ILUSTRA~AO
Neiva
Ferreira
Pinto
(UFMG)
A ilustra~ao
primeiro
problema
e
um elemento
que se propoe
to em que se insere.
do ao texto torna-se
necessarias
isotopia.
diferentes,
perturbador
e
0
Considerando-se
texto,
pode-se
entre texto e ilustra~ao
Parecera
estranho
principalmente
em um texto.
de sua rela~ao
com
0
0
tex-
que tudo que for agregapostular
incluem
falar em isotopia
em discursos
que as rela~oes
uma rela~ao
de
entre discursos
em codigos
diversos,
dois dados: a etimologia
)
texto ilustrado.
A su~estiva
e "integrativo"
sa rem~~€\m para
Ie compose
e
etimologia
0
processo
aponta
semiotico
para
0
da ilustral$ao. Dicionarios
0
latim
iIIustro,
ilustratio,
carater
nier passe dans Ia 1. de Ia rhetorique
portugue-
de ilustrare,
illustratio
au sens
no
"funcional"
de lingua
deverbal
-as, com ses derives
instaurado
(ce deE
"hypotypose"),
ilustra~ao",
visual
nao em sua realiza~ao
assume,
na ilustra~ao,
qualquer
outro segmento
do do ~
textual.
nesse entendimento
ilustra~ao
discurso
Nao ha qualquer
da ilustra~ao.
o estabelecimento
um arqui-texto,
permitindo
deprecia~ao
mesmo tema,
mantem
que
0
ampliado
em rela~ao
percurso
vol tara sempre
verbal.
sempre
Uma ilustra~ao
tal como um significante
de sentido
ou menor
conjun~ao
e solidario
lustrado"
0
diz:
a mais simples
difica~ao,
do
discurso
ilustrado,
com um significado.
0
ocorrer
tureza do processo
semiotico
maior
sempre
na para-
0
que
que um texto
0
Recodifica~ao,
Sao, tambem,
da ilustra~ao:
texto
De
"i
diz" nao e
sao, a meu ver, nomes diversos
de parafrase.
Essa
textualizante16.
deve dizer
defini~ao de parafrase?
rencia do processo
isoto-
que se con~
ao texto
uma isotopia
"ilustrador"
gerar
discurso.
do mesmo modo que ocorre
MOizer de outro modo
explica~ao
a
os dois discursos
mas havera
texto
que
de linhas
ao sentido
os dois textos,
instaurando
forma
que passa
entre
frasecontextual,
0
e, como resultado,
podendo
semantica
a
quando
tem graus diferentes,
uma equivalencia
alguma
toma-se
de sentido
se refere
visual
hierarquizada
verbal
troi para a ilustra~ao
rela~ao
do
como dois segment os do mesmo
mostrara
como
de senti-
que se realiza
estabelecimento
0
tal
produ~ao
Ao contrario,
discurso
de um contexto
picas. 0 eixo semantico
A analise
a
se insere em uma rela~ao
0
0 discurso
ancilar,
serve
como uma "virtualidade",
visual
0
uma fun~ao
discursivo
tem como termo dominante
sobre
independente.
transcoda ocor-
os nomes
da na-
uma rela~ao
para-
frastica.
A ocorrencia
contexto
da ilustra~ao
mais amplo que abrigue
tes do que se poderia
chamar
provoca
a recorrencia
os dois textos
um "arquitexto"
a
um
como componen-
ou "texto
ilus-
trado·, porque
ambito dessa
os dois discursos
rela~io
!!17 do outro.
ilustrado.
No mesmo
para uma rela~ao
~
(LOPES:
sentido.
vel minimo)
pode
so de interpreta~ao
explicar
criado
percurso
0
essa rela~ao
verbal,
pela rela~ao
encontra-se
seu
senti-
da amplia~ao
de interpre-
produtora
como interpretante
ao texto
c£
do discurso
( E R C ) R C. A teoria
ser interpret ado por urn interpretante
mo)18. Nesse
texto
E R C em proveito
a ilustra~ao
em rela~ao
interpretan-
sentido
0
faz do outro
a rela~io
1978)
Tomada
express a
processo
do tipo
se faz
no
como texto e reclassificada
a ilustra~ao
do. Assim rompe-se
a ter significa~io
em que um discurso
Desclassificada
mo significante,
passam
de
do codigo
(n!
desencadeia-se
proce~
cujo sentido
devera
ideologico
a linha
(nivel maxi-
isotopica
que
junge
um texto e sua ilustra~ao.
Ao se fazer
preta~ao
interpretante,
como uma. figura
e condensa9ao
condensa9ao
ambigua:
(intensifica9ao).
parece
mas
de constru9ao
dessa
0
como sugere
principalmente,
sua constru9ao.
sintagmatica.
abre-se
sempre
urn conflito
digmas concorrentes
no mesmo
conflito,
0
vale
processo
de
de seus tra90s,
e,
e disso
resulta
para dois polos,
urn
que se postulou
em
metonimico,
poderia
tagma que manifesta
0
e
reune urn processo
a urn processo
"A condensa9ao
e uma
nao e uma figura
de oposi90es
Sua composi9ao
to). Ao instaurar
aparente
que nega a integra9ao
dade, paradigmatico,
(esclarecimento)
ressaltar
A condensa9ao
a combina9ao
sua for9a. A condensa9ao
a inter-
da ordem de "uma imagem
uma organiza~ao
que afirma e outro
hipotipose
que se pretende
figura.
realiza
Dizer que a ilustra9ao
urn truismo
mil palavras",
harmonia
a ilustra9ao
de similari~
a configura9ao
ser definida
nao resolvido
ponto da cadeia.·
a ilustra9ao
como
0
sin-
entre dois par~
(LOPES:
amplia
0
inedi-
processo
de significa~ao
porque
inclui
tualidades
dos paradigmas
ilustra~ao
produz
um aumento
de sentido
larga-se
discurso,
0
que se diz",
a partir
latentes.
um aumento
entendo
a ilustra~ao
as
vir-
pr6pria
da
- nao exatamente
do texto.
A-
que ha "outro modo de dizer
desdobra-se
(uma isotopia),
permitindo
A condensa~ao
de significa~ao
aceita-se
esclarece,
tipose,
realizado
- tal como uma explica~ao
des sa amplia~ao
semantico
no sintagma
0
percurso
da significa~ao
que funciona
uma interpreta~ao
como parafrase.
do sentido.
sobre um mesmo
como explica~ao,
0
~
eixo
hipo-
mais clara do texto,
que
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ILUSTRA~AO Neiva Ferreira Pinto A ilustra~ao e um elemento