb.inep.gov.br/resultado/) Brasil, séries iniciais do EF: Nota 2005: 3,8 (meta de 6,0 p/ 2021) Nota 2007: 4,2 (meta de 3,9) Nota 2009: 4,6 (meta de 4,2) Meta 2011: 4,6 Brasil, séries finais do EF: Nota 2005: 3,5 (meta de 5,5 p/ 2021) Nota 2007: 3,8 (meta de 3,5) Nota 2009: 4,0 (meta de 3,7) Meta 2011: 3,9 Brasil, ensino médio: Nota 2005: 3,4 (meta de 5,2 p/ 2021) Nota 2007: 3,5 (meta de 3,4) Nota 2009: 3,6 (meta de 3,5) Meta 2011: 3,7 *Ideb calculado considerando todas as redes de ensino. Ministério da Educação IDEB – BRASIL Anos Iniciais do Ensino Fundamental Rede Pública Brasil 2005 Brasil 2007 Brasil 2009 Ministério da Educação “vale a pena ser ensinado tudo o que une e tudo o que liberta. Tudo o que une, isto é, tudo o que integra cada indivíduo num espaço de cultura e de sentidos. Tudo o que liberta, isto é, tudo o que promove a aquisição de conhecimentos, o despertar do espírito. (...) e tudo o que torna a vida mais decente” Antônio Nóvoa Ministério da Educação A ESCOLA CONTEMPORÂNEA • Não dá mais para pensar a escola enrijecida com séries, tempos curtos e fragmentados, com aulas repetitivas e sem significado para os alunos. • Uma escola contemporânea deve pensar o tempo escolar de maneira flexível, deve se articular com a comunidade e os equipamentos públicos e privados que a cercam. • A escola deve ser movida pela curiosidade, pela inquietude, pelo desejo de aprender sempre. Ministério da Educação A ESCOLA CONTEMPORÂNEA • É preciso que os melhores professores, que não são necessariamente os melhores pesquisadores, estejam ensinando os saberes básicos. • A escola não pode estar submetida a um processo de mudanças constantes como se vê no mundo. Ela precisa desenvolver nos alunos o valor do conhecimento e da aprendizagem para que eles consigam incorporar o novo. • A avaliação deve ser processual, qualitativa e formativa. • Não se trata de aprovação automática ou de não avaliar, mas sim de avaliar diferente e sempre, de garantir o direito de aprender a todos. Ministério da Educação A ESCOLA CONTEMPORÂNEA • O desafio que temos é grande: melhorar radicalmente a escola pública brasileira. E isso em um país historicamente acostumado a trabalhar para poucos, a pensar sempre para a minoria. • Não é apenas incluir os meninos e meninas na escola, mas encontrar novas linguagens, novas categorias, novas palavras para enfrentar formas inéditas de exclusão que, hoje, se produzem e reproduzem. • As políticas públicas não podem prescindir do debate democrático que nos apontará esses caminhos. Ministério da Educação O PAPEL DO PROFESSOR • O papel do professor é mais complexo: olhar curioso, investigativo, sobre as novas condutas, valores, culturas. • A formação docente não pode se limitar aos conteúdos das áreas do conhecimento. Ao elaborar um projeto educativo é preciso conhecer profundamente o aluno, sua realidade, sua trajetória, sua família. • O educador capaz de fazer a diferença na sala de aula precisa ter direito a uma formação continuada que valorize o aprofundamento teórico-prático, suas experiências cotidianas e suas produções. Ministério da Educação O SIGNIFICADO DA ESCOLA PARA A CRIANÇA • Para a maioria das crianças brasileiras a escola é espaço mais importante para a aquisição dos conhecimentos formais. • É na escola que tem início sua atuação pública, a vivência do primeiro encontro com a sociedade e a oportunidade de começar a construir sua autonomia e a exercer sua cidadania. • É na escola que as crianças se deparam com a percepção e a construção do significado do que é “público”. • Ela começa a interagir com bens coletivos, com linguagens coletivas. Ministério da Educação O SIGNIFICADO DA ESCOLA PARA A CRIANÇA • A escola, a família e a sociedade não podem se eximir da sua função de construção de valores, dentre eles o respeito e responsabilidade frente aos espaços públicos e frente às relações democráticas de convivência, fundamentadas na resolução de conflitos por meio do diálogo permanente. • Isso exige aprendizado. A solidariedade, o respeito, o saber escutar, avaliar e decidir implicam em processos pedagógicos. Ministério da Educação DICAS PARA MELHORAR A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO • Ênfase na leitura e escrita. Em todas as áreas, em todos os momentos. • Novos arranjos educacionais: tempos, espaços de convivência. • Rever arranjos curriculares e educativos. • Investir no projeto político pedagógico da escola. • Gestores municipais e escolares mais bem preparados. • Gestão escolar como supervisão pedagógica e de apoio ao professor em sala de aula. Ministério da Educação DICAS PARA MELHORAR A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO • Gestão escolar articulada às demais políticas, serviços e agentes do território. • Relações da escola com a família e a comunidade. • Introdução de programas complementares em parceria com organizações do território. • Práticas que dizem respeito ao desenvolvimento da convivência social. • Práticas de enfrentamento da violência pautada na realização de uma justiça restaurativa no interior da escola. Ministério da Educação NOVA RELAÇÃO DO MEC COM OS MUNICÍPIOS • A partir do lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), em 2007, assistência técnica do MEC aos municípios, estados e Distrito Federal, bem como as transferências voluntárias ficaram vinculadas à adesão ao Plano de Metas do PDE, e à elaboração do Plano de Ações Articuladas (PAR). • Na elaboração do PAR, o ente federado realiza um diagnóstico minucioso da realidade educacional local e, a partir desse diagnóstico, desenvolve um conjunto coerente de ações que visam superar as dificuldades verificadas (PAR). Ministério da Educação ELABORAÇÃO DO PAR • O trabalho de elaboração do PAR está dividido em duas etapas: aplicação do instrumento para o diagnóstico da situação educacional na rede municipal; e elaboração do Plano de Ações Articuladas (PAR) propriamente dito. • A coleta de informações e o seu detalhamento são obtidos a partir da discussão conjunta entre os membros da equipe técnica local (dirigente municipal de educação; técnicos da secretaria municipal de educação; representante dos diretores de escola; dos professores das zonas urbana e rural; coordenadores ou supervisores escolares; do quadro técnico-administrativo das escolas; dos conselhos escolares; do Conselho Municipal de Educação - quando houver). Ministério da Educação PDE ESCOLA • Objetiva fortalecer a autonomia da gestão escolar a partir de um diagnóstico dos desafios de cada escola e da definição de um plano para melhoria dos resultados dos estudantes. Até 2010 todas as escolas com IDEB abaixo da média nacional serão atendidas. • O PDE Escola deverá ser elaborado em consonância com o Plano de Ações Articuladas (PAR). • Alguns programas do MEC também articulam-se com os dois planos: Escola Acessível, Mais Educação, Escola Aberta, Proinfo e Conselhos Escolares. Ministério da Educação MAIS EDUCAÇÃO • Programa que visa fomentar atividades educativas que ampliem tempos, espaços e oportunidades educativas, com vistas à promoção da educação integral de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, para: • o enfrentamento do trabalho infantil; • o enfrentamento da exploração sexual /comercial; • a qualificação dos processos de aprendizagem; e • a permanência na escola. Ministério da Educação O PAPEL DO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO • Como ação indutora por meio do PDDE. • Como “tecnologia educacional” – modus operandi: horários, atores, cenários, conteúdos educativos. • Como provocador da ampliação da compreensão vigente: educação integral = tempo integral – tempo, territórios/atores, oportunidades educativas. Ministério da Educação DESAFIOS DO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO • Instituição da área “Educação Integral” como parte da formação inicial e continuada. • Criação de núcleos e linhas de pesquisa: extensão, especialização, mestrado, doutorado. • Produção de materiais e recursos técnico-pedagógicos vinculados à formação. Ministério da Educação MAIS EDUCAÇÃO • Como os novos atores que estão entrando em cena no espaço escolar contribuem para o projeto pedagógico da escola? • Como a escola vive esta ampliação de relações institucionais: • com outras políticas públicas; • com as universidades e outras escolas de formação; • com a dinâmica de outros equipamentos .... para os quais os alunos estão indo? • Como o diálogo está sendo ampliado ? A QUALIDADE DAS RESPOSTAS A ESSAS QUESTÕES IMPRIME A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO INTEGRAL QUE ESTAMOS CONSTRUINDO. Ministério da Educação MAIS EDUCAÇÃO – MACROCAMPOS (FNDE ‐ Resolução nº 04, de 17/03/2009) • Acompanhamento pedagógico • Meio Ambiente • Esporte e Lazer • Direitos Humanos em Educação • Cultura e Artes • Cultura Digital • Prevenção e Promoção da Saúde • Comunicação e Uso das Mídias • Investigação no Campo das Ciências da Natureza • Educação Econômica Ministério da Educação Nosso desafio, em pleno século XXI, é estruturar uma escola republicana, que seja realmente para todos. O que muitos países fizeram no século XIX, outros no século XX, e o Brasil está fazendo agora! Mas em educação, urgência não é sinônimo de pressa. Ministério da Educação http://www.mec.gov.br/ Ministério da Educação