Filantropia e Prestação de
Contas
DEMONSTRAÇÃO DO
FLUXO DE CAIXA
Lages, 03 de dezembro de 2009
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Demonstração do Fluxo de Caixa
A Demonstração do Fluxo de Caixa - DFC surgiu através da
NBC T 3.8 do CFC, da NPC 20 do IBRACON e pela NIC 7 do
IASB, e tem como finalidade:
a) propiciar informações relevantes sobre as movimentações de
entradas e saídas de caixa da entidade num determinado
período;
b) apresentar conciliação entre o resultado e o fluxo de caixa
gerado pelas atividades operacionais, bem como trazer
informações sobre os efeitos destas transações operacionais
e de outros eventos sobre o resultado;
c) refletir as transações de caixa oriundas das atividades:
operacionais, de investimentos e de financiamentos.
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Demonstração do Fluxo de Caixa
As informações contidas nesta demonstração, em conjunto
com as demais Demonstrações Contábeis, destinam-se a
ajudar seus usuários a:
a) avaliar a geração de caixa para pagamento de suas obrigações;
b) identificar necessidades de financiamento;
c) identificar razões para as diferenças entre o resultado e o fluxo
de caixa originado das atividades operacionais da Entidade; e
d) identificar o efeito das transações de investimentos e
financiamentos sobre a posição financeira.
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Demonstração do Fluxo de Caixa
“As informações dos fluxos de caixa de uma entidade
são úteis, também, por proporcionar aos usuários das
demonstrações contábeis uma base para determinar
a capacidade da entidade para gerar dinheiro e
equivalentes, e de suprir as necessidades da entidade
ao utilizar esses fluxos de caixa gerados.”
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NIC 7 – Demonstração do Fluxo de Caixa
A Norma Internacional exige que as entidades
forneçam informações referentes aos movimentos
históricos das suas disponibilidades e equivalentes
de
caixa,
mediante
a
apresentação
da
Demonstração do Fluxo de Caixa, classificados
segundo sua procedência, ou seja, se são
resultantes da exploração/atividade fim da entidade,
de investimentos ou de financiamentos.
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NBC T 3.8 – Demonstração do Fluxo de Caixa
3.8.5.1 A Demonstração do Fluxo de Caixa deve ser
apresentada de forma comparativa mediante a divulgação
simultânea de informações do período atual e anterior.
3.8.5.2 A demonstração referida no item anterior, quando
divulgada, deve ser efetuada como informação complementar
às Demonstrações Contábeis, não se confundindo com notas
explicativas. (OPCIONAL)
3.8.5.3 A Demonstração do Fluxo de Caixa deve ser objeto de
revisão ou auditoria se a entidade possuir auditores
independentes que revisem ou auditem suas Demonstrações
Contábeis.
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Definições Importantes
• Disponibilidades: compreendem os valores no caixa,
depósitos à vista em bancos, os equivalentes
representados por investimentos de curto prazo e grande
liquidez, ou seja, facilmente conversíveis em moeda, com
riscos de mudança de valor pouco significativos.
• Fluxo de Caixa: é o conjunto de ingressos e desembolsos
de numerário ao longo de um período. Consiste na
representação dinâmica da situação financeira de uma
entidade, considerando todas as fontes de recursos e
todas as aplicações em itens de ativo.
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Definições Importantes
• Caixa: compreende numerário em mãos e depósitos
bancários disponíveis.
• Equivalentes de Caixa: são investimentos de curto
prazo, de alta liquidez, que são prontamente
conversíveis em valores de caixa e que estão sujeitos a
um insignificante risco de mudança de valor.
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Apresentação da Demonstração do Fluxo de Caixa
O fluxo de caixa deve informar acerca dos fluxos de
recursos havidos durante o exercício, classificando-os em
três categorias: atividades operacionais ou de exploração,
de investimento e de financiamento.
A apresentação desses fluxos separadamente proporciona
a obtenção de informações sobre o impacto de cada
atividade na situação financeira da entidade, bem como a
comparabilidade entre elas.
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Apresentação da Demonstração do Fluxo de Caixa
Atividades operacionais ou de exploração:
São as principais atividades geradoras de receita para
a entidade.
Portanto os fluxos de caixa das atividades operacionais
são basicamente derivados de transações e eventos
geradores de receita para a entidade e que entram na
apuração do resultado.
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Apresentação da Demonstração do Fluxo de Caixa
Atividades de exploração ou operacionais:
A importância do fluxo de caixa da exploração é “chave”,
pois nos informa em que medida estas atividades geraram
fundos líquidos suficientes para pagamento de
empréstimos, manter a capacidade de exploração e
realizar novos investimentos sem recorrer a fontes
externas de financiamento.
O fluxo de caixa procedente das atividades de exploração
deriva-se fundamentalmente das transações que
constituem a principal fonte de receitas operacionais da
entidade.
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Apresentação da Demonstração do Fluxo de Caixa
Atividades de exploração ou operacionais:
Exemplos:
a) recebimentos em dinheiro de vendas de bens e serviços;
b) recebimentos procedentes de comissões e outras receitas
operacionais;
c) pagamentos a fornecedores;
d) recebimentos e pagamentos a empresas de seguros;
e) pagamento de salários e encargos.
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Apresentação da Demonstração do Fluxo de Caixa
Atividades de Investimento:
São aquisições e vendas de ativos de longo prazo e
outros
investimentos
que
representam
gastos
destinados a gerar receitas e fluxos de caixa futuros e
que não estão inclusos nos equivalentes de caixa.
A apresentação em separado dos fluxos de caixa
provenientes de atividades de investimento representa a
medida dos desembolsos feitos por causa dos recursos
econômicos que irão produzir receitas e fluxos de caixa
no futuro.
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Apresentação da Demonstração do Fluxo de Caixa
Atividades de investimento:
Exemplos:
a) os valores pagos na aquisição de imobilizados de uso e
outros ativos de longo prazo incluindo os pagamentos
referentes aos custos de desenvolvimento e a trabalhos
realizados pela entidade para seu imobilizado tangível;
b) receitas por venda de ativo imobilizado tangível, intangível
e outros ativos de longo prazo;
c) adiantamentos e empréstimos a terceiros;
d) receitas derivadas do reembolso de adiantamento e
empréstimos a terceiros.
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Apresentação da Demonstração do Fluxo de Caixa
Atividades de investimento:
O fluxo de caixa dos investimentos se mostra relevante,
uma vez que detalha o destino dado pela entidade aos
seus investimentos: na própria entidade, em aquisições
de outras entidades ou no mercado financeiro.
A geração de resultado e, por conseguinte, de caixa no
futuro dependerá desses investimentos atuais.
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Apresentação da Demonstração do Fluxo de Caixa
Atividades de financiamento:
São atividades que resultam em mudanças no tamanho
e na composição do patrimônio líquido e empréstimos a
pagar da Entidade.
Representam, portanto, as exigências impostas a
futuros fluxos de caixa para pagamento dos
fornecedores de capital à entidade.
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Apresentação da Demonstração do Fluxo de Caixa
Atividades de financiamento:
É importante a apresentação separada dos fluxos de
caixa procedentes de atividades de financiamento, uma
vez que são úteis para realizar as predições de
necessidades de caixa para cobrir os compromissos
com os que fornecem capital para a entidade.
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Apresentação da Demonstração do Fluxo de Caixa
Atividades de financiamento:
Exemplos:
a) Pagamento de obrigações, empréstimos e outros fundos
tomados em empréstimo, sejam de longo ou curto prazo;
b) Tomada de empréstimos; e
c) pagamentos de arrendamentos (leasing).
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Apresentação da Demonstração do Fluxo de Caixa
A entidade deve apresentar os fluxos de caixa da exploração
utilizando um dos seguintes métodos:
•
Método Direto: onde as principais classes de recebimentos e
desembolsos brutos são divulgadas;
•
Método Indireto: onde o superávit ou déficit líquido é ajustado
pelos efeitos das transações que não envolvem dinheiro,
quaisquer diferimento ou provisões de recebimentos ou
pagamentos operacionais passados ou futuros e itens da
receita ou da despesa relativa a fluxos de caixa de atividades
de investimento ou de financiamento.
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DFC pelo Método Direto
A Demonstração do Fluxo de Caixa pelo Método Direto
caracteriza-se por apresentar os componentes dos
fluxos por seus valores brutos, ao menos para os itens
mais significativos de recebimentos e de pagamentos,
ou seja, faz a descrição das entradas e saídas brutas de
dinheiro no disponível durante o exercício. O saldo final
das operações informa o valor líquido do caixa provido
ou consumido durante esse período.
“NBC T 3.8.3.2 A Demonstração do Fluxo de Caixa pode ser
elaborada pelos métodos direto ou indireto, sendo incentivada a
elaboração pelo método direto.”
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DFC pelo Método Direto
A informação referente às principais categorias de
recebimentos e pagamentos em termos brutos pode ser obtida
mediante um dos seguintes procedimentos:
a) utilizando-se os registros contábeis da entidade; ou
b) ajustando-se as vendas e os custos das vendas, e outros itens
de resultado por:
i) as mudanças havidas durante o exercício nos estoques e
nas contas a receber e a pagar derivadas de atividades da
exploração;
ii) outros itens sem reflexo no disponível; e
iii) outros itens cujos fluxos de caixa são considerados
provenientes de investimentos ou de financiamento.
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DFC pelo Método Direto
Neste método, devem ser apresentados, no mínimo, os
seguintes tipos de recebimentos e pagamentos
relacionados às operações:






Recebimento de clientes;
Juros recebidos;
Pagamentos a fornecedores e a empregados;
Juros pagos;
Impostos Pagos;
Outros recebimentos e pagamentos.
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Roteiro Básico de Elaboração da DFC pelo
Método Direto
1. Ingressos (entradas de recursos)
Recebimentos de clientes
(+) Recebimento de empréstimos de CP
(-) Pagamento a fornecedores
(-) Impostos, Encargos e contribuições pagos
(-) Pagamentos de despesas operacionais (despesas
antecipadas)
(=) Recursos derivados das operações
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Roteiro Básico de Elaboração da DFC
pelo Método Direto
(+) Recebimentos por venda de bens imobilizados
(+) Resgate de aplicações de liquidez imediata
(+) Ingresso de novos empréstimos
(+) Ingressos de outros recursos
(=) Total das entradas de recursos
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Roteiro Básico de Elaboração da DFC
pelo Método Direto
2. Aplicações de Recursos
(+) Aplicações no Ativo Imobilizado Tangível e
Intangível
(+) Pagamento de empréstimos a longo prazo
(+) Outros pagamentos
3. Variação líquida do disponível (1-2)
4. (+) Saldo inicial do disponível
5. (=) Saldo final do disponível (3+4)
Estrutura sugerida pela NIC e NBC
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Divulgações Adicionais Exigidas
pelo Método Direto
A Entidade deverá divulgar, ainda, informações
sobre a demonstração dos fluxos de caixa
referentes à conciliação do resultado do exercício
com o valor das disponibilidades líquidas geradas
ou utilizadas nas atividades operacionais, como
exemplificado a seguir:
Divulgações Adicionais
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Vantagens do Método Direto
 É o mais aconselhado a usar, pois proporciona
informações que o método indireto não disponibiliza,
como estimar futuros fluxos de caixa;
 Permite gerar informações com base em critérios
técnicos, eliminando qualquer interferência da legislação
fiscal;
 Permite que a cultura de administrar pelo caixa seja
introduzida mais rapidamente nas entidades;
 As informações do caixa podem estar disponíveis
diariamente.
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Desvantagens do Método Direto
 O custo adicional para classificar os recebimentos e
pagamentos pelo valor bruto;
 A falta de experiência dos profissionais nas áreas
atingidas em usar as partidas dobradas para
classificar os recebimentos e pagamentos.
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DFC pelo Método Indireto
A Demonstração do Fluxo de Caixa pelo Método
Indireto faz a conciliação entre o superávit líquido e
o caixa gerado pelas operações, corrigindo o
resultado líquido, pelos efeitos de:
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DFC pelo Método Indireto
a) mudanças havidas nos estoques, contas a pagar e a
receber durante o exercício, e que sejam oriundas de
atividades da exploração;
b)
itens sem reflexo no disponível, tais
depreciações, provisões, impostos diferidos;
como
c) quaisquer outros itens cujos efeitos monetários sejam
considerados fluxos de caixa de financiamento ou
investimento.
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DFC pelo Método Indireto
Resumindo, o Método Indireto caracteriza-se por apresentar o
fluxo de caixa líquido oriundo da:
 Movimentação líquida das contas que influenciam na
determinação do fluxo de caixa das atividades operacionais, tais
como estoques, contas a receber e contas a pagar;
 Movimentação líquida das contas que influenciam na
determinação do fluxo de caixa das atividades de investimentos
e de financiamentos, a partir das disponibilidades geradas pelas
atividades operacionais, ajustadas pelas movimentações dos
itens que não geram caixa, tais como: depreciação,
amortização, baixas de itens do ativo permanente, etc.
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DFC pelo Método Indireto
Este método permite evidenciar que muitas
variações de caixa podem se dar por modificações
nos prazos de recebimentos e pagamentos.
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Roteiro Básico de elaboração da DFC
pelo Método Indireto
Antes da elaboração é necessário:
 remover
do lucro líquido, os diferimentos de
transações que aconteceram no caixa passado
(gastos antecipados) e todas as alocações de
eventos que podem ser caixa no futuro;
 remover do lucro líquido, as alocações ao período
do consumo de ativos de longo prazo e aqueles
itens cujos efeitos no caixa sejam classificados
como atividades de investimento ou financiamento
(depreciação, amortização).
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Roteiro Básico de elaboração da DFC
pelo Método Indireto
I – Origens dos Recursos
a) das Operações
(+/-) Resultado Líquido do Exercício
(+-) Ajustes (ex.: depreciação)
(=) Resultado Líquido Ajustado
(+) Aumentos Líquidos nas contas do Passivo
Circulante
(-) Aumentos Líquidos nas contas do Ativo Circulante
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Roteiro Básico de elaboração da DFC
pelo Método Indireto
b) de Investimentos
(-) Compras de Imobilizado
(+) Recebimentos por venda de Imobilizado
c) de Financiamento
(+/-) Empréstimos Tomados/Pagos
(+/-) Juros Recebidos/Pagos
II – Aplicações dos Recursos (igual DOAR)
III – Variação Líquida do Disponível (I-II)
IV – Saldo Inicial do Disponível
V - Saldo Final do Disponível (III + IV)
Estrutura sugerida pela NIC e NBC
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Vantagens do Método Indireto
 A utilização desse método propicia ao usuário avaliar o
quanto do superávit do período foi transformado em caixa,
desde que sejam ajustados os eventuais recebimentos e
pagamentos do período, decorrentes de eventos que
afetaram o resultado no passado ou o afetarão no futuro;
 Apresenta baixo custo. Basta utilizar dois Balanços
Patrimoniais (início e fim do exercício), a Demonstração de
Superávit ou Déficit do Exercício e algumas informações
adicionais obtidas na contabilidade;
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Vantagens do Método Indireto
 Concilia o
superávit contábil com fluxo de caixa
operacional líquido, mostrando como se compõe a
diferença;
 Permite que o usuário avalie quanto do superávit está se
transformando em caixa em cada período.
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Desvantagens do Método Indireto
 O tempo despendido para gerar informações
pelo regime de competência e só depois
convertê-las para o regime de caixa;
 Se há interferência da legislação fiscal na
contabilidade, o método indireto irá eliminar
somente parte dessas distorções.
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Considerações Importantes
• Apresentação em Termos Líquidos:
A entidade deve informar por separado sobre as
principais categorias de recebimentos e pagamentos
brutos procedentes de atividades de investimento ou
financiamento, exceto pelos descritos a seguir, os quais
podem ser incluídos em forma líquida:
– recebimentos e pagamentos por conta de clientes,
desde que os fluxos de caixa reflitam a atividade do
cliente da melhor forma; e
– recebimentos e pagamentos provenientes de itens
cuja rotação é elevada, os valores forem altos e os
vencimentos próximos.
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Considerações Importantes
• Itens Extraordinários:
Os fluxos de caixa associados a itens extraordinários
devem ser classificados, segundo sua origem, em
atividades de exploração, de investimentos ou de
financiamentos e apresentados separadamente dentro
desses grupos na Demonstração do Fluxo de Caixa,
permitindo que o usuário entenda sua natureza e os
efeitos sobre os fluxos de caixa presentes e futuros da
entidade.
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Considerações Importantes
• Juros e dividendos recebidos:
Os fluxos de caixa correspondentes aos juros recebidos e/ou
pagos, bem como os dividendos efetivamente recebidos,
devem ser revelados separadamente nos respectivos grupos
de atividades da exploração, investimento ou financiamento.
Todavia, não há consenso no tocante à classificação que as
entidades devem dar a estas operações: os dividendos
recebidos e os juros recebidos/pagos podem ser classificados
como procedentes das atividades de exploração, ou,
alternativamente, os juros pagos podem ser considerados
operações de financiamento, e os juros e dividendos
recebidos, podem ser considerados como operações de
investimento.
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Considerações Importantes
• Transações não monetárias:
As operações de investimento ou financiamento que não suponham
utilização de efetivo serão excluídas do fluxo de caixa. Todavia
estas transações deverão ser informadas, em qualquer outra parte
dentro das demonstrações contábeis, de tal forma que forneçam
toda a informação relevante referente a tais atividades de
investimento ou financiamento.
Ex.: compra de imobilizado mediante financiamento direto, leasing, etc.
Muitas atividades de investimento e financiamento não incluem
caixa e nem equivalentes de caixa, mas, mesmo assim, afetam o
ativo e o patrimônio da entidade, como, por exemplo, a aquisição de
ativo mediante leasing ou empréstimo.
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Considerações Importantes
• Componentes das operações de caixa e/ou
equivalentes:
A entidade deve revelar os componentes das operações
de caixa e/ou equivalentes, e deve apresentar a
conciliação dos saldos que aparecem no fluxo de caixa
com os equivalentes no balanço patrimonial.
A entidade deve divulgar a política que adota na
determinação da composição do caixa e equivalente de
caixa. Caso acorra alguma mudança na classificação de
instrumentos financeiros.
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DEMONSTRAÇÃO DO
VALOR ADICIONADO
Cristine Parada Herédia
E
Nilton Antonio Tiellet Borges
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Demonstração do Valor Adicionado
É a demonstração contábil destinada a evidenciar, de
forma concisa, a riqueza gerada pela Entidade em
determinado período, bem como a sua distribuição
(NBC T 3.7.1.2, art. 188 da Lei 11.638/07)
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Ou seja…
…o quanto de valor a Entidade adiciona aos insumos
que adquire, bem como sua distribuição aos elementos
que contribuíram para essa adição.
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Mas o que é Valor Adicionado?
É a diferença entre o valor bruto dos bens e serviços finais
produzidos dos consumos intermediários nessa etapa, ou
seja, corresponde ao quanto a Entidade acrescenta de
valor sobre o que é pago para terceiros.
Este acréscimo/adição representa um “bônus” pago pelo
mercado pelo
que ela (Entidade) produziu num
determinado período.
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Exemplificando…
Uma Entidade apresenta os seguintes totais:
– Vendas Brutas R$ 1.000,00
– Insumos adquiridos de outras empresas R$ 600,00
– Mão-de-obra utilizada R$ 100,00
– Impostos, taxas e contribuições R$ 300,00
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O Valor Adicionado é…
Produto = Valor Adicionado
Venda Bruta
(-)Insumos adquiridos
1.000,00
(600,00)
Valor Adicionado
400,00
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Mas e os R$ 400,00?
Representa o “bônus” pago pelo mercado, ou seja,
quanto foi adicionado de valor ao total pago às outras
empresas (consumo intermediário).
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Destino do Valor Adicionado…
Renda = Destinação do Valor Adicionado
Salários
Impostos
Valor Adicionado
100,00
300,00
400,00
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Porque…
Da riqueza gerada ou adicionada, parte foi para remunerar
a mão de obra e outra parte fora destinada ao governo,
através do pagamento de impostos.
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O que diz a Norma Contábil?
As informações a serem utilizadas na elaboração da
DVA devem ser extraídas da contabilidade e os valores
informados devem ter como base o Princípio Contábil da
Competência.
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O que diz a Norma Contábil?
A apresentação do DVA deve ser comparativa, mediante
a divulgação simultânea de informações do período
atual e do anterior.
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O que diz a Norma Contábil?
Se a entidade elabora Demonstrações Contábeis
Consolidadas, a DVA deve ser elaborada com base nas
demonstrações consolidadas, e não pelo somatório das
DVA individuais.
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O que diz a Norma Contábil?
A DVA deve ser objeto de revisão ou auditoria se a
Entidade possuir auditores externos independentes que
revisem ou auditem suas Demonstrações Contábeis.
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Atenção!!!
A DVA quando divulgada, deve ser efetuada como
informação complementar às Demonstrações Contábeis.
Não faz parte das Notas Explicativas.
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Portanto…
...fica evidente que a apuração contábil do valor adicionado
deve contemplar todas as formas de receitas, despesas e
custos, perfeitamente identificadas e que permitam condições
para conciliação com a Demonstração do Superávit e Déficit
do Exercício.
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Vale ressaltar que…
... a segregação dos itens componentes dos custos e das
despesas e sua identificação por origem (interno ou externo),
através de um detalhamento do plano de contas da Entidade,
pode facilmente permitir a elaboração da DVA.
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Elaboração da DVA
De acordo com a NBC T 3.7.2.3 a DVA deve conter
os seguintes componentes:
a) a receita bruta e outras receitas;
b) os insumos adquiridos de terceiros;
c) os valores retidos pela entidade;
d) os valores adicionados recebidos (dados) em
transferência a outras entidades;
e) o valor total adicionado a distribuir;
f) a distribuição do valor adicionado.
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Receita Bruta e Outras Receitas
- vendas de mercadorias, produtos e serviços (incluindo
os tributos s/receitas), ou seja, o valor da receita bruta
com suas deduções, abatimentos, cancelamentos,
devoluções;
- outras receitas decorrentes das atividades fins não
relacionadas acima;
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Receita Bruta e Outras Receitas
- os valores relativos à constituição (reversão) da provisão
para devedores duvidosos;
- os resultados não decorrentes da atividades-fim, como:
ganhos/perdas na baixa de imobilizado, investimentos.
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Insumos Adquiridos de Terceiros
- materiais consumidos incluídos no custo dos produtos,
mercadorias e serviços vendidos; (***)
- demais custo dos produtos, mercadorias e serviços,
exceto gastos com material próprio e depreciações,
amortizações e exaustões; (***)
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Insumos Adquiridos de Terceiros
- despesas operacionais incorridas com terceiros, como:
material de consumo, telefone, água, serviço de
terceiros, energia; (***)
- valores relativos a perdas no ativo como perdas no
estoque e investimentos.
***devem ser considerados todos os tributos incluídos na
aquisição, recuperáveis ou não.
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Valor Adicionado Bruto
É a diferença entre as Receitas e os Insumos Adquiridos de
Terceiros, o que representa o valor adicionado oriundo da
atividade produtiva da Entidade.
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Valores retidos pela Entidade
- são representados pela depreciação, amortização e
exaustão do período.
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Valor Adicionado Líquido
Produzido pela Entidade
É o Valor Adicionado Bruto menos os valores retidos pela
Entidade.
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Valores adicionados recebidos em
transferência
- o resultado (+) ou (-) da equivalência patrimonial;
- valores registrados como dividendos
investimentos avaliados pelo custo;
relativos
a
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Valores adicionados recebidos em
transferência
- valores registrados como receitas financeiras relativos a
quaisquer operações com instituições financeiras,
entidades do grupo ou terceiros;
- valores registrados como receitas de aluguéis, quando
se tratar de entidade que não tenha por objeto essa
atividade.
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Valor Adicionado Total a
Distribuir
É a soma do Valor Adicionado Líquido Produzido pela
Entidade e o Valor Adicionado Recebido em Transferência.
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Distribuição do Valor Adicionado
-
Apresenta separadamente a parcela que se destina a
remuneração de cada elemento que contribuiu para sua
formação.
empregados;
governo;
agentes financiadores;
Superávit ou déficit do Exercício.
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Distribuição do Valor
Adicionado
•Empregados – Deverão ser incluídos os encargos com
férias, 13º salário, FGTS, INSS, alimentação, transporte, etc.,
apropriados ao custo do produto / serviço ou resultado do
período;
•Governo - Devem ser incluídos nesse item todos os
impostos federais, estaduais e municipais de responsabilidade
de Entidade;
Financiadores – remuneração pelos recursos emprestados;
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Distribuição do Valor
Adicionado
•Juros e Aluguéis – Devem ser consideradas as despesas
financeiras e as de juros, relativas a quaisquer tipos de
empréstimos e financiamentos junto a instituições financeiras,
empresas do grupo ou outras e os aluguéis (incluindo-se as
despesas com leasing) pagos ou creditados a terceiros;
•Superávit ou Déficit do Exercício - Devem ser incluídos os
superávits do período destinados às reservas de lucro e
eventuais parcelas ainda sem destinação específica.
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Assim…
VALOR ADICIONADO
=
DESTINAÇÃO DO VALOR
ADICIONADO
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DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
1) RECEITAS
2008
%
2007
-
-
-
-
3) VALOR ADICIONADO BRUTO
-
-
4) RETENÇÕES
-
-
%
1.1) Vendas de mercadorias, produtos e serviços
1.2) Provisão para devedores duvidosos (reversão/constituição)
1.3) Resultados não operacionais
2) INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS
2.1) Materiais consumidos
2.2) Outros custos de produtos e serviços vendidos
2.3) Energia, serviços de terceiros e outros
2.4) Perda na realização de Ativos
4.1) Depreciação, amortização e exaustão
5) VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA
ENTIDADE
-
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-
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
6) VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA
2008
%
-
2007
%
-
6.1) Receitas financeiras
6.2) Aluguéis
7) VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR
-
100%
-
100%
8) DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO
8.1) Pessoal e Encargos
8.2) Governo
8.3) Financiadores (juros, aluguéis, etc)
8.4) Superávit ou Déficit do exercício
9) VALOR ADICIONADO TOTAL DISTRIBUIDO
-
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-
Conclusão
O custo adicional para a elaboração da DVA pela
Entidade é muito pequeno em relação aos benefícios
proporcionados pelas informações geradas. A
segregação dos itens componentes dos custos e
despesas através de um detalhamento do Plano de
contas da Entidade, pode facilmente permitir a
elaboração da DVA.
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Créditos:
Cristine Parada Herédia
e
Nilton Antonio Tiellet Borges
Obrigado por sua Atenção!!!
Nilton Antonio Tiellet Borges
[email protected]
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