Apostila de Química
Profª Fátima Serrado
CMB
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Apostila de Química
Radioatividade
Natureza das emissões
Em 1903 Ernest Rutherford idealizou um
experimento para separar e determinar a natureza
das radiações emitidas. Observe:
gama
beta
alfa
Colocando uma chapa fotográfica ou material
fluorescente perpendicularmente ao feixe de
radiações, encontramos três marcas devidas a três
tipos de radiações:
 Radiações , que se desviam no sentido da
placa negativa.
 Radiações β, que se desviam no sentido da
placa positiva; esse desvio é mais acentuado
que o das partículas .
 Radiações γ, que não sofrem desvio; são
ondas eletromagnéticas.
Radiação alfa ou partícula alfa
Um dos processos de estabilização de um núcleo
com excesso de energia é o da emissão de um grupo
de partículas positivas, constituídas por dois prótons
e dois nêutrons, e da energia a elas associada. São as
radiações alfa ou partículas alfa, núcleos de hélio
(He), um gás chamado nobre, por não reagir
quimicamente com os demais elementos.
Partículas :
 têm carga positiva (+2), ou seja, o dobro da
de 1 próton;




têm 4 unidades de massa atômica, (idêntica á
dos núcleos de hélio (He = 2 prótons e 2
nêutrons);
são emitidas com grande velocidade (até um
máximo de 30.000 km/s);
possuem grande energia, sendo porém
barradas por uma folha de papel ou por uma
lâmina de alumínio de 0,1 mm de espessura;
têm grande capacidade de ionizar gases (por
remoção de elétrons deles).
Radiação beta ou Partícula beta
Outra forma de estabilização, quando existe no
núcleo um excesso de nêutrons em relação a prótons,
é através da emissão de uma partícula negativa, um
elétron, resultante da conversão de um nêutron em
um próton. É a partícula beta negativa ou,
simplesmente, partícula beta.
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No caso de existir excesso de cargas positivas
(prótons), é emitida uma partícula beta positiva,
chamada pósitron, resultante da conversão de um
próton em um nêutron.
Portanto, a radiação beta é constituída de
partículas emitidas por um núcleo, quando da
transformação de nêutrons em prótons (partículas
beta) ou de prótons em nêutrons (pósitrons).
Partículas β:
 têm carga negativa (-1);
 são elétrons emitidos pelo núcleo dos
átomos;
 partícula beta é cerca de sete mil vezes mais
leve que a partícula alfa
 são emitidas a velocidades muito altas,
podendo chegar até próximo da velocidade
da luz (300.000 km/s);
 têm poder de penetração maior que as
partículas , sendo barradas por placas de
alumínio de 5 mm de espessura ou de
chumbo de 1 mm de espessura.
 radiação beta atravessa a camada superficial
da pele, podendo causar queimaduras, porém
sem chegar a atingir órgãos internos.
Radiação Gama
Geralmente, após a emissão de uma partícula alfa
() ou beta (β), o núcleo resultante desse processo,
ainda com excesso de energia, procura estabilizar-se,
emitindo esse excesso em forma de onda
eletromagnética, da mesma natureza da luz,
denominada radiação gama.
Um núcleo excitado, resultante de uma emissão
alfa
ou
beta,
libera
um
fóton
(ondas
eletromagnéticas) e passa para um nível de energia
mais baixo e mais estável.
Radiações γ:
 não têm carga elétrica;
 são radiações semelhantes aos raios X,
possuindo, porém, maior energia e menor
comprimento de onda (λ = 0,0005 a 1,0 mm);
 têm velocidade igual à da luz (como todas as
ondas eletromagnéticas);
 Devido a sua grande energia e ausência de
massa, têm grande poder de penetração,
superior até a 15 cm de espessura no aço.
 A radioatividade gama passa facilmente
através do corpo humano, causando danos
irreparáveis às células.
 quando convenientemente dosadas, as
radiações gama podem ser utilizadas para
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tratar algumas espécies de câncer, pois
destroem as células cancerosas.
Cinética da desintegração radioativa
A Velocidade de desintegração (V) ou atividade
radioativa corresponde à variação de um material
radioativo que se desintegra por unidade de tempo.
v
 n
, sendo n  n  no (n  no )
t
no = nº de átomos radioativos iniciais
n = nº de átimos radioativos após Δt
Constante radioativa (C)
Cada radioisótopos existe uma C, que indica a fração
de átomos que se desintegra na unidade de tempo:
V = C.n
Leis da Radioatividade
Exemplo: para o tório-234, C = 1/35 dia-1. Isso indica
1ª Lei: Soddy - Emissão alfa ()
Quando um radionuclídeo emite uma partícula ,
o seu número atômico diminui de 2 unidades e o seu
número de massa diminui de 4 unidades.
Th  24 
232
90
228
88
Ra
Número de massa: 232 = 4 + 228
Número Atômico: 90 = 2 + 88
2ª Lei: Soddy, Fajans, Russell - Emissão beta (β)
Quando um radionuclídeo emite uma partícula β,
o seu número atômico aumenta de 1 unidade e o seu
número de massa permanece inalterado.
Th   
232
90
0
1
234
91
Pa
A partícula β (similar ao elétron) é emitida pelo
núcleo, segundo o físico italiano Enrico Fermi
(Prêmio Nobel de Física de 1938), pela conversão de
um nêutron em próton, elétron e neutrino.
1
0
A partícula
n  11p 
0
1

  00  00
0
1
que no conjunto de 35 átomos de 234
90Th , apenas um
átomo de desintegrará por um ano em média.
A Vida Média (Vm) de um radionuclideo é a média de
vida de todos os átomos radioativos de um material
radioativo. Matematicamente pode ser demonstrado
que a Vm é o inverso da constante radioativa C. A
vida média do Tório-234 é igual a 35 dias.
Vm = 1/C
Um radioisótopo de Tório-234 pode apresentar
uma vida menor ou maior que 35 dias, porém na
média eles se desintegram (transmutam) em 35 dias.
Meia-vida
Meia-vida ou período de semidesintegração (p
ou t1/2) é o tempo necessário para que metade dos
radionuclídeos presentes em um material se
desintegre.
Representando graficamente a redução do número
de radioisótopos em função do tempo, obtemos o
gráfico de decaimento.
é expulsa do núcleo junto com a
 e, uma outra partícula subatômica
chamada de neutrino, 00 , de carga elétrica igual a
radiação
0
0
zero e massa desprezível.
O próton fica no núcleo e, como a massa do
próton é praticamente igual à massa do nêutron, a
massa total do átomo não se altera.
Um átomo instável libera energia na forma de
ondas eletromagnéticas para se tornar estável.
Cinética Radioativa
Unidade de Atividade
A atividade de uma amostra com átomos
radioativos (ou fonte radioativa) é medida em:
Bq (Becquerel) = uma desintegração por segundo;
Ci (Curie) = 3,7 x 1010 Bq
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Experimentalmente, a meia-vida dos radionuclídeos
de um material radioativo equivale a 70% da vidamédia desses átomos. Assim, a meia-vida do tório234 é igual a 0,7 . 35 dias = 24,6 dias.
p = 0,7 Vm
Meia-vida é o tempo necessário para a
atividade de um elemento radioativo ser reduzida à
metade da atividade inicial.
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exponencialmente. Esse fenômeno é
quantificado pela meia-vida do isótopo que, para
o núcleo de carbono-14, é de 5,73∙103 anos.
Cálculo da meia-vida
m0
m0 3 p m0 x p
2p



2
4
8
m0
m0
m0
m0
1
2
3
2
2
2
2x
t
m
Temos: m  x0
e x
p
2
1p
m0 
1.
2.
Onde:
m0  massa inicial
m  massa final
p  período de meia-vida
x  nº de meias-vidas
t  tempo total do decaimento
Famílias Radioativas
3.
4.
As sequencias de núcleos são denominadas SÉRIES
RADIOATIVAS ou FAMÍLIAS RADIOATIVAS.
Existem apenas 3 séries radioativas naturais:
U 
206
82
U 
207
82

Série do Urânio:
238
92

Série do Actnio:
235
92

Série do tório:
U 
232
92
Pb (4n)
Pb (4n+2)
208
82
Pb (4n+3)
Sendo n,número inteiro positivo.
Todos os elementos com número Z maior que 92
são denominados transurânicos.
Em uma série, o átomo inicial é chamado
elemento-pai ou nuclídeo-pai e os outros
descendentes são denominados elementos-filhos ou
nuclídeos-filhos.
A série natural do Urânio-238 ou série 4n inicia-se
com o radioisótopo urânio-238, como nuclídeo-pai,
que emite partículas  e β até chegar ao nuclídeofilho estável chumbo-206.
U  ...
238
92
Resp: 1. Falso; 2. Falso;
3. Verdadeiro.
4. Falso.
Exercícios de Olimpíadas de Química - OBQ
5. O Li-8 é um isótopo radiativo de lítio (A=8) que
emite partícula beta formando um nuclídeo
instável, que por sua vez emite uma partícula
alfa, formando um novo nuclídeo, estável, ”X”. O
número de nêutrons presentes no núcleo de “X”
é:
a) 2
b) 3
O decaimento radioativo é um fenômeno natural
que ocorre devido à instabilidade de um conjunto
de núcleos atômicos. O carbono-14, por exemplo,
é formado na atmosfera terrestre pelo
bombardeamento de nitrogênio-14 por um
nêutron vindo de raios cósmicos. Esse novo
átomo, então, é fixado em compostos biológicos
pelas plantas, através da fotossíntese. Admite-se
que, do instante em que se nasce até o instante
em que se morre, a concentração de carbono-14
se mantém constante: aproximadamente 1 átomo
para 1012 átomos de carbono-12. Após a morte,
essa
concentração
passa
a
cair
d) 5
e) 6
8=0+x x=8
3 = -1 + y  y = 4
8=4+A A=4
4=2+Z Z=2
A=Z+NN=A–Z=4–2=2
Pb
Exercícios de Olimpíadas de Química - DF
c) 4
Resp: (a)
206
82
É chamado de série 4n porque todos os elementos
da série apresentam números de massa (A) múltiplos
de 4. Além disso, todas as reservas de urânio-238
apresentam todos os membros dessa sequencia.
Profª Fátima Serrado
Julgue as afirmativas abaixo em certo (C) e
errado
(E):
A concentração de 14C se mantém constante nos
organismos
heterotróficos
por
causa
da
alimentação.
A meia-vida de um material radioativo é o tempo
que leva para metade dos isótopos da amostra
decaírem. Assim, após 2 meias-vidas não há mais
isótopos radioativos na amostra.
O carbono-14 decai radioativamente liberando
somente uma partícula β e se tornando
nitrogênio-14.
A dependência do número de isótopos radioativos
com o tempo é dado pela expressão N = N0∙e-kt.
Assim, núcleos de um isótopo com valor grande
de k decaem mais rápido que núcleos com valor
pequeno de k.
6. Um certo elemento químico apresenta um isótopo
radiativo de número de massa X. Se um átomo
desse isótopo emite, sucessivamente, uma
partícula alfa e duas partículas beta, a diferença
entre o número de massa e o número atômico
deste átomo:
a)
b)
c)
d)
e)
não varia;
diminui em 2 unidades.
diminui em 4 unidades.
aumenta em 2 unidades.
aumenta em 4 unidades.
Resp: (c)
variação do nº massa: 4 + 2.0 = 4
variação do nº massa: 2 + 2(-1) = 0
-4-
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7. O cobre-64 é usado na forma de acetato de
cobre(II), no tratamento de tumores cerebrais. Se
a meia –vida desse radioisótopo é de 12,8 horas, a
quantidade que restará, após 2 dias e 16 horas,
de uma amostra com 15,0 mg de acetato de
cobre (II) estará entre:
a)
b)
c)
d)
e)
0,1
0,5
1,0
2,0
3,0
e
e
e
e
e
0,5
1,0
2,0
3,0
5,0
mg
mg
mg
mg
mg
10. Detectores de incêndio são dispositivos que
disparam um alarme no início de um incêndio.
Um tipo de detector contém uma quantidade
mínima do elemento radioativo amerício-241. A
radiação emitida ioniza o ar dentro e ao redor do
detector, tornando-o condutor de eletricidade.
Quando a fumaça entra no detector, o fluxo de
corrente elétrica é bloqueado, disparando o
alarme. Este elemento se desintegra de acordo
com a equação a seguir:
241
95 Am
Nessa equação,
corresponde a:
Resp: (c)
2 dias = 24 h (+16h) = 40h
P = 40/12,8 = 3,125 (aproximadamente 3 meiasvidas)
15 mg  7,5 mg  3,75 mg  1,8 mg
8. O isótopo de 85Sr é utilizado em medicina, em
imagem de ossos para diagnosticar fraturas ou
osteoporose.
Sobre radioatividade, é INCORRETO afirmar que:
a) as células do nosso corpo não diferenciam
quimicamente um isótopo radioativo de um
não-radioativo. Isso acontece porque os
isótopos apresentam comportamento químico
iguais.
b) o número de massa de um radionuclídeo que
emite radiações beta não se altera.
c) um dos isótopos radioativos nocivos é o 90Sr,
que pode substituir o cálcio, e se incorpora
aos ossos. Isso ocorre porque ambos são
semelhantes e pertencem a mesma família de
metais alcalino-terrosos.
d) as
radiações
gama
são
ondas
eletromagnéticas de elevado poder de
penetração e possuem carga nuclear +2 e
número de massa 4.
Resposta: (d)
9. No dia 06 de agosto de 2005 foram lembrados os
60 anos de uma data triste na história da
Humanidade. Nesse dia, em 1945, foi lançada
uma bomba atômica sobre a cidade de Hiroshima,
que causou a morte de milhares de pessoas.
Nessa bomba, baseada no isótopo 235 de urânio,
uma das reações que pode ocorrer é representada
pela equação nuclear não balanceada:
235
1
92 U  0 n

141
56 Ba
Nesta equação X,
respectivamente:
a)
b)
c)
d)
e)

m
n
1
m X  3 0 n  energia
e
n
representam,
partícula alfa; 2; 4.
pósitron; 1; 0.
argônio; 18; 39,9.
criptônio; 36; 92.
bário; 56; 141.
a)
b)
c)
d)
e)
é
237
93 Np
Z
correto
afirmar
que
Z
uma partícula alfa.
uma partícula beta.
radiação gama.
raios X.
dois prótons.
Resp: (a)
11. O urânio empobrecido é um subproduto do
processo de enriquecimento do urânio natural,
que é encontrado em minérios como uraninita,
euxenita e outros. Usado como combustível, em
reatores na produção de energia e em armas
nucleares, o elemento químico urânio é
encontrado na crosta terrestre em uma
concentração de 4mg/kg, sendo composto por
uma mistura isotópica, formada por: 0,0055% de
urânio 234 (U234), 99,28% de urânio 238 (U238) e,
0,71% de urânio 235 (U235). Durante o processo de
enriquecimento, que consiste no aumento da
fração de U235, obtém-se como resíduo o urânio
empobrecido, que nada mais é do que urânio
natural contendo 0,3% de U235. Pelo fato deste
resíduo ser extremamente denso, resistente e
inflamável, vem sendo amplamente empregado
na área civil e militar, para uso maciço em
projéteis de alta penetração e em blindagens de
veículos de combate. Segundo a Organização
Mundial da Saúde, o principal risco que o urânio
empobrecido oferece à saúde humana não é
decorrente da sua radioatividade, mas sim de sua
toxicidade química, sendo o rim o principal órgão
afetado.
Com relação às possíveis emissões causadas
pela desintegração do urânio e à natureza da
matéria, analise cada uma das afirmativas abaixo
e assinale a(s) correta(s).
01. Na desintegração radioativa natural, que
começa no 92U238 e termina no 82Pb206, são
emitidas 8 partículas alfa (  ) e 6 partículas
beta (  ).
02. A reação n + 92U235  ABa142 + 36KrB + 3n trata
de uma fusão nuclear em que A = 56 e B = 91.
03. A massa atômica do elemento químico urânio
é de 236,95u.
04. Na reação n + 92U235  ABa140 + 36KrB + 2n, n é
uma partícula atômica, A = 56 e B = 94.
Resp: (d)
Profª Fátima Serrado

-5-
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05. A massa de U235, presente no urânio
empobrecido, obtido a partir de 1 tonelada
de urânio natural, é de 120g.
principais responsáveis pela degradação da
camada de ozônio.
d) A 27°C, um sistema fechado de 500 mL,
contendo 22 g de CO2, apresenta uma pressão
superior a 20 atm.
Dado: R = 0,082 atm.L.mol–1.K–1
Resp: (d)
Resp: V-F-F-V-F
12. Em 1995, o elemento de número atômico 111 foi
sintetizado pela transformação nuclear:
64
28 Ni

209
83Bi

272
111Rg
 nêutron
Esse novo elemento, representado por Rg, é
instável.
Sofre o decaimento:
272
268
111Rg  109Mt

264
107 Bh

260
256
252
105Db  103Lr  101Md
Nesse decaimento, liberam-se apenas
a)
b)
c)
d)
e)
nêutrons.
prótons.
partículas  e partículas .
partículas .
partículas .
15. Quando se fala em isótopos radioativos,
geralmente a opinião pública os associa a
elementos perigosos, liberados por reatores
nucleares. No entanto, existem isótopos de
elementos naturais que estão presentes no nosso
dia-a-dia. O gráfico mostra a cinética de
desintegração do rádio-226, que pode estar
presente em materiais de construção, em geral
em concentrações muito baixas para que se possa
comprovar qualquer relação com danos à saúde.
As coordenadas de um ponto do gráfico são
indicadas na figura.
Resp: (e)
13. No Brasil, um país com recursos hídricos
invejáveis, a produção de energia elétrica
provém em sua grande maioria de usinas
hidroelétricas. Entretanto, em países europeus,
como a Alemanha e a França, a produção de
eletricidade provém dos reatores de usinas
nucleares. Em um processo radioativo, um
radioisótopo A, de número atômico 92 e número
de massa 238, foi convertido no elemento
químico B de número atômico 88 e número de
massa 226. Considerando essas informações, é
CORRETO afirmar que, nesse processo radioativo,
o número de partículas alfa ( ) e partículas beta
() emitidas são respectivamente:
a)
b)
c)
d)
2
2
2
3
e
e
e
e
Dados:
onde
A meia-vida desse isótopo, em anos, é igual a
a) 1400.
b) 1500.
c) 1600.
d) 1700.
e) 1800.
Resp: (d)
Profª Fátima Serrado
1
c ,
m: massa no tempo t;
mo: massa no tempo 0;
c: tempo de meia-vida.
0
2
3
2
14. A estimativa da idade de um fóssil pode ser feita a
partir da meia-vida do isótopo 14 do carbono, que
é igual a elimina gás carbônico radioativo e nãoradioativo, 14CO2 e 12CO2, respectivamente.
Durante a vida de um organismo, a taxa do
isótopo radioativo do carbono mantém-se
basicamente constante, e, após a morte, esse
valor vai diminuindo devido ao decaimento
radioativo. De acordo com as informações
contidas no texto e com seus conhecimentos
adicionais sobre química, é CORRETO afirmar:
a) No decaimento beta, a partícula emitida
apresenta carga positiva.
b) Um fóssil com 12,5% de 14C terá sua idade
estimada em 22.000 anos.
c) O CO2 pode ser produzido pela queima
completa de materiais fósseis, sendo um dos
m  mo  2
Resolução:
2x = 8
No gráfico:
m = 100 e
P = 1600 anos
x=3
t = 4800 anos, então:
16. Para determinar o tempo em que certa
quantidade de água permaneceu em aqüíferos
subterrâneos, pode-se utilizar a composição
isotópica com relação aos teores de trítio e de
hidrogênio. A água da chuva apresenta a relação
3
1
17
e medições feitas na água de
1 H / 1 H  1,0  10
um aqüífero mostraram uma relação igual a
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b)
c)
d)
e)
19
6,25  10 . Um átomo de trítio sofre decaimento
radioativo, resultando em um átomo de um
isótopo de hélio, com emissão de uma partícula
  . Forneça a equação química para o
decaimento radioativo do trítio e, sabendo que
sua meia-vida é de 12 anos, determine por
quanto tempo a água permaneceu confinada no
aqüífero.
Resp: 31 H  23 He 
0
1 
2P
100%
48 anos
3P
anos
anos
anos
anos
e 6,25
e 9,50
e 9,50
e 4,75
g.
g.
g.
g.
Resp: (e)
1P
2P
50%
25%
3P
12,5%
4P
6,25%
4P  4 x 30 = 120 anos
significa que a água confinada
tem a relação 16 vezes menor, logo:
1P
120
150
120
120
19 g
1P
9,5 g 2P
4,75 g
4P
60 anos = 2P
Passaram-se 4 períodos (x) e, cada período de meiavida (P) tem 12 anos, então: o tempo total (T) será T
= 4 x 12 = 48 anos
17. Um medicamento quimioterápico contém, como
princípio ativo, um isótopo radioativo com um
período de semidesintegração de 4,5 horas. Se
um paciente em tratamento ingerir um
comprimido formulado com 10mg do princípio
ativo, quantas meias-vidas serão necessárias para
que essa massa sofra uma redução de 87,5%?
(Caso necessário, aproxime o resultado para o
inteiro mais próximo).
Resp: 003
10 mg
2P
1P
5 mg
50%
25%
2,5 mg
3P
12,5%
19. O plutônio-239, emissor de partículas alfa e meiavida de 24 mil anos, é produzido como
subproduto durante a operação de reatores
nucleares. Esse isótopo é fissionável e apenas
alguns quilogramas de plutônio enriquecido acima
de 93% de Pu-239 são necessários para fabricar
uma bomba atômica. Por isso, a Agência
Internacional de Energia Atômica controla o
estoque desse elemento nos centros de pesquisas
e centrais nucleares do mundo. O produto de
decaimento do plutônio-239 e o tempo em 103
anos necessário para que o nível de
radioatividade diminua para 1/128 de seu valor
original são, respectivamente,
a)
b)
c)
d)
e)
1,25 mg
100 - 12,5 = 87,5%
3 períodos de meia-vida serão necessários para 10 mg
sofrer uma redução de 87.5 %.
18. O acidente com o césio-137 em Goiânia, no dia 13
de setembro de 1987, foi o maior acidente
radioativo do Brasil e o maior do mundo ocorrido
em área urbana. A cápsula de cloreto de césio
(CsCl), que ocasionou o acidente, fazia parte de
um
equipamento
hospitalar
usado
para
radioterapia que utilizava o césio-137 para
irradiação de tumores ou de materiais
sanguíneos.
Nessa
cápsula,
havia
aproximadamente 19 g do cloreto de césio-137
(t1/2 = 30 anos), um pó branco parecido com o sal
de cozinha, mas que, no escuro, brilha com uma
coloração azul. Admita que a massa total de
cloreto de césio, contida na cápsula, tenha sido
recuperada
durante
os
trabalhos
de
descontaminação e armazenada no depósito de
rejeitos radioativos do acidente, na cidade de
Abadia de Goiás. Dessa forma, o tempo
necessário para que restem 6,25% da quantidade
de cloreto de césio contida na cápsula, e a massa
de cloreto de césio-137 presente no lixo
radioativo, após sessenta anos do acidente, são,
respectivamente,
a) 150 anos e 2,37 g.
Profª Fátima Serrado
U e 168.
Am e 168.
U e 144.
Np e 144.
Am e 144.
Resp: (a)
1
1P
2P
3P
4P
5P
6P
7P
7P  7 x 24000 = 168 x 103 anos
20. O iodo-131 é um elemento radioativo utilizado em
medicina nuclear para exames de tireóide e
possui meia-vida de 8 dias. Para descarte de
material contaminado com 1 g de iodo-131, sem
prejuízo para o meio ambiente, o laboratório
aguarda que o mesmo fique reduzido a 10–6 g de
material radioativo.
Nessas condições, o prazo mínimo para descarte
do material é de:
Dado: log10 (2)  0,3
a)
b)
c)
d)
e)
-7-
20 dias.
90 dias.
140 dias.
160 dias.
200 dias.
Apostila de Química
CMB
Resp: (d)


2x = 106

x.log 2 = 6  x.0,3 = 6  x = 20
P = 8 dias  T = 20 x 8 = 160 dias
21. O armazenamento do lixo radioativo é um dos
grandes obstáculos para o uso da energia nuclear.
Atualmente, o lixo radioativo é guardado em
tanques subterrâneos. Segundo as normas
internacionais, uma quantidade de rejeito que
apresenta atividade radioativa de 6x1012
desintegrações por minuto (dpm) só poderá ser
desenterrada após 10000 anos, quando a
atividade estiver reduzida a 3x10–3 dpm, nível
considerado inofensivo. O tempo de meia vida
desse nuclídeo é aproximadamente igual a: (use
log 2 = 0,3)
a) 100 anos;
b) 200 anos;
c) 400 anos;
d) 800 anos;
e) 1600 anos.
Resp: (b)


2x=2.1015 log 2x = log2.1015 x.log2 = log2 + log1015
x.0,3 = 0,3 + 15  x = 51
22. A radioatividade pode ser empregada para
determinação da idade de ossadas humanas. Em
1999, foi estudada a ossada de um habitante do
Brasil e sua idade foi avaliada como sendo de
11.500 anos. Suponha que, nessa determinação,
foi empregado o método de dosagem do isótopo
radioativo carbono-14, cujo tempo de meia-vida
é de 5.730 anos. Pode-se afirmar que a
quantidade de carbono-14 encontrada quando foi
estudada a ossada, comparada com a quantidade
contida no corpo deste habitante por ocasião de
sua morte é de aproximadamente:
a)
b)
c)
d)
e)
5% do valor original.
50% do valor original.
10% do valor original.
25% do valor original.
100% do valor original.
100%
50% 2P
25%
23. O carbono-14 em madeira viva decai à taxa de
16dpm (desintegrações por minuto) por grama de
carbono. Se a meia vida desse isótopo é de 5.600
anos, a idade aproximada de um pedaço de
cadeira, encontrada num túmulo egípcio que
apresentava, na época de seu descobrimento,
uma taxa de 10 dpm, é de: (use log 2  0,3)
a)
b)
c)
d)
e)
2.800 anos;
3.700 anos;
5.600 anos;
7.100 anos;
11.200 anos.
Resp: (b)
log 10 = log 24 – log 2x
1 = 4 log 2 – x log 2 (sendo log 2 = 0,3)
1 = 1,2 – 0,3 x
x = 2/3
24. O prazo de validade de um determinado
antibiótico é de 70 dias, desde que armazenado
sob refrigeração a 5ºC. Sabe-se que a constante
de decaimento do antibiótico (kd) é igual a 0,02 /
dia. A quantidade do antibiótico remanescente no
medicamento ao final do prazo de validade,
quando armazenado a 5ºC, será de:
Obs: considere ln 2 = 0,7.
a) zero;
b) 1/5 da quantidade inicial;
c) 1/4 da quantidade inicial;
d) 1/2 da quantidade inicial;
e) a mesma quantidade inicial.
Resp: (c)
25. O tecnécio-99m ( 99m Tc ) é um radionuclídeo
utilizado no diagnóstico de patologias e
disfunções dos Seres Vivos. Este radionuclídeo é
produto do decaimento radioativo de molibdênio
99. O 99 Mo possui tempo de meia vida de 66
horas e sua desintegração até 99
segue a
44 Ru
equação abaixo:
99
42 Mo
0

1


99m
43Tc


99
43Tc
0

1


99
44 Ru
a) Se considerarmos que todo o molibdênio
desintegre por emissão  originando o 99m43Tc ,
Resp: (d) - Resolução
quanto restará de 99
42 Mo após 66 horas, se a
massa inicial do isótopo era de 200mg?
b) Um outro radionuclídeo, emissor de radiação
gama ( ) , tal como o 99m43Tc , é o gálio-67.
T = 11500 anos
P = 5730 anos
Passaram-se 2 períodos de meia-vida (2P):
Profª Fátima Serrado
1P
-8-
Apostila de Química
CMB
Represente a equação de emissão de
radiação  , seguida de emissão  e
determine o novo elemento formado.
Resp:
a) Meia vida - tempo necessário para redução
da massa de um nuclídeo a metade.
T ½ vida de 99Mo = 66 horas.
Após 66 horas a massa será igual a m/2.
Se m = 200  g após 66 horas teremos 200/2.
Teremos 100  g de massa
b)
67
31 Ga



67
31Ga
1 


0
67
32Ge
26. (Fei-SP) Uma amostra de 64 g de um elemento
radioativo, de constante de radioatividade igual a
1/90 dias-1, ficou reduzida a 8 g após 50 dias. A
sua meia-vida e sua vida média são iguais,
respectivamente, a:
a) 45 dias e 28 dias
b) 45 dias e 50 dias
c) 16 dias e 16 horas e 90 dias
d) 45 dias e 90 dias
e) 16 dias e 40 minutos e 90 dias
padrão de solvente (em geral 100 g), a determinada
temperatura.
Quando o CS é praticamente nulo, dizemos que a
substância é insolúvel naquele solvente.
Em função do ponto de saturação
coeficiente de solubilidade, as soluções
classificam em:
Solução Saturada - quando a quantidade de soluto
dissolvido é igual àquela especificada pelo CS.
Solução insaturada - contém menos soluto do que o
estabelecido pelo CS.
Solução Supersaturada – ultrapassa o CS.
Colóides
São sistemas heterogêneos, onde as partículas do
disperso apresentem tamanho médio entre 1 a 100
nm.
Ex: fumaça (partículas sólidas dispersas em um gás).
Os coloides recebem nomes particulares de
acordo dom o estado físico do disperso e do
dispersante.
Disperso
Sólido
Líquido
Líquido
Sólido
Líquido
Resp:(c)
Solução
Solução
Mistura homogênea de duas ou mais substâncias
(onde as partículas do disperso possuem tamanho
médio ou inferior a 1 nm).
Soluto: substância que se dissolve.
Solvente: substância que promove a dissolução
Referência: Soluto – índice 1
Solvente – índice 2
Solução – sem índice
Classificação:
1) Em função do estado físico da solução:
- Solução sólida (liga metálica);
- Solução gasosa (ar atmosférico);
- Solução líquida (sal + água)
Dispersante Exemplo
Líquido
S + H2O
Sólido
Geleia
Líquido
Água + óleo
Gás
Fumaça
Gás
neblina
Nome
Sol
Gel
Emulsão
Aerossol
Aerossol
Suspensões
São sistemas heterogêneos, onde as partículas do
disperso são grandes aglomerados com tamanho
médio superior a 100 nm.
Ex: hidróxido de magnésio (leite de magnésia)
Curvas de Solubilidade
São gráficos que apresentam a variação do
coeficiente de solubilidade das substâncias em
função da temperatura.
2) De acordo com a natureza do soluto:
- Solução molecular (açúcar e água)
- Solução iônica (sal e água)
3) De acordo dom a proporção entre soluto e
solvente:
- solução diluída (pouco soluto em relação ao
solvente)
- solução concentrada (muito soluto em
relação ao solvente)
4) De acordo com o Coeficiente de Solubilidade
(CS):
Coeficiente de Solubilidade de um soluto é a
quantidade máxima deste soluto (em geral, em
gramas) que pode ser dissolvido em uma quantidade
Profª Fátima Serrado
ou
se
-9-
Apostila de Química
CMB
Concentrações das Soluções
TÍTULO

m1
m
m = m1 + m2

As substâncias reagem entre si com igual número
de equivalentes, caso contrário, o de maior
número de equivalentes estará em excesso.
% = τ x 100
PORCENTAGEM (%)
TITULAÇÃO: É uma técnica que permita calcular
a concentração da solução desconhecida pelo
volume de solução padrão gasto na reação.
Utiliza-se indicadores para visualizar o final da
reação.
m
C 1
V
CONTRAÇÃO COMUM (C)
Densidade: d=m/V (da solução)
Exercícios de Olimpíadas de Química - DF
MOLARIDADE (CONC. MOLAR) (M)
ℳ
1.
m1
M1.V
mols/litros
MOLALIDADE (CONC. MOLAL)
n1
m1

m2( kg ) M1.m2( kg )

Que reagem entre si – TITULAÇÃO
Diluição de Soluções
Diluir - uma solução significa adicionar solvente com
consequente diminuição da concentração, sem
contudo alterar a quantidade de soluto.
 Concentração Comum (C):
Um estudante de química, muito empenhado,
teve a curiosidade de determinar a concentração
de ácido acético em um determinado vinagre
comercial. Para esta verificação, ele utilizou
uma solução de hidróxido de cálcio 0,1 mol/L,
previamente padronizado. O preparo da mistura
A de ácido acético foi a partir de uma alíquota
de 25 mL de vinagre, a qual diluiu-se com água
destilada até o volume de 100 mL. Uma alíquota
de 10 mL desta mistura A foi retirada e diluída
com água destilada até um volume de 35 mL,
formando assim a mistura B. Na titulação da
mistura B com o hidróxido, consumiram-se 18,2
mL de hidróxido. Desta forma, calcule a
concentração do ácido acético no vinagre
comercial, considerando que toda sua acidez se
deve à presença do ácido acético. A resposta
deve ser multiplicada por cem e desprezada a
parte fracionária do resultado, caso exista.
Resp: 72,8
Resolução:
Sol A: 25 mL + H2O  100 mL, sol A
Sol A, 10 mL + H2O  35 mL, sol B
 Concentração Molar (ℳ):
Ca(OH)2: 0,1 M 
0,1 mol --- 1L (1000 mL)
x
Titulação: 2 HAc + Ca(OH)2


 Título ( ):
m1 =
i. V1 = f.
2 mol --- 1 mol
.m
minicial = mfinal
x ------ 0,00182 mol
0,00364 mol ----- 35 mL
Vf
x --------- 1000 mL  x = 0,104 mol 
0,104 mol/L
Sol A: 10 mL ----- Sol B: 35 mL; 0,026 mol/L:
Que não reagem entre si)

Profª Fátima Serrado
 x = 0,00364 mol
Foram titulados 35 mL de HAc:
Mistura de Soluções

---- 18,2 mL  x = 0,00182 mol
- 10 -
Apostila de Química
2.
CMB
Quando comemos e não fazemos a limpeza dos
dentes, há uma degradação dos alimentos na
boca causada por bactérias. Um produto
metabólico dessas bactérias, a partir de certos
alimentos, conhecido como ácido lático
(CH3CHOHCO2H) é o principal responsável pela
degradação dos dentes. Esse fenômeno ocorre
quando o esmalte do dente, que é composto
principalmente pelo mineral hidroxiapatita
(hidroxifosfato de cálcio, Ca 10(PO4)6(OH)2), em
presença de um pH inferior a 5,0, forma um sal
solúvel. A reação balanceada para este
fenômeno é dada por:
Ca10(PO4)6(OH)2 + 14H+ ⇄ 10Ca2+ + 6 H2PO4- + 2 H2O
Para proteger melhor os dentes, aplica-se o flúor.
Ocorrendo uma reação, a hidroxiapatita é
substituída por fluorapatita (Ca10(PO4)6F2), que
por ser menos solúvel deixa o dente mais
protegido contra o ataque do ácido lático.
Com base no texto e em seus conhecimentos,
assinale o item incorreto:
Dados: M(Ca)=20 g.mol-1; M(H)=1 g.mol-1; M(O)=16
g.mol-1 e 66.22 ≃ 1,87.105.
a) Sabendo que o ácido lático é monoprótico,
uma amostra deste foi titulada com 6,70 mL
de hidróxido de sódio a uma concentração de
0,06 mol.L-1. Conclui-se que a massa da
amostra era de 36,21 mg.
b) Considerando a solubilidade da hidroxiapatita
de 1,00.10-3 mol.L-1, seu produto de
solubilidade (Kps) é de 1,87.10-39.
c) Para reduzir a deterioração dos dentes, é
recomendado utilizar materiais básicos
(pH>7) na hora da assepsia bucal.
d) O ácido lático possui uma fração de
dissociação (α) de 11,2%. Com uma
quantidade de 18,015 mg do referido ácido
em
200
mL
de
solução,
teríamos
[CH3CHOHCO2-] = 1,12.10-3 mol.L-1.
Resp: (d)
a) Correto.
0,06 mol/L

x ------------ 10x ------ 6 x ------- 2 x
Kps = [Ca2+]10.[PO43-]6.[OH-]2 =
(10x)10.(6x)6.(2x)2 = 1010.x10.66.x6.22.x2
= 1010.66.22 . x10+6+2
Dado que; 66.22 ≃ 1,87.105 e x = 1.10-3, temos:
kps = 1010.1,87.105.(10-3)18 = 1,87.10-39
c) Correto. pH>7 tem caráter básico. Ao adicionar
base (OH-) à reação em equilíbrio, haverá uma
neutralização
do
H+ ,
diminuindo
sua
concentração, e, para que a equação vote
novamente
ao
equilíbrio,
ocorre
um
deslocamento da direita para a esquerda, com
formação de hidroxiapatita.
d) α = 11,2% = 0,112
Massa molar ácido lático = CH3CHOHCO2H = 90 g/mol
1 mol ----- 90 g
x ---- 18,015.10-3 g  x = 0,2 . 10-3 mol
V = 200 mL = 0,2 L
0,2 . 10-3 mol ---- 0,2 L
x
------- 1 L  x = 1. 10-3 mol
(conc. = 1 . 10-3 mol/L)
α = 11,2%
-3
1 . 10 mol --- 100%
x --- 11,2 %
x = 0,112 . 10-3 = 1,12 . 10-4 mol/L
3.
0,06 mol ---- 1 L (1000 mL)
x ----------- 6,7 mL

x = 4,02.10-4 mol
1 mol H+ é neutralizado por 1 mol OH- 
1 mol H+ ---- 1 mol OH1Nº mol do ácido: 4,02.10-4 mol
Massa molar do ácido: CH3CHOHCO2H = 90 g/mol
1 mol ------- 90 g
4,02.10-4 mol ------ x
x = 0,03618 g = 36,2 mg
b) Correto
x = 1.10-3 mol/L
Ca10(PO4)6(OH)2
⇄
a) Em todo momento, a equação balanceada
para
a
reação
dos
óxidos
citados
anteriormente com o ácido será: MgO + CaO
+ 4HCl  MgCl2 + CaCl2 + 2H2O
b) A soma dos coeficientes estequiométricos da
equação balanceada para a reação dos óxidos
com o ácido é igual a 11.
c) Considerando um volume inicial do ácido de
100 mL, consumiram-se 43,2 mL para a sua
reação com os óxidos.
d) Considerando que a amostra de carbonato
tivesse 4,040 g, o carbonato de magnésio
corresponderia a 63,90% da amostra.
10Ca2+ + 6 PO43- + 2 OH-
1 mol ------------ 10 mol --- 6 mol --- 2 mol
Profª Fátima Serrado
Uma dada amostra de carbonato de magnésio
(MgCO3) misturado com carbonato e cálcio
(CaCO3) foi calcinada até a transformação
completa em seus respectivos óxidos (MgO e
CaO). Posteriormente, o material em questão foi
tratado com um excesso de ácido clorídrico
(HCl). O excesso que não reagiu foi titulado com
uma solução de hidróxido de sódio (NaOH) 2,00
mol.L-1. Com a habilidade exigida e os dados
pertinentes, é possível determinar o teor de
magnésio e cálcio na amostra.
Com base no texto e em seus conhecimentos,
assinale o item correto.
Dados: HCl = 1,00 mol.L-1, VNaOH = 28,4 cm3,
M(MgCO3) = 84,314 g.mol-1 e M(CaCO3) = 100,089
g.mol-1
- 11 -
Apostila de Química
CMB
Resp: (c)
líquido corresponde ao soro). O ferro na proteína
transferrina está na forma Fe3+ e deve ser
reduzido a Fe2+ para ser liberado e analisado
(este procedimento foi realizado com a adição
de cloreto de hidroxilamina (NH3OH+Cl-) no
soro). Depois que o ferro foi reduzido,
precipitam-se as proteínas, para que estas não
interfiram na análise. Tal precipitação é
efetivada com a adição de ácido tricloroacético
(Cl3CCO2H) e para haver a separação utiliza-se
uma centrífuga. O líquido sobrenadante é então
transferido para um recipiente, onde se
acrescentam um tampão e ferrozina em excesso,
para formar um
complexo
roxo
e
ser
analisado em um espectrofotômetro. Quando
se trabalha em concentrações maiores, é
possível fazer a determinação de ferro a partir
de sua titulação com permanganato de potássio
(KMnO4) em meio ácido, a qual obedece a
seguinte equação não balanceada:
a) Errado.
MgCO3  MgO + CO2
CaCO3  CaO + CO2
MgO + 2HCl
CaO + 2HCl
Reação total:


MgCl2 + 2H2O
CaCl2 + 2H2O
MgO + CaO + 4HCl

MgCl2 + CaCl2 + 4 H2O
b) Errado. Soma dos coeficientes:
1+1+4+1+1+4 = 12
c) Correto.
Foram gastos 28,4 ml de NaOH (2 mol/L) na titulação
do excesso de HCl:
2 mol --- 1 L (1000 mL)
x ------ 28,4 mL  x = 0,0568 mol
1 mol HCl reage com 1 mol de NaOH, então, o nº de
mol de HCl = 0,0568
A concentração do HCl é 1,0 mol/L:
1 mol ---- 1 L (1000 mL)
0,0568 mol ----- x 
x = 56,8 mL
Foram usados 100 mL de HCl para reagir com os
óxidos, mas houve um excesso de 56,8 mL, então, a
diferença é o volume de HCl que reagiu
completamente com os óxidos.
100 – 56,8 = 43,2 mL
MnO4- + Fe2+ + H+  Mn2+ + Fe3+ + H2O
Com base no texto, na equação não balanceada e
considerando que a massa molar do Fe é 55,866
g.mol-1, assinale o item errado:
a) Caso a equação acima esteja devidamente
balanceada, com os menores números
inteiros possíveis, a soma destes coeficientes
estequiométricos corresponderá a 24.
b) Uma solução hipotética de Fe2+ foi titulada e
consumiu 35,8 mL de uma solução padrão de
permanganato de potássio 0,020 mol.L-1. Isso
corresponde a dizer que a solução titulada
contém 0,200 g de Fe.
c) O
hematologista
determinou
que
a
concentração de ferro no soro era de
aproximadamente 1 g de Fe para cada 1 mL
de soro. Na eventualidade dele ter retirado 6
mL de sangue de um paciente, essa mesma
quantidade teria 3,3 g de ferro disponível
para a biossíntese no sangue.
d) A concentração de ferro disponível para a
biossíntese no soro corresponde à metade da
contida no sangue.
Resp: (d)
a) Correto.
Mn7+ (MnO4-) ---- Mn2+
(variação de 5
unidades)
Fe2+ -------- Fe2+ (variação de 1 unidade)
d) VHCl gasto = 43,2 mL; concentração = 1,0 mol/L
1 mol ---- 1 L (1000 mL)
x ------ 43,2 mL 
x = 0,0432 mol
MgO + CaO + 4HCl  MgCl2 + CaCl2 + 4 H2O
1 mol – 1 mol – 4 mol
x --- y ---- 0,0432 mol
 x = y = 0,0108 mol
Cálculo da massa do MgO (M = 84,314):
1 mol ----- 84,314 g
0,0108 mol ----- x  x = 0,911 g MgO
Cálculo da massa do CaO (M = 100,089):
1 mol ----- 100,089 g
0,0108 mol ----- x  x = 1,081 g CaO
Balanceando as cargas:
1MnO4- + 5Fe2+ + H+  1Mn2+ + 5Fe3+ + H2O
Massa total dos óxidos: 0,911 + 1,081 = 1,992 g
Cálculo do percentual: 1,992 g ---- 100%
0,991 g --- x  x = 49,7 % MgO
0,108 g --- y  y = 50,3 % CaO
4.
Por tentativa, faz-se o balanceamento do H+ e H2O:
1MnO4- + 5Fe2+ + 8H+  1Mn2+ + 5Fe3+ + 4H2O
Soma dos coeficientes: 1 + 5 + 8 + 1 + 5 + 4 = 24
Um hematologista, a fim de determinar o teor
de ferro disponível para a biossíntese no sangue
em um de seus pacientes, procedeu da seguinte
maneira. Coletou uma amostra do sangue,
deixou que coagulasse e retirou o líquido que
correspondia a 55% em volume da amostra (esse
Profª Fátima Serrado
b) Correto.
KMnO4: 0,020 mol/L; 35,8 mL
0,020 mol ---- 1 L (1000mL)
x ----- 35,8 mL  x = 7,16.10-4 mol
- 12 -
Apostila de Química
CMB
1MnO4- + 5Fe2+ + 8H+  1Mn2+ + 5Fe3+ + 4H2O
1 mol ---- 5 mol
7,16.10-4 mol --- x  x = 3,5 . 10-3 mol Fe2+
1 mol Fe ---- 55,866 g
3,5.10-3 mol ---- x 
5.
Durante todo o ensino médio aprendemos e
discutimos o conceito de soluções. Além disso,
aprendemos
como
representar
seus
componentes, concentrações, solubilidade e
outras
propriedades.
Utilizando
os
conhecimentos sobre soluções, julgue os itens a
seguir e depois marque a alternativa correta.
I. Uma solução foi preparada a 20°C e sua
concentração é 1 mol/kg de solvente. A 60°C
sua concentração permanecerá 1 mol/kg de
solvente.
II. A concentração de íons fluoreto em água
tratada é de 5.10-5 mol/L. Se uma pessoa
tomar 1,5 L dessa água por dia, ao fim de
uma semana, terá ingerido aproximadamente
10 mg do íon.
III. A concentração da solução obtida pela adição
de 200 mL de H2SO4 2 mol/L a 600 mL de
H2SO4 1 mol/L é 1,25 mol/L
IV. A 100 mL de solução aquosa de Ba(NO 3)2
adiciona-se 200 mL de solução aquosa de
H2SO4, ambas com a mesma concentração
inicial. Podemos afirmar que no processo de
adição da solução de ácido sulfúrico a
concentração dos íons Ba2+ e NO3- sempre
diminuirá à medida que a solução de H 2SO4
for adicionado à solução.
a)
b)
c)
d)
IV. Correto. Ba(NO3)2 + H2SO4  BaSO4 + 2HNO3
Na reação há formação de íons Ba2+ e SO42-. A
quantidade de matéria, mol, do NO3-,
permanece constante, mas, sua concentração
diminui, pelo aumento do volume. Enquanto
que os íons SO42- aumenta, pois está sendo
formado.
x = 0,2 g Fe
Uma opção está correta.
Duas opções estão corretas.
Três opções estão corretas.
Quatro opções estão corretas.
6.
a) 50
b) 98
c) 188
d) 114
Resp: (c)
Massa molar do ácido: 98 g/mol
Cálculo da concentração molar do ácido:
7.
Resp: (c)
varia conforme a
I. Errado. A solubilidade
temperatura.
II. Correto.
5.10-5 mol --- 1 L
x ----- 1,5 L
x = 7,5.10-5 mol de F- (1 dia)
Em 1 semana (7 dias): 7,5.10-5 x 7
= 5,25.10-4 mol de F
M(F) = 19 g/mol
1 mol F --- 19 g
5,25.10-4 mol ---- x
 x = 9,975.10-3 g ≃ 10 mg
Correto.
Profª Fátima Serrado
Determinou-se, em uma solução aquosa, a
presença dos seguintes íons: Na+, Cl- e SO42-. Se,
nesta solução, as concentrações dos íons Na+ e
SO42- são, respectivamente, 0,05 mol/L e 0,01
mol/L. A concentração, em mol/L, de íons Clserá:
a) 0,01
b) 0,02
c) 0,03
d) 0,04
e) 0,05
Resp: (c)
Na2SO4  2Na+ + 1 SO4=
1 mol --- 2 mol --- 1 mol
x ----- 0,02 mol (em 1 litro)  0,02M
Na+ = 0,05 – 0,02 = 0,03 M
NaCl  1 Na+ + 1Cl1mol --- 1 mol --- 1 mol
0,03 M --- y  y = 0,03 M
8.
III.
O ácido sulfúrico (H2SO4) é a substância
produzida em maior quantidade pela indústria
química em todo o mundo. É comercializado em
soluções aquosas de diferentes concentrações.
Certo frasco contém 1,0 L de solução de H2SO4 e
6,5 g do ácido. Deseja-se preparar outra solução
do mesmo ácido, de modo que a concentração
desta seja de 0,5 mol/L. Quantos mL,
aproximadamente, da solução inicial serão
necessários para o preparo de 25,0 mL da última
solução?
- 13 -
Hipoclorito de sódio pode ser obtido através da
seguinte reação:
Cl2(g) + 2NaOH(aq)  NaCl(aq) + NaOCl(aq) + H2O(l)
Considerando a existência de cloro gasoso em
excesso, qual o volume de uma solução de NaOH
de concentração 2 mol/L necessário para
Apostila de Química
CMB
produzir hipoclorito em quantidade suficiente
para preparar 2L de uma solução 0,5 mol/L de
NaOCl?
x = 10mmol e y = 10 mmol
x + y = 10 + 10 = 20 mmol
11. Uma solução saturada de nitrato de potássio
(KNO3) constituída, além do sal, por 100 g de
água, está à temperatura de 70oC. Essa solução
é resfriada a 40oC ocorrendo precipitação de
parte do sal dissolvido. Com base nesses dados e
no gráfico apresentado,
a) 1,0 L
b) 2,0 L
c) 3,0 L
d) 4,0 L
e) 5,0 L
Resp: (a)
Cl2(g) + 2NaOH(aq)  NaCl(aq) + NaOCl(aq) + H2O(l)
1 mol --- 2 mol ----- 1 mol ---- 1 mol --- 1mol
x -------------------- 1 mol
x = 2 mol NaOH
NaClO 
= 0,5 . 2 = 1 mol
NaOH 
=1L
9.
A curva de solubilidade de um sal hipotético está
representada ao lado. A quantidade de água
necessária para dissolver 30 g do sal a 70 oC é:
a)
b)
c)
d)
e)
pode-se afirmar que a massa de sal que precipitou
foi de aproximadamente:
a) 20 g
b) 40 g
c) 60 g
d) 80 g
e) 100 g
Resp: (d)
10 g
20 g
30 g
50 g
60 g
À 70oC, o coeficiente de solubilidade é: 140 g/100
g H2O
À 40oC, o coeficiente de solubilidade é: 60 g/100
g H2O
Ao resfriar a solução de 70oC para 40oC, a
solubilidade diminui de 140 – 60 = 80 g (esta é a
quantidade de sal que precipitará.
Resp: (d)
A 70oC o coeficiente de solubilidade (CS) é 60g/100g
H2O
60 g sal --- 100 g sal
30 g sal --- x
 x = 50 g H2O
12. Para neutralizar 1,0 mL de ácido clorídrico com
pH = 4,0, o volume necessário de hidróxido de
sódio com pOH = 5,0 é igual a:
a) 8 mL
b) 10 mL
c) 16 mL
d) 20 mL
e) 40 mL
Resp: (b)
pH = 4  [H+] = 10-4
HCl: 1,0 mL = 10-3 L; [H+] = 10-4 mol/L
10. (OBQ-2009) A soma das concentrações dos íons
presentes em uma solução preparada a partir da
dissolução completa de 1,25 g de sulfato cúprico
penta-hidratado em volume de água suficiente
para completar 500 mL de solução, expressa em
mmol/L, é de aproximadamente:
a) 10
b) 20
c) 30
d) 40
e) 50
Resp: (b)
M(CuSO4.5H2O) = 249,5 g/mol
CuSO4.5H2O  Cu2+ + SO4= + 5 H2O
1 mol --- 1 mol -- 1 mol
10 mmol --- x --- y
Profª Fátima Serrado
HCl + NaOH  z NaCl + H2O
1 mol H+ ---- 1 mol OH10-7 mol ----- x
x  10-7 mol OHNaOH: pOH = 5  [OH-] = 10-5 mol/L
10-5 mol --- 1 L
10-7 mol --- x x  10-2 L = 10 mL
13. (OBQ-2011) O volume de ácido nítrico 0,1 mol.L-1
necessário para neutralizar uma mistura 0,40 g
- 14 -
Apostila de Química
CMB
de hidróxido de sódio e 1,71 g de hidróxido de
bário é
a) 20 mL b) 30 mL
c) 50 mL
d) 200 mL e) 300 mL
Resp: (e)
Massas molares: NaOH = 40 g/mol
Ba(OH)2 = 171 g/mol
c) 50% de NaOH e 50% de Na2CO3
d) 55% de NaOH e 45% de Na2CO3
e) 60% de NaOH e 40% de Na2CO3
Resp: (b)
NaOH + HCl  NaCl + H2O
40 g --- 1 mol
x --- a mol  a = x/40 mol HCl
Na2CO3 + 2HCl  2NaCl + CO2 + H2O
106 g --- 2 mol
(1-x) g --- b  b = 2(1-x)/106 g HCl
1 mol NaOH ---- 40 g
x --------- 0,4 g  x = 0,01 mol
1 mol Ba(OH)2 ---- 171 g
y --------- 1,71 g  y = 0,01 mol
HCl: 0,5 mol --- 1 L
x ------ 0,04325 L
x = 0,0216 mol de HCl consumidos, que
corresponde ao somatório do HCl para reagir
com NaOH e Na2CO3.
3HNO3 + NaOH + Ba(OH)2  NaNO3 + Ba(NO3)2
3 mol
1 mol 1 mol
x -- 0,01 mol -- 0,01 mol  x = 0,03 mol
Conc = 0,1 mol/L  0,1 mol --- 1 litro
0,03 mol --- x
X = 0,3 L = 300 mL
14. Uma amostra de um ácido diprótico pesando
12,25 g foi dissolvida em água e o volume da
solução completado para 500 mL. Se 25,0 mL
desta solução são neutralizados com 12,5 mL de
uma solução de KOH 1,00 mol.L-1, a massa molar
desse ácido, considerando que os dois prótons
foram neutralizados, é igual a:
a) 2,25
c) 98,0
b) 24,5
e) 122,5
c) 49,0
Resp: (c)
a+b=n
x + 40 + 2(1-x)/106 = 0,0216  x = 0,45 g
NaOH = 0,45 x
Na2CO3  1 – 0,45 g = 0,55 g
A amostra possui 45% de NaOH e 55% de
Na2CO3, em massa.
16. Quando se mistura 200 mL de uma solução a
5,85% (m/v) de cloreto de sódio com 200 mL de
uma solução de cloreto de cálcio que contém
22,2 g do soluto e adiciona-se 200 mL de água,
obtém-se uma nova solução cuja concentração
de íons cloreto é de:
a) 0,1 mol/L
b) 0,2 mol/L
c) 1,0 mol/L
d) 2,0 mol/L
e) 3,0 mol/L
H2X: 12,25 g --- 500 mL
x
--- 25 mL  x = 0,6125 g de H2X
KOH (M = 56 g/mol)
Conc = 1 mol/L --- volume gasto = 12,5 mL
1 mol ---- 1000 mL
x ---- 12 5 mL  x = 0,0125 mol KOH
Resp: (e)
Resolução:
NaCl  V = 0,2 L; 5,82% = 0,00582
1 mol --- 56 g
0,0125 --- x  x = 0,7 g
NaCl  Na+ + Cl1 mol --1mol -- 1mol
1 M ------------ x  x = 1M
Reação de neutralização total:
H2X + KOH  K2X + 2H2O
M ---- 56 g
0,6125 g --- 0,7 g  M = 49
CaCl2: V = 200 mL = 0,2 L
15. Na titulação, na presença de alaranjado de
metila, de 1,000 g de uma amostra que contém
apenas NaOH e Na2CO3, foram consumidos 43,25
mL de um solução de HCl 0,500 mol/L. Pode-se
concluir que esta amostra possui:
CaCl2  Ca2+ + 2Cl1 mol ---------- 2 mol
1 M ----------- y  y = 2 M
a) 40% de NaOH e 60% de Na2CO3
b) 45% de NaOH e 55% de Na2CO3
Profª Fátima Serrado
Cl- x + y = 1 + 2 = 3 M
- 15 -
Apostila de Química
CMB
17. 10 mL de solução de sulfato de amônio foram
tratados com excesso de hidróxido de sódio. O
gás que se formou foi absorvido em 50 mL de
ácido clorídrico 0,100 mol/L. Na titulação do
excesso de ácido clorídrico foram gastos 21,5 mL
de hidróxido de sódio 0,098 mol/L.
a) Escreva as equações químicas das reações
citadas no texto.
b) Calcule a concentração, em quantidade de
matéria (mol/L), da solução de sulfato de
amônio?
Solução:
a) (NH4)2SO4 + 2NaOH  Na2SO4 + 2NH3 + 2H2O
NH3 + HCl  NH4Cl
HCl + NaOH  NaCl + H2O
b) HCl + NaOH  NaCl + H2O
nHcl = nNaOH = M.V = 098.0,0215 = 0,02107 mol
NH3 + HCl  NH4Cl
nHcl = M.V = 0,1.0,05 = 0,005 mol
nHcl(consumido) = 0,005 – 0,002107 = 0,002893 mol
nHcl(consumido) = n(NH3) = 0,002893 mol
(NH4)2SO4 + 2NaOH  Na2SO4 + 2NH3 + 2H2O
1 mol ---------------------------- 2 mols
x ---------------------------- 0,002893 mol
x = 0,0014465 mol de (NH4)2SO4
M((NH4)2SO4) = n/V = 0,0014465/0,01
M((NH4)2SO4) = 0,14465 mol/L
18. Ácido clorídrico concentrado é uma solução de
densidade igual a 1,182 g/mL e, na qual, a
fração molar de HCl é igual a 0,221. A partir
destas informações, calcule:
a. A porcentagem em massa de HCl no ácido
clorídrico concentrado ?
b. Que volume de HCL concentrado é necessário
para preparar 500 mL de uma solução de
concentração 0,124 mol/L
c. Que volume de uma solução de hidróxido de
bário, contendo 4,89 g de hidróxido de bário
octa-hidratado, em 500 mL de solução, será
necessário para neutralizar 25 mL da solução
preparada no item anterior (item b)
Termoquímica
Calor Específico e Capacidade Calorífica
Calor específico (c) é a quantidade de calor
necessária para elevar de um grau Celsius a
temperatura de um grama do material.
Capacidade calorífica (C) é a quantidade de calor
necessária para elevar de um grau Celsius a
temperatura de uma dada quantidade do material.
Exemplo: o calor específico do alumínio é 0,900
J/g.oC, e a capacidade calorífica de 100 g de
alumínio é (100 g).(0,900 J/g.oC) = 90 J/oC.
Q = m.c.Δt
Δt = t final - tinicialv
tfinal = temperatura final
tinicial = temperatura inicial
m = massa total dos materiais reagente (em gramas)
Entalpia
É o potencial energético de cada substância
para liberar calor num fenômeno químico ou físico; é
o conteúdo de calor de um sistema, à pressão
constante.
ΔH = Hfinal - Hinicial
ΔH = variação de entalpia
Hf = soma das entalpias dos produtos da reação
Hi = soma das entalpias dos reagentes da reação
Em qualquer reação química, há sempre certa
quantidade de energia que está sendo absorvida ou
liberada.
Profª Fátima Serrado
- 16 -
Apostila de Química
CMB
Reações Endotérmicas e Exotérmicas
Reações Endotérmicas: absorvem calor do meio
ambiente, onde a entalpia dos produtos é maior que
a dos reagentes.
Graficamente, podemos representar:
ΔH = Hf - Hi
Como Hf > Hi  ΔH > 0
O ΔH das reações endotérmicas é positivo.
Exemplo:
CaCO3(s) + 177,8 kJ  CaO(s) + CO2(g)
Estado Alotrópico de Reagentes e Produtos
Na natureza encontramos muitas variedades
alotrópicas, tais como:
Carbono
Oxigênio
Fósforo
Enxofre
Reações exotérmicas: quando há diminuição de seu
potencial energético (H).
ΔH = Hf - Hi
Grafita
O2 (oxigênio)
Branco
Rômbico
Diamante
O3 (ozônio)
Vermelho
Monoclínico
Para uma reação envolvendo variedades
alotrópicas de um mesmo elemento, teremos
entalpias diferentes.
Exemplo:
Como Hf < Hi  ΔH < 0
O ΔH das reações endotérmicas é negativo.
Exemplo: a cal extinta obtida a partir do tratamento
da cal viva com água.
CaO(s) + H2O(l)  Ca(OH)2(s) + 65,2 kJ
C(grafite) + O2(g)  CO2(g)
C(diamante) + O2(g)  CO2(g)
Podemos dizer que o diamante apresenta, em
sua estrutura cristalina, mais entalpia que o grafite.
Portanto, o diamante é mais reativo (menos estável)
que o grafite (mais estável).
Graficamente:
Fatores que Alteram a Entalpia
Estado Físico de Reagentes e Produtos
Temperatura
Exemplo:
Profª Fátima Serrado
ΔH1 = – 392,9 kJ
ΔH2 = – 395 kJ
- 17 -
Apostila de Química
CMB
As mudanças de temperatura influenciam o
grau de agitação das moléculas, ou seja, o seu
potencial energético. Assim, um aumento na
temperatura provoca um aumento da quantidade de
calor liberado.
Entalpia de combustão é a energia liberada
na combustão completa de 1 mol de uma substância
no estado padrão.
20oC ou 293 K:
C2H6O(l) + 3O2(g)  2CO2(g) + 3H2O(l)
Ex: Combustão completa do álcool etílico (C2H6O):
CH4 + 2 O2  CO2 + 2 H2O ΔH = – 881,2 kJ/mol
25oC ou 298 K:
CH4 + 2 O2  CO2 + 2 H2O ΔH = – 889,5 kJ/mol
Quantidade de Reagentes e Produtos
O ΔH de qualquer reação é determinado pela
quantidade de reagentes envolvidos.
Exemplo
Estado físico de reagentes e produtos
Entalpia Padrão
A entalpia padrão de uma substância é
indicada por H0.
Toda substância simples, no estado padrão e
na sua forma alotrópica mais estável (mais comum),
tem entalpia (H) igual a zero.
As substâncias simples H2(g), O2(g), Fe(s), Hg(l),
Cl2(g), no estado padrão (25 ºC a 1 atm), apresentam
entalpia H0 = 0.
Entalpia de Formação
Reações de formação aquelas em que ocorre a
formação (síntese) de 1 mol de uma substância a
partir de substâncias simples, no estado padrão.
Exemplo: Cgraf + O2(g)  CO2(g) ΔH = – 394 kJ
Tanto o Cgraf como o O2(g) apresentam no estado
padrão H0 = 0,
Entalpia de Combustão
Reações de combustão aquelas em que uma
substância, denominada combustível, reage com o
gás oxigênio (O2), denominado comburente. Por
serem sempre exotérmicas, as reações de combustão
apresentam ΔH < 0.
Na combustão completa de 1 mol de C2H6O(l)
ocorre a liberação de 1368 kJ.
Entalpia de combustão do C2H6O(l) = –1.368 kJ/mol
Energia de Ligação
É a energia absorvida na “quebra” de 1 mol
de determinada ligação química, supondo todas as
substâncias no estado gasoso, a 25ºC e 1 atm.
Em todas as reações químicas ocorre quebra
das ligações existentes nos reagentes (processo
endotérmico, ΔH > 0) e formação de novas ligações
nos produtos (processo exotérmico, ΔH < 0). O estudo
da variação de energia envolvida nesses processos
nos permite determinar a variação de entalpia das
reações.
A energia absorvida na quebra de uma ligação
é numericamente igual à energia liberada na sua
formação.
O ΔH será o saldo energético entre o calor
absorvido no rompimento das ligações entre os
átomos dos reagentes e o calor liberado na formação
das ligações entre os átomos dos produtos
Ex: Calcule o ΔH da reação:
C2H4(g) + H2(g)  C2H6(g) ,
sendo dadas as energias de ligação em kcal:
C = C ... 146,8 kcal/mol
C – C ... 83,2 kcal/mol
C – H ... 98,8 kcal/mol
H – H ... 104,2 kcal/mol
ì 4(C- H )
ï
Total deligaçõesquebradasí1(C=C)
ï1(H - H )
î
6 (C  H )
Total de ligações formadas 
1(C  C )
ΔH = 4 . 98,8 + 1 .146,8 + 1.104,2 + 6.(– 98,8) +
1.(– 83,2)  ΔH = – 29,8 kcal
A variação de entalpia na combustão
completa pode ser denominada: Entalpia de
combustão, ΔH de combustão, Calor de combustão
ou Entalpia padrão de combustão.
Profª Fátima Serrado
ΔH = –1.368 kJ/mol
- 18 -
Apostila de Química
CMB

Lei de Hess
“A variação de entalpia ( H) de uma reação
química depende apenas dos estados final e
inicial, não importando o caminho da reação”.
Esta importante lei experimental foi chamada
de lei dos estados final ou inicial, lei de adição de
calores ou, Lei de Hess.
Seja uma reação genérica A  B da qual se
quer determinar o
H. Esta reação pode ser
realizada por diversos caminhos, onde, para cada um
deles, os estados inicial e final são os mesmos.
Uma substância, na forma de um cristal
perfeito, a zero kelvin, tem entropia igual a
zero.
Energia Livre de Gibbs
Como é calculado o trabalho de “pôr as
moléculas em ordem”? Todos nós sabemos que para
“pôr as coisas em ordem’ – arrumar os móveis numa
sala, os livros numa prateleira etc. – “dá trabalho”
(“gasta-se energia”). Pois bem, os cientistas
calcularam (a dedução é bastante complexa) que
para “arrumar” as moléculas gasta-se uma energia de
organização” que é igual ao produto da temperatura
absoluta pela variação de entropia sofrida pelo
sistema.
T.ΔS
Resumindo, temos:
- Energia liberada pela reação = ∆H
- Energia gasta na organização = T. ∆S
- Saldo de energia aproveitável = ∆H - T. ∆S
Para que A se transforme em B temos 3 caminhos.
Portanto, não importa o número de etapas
que o processo apresenta, o H da reação total será
a soma dos
H das diversas etapas, e em
consequência a equação termoquímica pode ser
tratada como uma equação matemática. Logo,
quando usamos a Lei de Hess no cálculo do ΔH de
uma reação, devemos arrumar as equações
fornecidas de modo que a soma delas seja a equação
cujo H estamos procurando.
Para isso, usamos os seguintes procedimentos:
a) Somando várias equações, somamos também os
respectivos ΔH.
b) Invertendo a equação, invertemos também o sinal
do ΔH.
c) Multiplicando uma equação por um número
qualquer (diferente de zero), multiplicamos também
o ΔH, pelo mesmo número.
Entropia e Energia Livre de Gibbs
Entropia
Para avaliar o “grau de desordem” de um
sistema, os cientistas imaginaram uma grandeza
denominada ENTROPIA, usualmente designada por S,
tal que:
Aumento da desordem  aumento da entropia
Matematicamente:
ΔS = Sfinal - Sinicial > 0
Este saldo é denominado ENERGIA LIVRE (ou Energia
Livre de Gibbs ou Energia Útil), e é representada por
∆G, donde:
∆G = ∆H – T. ∆S
Onde: ∆H = variação de entalpia (P = cte)
T. ∆S = energia de organização
A variação de energia livre (∆G) representa a
energia máxima que o sistema pode liberar em forma
de trabalho útil, ou seja, é o melhor critério para
traduzir a espontaneidade ou não de um processo
físico ou químico.
a) ∆G > 0 → processo não espontâneo
Só com ajuda de energia externa, consegue-se
chegar ao estado final do processo.
b) ∆G = 0 → sistema em equilíbrio
O processo não “evolui” (não “caminha”).
c) ∆G < 0 → processo espontâneo (Irreversível)
O sistema libera energia, de modo que as
moléculas finais ficarão num nível energético mais
baixo e, portanto, mais estável.
De um modo geral, quanto menor o ∆G, mais
“fácil” será a reação e mais estáveis serão as
moléculas finais formadas. O ideal para uma
transformação química seria conseguir diminuir a
entalpia e ao mesmo tempo aumentar a entropia, o
que nem sempre é possível. Nesta situação o sistema
tenta conseguir a maior estabilidade possível, ou
seja, a menor energia livre de Gibbs.
Aumento da ordem  Diminuição de entropia
Matematicamente:

ΔS = Sfinal - Sinicial < 0
Uma transformação é espontânea (isto é,
processa sem ajuda de energia externa) quando
há aumento de entropia. Ex.: Fusão do gelo,
evaporação da água e etc.
Profª Fátima Serrado
Questões de Olimpíadas de Química do DF
Texto
Muitas vezes se fala em entalpia na sala de aula,
mas seu sentido fica vago. Muitos professores
simplesmente respondem aos alunos que ela é um
- 19 -
Apostila de Química
sinônimo de energia, um erro muito comum. Na
realidade, entalpia é uma forma de energia; uma
função termodinâmica que descreve calores trocados
sob condições de pressão constante. É importante
lembrar que variações dessa função não estão
somente associadas a mudanças de fase ou reações
químicas; há variação de entalpia simplesmente no
processo de esquentar ou esfriar um pouco uma
determinada substância.
A dependência que a variação de entalpia de
um processo tem em relação à temperatura, em um
pequeno intervalo, é igual a:
ΔHreação(T) = ΔHoreaçãoT(Ti) + ΔCp(Tf - Ti)
onde ΔCp é a variação das capacidades caloríficas
entre produtos e reagentes. No caso de substâncias,
também ocorre variação da sua entalpia com a
temperatura, conforme a equação seguinte, na qual
as mudanças de fases não são consideradas:
ΔHsubstância(T) = CpΔT
Considere o congelamento da água e as
capacidades dos gases na tabela abaixo. Lembre-se
que para gases ideais Cp-Cv = R = 8,314 J.K-1.mol-1 e
suponha as capacidades caloríficas constantes:
CMB
CCECCEC
8. Com relação à combustão do etano gasoso,
marque a alternativa errada:
C2H6(g) + 7/2 O2  2 CO2(g) + 3 H2O(g) ∆H = -1430 KJ
a) A variação de entalpia da reação inversa é ∆H =
+1430 KJ
b) Balanceando a reação direta com coeficientes
inteiros, a variação de entalpia da reação
representada pela equação obtida é de –2860 KJ.
c) A
reação
direta
é
mais
favorecida
termodinamicamente.
d) Se na reação fosse produzida água líquida no lugar
do vapor de água, o valor de ∆H seria menos
negativo, ou seja, a reação seria menos
exotérmica.
Resp: (d)
9. Segundo a Lei de Hess, a variação de entalpia (∆H)
para qualquer processo depende apenas da
natureza dos reagentes e produtos e independe do
número de etapas do processo ou da maneira
como é realizada a reação. Considerando a Lei de
Hess
e
os
seus
conhecimentos
sobre
termoquímica, determine o ∆H de formação de
um mol de dióxido de carbono a partir de um mol
de carbono sólido e um mol de oxigênio,
Dados:
2 C(s) + O2(g) → 2 CO(g)
CO2(g) → CO(g) + ½ O2(g)
∆H = -221,0 kJ/mol
∆H = +283,0 kJ/mol
Resp: –393,5 kJ
1. O congelamento da água passa a ser um processo
endotérmico a partir de aproximadamente
432,84K.
10.A entalpia, representada pela letra H, é uma
grandeza que indica a quantidade de energia de
um sistema que pode ser convertido em calor, em
uma transformação à pressão constante. Com base
nisto e nos dados das tabelas abaixo, escolha o
item correto:
2. A variação de entalpia do congelamento de 90
gramas de água a -10ºC é igual a -28,2 kJ.
3. Ao se traçar uma curva da dependência da
variação da entalpia molar com a temperatura, o
coeficiente linear é o ΔCp.
4. A entalpia de fusão de 230 gramas de água a -50ºC
é aproximadamente igual a 52,77 kJ.
5. A variação de energia interna de 3 mol de gás
nitrogênio num aquecimento de 298 a 350 kelvin a
volume constante é aproximadamente igual a
1,685 kJ.
6. A variação de entalpia de 230,4 gramas de gás
oxigênio em um resfriamento isobárico de 400 a
273 kelvin é aproximadamente igual a 26,846kJ.
7. A variação de entalpia molar a 298K e 1 bar da
reação entre gás hidrogênio e gás iodo é 12,4
kJ∙mol-1. A variação de entalpia molar a 348K
dessa reação é igual a 12,53 kJ∙mol-1.
Profª Fátima Serrado
a) ΔHºligação é a medida da energia de ligação,
ou seja, a variação de entalpia em que 1
mol de ligações é quebrado. Tal procedimento
é necessariamente feito no estado gasoso e,
como toda quebra de ligações químicas, é um
processo exotérmico.
b) Os valores de ΔHºligação crescem nesta ordem C–I;
C–Br; C–Cl; C–F porque a ligação do carbono
é mais forte com o halogênio de eletrosfera
menos difusa e, por isso, mais difícil de quebrar.
c) O ΔH°formação do H2 vale zero pelo fato de se
tratar de um gás homonuclear.
d) Todos valores
de
ΔH°combustão
tabelados
representam
a quantidade
de
energia
absorvida para que a reação de combustão
ocorra.
- 20 -
Apostila de Química
CMB
Resp: (b)
11.A espontaneidade com que uma reação química
ocorre pode ser prevista pelo cálculo da energia
livre de Gibbs (G), de acordo com a expressão ΔG
= ΔH – TΔS, onde ΔG indica a variação da energia
livre, isto é ∑Gprodutos - ∑Greagentes (∑ = somatório),
que para uma reação termodinamicamente
favorável (espontânea), é um número menor do
que zero. ΔH é a contribuição vinda da
variação da entalpia e ΔS é a contribuição
entrópica que é ainda multiplicada pela
temperatura que deve ser expressa usando a
escala absoluta, ou seja, em K. Com base nisto,
considere os seguintes fenômenos:
A – evaporação da água;
B – gasolina queimando no motor do carro;
C – dissolução de NaCl em água;
D – a reação PCl3(l) + Cl2(g)  PCl5(s).
Escolha o item verdadeiro:
a) A mudança de estado físico (A) não pode ser
espontânea já que é um processo endotérmico
(ΔH > 0).
b) O ΔS da reação (D) é negativo porque a molécula
obtida nos produtos apresenta mais graus de
liberdade que os reagentes.
c) Processos de solvatação, tais como o
processo (C), em sua grande maioria são
endotérmicos, ou seja, a solubilização é
favorecida com o aumento da temperatura.
d) A transformação descrita em (B) é um
processo reversível, ou seja, é possível obter
gasolina a partir dos gases gerados na sua
queima, colocando-os através do motor e
fazendo-os percorrer o caminho contrário ao da
gasolina.
Resp: (c)
12.A espontaneidade com que os processos químicos
ocorrem pode ser prevista pela expressão: ΔG =
ΔH – TΔS, onde G é a variação da energia livre de
Gibbs e é negativo quando a transformação é
“natural”, espontânea. Com base nisto, nas
possibilidades descritas pela tabela abaixo e
nos seus conhecimentos de Termoquímica,
escolha o item incorreto:
a) O processo I é, com certeza, espontâneo.
b) A altas temperaturas, o processo III é
espontâneo.
c) O processo II pode ser espontâneo se |TΔS| <
|ΔH|.
d) Entalpia e entropia são variáveis de estado
que podem ser calculadas independentemente
Profª Fátima Serrado
do caminho da transformação. ΔH se refere
à entalpia, ou calor de reação e ΔS à
entropia, também conhecida como o grau de
desordem do sistema.
Resp: (b)
13.Utilizando
os
seus
conhecimentos
sobre
termoquímica, julgue as seguintes afirmativas e,
em seguida, marque a única alternativa falsa:
I. A variação de entalpia de uma reação de
combustão é sempre negativa.
II. A queima de um mol de glicose por um animal
deve produzir a mesma quantidade de energia
utilizada por uma planta para sintetizar um
mol do mesmo composto.
III. O carbono em suas três formas alotrópicas
apresenta a mesma variação de entalpia de
combustão, uma vez que as formas alotrópicas
são somente arranjos espaciais diferentes para
um mesmo elemento químico.
IV. De acordo com as reações abaixo, a queima de
6,68 x 1022 moléculas de etanol liberará uma
energia de aproximadamente 152 kJ.
Reação de formação da água:
2 H2 + O2 2 H2O
ΔH = -571,6 kJ
Reação de formação do dióxido de carbono:
C(grafite) + O2  CO2 ΔH = -393,5 kJ
Reação de formação do etanol:
4 C(grafite) + 6 H2 + O2  2 C2H5OH ΔH = -555,2 kJ
a) Existem duas afirmações verdadeiras.
b) A primeira e a segunda afirmações
verdadeiras.
c) A terceira afirmação é a única falsa.
d) A primeira e a terceira afirmações
verdadeiras.
são
são
Resp: (d)
Questões de Olimpíadas Brasileira de Química
1. Nas condições ambiente, ao inspirar, puxamos
para nossos pulmões aproximadamente, 0,5L de
ar, então aquecido na temperatura ambiente de
25oC até a temperatura do corpo de 36oC.
Fazemos isso cerca de 16x103 vezes em 24 horas.
Se, nesse tempo, recebermos, por meio da
alimentação,
1,0x107J
de
energia,
a
porcentagem aproximada desta energia que será
gasta para aquecer o ar inspirado será de:
Dados: Ar atmosférico nas condições ambientais:
densidade = 1,2 g/L, calor específico = 1,0 J g-1 oC-1.
a) 3,0%
- 21 -
b) 2,0%
c) 1,0%
d)10,0%
e)15,0%
Resp:
Apostila de Química
CMB
2. Analise as proposições para previsão da ocorrência
de uma transformação química, sob pressão e
temperatura constantes:
I. ∆H > 0 e ∆S > 0 reação não espontânea e ∆G <
0;
II. ∆H < 0 e ∆S > 0 reação espontânea e ∆G < 0;
III. ∆H > 0 e ∆S < 0 reação não espontânea e ∆G >
0;
IV. ∆H < 0 e ∆S < 0 reação espontânea e ∆G = 0.
a)
b)
c)
d)
e)
apenas
apenas
apenas
apenas
apenas
I e II são corretas;
I e III são corretas;
I e IV são corretas
II e III são corretas;
II e IV são corretas.
Cinética Química
Cinética Química
Velocidade das Reações
A velocidade média de consumo de um reagente ou
de formação de um produto é calculada em função
da variação da quantidade de reagentes e produtos
pela variação do tempo.
Exemplo:
de consumo de N2: =
3. O acetileno ou etino (C2H2) é um gás de grande
uso comercial, sobretudo em maçaricos de
oficinas de lanternagem. Assinale a opção que
corresponde à quantidade de calor liberada pela
combustão completa de 1 mol de acetileno, a
25oC, de acordo com a reação abaixo:
2 C2H2(g) +5 O2(g)  4CO2(g) + 2 H2O(g)
Dados: ∆Hof: C2H2(g) =+227 kJ/mol, CO2(g)=-394
kJ/mol, H2O(g)=-242 kJ/mol
a) 204 kJ
d) 1257 kJ
b) 409 kJ
e) 2514 kJ
c) 863 kJ
Resp:
4. Se a dissolução de determinado sal em água é um
processo espontâneo e exotérmico, pode-se
afirmar que, neste processo:
a) ∆H e ∆S são positivos
b) ∆H e ∆S são negativos
c) ∆G e ∆H são positivos
d) ∆G e ∆H são negativos
e) ∆G e ∆S são negativos
Resp:
5. Os produtos da combustão do H2S são H2O(g) e
SO2(g). Usando as informações dadas nas equações
termoquímicas abaixo:
H2(g) + S(s)  H2S(g)
S(s) + O2(g)  SO2 (g)
H2(g) + ½ O2(g)  H2O(g)
c) -560 kJ
de consumo de H2 =
de formação de NH3 =
Os reagentes são consumidos durante a
reação e a sua quantidade diminui com a variação do
tempo, enquanto os produtos são formados e suas
quantidades aumentam com o tempo. Graficamente,
podemos representar.
Com relação à velocidade média de consumo
ou formação, podemos dizer que diminuem com o
passar do tempo, porque a quantidade que reage
torna-se cada vez menor.
ΔH = - 21 kJ
ΔH = - 297 kJ
ΔH = - 242 kJ
Conclui-se que a energia desprendida
combustão de 1 mol de H2O(g) é:
a) – 67 kJ b) 34 kJ
kJ
N2(g) + 3H2(g)  2 NH3(g)
d) -34 kJ
na
e) -518
Resp: e
Para calcularmos a velocidade média de uma
reação sem especificar formação ou consumo deste
ou daquele produto ou reagente, basta dividirmos a
velocidade média de consumo ou formação pelo
coeficiente estequiométrico apropriado. Para a
reação:
N2(g) + 3 H2(g)  2 NH3(g)
vm da reação =
Profª Fátima Serrado
- 22 -
Apostila de Química
CMB
Observação – Neste caso, a quantidade que reage ou
que é formada não pode ser representada por massa.
Exercícios Resolvidos
01. Dada a reação química:
2H2(g) + O2(g)  2H 2O(g)
verificamos a seguinte variação da quantidade em
mols dos reagentes e produtos em função do tempo:
Logo, se determinarmos a velocidade média da
reação em função de um dos componentes,
automaticamente saberemos a velocidade em função
de seus outros componentes.
02. Em uma determinada experiência, a reação de
formação do NH3 está ocorrendo com o consumo de 6
mols de hidrogênio por minuto. Qual é a velocidade
de consumo do nitrogênio, na mesma reação, em
mols por minuto?
Resolução
Podemos determinar a velocidade média desta
reação em função:
a) do consumo de H2;
b) do consumo de O2;
c) da formação de H2O.
Resolução
a) Determinação da velocidade média da reação em
função do H2, no intervalo entre 0 e 8’.
t = 8’
b) Determinação da velocidade média da reação em
função do O2, no mesmo intervalo de tempo (entre 0 e
8’).
t = 8’
c) Determinação da velocidade média da reação em
função da H2O, no intervalo entre 0 e 8’.
t = 8’
Como a proporção H2/N2 é de 3 mols de H2 por mol de
N2 (3 : 1) deduzimos que:
03. Considere a reação genérica A + B  C. Medindose a concentração em mol/L de A em diversos
instantes, foram obtidos os seguintes resultados.
Calcule a velocidade média de consumo de A nos
intervalos de tempo entre 0 e 2 minutos; 2 e 4
minutos e 4 e 6 minutos.
Resolução
– 0 a 2 min
= = 0,4 mol/L · min
ou
0,4 mol · L–1 · min–1
– 2 a 4 min
= = 0,25 mol/ L · min ou 0,25 mol · L–1 · min–1
Com base nos resultados, podemos observar que a
velocidade da reação, num mesmo intervalo de tempo,
obedece à proporção dos coeficientes da reação.
– 4 a 6 min
= = 0,15 mol/L · min ou 0,15 mol · L–1 · min–1
Profª Fátima Serrado
- 23 -
Apostila de Química
Observação – Note que a velocidade diminui com o
tempo.
Fatores que influenciam na Velocidade
Sabemos que a velocidade da reação depende,
evidentemente, do número de choques entre
moléculas, da violência com que estes choques
ocorrem e da orientação correta das moléculas no
instante do choque. Entretanto, existem certos
fatores externos que influem na velocidade de uma
reação. São eles:
CMB
Resolução
20 °C __________
30 °C __________
40 °C __________
50 °C __________
3,0 mols/min
6,0 mols/min
12 mols/min
24 mols/min
 Eletricidade
Existem reações que precisam ser iniciadas por meio
de uma descarga elétrica, após o que prosseguem
espontaneamente. A faísca elétrica fornece energia
para que algumas moléculas possuam condições de
reagir (formação do complexo ativado); o calor
liberado pela própria reação é suficiente para
desencadear a reação na sua totalidade.
Exemplo
Estado Físico dos Reagentes
2H2(g) + O2(g)
2H2O
 Temperatura
 Luz
Todo aumento de temperatura provoca o aumento da
energia cinética média das moléculas, fazendo com
que aumente o número de moléculas em condições
de atingir o estado correspondente ao complexo
ativado, aumentando o número de colisões eficazes
ou efetivas e, portanto, provocando aumento na
velocidade da reação.
Muitas
reações
adquirem
energia
da
luz,
principalmente nas radiações ultravioleta. A luz e
outras radiações eletromagnéticas exercem um efeito
semelhante ao da eletricidade, fornecendo energia
para que, de início, algumas moléculas apresentem
condições de reação (energia igual ou superior à
energia de ativação).
Podemos representar graficamente a relação entre o
número de moléculas de um sistema em função da
cinética destas moléculas (curva de MaxwellBoltzmann).
Exemplo
Note que, numa temperatura T1, a quantidade de
moléculas em condições de reagir (com energia igual
ou superior a Eat) é menor que numa temperatura
maior T2. O aumento na temperatura faz com que
ocorra um aumento da energia cinética média das
moléculas, deslocando a curva para a direita,
fazendo com que o número de moléculas em
condições de reagir aumente.
Uma regra experimental, que relaciona o aumento de
temperatura com a velocidade de uma reação é a
regra de Van’t Hoff: “Um aumento de 10 °C na
temperatura duplica a velocidade de uma reação
química”.
Exemplo
Sendo a velocidade de uma reação igual a 3,0
mols/min a 20 °C, calcule a sua velocidade a 50 °C.
Profª Fátima Serrado
 Pressão
H2(g) + Cl2(g)
2HCl2
A pressão só apresenta influência apreciável na
velocidade de reações em que pelo menos um dos
reagentes é gasoso. O aumento da pressão causa
diminuição de volume acarretando aumento no
número de choques, o que favorece a reação e,
portanto, aumenta a sua velocidade.
Com a diminuição da pressão, aumenta o volume do
recipiente, diminuindo o número de choques
moleculares entre os reagentes e, portanto,
diminuindo a velocidade da reação.
 Superfície do Reagente Sólido
Quanto maior a superfície do reagente sólido, maior
o número de colisões entre as partículas dos
reagentes e maior a velocidade da reação.
Em uma reação que ocorre com presença de pelo
menos um reagente sólido, quanto mais finamente
dividido for este sólido, maior será a superfície de
contato entre os reagentes.
Exemplo
- 24 -
Apostila de Química
Zn(s) + 2 HCl(aq)  ZnCl2(aq) + H2(g)
Na equação acima, que representa a reação, se
utilizarmos, num primeiro experimento, zinco em
barra e, num segundo, zinco em pó, a velocidade da
reação no segundo será muito maior que no primeiro
experimento
 Catalisador e Inibidor
Catalisador é a substância que aumenta a velocidade
de uma reação, sem sofrer qualquer transformação
em sua estrutura. O aumento da velocidade é
conhecido como catálise. O catalisador acelera a
velocidade, alterando o mecanismo da reação, o que
provoca a formação de um complexo ativado de
energia mais baixa. São características dos
catalisadores:
a) o catalisador não fornece energia à reação;
b) o catalisador participa da reação formando um
complexo ativado de menor energia;
c) o catalisador não altera o H da reação;
d) o catalisador pode participar das etapas da
reação, mas não é consumido pela mesma;
CMB
e) as reações envolvendo catalisadores podem ser
de 2 tipos:
• catálise homogênea: catalisador e reagentes
no mesmo estado físico;
• catálise heterogênea: catalisador e reagentes
em estados físicos diferentes.
Um aumento de concentração dos reagentes
determina um aumento da velocidade da reação pois,
aumentando-se a concentração, aumenta-se o
número
de
moléculas
reagentes
e,
consequentemente, aumenta, também, o número de
choques moleculares.
Para reações que se realizam em uma só etapa
(reações elementares), as potências que elevam as
concentrações coincidem com os coeficientes da
reação.
Assim, para a reação:
aA + bB cC + dD
a lei da velocidade é expressa por:
v = K · [A]a · [B]b
onde:
v  velocidade da reação
[A]  concentração molar do reagente A.
[B]  concentração molar do reagente B.
a  ordem do reagente A.
b – ordem do reagente B.
a + b  ordem global da reação
K - concentração cinética ou constante de velocidade
da reação.
Exemplos
NO2 + CO
v = K · [NO] · [CO]
NO + CO2
Lei de Velocidade
2 NO + H2  N2O + H2O
v = K · [NO]2.[H2]
O inibidor é uma substância que diminui a velocidade
das reações, por formar um complexo ativado de alta
energia de ativação. Contudo, o inibidor é consumido
pela reação.
Lei de Velocidade
Para as reações não-elementares (ocorrem em
várias etapas), a velocidade da reação é determinada
pela velocidade de etapa mais lenta do mecanismo.
Por exemplo:
4 HBr(g) + O2(g)  2 H2O(g) + 2 Br2(g) (Equação global)
cujo mecanismo é:
HBr + O2  HBrO2 (Etapa lenta)
HBrO2 + HBr  2 HBrO (Etapa rápida)
2 HBrO + 2HBr  2H2O + 2Br2 (Etapa rápida)
A lei de velocidade é determinada pela etapa lenta e
não pela equação global.
v = K · [HBr].[O2]
Em decorrência das considerações feitas acima,
podemos definir dois conceitos muito importantes na
cinética química:
Ordem: corresponde aos expoentes dos termos de
concentração na lei de velocidade.
Exemplo:
2 NO + H2  N2O + H2O
Profª Fátima Serrado
- 25 -
Apostila de Química
CMB
e) diminuirá 3 vezes.
v = K.[NO]2.[H2]
Em relação ao NO, a reação é de 2 a ordem ou ordem
2.
Em relação ao H2, a reação é de 1a ordem ou ordem
1.
Em relação à reação, sem especificar reagente, é 3 a
ordem ou ordem 3 (soma de todos os expoentes na lei
de velocidade).
Molecularidade: é o número de moléculas que se
chocam para que ocorra uma reação elementar ou
uma etapa de uma reação não-elementar. Assim, as
reações podem ser moleculares, bimoleculares e
trimoleculares.
Resolução
v1 = K.[HI]2
v2 = K.[3.HI]2 = 9.K.[HI]2  v2 = 9.v1
Resposta: B
03. (Vunesp-SP) A cinética da reação
foi estudada em solução aquosa, seguindo o número
de mols de Hg2Cl2 que precipita por litro de solução
por minuto. Os dados obtidos estão na tabela.
Exemplo
03. (Vunesp-SP) A oxidação do íon iodeto pelo
peróxido de hidrogênio em meio ácido ocorre
segundo a equação química balanceada:
H2O2 + 3I– + 2H+  2 H2O + (I3)–
Medidas de velocidade de reação indicaram que o
processo é de primeira ordem em relação à
concentração de cada um dos reagentes.
a) Escreva a equação de velocidade da reação.
Como é chamada a constante introduzida nessa
equação matemática?
b) Os coeficientes da equação de velocidade da
reação são diferentes dos coeficientes da
equação química balanceada. Explique por quê.
Resolução
a) Primeira ordem em relação à concentração de
cada reagente significa que os expoentes dos termos
de concentração, na lei de velocidade correspondem
a um. Portanto, a lei de velocidade fica assim
representada:
1
– 1
+ 1
V = K· [H2O2] .[I ] .[H ]
K = constante de velocidade de reação química
Pede-se:
a) Determinar a equação de velocidade da reação.
b) Calcular o valor da constante de velocidade da
reação.
c) Qual será a velocidade da reação quando
[HgCl2] = 0,010 M e [C2O42–] = 0,010 M?
Resolução
a) v = K · [HgCl2]x · [C2O42–]y
– Determinação de y
1,8 · 10–5 = (0,1)x · (0,15)y
7,2 · 10–5 = (0,1)x · (0,30)y
Relacionando as duas equações:
– Determinação de x
7,2 · 10–5 = (0,1)x · (0,30)y
3,6 · 10–5 = (0,05)x · (0,30)y
Relacionando as duas equações:
b)
Obtém-se
a
equação
de
velocidade
experimentalmente. Essa velocidade depende da
etapa lenta da reação. Os expoentes da equação de
velocidade são os da fase lenta que nem sempre é
igual à equação global balanceada.
04. (Unitau-SP) Na reação de dissociação térmica
HI(g), a velocidade de reação é proporcional
quadrado da concentração molar do HI.
triplicarmos a concentração do HI, a velocidade
reação:
a) aumentará 6 vezes.
b) aumentará 9 vezes.
c) diminuirá 6 vezes.
d) diminuirá 9 vezes.
Profª Fátima Serrado
do
ao
Se
da
portanto, a equação de velocidade fica:
v = K · [HgCl2] ·[C2O42–]2
b) Para o cálculo do valor da constante de
velocidade, trabalhar com os dados de qualquer um
dos três experimentos. Vamos escolher o primeiro:
v = K · [HgCl2] · [C2O42–]2
1,8 · 10–5 = K · (0,1) · (0,15)2
K = 8 · 10–3 · L2 · mol–2 · min–1
- 26 -
Apostila de Química
CMB
a) O aumento da pressão em um sistema
reacional que envolve líquidos, somente,
aumenta significativamente a velocidade da
reação.
Resp: (c)
c) O cálculo da velocidade da reação fica:
O cálculo da velocidade da reação fica:
v = 8 · 10–3 · (0,01) · (0,01)2
v = 8 · 10–9 mol · L–1 · min–1
Questões de Olimpíadas de Química do DF
1. Na reação representada por A(g) + B(g) → C(g) + D(g),
uma elevação de temperatura provavelmente
aumentará a velocidade da reação porque
aumentará:
a) A pressão do sistema em questão.
b) A concentração dos reagentes.
c) A energia de ativação dos reagentes.
d) A frequência de choques efetivos dos
reagentes.
Resp: (d)
2.
3.
Sobre a cinética de reações químicas, assinale o
único item correto:
a) Um catalisador é um tipo de substância que
aumenta a velocidade de uma reação
química, diminuindo a energia dos reagentes.
b) Um catalisador é um tipo de substância que
aumenta a velocidade de uma reação
química, diminuindo a espontaneidade da
reação.
c) Um inibidor é uma substância que atua de
modo inverso ao catalisador, reduzindo a
velocidade de uma reação através do
aumento da energia do complexo ativado.
d) Uma determinada reação que possui uma
energia de ativação de 60 Kcal é mais rápida
que uma reação cuja energia de ativação é
de 100 Kcal.
Resp: (d)
No estudo cinético de uma reação representada
por:
2C(g) + D2(g)  2 CD(g)
Questões de Olimpíadas Brasileira de Química
5.
Moléculas de butadieno (C4H6) podem acoplar
para formar C8H12. A expressão da velocidade
para esta reação é: V = k[C4H6]2, e a constante de
velocidade estimada é 0,014 L/mol.s. Se a
concentração inicial de C4H6 é 0,016 mol/L, o
tempo, em segundos, que deverá se passar para
que a concentração decaia para 0,0016 mol/L,
será da ordem de:
a)10-2
b) 10-1
c) 102
d) 103
e) 104
Resp: (d)
6.
Os gases A, B e C reagem segundo a equação
química A + B  2C
Observou-se em determinado experimento, a uma
determinada temperatura, que a reação
encontrava-se em equilíbrio, com as pressões
parciais desses gases (A, B e C) sendo,
respectivamente: x, 2x e y. Se o valor de Kp a
essa temperatura é igual a 2, então, a
concentração de C é igual a:
a) concentração de A
b) concentração de B
c) o quadrado da concentração de A
d) 2 vezes a concentração de B
e) concentração de A x B
Resp: (b)
7.
foram apresentados os seguintes dados:
Considerando a reação hipotética A + B ⇄ C, que
ocorre na direção direta, numa única etapa e
cujo perfil energético está representado na figura
ao lado.
Responda:
Como pode ser expressa a velocidade da reação e
qual é o valor da constante de velocidade?
Resp: v = k[C]2.[D2]
k = 2,60 x 10-4
4.
Considerando seus conhecimentos sobre cinética
de reações químicas assinale a alternativa certa.
a) A velocidade de uma reação não é afetada
pela temperatura do meio.
b) O estado ativado, em uma reação, é um
ponto de mínima energia quando as ligações
dos reagentes se rompem à medida que as
ligações dos produtos se formam.
c) Um catalisador aumenta a velocidade de uma
reação abaixando a energia de ativação. Isso
ocorre porque o catalisador promove um
caminho alternativo de menor energia.
Profª Fátima Serrado
a) Que reação é mais rápida no equilíbrio, a direta
ou a inversa ?
b) O equilíbrio favorece aos produtos ou aos
reagentes ?
c) Em geral, como um catalisador alteraria o perfil
energético dessa reação ?
d) Um catalisador afetaria a razão entre as
constantes de velocidade das reações direta e
inversa?
e) Como varia a constante de equilíbrio dessa
- 27 -
Apostila de Química
CMB
reação, com a temperatura?
A + B
C + D
Justifique suas respostas.
Resp: a) A inversa. A Eat é maior na reação direta
que na reação inversa, sendo necessária mais
energia para que a reação direta ocorra. Desta
forma, a reação inversa ocorre mais rápido. b)
Aos reagentes. c) Um catalisador cria para a
reação um novo caminho com Eat menor, fazendo
com que a reação ocorra mais rápido. d) Não. O
catalisador age tanto na reação direta como na
inversa. e) O aumento da temperatura desloca o
equilíbrio no sentido endotérmico (reação direta)
e a diminuição da temperatura desloca o
equilíbrio no sentido exotérmico (reação inversa).
8.
OBQ 2003 - Uma das reações que ocorrem nos
motores de carro e sistemas de exaustão é:
NO2(g) + CO(g) → NO(g) + CO2(g)
Os dados experimentais para esta reação são os
seguintes:
Experi [NO2] inicial [CO] inicial
Velocidade
mento (mol/dm3)
(mol/dm3) inicial (mol/dm3)
1
0,10
0,10
0,0050
2
0,40
0,10
0,0800
3
0,10
0,20
0,0050
a) Escreva a equação da lei de velocidade desta
reação. Considerando o seguinte mecanismo para
esta reação:
Etapa 1: NO2 + NO2 → NO3 + NO
Etapa 2: NO3 + CO → NO2 + CO2
b) Qual a etapa determinante da reação? Justifique.
c) Desenhe um diagrama de energia (energia versus
caminho da reação) para esta reação.
em que v1 é a velocidade da reação direta e v 2 a
velocidade da reação inversa.
No início v1 é o máximo porque as concentrações de A
e B apresentam valores máximos, enquanto que v 2 é
igual a zero, porque C e D ainda não foram formados.
À medida que a reação ocorre, A e B diminuem, e C e
D aumentam, portanto v1 diminui e v2 aumenta, até
que as duas velocidades se igualem. No instante em
que v1 = v2, podemos dizer que o sistema atinge o
estado de equilíbrio.
Atingido o estado de equilíbrio, a reação química
continua a ocorrer (nível microscópico) nos dois
sentidos, com a mesma velocidade e, portanto, as
concentrações de reagentes e produtos ficam
constantes. Por isso, podemos dizer que o equilíbrio
é um equilíbrio dinâmico.
Para que o estado de equilíbrio possa ser atingido, é
necessário que:
 o sistema encontre-se num recipiente
fechado;
 a temperatura fique constante.
Graficamente, podemos representar:
Resp: a) V = K [NO2]2;
b) A etapa 1 é a determinante da reação, pois a
velocidade da reação é proporcional
à
concentração de NO2 apenas;
c)
Exercícios Resolvidos
1. (UFRS-RS) O gráfico a seguir representa a evolução
de um sistema, em que uma reação reversível
ocorre até atingir o equilíbrio.
Sobre o ponto t1, neste gráfico, pode-se afirmar
que indica:
a) uma situação anterior ao equilíbrio, pois as
velocidades das reações direta e inversa são
iguais.
b) um instante no qual o sistema já alcançou o
equilíbrio.
c) uma situação na qual as concentrações de
reagentes e produtos são necessariamente
iguais.
Equilíbrio Químico
Equilíbrio Químico
Ocorre quando, em uma reação reversível, a
velocidade da reação direta é igual à velocidade da
reação inversa. Uma vez atingido o estado de
equilíbrio, as concentrações de reagentes e produtos
permanecem constantes. Consideremos a equação
genérica:
Profª Fátima Serrado
- 28 -
Apostila de Química
CMB
d) uma situação anterior ao equilíbrio, pois a
velocidade da reação inversa está aumentando.
e) um instante no qual o produto das
concentrações dos reagentes é igual ao
produto das concentrações dos produtos.
• para a reação inversa: v2 = K2.[C]c.[D]d
No equilíbrio: v1 = v2
K1.[A]a.[B]b = K2.[C]c.[D]d
Resolução: Ao atingir o estado de equilíbrio, a
velocidade da reação direta é igual a velocidade da
reação
inversa.
Resposta: D
2. (UFMG-MG) O magnésio reage com solução aquosa
de ácido clorídrico produzindo gás hidrogênio. A
velocidade dessa reação pode ser determinada
medindo-se o volume total do gás formado, V, em
função do tempo de reação, t.
Em um experimento, utilizou-se magnésio e
excesso de uma solução diluída de HCl aquoso.
Todo o magnésio foi consumido. O gráfico a seguir
ilustra o resultado obtido.
a) Se a temperatura do sistema fosse
aumentada, indique o que ocorreria com o
volume de hidrogênio produzido no tempo t =
2,0 minutos. Justifique sua resposta.
b) Indique o que ocorreria com o volume de
hidrogênio produzido no tempo t = 1,0
minuto, substituindo-se o ácido diluído por
igual volume de ácido concentrado.
Justifique sua resposta.
c) Indique o que ocorreria com o volume de
hidrogênio produzido no tempo t = 5,0
minutos, na hipótese considerada no item
anterior. Justifique sua resposta.
A K1/K2 é constante e denomina-se constante de
equilíbrio em termos de concentração molar (Kc):
Observações

A constante de equilíbrio Kc varia com a
temperatura.

Quanto maior o valor de Kc , maior o rendimento
da reação, já que no numerador temos os
produtos e no denominador os reagentes.
Portanto, comparando valores de Kc em duas
temperaturas diferentes, podemos saber em qual
destas a reação direta apresenta maior
rendimento.

O valor numérico de Kc depende de como é
escrita a equação química.
Por exemplo
½ H2 + ½ I2 ⇄ HI
Resolução
a) Aumentaria. Quanto maior a temperatura
maior a velocidade da reação.
b) Aumentaria. Quanto maior a concentração
dos reagentes, maior a velocidade da reação.
c) Seria o mesmo, pois o sistema atingiu o
equilíbrio.
OBS: As duas constantes têm valores diferentes
Por este motivo devemos escrever sempre a equação
química junto com o valor de Kc.

Constante de Equilíbrio em Termos de
Concentrações Molares (Kc)
Constante de Equilíbrio em Termos de Pressões
Parciais (Kp)
Dada uma reação reversível qualquer:
aA + bB
cC + dD
Aplicando-se a lei da ação das massas de GuldbergWaage, temos:
• para a reação direta: v1 = K1.[A]a.[B]b
Profª Fátima Serrado
A constante de equílibrio é adimensional, ou seja,
não possui unidade.
Quando os componentes do equilíbrio são substâncias
gasosas, além da constante Kc, podemos expressar a
constante de equilíbrio em termos de pressões
parciais (Kp).
Assim para a reação:
- 29 -
Apostila de Química
CMB
aA(g) + bB(g) ⇄ cC(g) + dD(g)
a constante de equilíbrio pode ser:
entre a quantidade em mols dos produtos e
reagentes).
Kc  constante de
concentração molar.
constante de equilíbrio em termos de concentração
molar Kc.
ou
equilíbrio
em
termos
de
T  temperatura absoluta.
R  constante dos gases.
R = 0,082 atm.L/mol.K
R = 62,3 mmHg.L/mol.K
Deslocamento de Equilíbrio
constante de equilíbrio em termos de pressões
parciais Kp.
Portanto, concluímos que Kp é a razão entre o
produto das pressões parciais dos produtos gasosos e
o produto das pressões parciais dos reagentes
gasosos, estando todas as pressões elevadas a
expoentes iguais aos respectivos coeficientes, na
equação química balanceada.
Por exemplo: H2(g) + I2(g) ⇄ 2HI(g)
Observação
–
Para
equilíbrio
em sistema
heterogêneo, o estado sólido não participa das
expressões Kp e Kc, o estado líquido participa
somente de Kc, e o estado gasoso participa das duas
expressões.
Exemplos
Já sabemos que toda reação química reversível
tende a um equilíbrio em que as velocidades da
reação direta e inversa são iguais:
Reagentes
Produtos
Deslocar o equilíbrio significa provocar diferença nas
velocidades das reações direta e inversa, e,
consequentemente, modificações nas concentrações
das substâncias, até que um novo estado de
equilíbrio seja atingido.
Se, no novo equilíbrio, a concentração dos produtos
for maior que a concentração original, dizemos que
houve deslocamento para a direita (sentido de
formação dos produtos), já que v1 foi maior que v2:
Reagentes
Produtos
No entanto, se a concentração dos reagentes for
maior do que na situação anterior de equilíbrio,
dizemos que houve deslocamento para a esquerda
(sentido de formação dos reagentes), já que v 2 foi
maior
que
v1:
a) CaCO3 (s) ⇄ CaO(s) + CO2 (g)
Reagentes
Kc = [CO2]
Kp =
v1 = v 2
Produtos
Princípio de Le Chatelier:
“Quando uma força externa age sobre um sistema
em equilíbrio, este se desloca, procurando anular a
ação da força aplicada.”
b) Ca(s) + 2 H+(aq) ⇄ Ca2+(aq) + H2(g)
Kp =
c) Zn(s) + 2 Ag+(aq) ⇄ Zn2+(aq) + Ag(s)
a) As forças capazes de deslocar o equilíbrio
químico são:
b) pressão sobre o sistema;
c) temperatura; concentração dos reagentes ou
produtos
Concentração dos Participantes do Equilíbrio
Kp não é definido, pois não encontramos substância
no estado gasoso.
Relação entre Kc e Kp
As constantes de equilíbrio Kc e Kp podem ser
relacionadas da seguinte forma:
Kp = Kc · (R · T)
Δn
Em que:
Δn  variação da quantidade em mols (diferença
Profª Fátima Serrado
Um aumento na concentração de qualquer substância
(reagentes ou produtos) desloca o equilíbrio no
sentido de consumir a substância adicionada. O
aumento na concentração provoca aumento na
velocidade, fazendo com que a reação ocorra em
maior escala no sentido direto ou inverso.
Diminuindo a concentração de qualquer substância
(reagentes ou produtos) desloca-se o equilíbrio no
sentido de refazer a substância retirada. A
diminuição na concentração provoca uma queda na
- 30 -
Apostila de Química
CMB
velocidade da reação direta ou inversa, fazendo com
que a reação ocorra em menor escala nesse sentido.
Exemplos
1o) 2 CO(g) + O2(g)
2 CO(2)
O aumento na concentração de CO ou O 2 provoca
aumento em v1, fazendo com que v1 > v2; portanto, o
equilíbrio desloca-se para a direita.
A diminuição na concentração de CO ou O2 provoca
queda em v1, fazendo com que v1 < v2; portanto, o
equilíbrio desloca-se para a esquerda.
2o) C(s) + CO2(g) ⇄ 2 CO(g)
Para equilíbrio em sistema heterogêneo, a adição de
sólido (C(s)) não altera o estado de equilíbrio, pois a
concentração do sólido é constante e não depende da
quantidade.
Observação
Tudo o que foi discutido para a concentração
também é válido para as pressões parciais em
sistemas
gasosos.
Por exemplo: H2(g) + I2(g) ⇄ 2 HI(g)
• Aumento na pressão parcial de H2 ou I2, o equilíbrio
desloca-se para a direita.
• Diminuindo a pressão parcial de H 2 ou I2, o
equilíbrio desloca-se para a esquerda.
Um aumento na temperatura desloca o equilíbrio no
sentido
endotérmico.
Uma
diminuição
na
temperatura desloca o equilíbrio no sentido
exotérmico.
Exemplo:
N2 + 3 H2 ⇄ 2 NH3
• Um aumento na temperatura desloca o equilíbrio
para a esquerda (endotérmico).
• Diminuindo a temperatura, desloca-se o equilíbrio
para a direita (exotérmico).
A temperatura é o único fator que desloca o
equilíbrio e altera o valor da constante de equilíbrio.
Por exemplo, um aumento na temperatura provoca
aumento do valor da constante de equilíbrio para
reações endotérmicas (ΔH > 0) e diminuição para
exotérmicas (ΔH < 0).
Observação: o catalisador não desloca o equilíbrio
porque aumenta a velocidade da reação direta e
inversa na mesma proporção. O catalisador apenas
diminui o tempo necessário para que o estado de
equilíbrio seja atingido.
Exercícios Resolvidos
1. (Unicamp-SP)
Na alta atmosfera ou em
laboratório,
sob
a
ação
de
radiações
eletromagnéticas (ultravioleta, ondas de rádio
etc.), o ozônio é formado através da reação
endotérmica:
Pressão Total sobre o Sistema
Um aumento na pressão desloca o equilíbrio no
sentido do menor volume gasoso.
3 O2 ⇄ 2 O3
a) O aumento da temperatura
dificulta a formação do ozônio?
b) E o aumento da pressão?
Uma diminuição na pressão desloca o equilíbrio no
sentido do maior volume gasoso.
2V
favorece
ou
Justifique as respostas.
Exemplo: 3 H2(g) + N2(g) ⇄ 2 NH3(g)
4V
ΔH = – 26,2 kcal
Resolução
endotérmica
a) 3 O2 + calor
2 O3
exotermica
• Aumento de pressão desloca o equilíbrio para a
direita (menor volume).
• Diminuindo a pressão, desloca-se o equilíbrio para a
esquerda (maior volume).
Existem equilíbrios que não são afetados pela
pressão:
• não é observada variação de volume:
Exemplo: 2 HI(g) ⇄ H2(g) + I2(g)
2V
O aumento da temperatura desloca o equilíbrio no
sentido endotérmico, favorecendo a formação de
ozônio.
b) 3 O2 ⇄ 2 O3
3V
2V
O aumento da pressão desloca o equilíbrio para o
lado de menor volume gasoso, favorecendo a
formação de ozônio.
2. (Vunesp-SP) Considere o equilíbrio:
Fe3O4(s) + 4H2(g) ⇄ 3Fe(s) + 4H2 + 4H2O(g)
2V
• não encontramos reagentes e nem produto no
estado gasoso:
a 150 °C em recipiente fechado.
Escrever a expressão da constante de equilíbrio da
reação.
Prever, justificando, qual será o efeito da adição
ao sistema em equilíbrio de:
 a) mais H2(s);
CH3 – COOH(l) + CH3 – CH2OH(l) ⇄ CH3COOC2H5(l) +
H2O(l)
Temperatura
Profª Fátima Serrado
- 31 -
Apostila de Química


CMB
b) mais Fe(s);
c) um catalisador.

Resolução
a) Deslocará o equilíbrio para a direita, a fim de
consumir a quantidade aumentada de H2.
b) Não altera o equilíbrio.
c) Não altera o equilíbrio.
3. (PUC-SP)
Os gráficos acima mostram a variação das
concentrações molares dos participantes da reação
A(g) + B(g)  AB(g) à medida que prossegue até atingir
o equilíbrio à temperatura T1 no gráfico I e T2 > T1 no
gráfico II.
a) Calcule os valores das constantes de equilíbrio às
temperaturas T1 e T2.
a) Analisando o gráfico, procure explicar o que
ocorre entre os instantes t e t 1, sabendo que a
temperatura e pressão durante o experimento
foram mantidas constantes.
b) Calcule os valores da constante Kc nos instantes
t e t1. Justifique os resultados encontrados.
Resolução
a) Com temperatura e pressão constantes, a única
variável possível é a concentração.
b) Verificamos, no gráfico, que ocorre aumento
brusco na concentração de H2 , no instante t.
Significa que, nesse instante, foi adicionado H2
ao sistema que estava em equilíbrio. Portanto,
entre t e t1 ocorre perturbação do estado de
equilíbrio (deslocamento), fazendo com que a
velocidade da reação aumente no sentido dos
produtos, consumindo reagentes e aumentando
a concentração dos produtos.
A partir de t1, o sistema atinge um novo estado
de equilíbrio.
b) Explique se o sentido de formação de AB é
exotérmico ou endotérmico.
Lei da Diluição de Ostwald
Resolução
Chamamos α o grau de ionização de um eletrólito,
que pode ser definido como a fração do mol que está
ionizada na solução. Portanto, para cada mol que foi
inicialmente dissolvido, α representa a parte que se
ionizou. De forma geral, temos:
a) Temperatura T1
Considere o equilíbrio: AB ⇄ A+ + B–.
Temperatura T2
A partir da concentração molar (ℳ) e do grau de
ionização (α), podemos relacionar Ki e α.
AB
b) Com o aumento de temperatura verifica-se maior
concentração de AB e também aumento de K c, logo o
sentido de formação de AB é endotérmico.
H2(g) + I2(g) ⇄ 2 HI(g)
Com base em dados experimentais, foi construído
o gráfico que mostra a variação das concentrações
de
H2(g) , I2(g) e HI(g) em função do tempo.
Profª Fátima Serrado
- 32 -
B-
ℳ
—
—
Reage
ℳ.α
—
—
—
ℳ.α
ℳ.α
ℳ - ℳ.α
ℳ.α
ℳ.α
Equilíbrio
1 L, contendo inicialmente H2 (g) e I2 (g) , ocorre o
seguinte processo a 450 °C:
A+ +
Inicial
Forma
4. (Federal Uberaba-MG) Dentro de um recipiente de
⇄
Apostila de Química
CMB
Esta fórmula é a Lei da Diluição de Ostwald e
permite concluir que, quanto menor a concentração
de um eletrólito, maior será seu grau de ionização, o
que significa dizer que o grau de ionização aumenta à
medida que se dilui a solução.
Para eletrólitos fracos, nos quais os valores de são
muito pequenos, podemos considerar 1 – como
sendo praticamente 1, o que simplifica a equação de
Ostwald para:
Efeito do Íon Comum
Equilíbrio Iônico da Água
A água é um eletrólito extremamente fraco, que se
ioniza segundo a equação:
H2O + H2O ⇄ H3O+ + OH–
Ou simplesmente:
H2O ⇄ H+ + OH–
Efeito do íon comum é o nome que se dá à aplicação
do princípio de Le Chatelier (deslocamento do
equilíbrio) para equilíbrios iônicos.
Exemplo
Considere o equilíbrio que se estabelece quando HCN
é colocado em água:
HCN ⇄ H+ + CN–
Vamos supor agora que se adicione à solução cianeto
de sódio (NaCN). Como NaCN é iônico, sua
dissociação é total.
NaCN  Na+ + CN–
–
O íon CN oriundo do cianeto de sódio é comum ao
equilíbrio do ácido; logo, sua concentração
aumentará, o que provocará o deslocamento do
equilíbrio para a esquerda, no sentido de formar
HCN, diminuindo, portanto, a ionização do ácido.
O produto iônico da água, Kw, tem valor igual a 10–14
a 25 ºC. Kw é uma constante de equilíbrio e como tal
não é afetada pela variação na concentração de H +
ou OH–, mas varia com a temperatura.
– Para soluções ácidas: [H+] > [OH-]
– Para soluções básicas: [H+] < [OH-]
– Para soluções neutras (ou água pura): [H+] = [OH-]
Exercícios Resolvidos
5. Qual o pH de uma solução de HCl 0,01 M que
está totalmente ionizada?
Esquema:
O fato de o grau de ionização de um eletrólito
diminuir pela adição, na solução, de outro eletrólito
que possua um íon igual a um dos íons do 1 o eletrólito
recebe o nome de efeito de íon comum.
Resolução
6. Qual o pH de uma solução de HCN 0,02 molar
que está 0,5% ionizada?
É importante lembrar que há íons que, apesar de não
serem comuns ao equilíbrio iônico, também podem
deslocá-lo. Tomemos, por exemplo, a dissociação de
NH4OH:
Resolução
Se a esta solução adicionarmos um ácido qualquer,
estaremos adicionando H+, que reagirá com os íons
OH– da base, formando água.
A concentração de íons OH– irá diminuir e, portanto,
o equilíbrio será deslocado para a direita,
aumentando a dissociação da base.
Esquema:
Profª Fátima Serrado
- 33 -
Apostila de Química
CMB
7. Qual o pH de uma solução de NH 4OH 0,02 M que
níquel. As soluções estão ligadas por meio de
uma ponte salina e o circuito é fechado por
um voltímetro.
b) Qual é o pólo positivo da pilha quando as
soluções de Co2+(aq) e Ni2+(aq) têm, ambas,
concentração igual a 1,0 mol/L?
c) Qual será a relação entre as concentrações
de Co2+(aq) e Ni2+(aq) quando esta pilha
deixar de funcionar?
Justifique as respostas aos itens b e c,
utilizando argumentos de constante de
equilíbrio.
está 0,5% ionizada?
Resolução
Gab:
a)
8. Qual o pH de uma solução de H2SO4 0,000005
molar?
Resolução
Questões de Olimpíadas Brasileira de Química
1.
No processo Haber - Bosch, a amônia (NH3) é
obtida passando-se uma mistura de nitrogênio
(N2) e hidrogênio (H2), ambos no estado gasoso,
através de uma câmara de catalisadores, quando
ocorre a reação:
N2(g) + 3H2(g) 
 2NH3(g)
Considerando a temperatura constante, a ordem
de grandeza do valor da pressão aplicada ao
sistema que deverá propiciar uma maior
produção de amônia é
a) 10–2 .
b) 10–1 .
c) 10º .
d) 101 .
e) 102 .
Resp: E
2.
A constante do equilíbrio
Co(s) + Ni2+(aq)
Ni(s) + Co2+(aq),
em termos de concentrações em mol/L, a 25 ºC,
é igual a 10.
b) Quando a concentração dos íons for 1,0
mol/L, ocorre a oxidação do Co(s) e a
redução do Ni2+(aq). No equilíbrio (Kc = 10),
a pilha deixa de funcionar. Por convenção, o
pólo positivo de uma pilha é onde ocorre a
redução. Enquanto o valor da constante se
aproxima de 10, predomina a formação de
produtos da reação direta, ou seja,está
ocorrendo a redução dos íons Ni2+,
caracterizando esse eletrodo como pólo
positivo.
c) A relação será 10 ou seja, o próprio valor da
constante de equilíbrio.
3.
a) Escreva a expressão matemática dessa
constante de equilíbrio.
A 25 ºC, monta-se uma pilha na qual um dos
eletrodos é uma barra de cobalto mergulhada
numa solução de sulfato de cobalto, e o
outro eletrodo é uma barra de níquel
mergulhada numa solução de sulfato de
Profª Fátima Serrado
- 34 -
O dióxido de enxofre (SO2) é um gás incolor,
tóxico e de odor irritante. Ele provém de fontes
naturais como vulcões e de fontes artificiais,
através da queima de combustíveis derivados do
petróleo. A sua oxidação produz o SO3. Esses dois
gases apresentam caráter ácido e, reagindo com
a água, provocam a chuva ácida, que pode causar
um grande impacto ambiental.
Considere a equação abaixo, que representa uma
reação no estado de equilíbrio, cuja constante
vale 4,8x103 a uma determinada temperatura.
2 SO3(g)
2 SO2 + O2(g)
Considere ainda que num dado instante, e
mantendo-se a temperatura constante, são
encontradas as concentrações a seguir.
[SO3] = 0,50 mol L1, [SO2] = 0,15 mol L1 e [O2] =
0,025 mol L1
Com base nessas informações, e sobre as
concentrações dos respectivos gases, é correto
afirmar:
a) A reação procede no sentido da esquerda
para a direita de maneira a aumentar [SO2],
aumentar [O2] e diminuir [SO3] até atingir o
equilíbrio.
b) Não ocorre variação da concentração porque
a reação já atingiu o equilíbrio.
c) A reação procede no sentido da direita para a
esquerda de maneira a aumentar [SO2],
diminuir [O2] e aumentar [SO3] até atingir o
equilíbrio.
Apostila de Química
4.
CMB
d) A reação procede no sentido da esquerda
para a direita de maneira a diminuir [SO2],
diminuir [O2] e aumentar [SO3] até atingir o
equilíbrio.
e) A reação procede no sentido da direita para a
esquerda de maneira a aumentar a
concentração de SO3 até atingir o equilíbrio.
Gab: A
Ao borbulhar CO2(g) em um becker contendo água
pura, obtiveram-se os seguintes valores de pH da
solução, relativamente ao tempo e a duas
diferentes temperaturas.
A equação considerada é representada por:
 +

CO2(g) + H2O(l) 
 H2CO3(aq)  H (aq) + HCO 3 (aq)
Resp: (b) – Solução
pH = 4  [H+] = 10-4
HCl: 1,0 mL = 10-3 L; [H+] = 10-4 mol/L
HCl + NaOH  z NaCl + H2O
1 mol H+ ---- 1 mol OH10-7 mol ----- x
x  10-7 mol OHNaOH: pOH = 5  [OH-] = 10-5 mol/L
10-5 mol --- 1 L
10-7 mol --- x x  10-2 L = 10 mL
Eletroquímica
Pilha de Daniell
Considerando o equilíbrio acima, analise as
afirmativas:
I. A reação é endotérmica.
II. A reação é exotérmica.
III. A solução final é alcalina.
IV. A adição de OH- deslocará o equilíbrio para a
esquerda.
Assinale a alternativa que apresenta a(s)
afirmativa(s) correta(s).
a) Apenas I.
b) II e IV.
c) Apenas II.
d) Apenas III.
e) Apenas IV.
Gab: C
5.
Quantos mols de ácido acético (HAc) precisam ser
adicionados a 1,0 litro de água pura para que a
solução resultante, a 25°C, tenha o pH igual a
4,0? Sabe-se que nesta temperatura.
HAc(aq)  H+(aq) + Ac-(aq) ; Kc = 1,8 x 10-5
Daniell fez uma pilha separando as semireações de oxidação e de redução. A reação química
é a mesma, mas os reagentes estão separados em
suas células. Para que os elétrons passem dos átomos
de zinco para os íons Cu2+, eles devem passar através
de um circuito externo (o fio e a lâmpada); e à
medida que eles vão de um eletrodo ao outro, podem
ser usados para realizar trabalho acendendo a
lâmpada.
Um eletrodo é o conjunto formado por um
metal e pela solução iônica na qual está mergulhado.
Geralmente é constituído por um metal puro, imerso
numa solução que contém os íons desse metal num
estado de oxidação bem definido.
Para que haja transferência de elétrons entre
os eletrodos, intercalam-se entre ambos um condutor
elétrico e uma ponte salina. Essa ponte salina é um
tubo de vidro recurvado, que fica em contato com as
soluções dos eletrodos. No seu interior, encontra-se
uma solução salina, de KCl por exemplo, misturada a
um material gelatinoso, tendo em suas extremidades
lã de vidro ou algodão.
Deixe claro os cálculos efetuados, bem como
eventuais hipóteses simplificadoras.
Resp:
6.
(OBQ-2009) Para neutralizar 1,0 mL de ácido
clorídrico com pH = 4,0, o volume necessário de
hidróxido de sódio com pOH = 5,0 é igual a:
a) 8 mL
d) 20 mL
b) 10 mL
e) 40 mL
Profª Fátima Serrado
c) 16 mL
Elétrons da placa de zinco(s) são atraídos
pelo eletrodo de cobre passando pelo circuito
externo (meio condutor), sendo recebidos pelos íons
Cu2+(aq) que migram da solução para placa de cobre,
onde nela se depositam como Cu(s). o A corrosão
- 35 -
Apostila de Química
observada na placa de zinco ocorre devido ao fato de
o Zn(s) estar perdendo elétrons (oxidação) para os
íons Cu2+(aq), pertencentes ao eletrodo de cobre. Ao
mandar elétrons para o circuito externo, o Zn(s) sai da
placa e vai para a solução na forma de Zn2+(aq),
provocando a corrosão da placa. A solução fica mais
concentrada.
CMB
Esquema da Pilha
No eletrodo de Cobre: Cu2+(aq) + 2e-  Cu(s)
No eletrodo de Zinco: Zn(s)  Zn2+(aq) + 2eA corrosão da placa de zinco faz com que no
eletrodo de zinco a solução fique com um excesso de
cargas positivas, Zn2+(aq), já que o íon SO42-(aq) não
participa da reação.
A função da ponte salina no sistema é
impedir o acúmulo do excesso de cargas positivas no
eletrodo de zinco, Zn2+(aq), e o acúmulo de cargas
negativas, SO42-(aq), no eletrodo de cobre.
O excesso de cargas positivas acumuladas no béquer
da direita, que migram em direção ao béquer da
esquerda e os íons K+ migram da ponte para o
eletrodo de cobre e íons Cl– migram para o eletrodo
de zinco.
Representação de uma Pilha
Reação da Pilha
Semi-reação no eletrodo de zinco:
Zn(s)  Zn2+(aq) + 2 eSemi-reação no eletrodo de cobre:
Cu2+(aq) + 2 e-  Cu(s)
Reação Global ou Total da Pilha:
Zn(s) + Cu2+(aq)  Zn2+(aq) + Cu(s)
Pólos da Pilha
No circuito externo, o pólo negativo é aquele de
onde saem os elétrons. Nesse pólo, ocorre oxidação
(perda de elétrons): é o ânodo.
O pólo positivo da pilha é aquele para onde fluem ou
“chegam” os elétrons. Nesse pólo, ocorre redução
(ganho de elétrons): é o cátodo.
Pólo negativo
 Ocorre oxidação
 Perde elétrons: Zn  Zn2+ + 2e–
 Fornece elétrons ao circuito elétrico externo
 Ocorre corrosão do Zn
 Ocorre aumento da concentração da solução de
Zn2+
Pólo positivo
 Ocorre redução: Cu2+ + 2e–  Cu(s)
 Recebe ou ganha elétrons
 Retira elétrons do circuito elétrico externo
 Ocorre diluição da solução
 Ocorre eletrodeposição
Profª Fátima Serrado
Cálculo da ddp de uma Pilha
Experiência da pilha mostra que o Cu2+(aq) tem
uma avidez maior por elétron que o Zn2+. Logo,
Cu2+(aq) tem uma tendência maior em “sofrer”
redução que o Zn2+. Essa tendência é chamada de
potencial de redução do Cu (Ered).
Por outro lado, o zinco tem maior tendência
em ceder elétrons que o cobre. Portanto, podemos
falar, também, em potencial de oxidação, Eoxi,
tendência em ceder elétrons).
O potencial de oxidação do Zn (Ered) é maior
que o do cobre.
Generalizando, na pilha, o que apresentar
maior potencial de redução, Ered, (maior tendência
para receber elétrons) sofre redução. Portanto, a
espécie de maior potencial de oxidação Eoxi,sofre
oxidação.
TABELA DE POTENCIAIS PADRÃO DE REDUÇÃO
(Condições Padrão: T = 25ºC, P = 1 atm, M = 1 mol/l)
Semi-reações de redução
K+(aq) + 1 e-  K(s)
Ba2+(aq) + 2 e-  Ba(s)
Ca2+(aq) + 2 e-  Ca(s)
Na+(aq) + 1 e-  Na(s)
Mg2+(aq) + 2 e-  Mg(s)
- 36 -
E° red (V)
– 2,94
– 2,91
– 2,87
– 2,87
– 2,36
Apostila de Química
CMB
3+
Al (aq) + 3 e-  Al(s)
Mn2+(aq) + 2 e-  Mn(s)
Zn2+(aq) + 2 e-  Zn(s)
Cr3+(aq) + 3 e-  Cr(s)
Fe2+(aq) + 2 e-  Fé(s)
Cr3+(aq) + 1 e-  Cr2+(aq)
Cd2+(aq) + 2 e-  Cd(s)
PbSO4(s) + 2 e-  Pb(s) + SO42 –(aq)
Tl+(aq) + 1 e -  Tl(s)
Co2+(aq) + 2 e -  Co(s)
Ni2+(aq) + 2 e -  Ni(s)
Sn2+(aq) + 2 e -  Sn(s)
Pb2+(aq) + 2 e -  Pb(s)
2 H+(aq) + 2 e -  H2(g)
Sn4+(aq) + 2 e -  Sn 2+(aq)
Cu2+(aq) + 1 e -  Cu +(aq)
Cu2+(aq) + 2 e -  Cu(s)
Cu+(aq) + 1 e -  Cu(s)
I2(s) + 2 e -  2 I –(aq)
Fe3+ (aq) + 1 e -  Fe2+(aq)
Ag + (aq) + 1 e -  Ag(s)
Au3+(aq) + 3 e -  Au(s)
– 1,68
– 1,18
– 0,76
– 0,74
– 0,41
– 0,41
– 0,40
– 0,36
– 0,34
– 0,28
– 0,24
– 0,14
– 0,13
0,000
+ 0,15
+ 0,16
+ 0,34
+ 0,52
+ 0,53
+ 0,77
+ 0,80
+ 1,50
Calculo da ddp (diferença de potencial), f.e.m
(força eletro-motriz), ou ΔE (variação de potencial)
A diferença de potenciais de duas semireações, indicada pelo voltímetro, é denominada
diferença de potencial (ddp) e indicada por E0 da
pilha.
Considerando a pilha de Daniell, formada por
eletrodos de Cu e Zn.
Teoricamente a ddp é calculada da seguinte
forma:
ΔE = ddp = f.e.m. = E0red(maior) – E0red(menor)
ou ΔE = ddp = f.e.m. =
E0oxi(maior)
–
EQUAÇÃO DE NERNST
E= Potencial em condições não-padrão
EO = Potencial padrão
n= Número de elétrons transferidos na semi-reação
Q= Quociente de reação
Semi-Reação de Redução
Fe3+ + e-  Fe2+ (E0 = -0,771 V)
Exemplo:
Considere o elemento galvânico mostrado na figura a
seguir. O semi-elemento A contém uma solução
aquosa, isenta de oxigênio, 0,3 mol L −1 em Fe2+ e 0,2
mol L−1 em Fe3+ . O semi-elemento B contém uma
solução aquosa, também isenta de oxigênio, 0,2
mol.L−1 em Fe2+ e 0,3 mol L−1 em Fe3+.
M é um condutor metálico (platina). A temperatura
do elemento galvânico é mantida constante num
valor igual a 25oC. A partir do instante em que a
chave “S” é fechada, considere as seguintes
afirmações:
I.
O sentido convencional de corrente elétrica
ocorre do semi-elemento B para o semielemento A.
II. Quando a corrente elétrica for igual a zero, a
relação de concentrações [Fe3+(aq)]/[Fe2+(aq)]
tem o mesmo valor tanto no semielemento A
como no semi-elemento B.
III. Quando a corrente elétrica for igual a zero, a
concentração de Fe2+ (aq) no semi-elemento A
será menor do que 0,3 mol L−1.
IV. Enquanto o valor da corrente elétrica for
diferente de zero, a diferença de potencial
entre os dois semi-elementos será maior do
que 0,118 log (3/2).
V. Enquanto corrente elétrica fluir pelo circuito,
a
relação
entre
as
concentrações
[Fe3+(aq)]/[Fe2+(aq)] permanece constante nos
dois semi-elementos.
E0oxi(menor)
Para uma pilha, a ddp é positiva, o que
reflete a espontaneidade da reação.
Outra maneira de calcular a ddp de uma pilha
é por meio dos potenciais de redução e oxidação
referentes às semi-reações:
Reação anódica: Zn  Zn2+ + 2e– E0oxi = – 0,76V
Reação catódica: Cu2+ + 2e–  Cu(s
E0red = + 0,34V
Reação Global ou Total da Pilha:
Zn(s) + Cu2+(aq)  Zn2+(aq) + Cu(s) ΔE = + 1,10 V
ddp = E0oxi + E0red
Profª Fátima Serrado
- 37 -
Apostila de Química
CMB
Substituindo os valores das concentrações iniciais
tem-se:
Das afirmações feitas, estão CORRETAS
a) apenas I, II e III.
c) apenas III e V.
e) todas.
b) apenas I, II e IV.
d) apenas IV e V.
Resp: (a)
Resolução:
Como o Eredo do Fe3+ (aq) é maior que o do
2+
Fe (aq) e como o valor do potencial depende da
concentração molar da espécie, a semicélula que
tiver a maior concentração molar de íons Fe 3+(aq) será
o cátodo da pilha. Nesse caso, o eletrodo B atuará
como cátodo e o eletrodo A como ânodo.
As semi-reações de eletrodo serão:
I. Correta. Numa pilha o sentido convencional da
corrente é do cátodo (B) para o ânodo (A).
II. Correta. Quando a corrente for nula, a célula
entrou em equilíbrio, desse modo, o E red (A) é igual
ao E red(B).
Assim sendo, aplicando-se a equação de Nernst temse que:
Para que (I) seja igual a (III), a relação
[Fe3+]/[Fe2+]deve ser a mesma nas duas equações.
III. Correta. No eletrodo A ocorrerá consumo dos
íons Fe2+ até que o sistema entre em equilíbrio (i =
0). Desse modo, a [Fe2+], no equilíbrio, será menor
que no início, ou seja, inferior a 0,3 mol ⋅L−1.
Como a ddp diminui com o funcionamento da pilha,
ela nunca será maior do que
V. Incorreta. Até o equilíbrio ser atingido, a relação
[Fe3+]/[Fe2+] aumenta em A e diminui em B.
Exercícios
1. Olimpíadas de Química - 2009
Observe o quadro abaixo com as semi-reações
eletroquímicas e seu valores de energia:
Semi-reações
E0(V)
3+
Al → Al + 3e
+1,66
2+
Fe → Fe + 2e
+0,44
+
H2 + 2H2O → 2H3O + 2e
0,00
A partir dos conceitos referentes a pilhas e eletrolise,
analise os seguintes itens:
I. O alumínio possui maior tendência para oxidar em
relação ao ferro. Sabemos que aquele metal não
sofre corrosão tão fácil, devido ao fenômeno de
passivação.
II. Para obter alumínio metálico a partir de um sal
desse metal pode ser feita uma eletrólise do
composto. Neste caso, o mais indicado é que
utilize uma eletrolise aquosa.
III. Em um processo químico de uma pilha, a variação
da energia livre de Gibbs (∆G) é positiva.
IV. Uma pilha entre ferro e alumínio, em condições
padrão, fornecerá um potencial de 1,22 V, onde o
ferro (II) atuará como oxidante e o alumínio
metálico como redutor.
Os itens corretos são:
a) I e IV
b) I, II e III
c) II e III
d) II e IV
Resp: (a)
IV. Incorreta. O cálculo da ddp entre os eletrodos
pode ser feito usando-se a expressão:
Profª Fátima Serrado
- 38 -
Apostila de Química
2. Olimpíadas de Química - 2009
O processo de eletrólise tem grande importância para
a indústria química, pois com esse procedimento
torna-se mais fácil a obtenção de certos compostos e
substancias. O gás cloro, por exemplo, pode ser
obtido pela decomposição eletrolítica de uma solução
aquosa de NaCl, ocorrendo a seguinte transformação:
2Cl- - 2e- → Cl2
Com base em seus conhecimentos sobre processos
eletrolíticos assinale a alternativa correta:
a) A transformação de íon cloro em cloro elementar
ocorre no cátodo, eletrodo onde normalmente
ocorre a redução.
b) No outro eletrodo, em condições normais de
temperatura e pressão, ocorreria a transformação
do íon Na+.
c) A solução aquosa de NaCl funciona como
eletrólito, onde as cargas elétricas disponíveis da
solução conduzem o transporte de elétrons pelo
circuito.
d) Qualquer material condutor pode ser usado como
eletrodo pois o gás cloro é inerte, principalmente
em relação aos metais
3. Olimpíadas de Química - 2008
As semi-reações dos metais níquel e estanho e os
respectivos potenciais de redução são:
Ni2+ + 2 e- → Ni0
E0red = - 0,25 V
Sn2+ + 2 e– → Sn0
E0red = - 0,14 V
Com base nessas semi-reações e a pilha feita com
tais eletrodos, escolha a alternativa correta:
A reação de oxi-redução nessa pilha não é um
processo espontâneo.
a) No eletrodo de estanho dessa pilha ocorre
oxidação.
b) O eletrodo de níquel nessa pilha é denominado
ânodo.
c) A diferença de potencial, ∆E0, nessa pilha é igual
a - 0,11 V.
Resp: (c)
4. Olimpíadas de Química - 2003
Considere os potenciais de redução padrão abaixo:
Cl2 + 2e- 2Cl- 
E0 = +1,35V
2+
NO3 +3H +2e  HNO2 + H2O
E0 = +0,94V
Zn2+ + 2e-  Zn
E0 = -0,76V
Para que ocorra redução do íon nitrato, deve-se
reagi-lo com:
a) Cloreto de sódio
b) Cloro aquoso
c) Sulfato de zinco
d) Zinco em pó
e) Cloreto de zinco
Resp: (c)
Profª Fátima Serrado
CMB
5. Olimpíadas de Química 2004
Pilhas são equipamentos onde, por meio de uma
reação de oxirredução, é gerada uma corrente
elétrica. Estas reações ocorrem em dois compartimentos separados e cada compartimento dessa
pilha recebe o nome de semicélula. A semicélula
onde ocorre a redução é chamada de catodo e a
semicélula onde ocorre a oxidação recebe o nome de
anodo. As seguintes semi-reações são de uma pilha
eletrolítica. Dê a equação global da pilha, diga quem
é o anodo e quem é o catodo e indique o seu
potencial.
I – Zn2+(aq) + 2e- → Zn(s)
E0red = -0,76V
2+
II – Cu + 2e → Cu(s)
E0red = 0,34V
Resp: Zn(s) + Cu2+(aq) → Zn2+(aq) + Cu(s)
Anodo Zn2+(aq) + 2e- → Zn(s)
Catodo Cu2+ + 2e- → Cu(s)
Potencial = 1,1 volts
6. Olimpíadas de Química 2006
Julgue os itens a respeito da pilha galvânica de
Zn/Zn2+// Cu2+/Cu e marque a alternativa que possui
somente itens corretos.
I. A pilha galvânica é formada por: dois
recipientes, um contendo uma solução de íons
Zn2+ e o outro com íons Cu2+, dois eletrodos
sendo um de Zn e outro de Cu, em suas
respectivas soluções iônicas, um fio interligandoos e uma ponte salina entre os dois recipientes.
II. No anodo, ocorre a oxidação (pólo negativo), já
no catodo ocorre redução (pólo positivo).
III. Se aumentarmos a concentração do íon Cu 2+ e
diminuirmos a concentração do Zn2+, haverá um
aumento da ddp da pilha.
IV. Após o início da reação redox, haverá sempre
uma movimentação de íons para tentar
neutralizar as cargas adicionais do Zn2+ no anodo
e a falta de cargas positivas no catodo.
a) Todos.
b) I e II.
c) II.
d) II, III e IV.
Resp: (a)
7. Considere uma pilha formada por duas lâminas
metálicas, uma de zinco e outra de cobre imersos
em suas respectivas soluções de Zn2+ e Cu2+
separados por uma ponte salina, conforme figura
ao lado. Nessa pilha, é ligada uma lâmpada entre
os eletrodos e após certo tempo de
funcionamento, observa-se que a lâmina de zinco
sofre uma diminuição de massa e a de cobre um
aumento.
- 39 -
Apostila de Química
CMB
energia necessária para sintetizar adenosina
trifosfato (ATP). O corpo usa ATP como fonte de
energia para outras reações. Com base nos
potenciais de redução:
O2(g) + 4H+(aq) + 4e- → 2H2O(l)
Eo = + 0,82 V
+3
+2
CyFe (aq) + e → CyFe (aq)
Eo = + 0,22 V
Responda as questões abaixo:
a) Considerando que esta reação ocorra a em
uma célula eletroquímica, indique os
eletrodos (catodo e anodo) onde cada
semirreação deve ocorrer.
b) Escreva a equação geral balanceada, e
determine o potencial ∆Eo gerado nessa
reação.
c) Explique se esse processo é exotérmico ou
endotérmico.
d) Explique porque essa transformação é do tipo
óxido-redução, e identifique os agentes
oxidante e redutor.
Com relação a esta pilha é correto afirmar
que:
a)
b)
c)
d)
e)
O cobre sofre oxidação
O íon Cu2+ é o agente redutor
O eletrodo de zinco é o pólo (–)
No cátodo ocorre reação de oxidação
O sentido do fluxo de elétrons é do eletrodo
de cobre para o de zinco passando pelo
circuito externo
8. Considere a equação química que representa a
oxidação de cloreto por permanganato, em meio
ácido:
MnO4- + H+ + Cl- → Mn2+ + Cl2 + H2O
Após o balanceamento desta equação, o
coeficiente estequiométrico para o íon MnO4- é
2 e para o H+ é:
a) 4
b) 8
c) 10
d) 14
e) 16
Resp:
2MnO4-+16H++10Cl-→2 Mn2++5Cl2+8H2O
9. Uma célula eletroquímica é constituída por:
Eletrodo A - fio de platina que mergulha numa
solução que contém íons Fe+3 e Fe+2, ambos com
concentração 1 mol/L.
Eletrodo B - vareta de tálio mergulhada numa
solução 1 mol/L de Tl +1 .
Sabendo que os potenciais-padrão referentes às
semi-reações:
Tl+1 + e-  Tl
Fe+3 + e-  Fe+2
são, respectivamente, - 0,34 V e + 0,77 V, faça
o que se pede:
a) Mostre as semi-reações que ocorrem no cátodo e
no ânodo.
b) Escreva a equação da reação que ocorre na
célula.
c) Calcule o potencial da célula.
10. Olimpíadas de Química – DF-2012. O citocromo,
molécula que representaremos como CyFe+2,
reage com o ar que respiramos para fornecer
Profª Fátima Serrado
Resolução:
a) A semirreação O2(g) + 4H+(aq) + 4e- → 2H2O(l)
tem o maior potencial de redução, E0, logo,
sofre redução (catodo), então, a outra
reação sofre oxidação (anodo).
b)
O2(g) + 4H+(aq) + 4e- → 2H2O(l)
Eo = + 0,82 V
+2
+3
4CyFe (aq) → 4CyFe (aq) + 4e Eo = - 0,22 V
4CyFe+2(aq) + O2(g) + 4H+(aq) → 4CyFe+3(aq) +
2H2O(l)
(Equação geral)
Potencial gerado:
∆Eo = maior Eoredução – menor Eoredução
o
∆E = (+ 0,82 V) – (+ 0,22) = 0,60 V
c) Tratando-se de uma reação na qual o O2 atua
como agente oxidante, o processo é
exotérmico.
d) Pela equação geral:
4CyFe+2(aq) + O2(g) + 4H+(aq) → 4CyFe+3(aq) +
2H2O(l)
e) No CyFe+2, o Nox do ferro vai de +2 a +3 nos
produtos, indicando assim perda de elétrons,
logo o CyFe2+ é o agente redutor. Enquanto o
O2 é o agente oxidante, pois seu Nox vai de
zero a -2 nos produtos. Essa variação do Nox
indica perda e ganho de elétrons, sendo
assim uma reação de óxido-redução.
Eletrólise
A eletrólise consiste em uma reação de
oxirredução não espontânea, onde, o total de
elétrons perdidos no pólo positivo deve ser igual ao
total de elétrons recebidos no pólo negativo. É o
inverso de uma pilha.
Na eletrólise há a necessidade de uma fonte
externa de corrente elétrica (contínua) para que uma
reação não espontânea ocorra, sendo necessário que
- 40 -
Apostila de Química
CMB
o gerador forneça uma ddp superior à reação da pilha
(espontânea).
O eletrólito, ou substância que conduz
eletricidade, deve ser um composto iônico líquido
(fundido), ou então em solução. Pode ser um
composto molecular, desde que este se ionize
quando em solução, como os ácidos.
Metais Alcalinos
Metais Alc. Terrosos
Alumínio
H+
Demais Metais
Facilidade de descarga crescente
Ânions oxigenados
23(NO3 , SO4 , PO4 )
e fluoreto (F )
OH-
Ânions não-oxigenados
- (Cl , Br , I )
exceto fluoreto (F )
Eletrólise aquosa do NaCl
2 NaCl  2 Na+ + 2 Cl–
2 H2O 2 H+ + 2 OH–
Cátodo: 2 H+ + 2 e–  H2
Ânodo: 2 Cl–  Cl2 + 2 e–
Reação Global:
2NaCl(aq) + 2H2O(l)  2Na+(aq) + 2OH–(aq) + H2(g) + Cl2(g)
Na eletrólise, como nas pilhas, ocorrem duas
reações: uma no ânodo e outra no cátodo.
No ânodo, pólo (+), os ânions (íons negativos)
chegam ao ânodo e cedem seus elétrons, portanto,
se oxidam.
2 NaOH
A eletrólise do NaCl(aq) é um processo que
permite obter soda cáustica (NaOH), gás hidrogênio
(H2) e gás cloro (Cl2).
Eletrólise Ígnea
A presença de OH- na solução final da
eletrólise caracteriza soluções básicas.
Eletrólise ígnea do NaCl
Estequiometria da Eletrólise
O cloreto de sódio (NaCl), que não conduz
corrente elétrica, pois os íons não têm movimentação
livre. Por isso, temos que fundir o NaCl cujo ponto de
fusão é 850 ºC. Nessa temperatura, o NaCl se
encontra no estado líquido, e os íons Na+ e Cl- podem
se mover com liberdade.
A carga de um elétron é igual a 1,6 x 10 –19C (C =
Coulomb), que é a unidade utilizada para cargas
elétricas. Como 1 mol de e- possui 6,02 x 1023 e–,
então, a carga de 1 mol de e–, é a multiplicação de
6,02 x 1023 pela carga do elétron.
Cada elétron que atravessa o circuito transporta
uma carga de 1,6 · 10–19 C. Se x elétrons atravessam
o circuito, eles transportarão uma carga de x · 1,6 ·
10–19 C. Assim, para um mol de elétrons, teremos:
NaCl
ºC
850

 Na+ + Cl–
As semirreações da eletrólise ígnea do NaCl são:
Cátodo (-): Na+ + e–  Na (redução)
1 e-
Ânodo (+): 2 Cl–  Cl2 + 2 e– (oxidação)
+
6.1023 e-
–
Reação global: 2 Na + 2 Cl  2 Na + Cl2
Podemos concluir que a eletrólise ígnea do
cloreto de sódio produz sódio metálico (Na) e gás
cloro (Cl2).
Profª Fátima Serrado
1,6.10-19 C
m
transporta
 

x
x = 96.500C
Assim, um mol de elétron transporta 96 500C.
Esse valor, em homenagem a M. Faraday, que foi
chamado de FARADAY (F).
1 mol e- = 96.500 C = 1 F
Eletrólise Aquosa
A eletrólise aquosa é uma reação química
provocada pela passagem de corrente elétrica
através de uma solução aquosa de um eletrólito.
Experimentalmente, observa-se que, na
eletrólise aquosa, apenas um tipo de cátion é atraído
por vez no cátodo, e, enquanto ele estiver presente
na solução, nenhuma outra espécie será atraída. O
mesmo ocorre em relação aos ânions no ânodo.
Esses íons sofrem descarga nos eletrodos e
essa descarga segue a seguinte ordem de prioridade:
transporta
 
A corrente elétrica que passa por um fio condutor é
constituída por um fluxo de elétrons. A intensidade
da corrente é simbolizada por i e expressa em
Ampères (A).
Leis de Faraday
Faraday descobriu experimentalmente que a
massa depositada nos eletrodos, para um
determinado eletrólito, é diretamente proporcional à
carga que passa pela solução.
- 41 -
Apostila de Química
CMB
A carga Q (coulombs) que atravessa o circuito
pode ser calculada, multiplicando a corrente
(ampères) pelo tempo (segundos).
a)
b)
c)
d)
e)
Q= i.t
i = corrente elétrica que passa pelo circuito, em
Ampères (A);
Δt = intervalo de tempo, em segundos (s)
Exemplo: Para se depositar um átomo neutro de
níquel, são necessários 2e– (redução):
(MNi = 58 g/mol)
Ni2+
1 mol
+
2 e2 mols
Ni(s)
1 mol
(58 g)
Como 1 mol e- = 96500C, para depositar 58g
de Ni são necessários 2 x 96.500C.

2. (UFSE) Na eletrólise de uma solução aquosa de
sulfato cúprico, tem-se a seguinte redução
catódica: Cu2+(aq) + 2 e– Cu(s).
Quantos mol de íons de Cu2+(aq) são reduzidos por
uma quantidade de eletricidade igual a 1,0
faraday?
a)
b)
c)
d)
e)
0,50.
1,0.
1,5.
2,0.
2,5.
3. (PUC-PR) Na eletrólise aquosa do Na2SO4(aq), com
eletrodos inertes, obteremos no anodo e no
cátodo, respectivamente?
a) H2(g) e SO2(g)
b) Na(s) e SO2(g)
c) O2(g) e Na(s)
d) Na(s) e O2(g)
e) O2(g) e H2(g)
Resp: e
4. (UEMS) A massa de sódio depositada, quando uma
corrente de 15A atravessa uma certa quantidade
de NaCl fundido durante 20,0 minutos, é:
Dados carga de 1 mol de elétrons = 96500C
Profª Fátima Serrado
g
g
g
g
g
Resp: c
5. (UFRN) A produção industrial de alumínio pela
eletrólise da bauxita fundida é um processo
industrial que consome grande quantidade de
energia elétrica. A semi-reação de redução do
alumínio é dada por: Al3+ + 3e-  Al
Para se produzirem 2,7 g de alumínio
metálico, a carga elétrica necessária, em
coulombs, é:
a)
b)
c)
d)
e)
Exercícios
1. (Puccamp-SP) O cobre com elevado grau de
pureza é obtido pelo método eletrolítico que
consiste na eletrólise de solução de sulfato
cúprico e ácido sulfúrico. Utiliza-se cobre impuro
como ânodo e cobre puro como cátodo e regulase convenientemente a voltagem de forma que no
cátodo ocorra apenas a redução: Cu2+(aq) + 2 e–
Cu(s)
A quantidade de elétrons, em mol, necessária
para a obtenção de 254 g de cobre puro é:
a) 8,5.
b) 8,0.
c) 5,5.
d) 4,0.
e) 2,0.
42,9
6,62
4,29
66,2
10,9
9650
28950
32160
57900
19300
Resp: c
6. (UFR-RJ) A prateação pelo processo galvânico é
de grande utilidade, tendo em vista que com um
gasto relativamente pequeno consegue-se dar
uma perfeita aparência de prata aos objetos
tratados.
A massa de prata (em gramas), depositada
durante a prateação de uma pulseira de
bijuteria, na qual foi envolvida uma carga
equivalente
a
4.825C,
corresponde
aproximadamente a:
a)
b)
c)
d)
e)
54 g
27 g
10,8 g
5,4 g
1,08 g
Resp: d
7. OQRJ EM3_primeira fase
Uma solução de sulfato de níquel II foi eletrolisada
durante 1,50 h entre eletrodos inertes. Se foram
depositados 35,0 g de níquel, qual o valor da
corrente média?
a) 10,7 A
b) 12,3 A
c) 15,1 A
d) 21,3 A
e) 23,1 A
8. Olimpíada de Química do Rio de Janeiro 2008
EM3 – 1a Fase
Qual a massa de zinco metálico depositada após a
eletrólise de uma solução aquosa de sulfato de
zinco que durou aproximadamente 3,50 horas, sob
corrente de 6,00 A?
a) 63,2 g
b) 51,2 g
c) 25,6 g
d) 7,12 mg
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Apostila de Química
CMB
e) 427 mg
9. Olimpíadas de Química – 2006-B Quantos
minutos serão necessários para que haja um
grama de cromo depositado em um eletrodo
imerso em uma solução ácida com Cr2O3, com
uma corrente de 3,00 A? Marque a alternativa que
mais se aproxima do resultado obtido. Dados: 1
mol de elétrons = 96.485 C.
a) 61
b) 34
c) 122
d) 18
Resp: (b)
10. Olimpíadas de Química
A corrente necessária para, no período de 100
horas, produzir 1 kg de magnésio a partir de
cloreto de magnésio fundido situa-se entre:
a)
b)
c)
d)
e)
5,0 e 10,0 A
10,0 e 15,0 A
15,0 e 20,0 A
20,0 e 25,0 A
25,0 e 30,0 A
Profª Fátima Serrado
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