O sector agrícola no sistema capitalista (1) • A partir do século XI e XII, assistiu-se a um abandono da terra a todos os trabalhadores que dela quisessem tirar proveito mediante o pagamento de um modesto juro anual devido ao antigo proprietário. • Este tipo de arrendamento processava-se numa época em que o trabalhador era mais procurado do que a terra. Consequentemente, em diversas regiões estabeleceu-se «uma certa liberdade camponesa» [Braudel]. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 1 O sector agrícola no sistema capitalista (2) • Estas vantagens não estão, contudo, vertidas no direito. O senhor «continua ainda a possuir sobre a terra um direito superior» [Braudel]. • Com os progressos materiais do mundo moderno capitalista, estas vantagens vão ser novamente postas em causa. Nos sécs. XVI e sobretudo no séc. XVII, o capitalismo chega à terra. • Novas tipologias de propriedade (quintas, granjas, parcelas), geralmente nas mãos de um único proprietário, constituem-se em prejuízo da terra camponesa. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 2 O sector agrícola no sistema capitalista (3) • Estes proprietários são tomados por um «verdadeiro espírito capitalista» [Braudel] na porfia do rendimento e do lucro. • Entretanto, o camponês contrai dívidas com os prestamistas até que a terra lhes é subtraída ou onerada em favor dos grandes senhores. • O camponês vê-se enredado por um regime senhorial mais funesto que o anterior. O senhor - «chefe da exploração, empresário, comerciante de trigo» [Braudel] – para dar vazão ao acréscimo na procura de cereais insta os camponeses a intensificar as corveias. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 3 O sector agrícola no sistema capitalista (4) • Porém, a Revolução Francesa - e a posterior difusão dos seus ideais pela Europa na Era Napoleónica - irá libertar a terra camponesa dos direitos feudais que sob ela impendiam. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 4 O Estado Moderno (1) • Na época Moderna (a partir do séc. XV), as cidades passam a estar sujeitas ao Estado. «Afirma-se uma economia territorial que substitui a economia urbana, o estádio anterior. Mas a economia territorial continua a ter uma orientação urbana» [Braudel]. • A monarquia moderna desenvolveu-se primeiro em Estados onde a revolução urbana não havia tido uma grande repercussão: Espanha, França, Inglaterra. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 5 O Estado Moderno (2) • Oficiais (i.e. funcionários), legistas (com formação em direito romano), grandes agentes, ministros passam a fazer parte da máquina estatal. • O Estado vê a sua legitimidade reforçada «pela veneração das massas populares que vêm no monarca um protector natural contra a Igreja e os nobres». [Braudel] • O Estado Moderno nasce da necessidade de prover o esforço de guerra. O armamento, as frotas de combate, os efectivos militares tornam a guerra cada vez mais dispendiosa. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 6 O Estado Moderno (3) • O Estado Moderno não acatará qualquer autoridade, seja ela o Imperador do Sacro Império RomanoGermânico ou o papado. • Vigora a razão de Estado (i.e. justificação de actos de governo eventualmente contrários à lei, com base na necessidade de preservação do Estado). • O Estado é superior às leis civis, estando somente sujeito às leis naturais e divinas. A vontade do soberano invade o Estado. O Eu torna-se o Estado (Luís XIV em França). [Braudel] 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 7 O Estado Moderno (4) • Houve uma modificação nas formas políticas ocidentais que de uma «realeza tradicional, paternalista e mística [passaram a uma] monarquia moderna dos juristas». [Braudel] • As capitais são centros da actividade estatal. Anafadas pelas despesas do Estado, a estas cidades afluem homens e capitais. Elas alcançam, por esta via, um novo estatuto o de super cidades (e.g. Londres, Madrid, Paris). 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 8 Renascimento e Humanismo (1) • Quando falamos de humanistas referimo-nos a um grupo de homens que no século XV e XVI postulavam «a grandeza do homem como indivíduo, exalta[v]m a sua inteligência (…) o poder das suas criações.» [Braudel]. • O humanismo valoriza o homem, liberta-o, minorando o papel de Deus, ainda que não o anule. Este movimento pugna pela emancipação progressiva do homem: o homem é capaz de alterar e melhorar o seu destino. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 9 Renascimento e Humanismo (2) • O humanismo do Renascimento estabeleceu pontes entre a civilização cristã e a civilização antiga. Os humanistas vão «reler, editar, comentar com paixão, para reabilitar as obras e a língua dos Antigos – Gregos e Latinos (…)» [Braudel] • Humanismo e Renascentismo confundem-se tanto no tempo como no espaço. O Renascimento tem o seu epicentro na cidade de Florença, mas afectou todo o Ocidente. Segundo Braudel, este movimento vigorou entre 1337 e 1530. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 10 Renascimento e Humanismo (3) • O Renascimento embora sendo um movimento de elites, não se confinou a um um número restrito de cidades ou cortes. «Esse punhado de espíritos espalhou-se através da Europa, unidos por assíduas relações epistolares.» [Braudel] • O Renascimento distanciou-se do ensino tradicional da escolástica, adoptando a literatura pagã da Antiguidade como modelo. Contudo, este movimento não se rebelou contra a Igreja. O ateísmo só pôde solidificar-se com os progressos ulteriores da ciência. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 11 Renascimento e Humanismo (4) • O Renascimento distingue-se do cristianismo da Idade Média por ser uma época de exultação, de alegria. • Passa-se de uma mentalidade em que a morte é uma «passagem calma a uma vida melhor» vigente na Idade Média para a ideia de que «é na terra que o homem deve organizar o seu reinado.» postulado caro ao Renascimento. [Braudel] 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 12 A Reforma (1) • A corrente religiosa da Reforma surge entre os sécs. XV e XVI e tem como primeiro acto a afixação na Igreja do Castelo de Wittemberg, em 1517, das 95 teses de Lutero questionando a utilidade das indulgências e a autoridade do papa. • Indulgências: é o perdão total ou parcial das penas temporais do cristão devidas a Deus pelos pecados cometidos, mas já perdoados pelo sacramento da Confissão, na vida terrena. (*) (*) http//pt.wikipédia.org 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 13 A Reforma (2) • A Reforma é uma época conturbada. As guerras de religião que se iniciam em 1546 e findam em 1648 envolvem o povo em geral (ao contrário do humanismo do Renascimento, mais elitista). • Para defenderem o seu credo, as populações sucumbem a guerras civis, à repressão violenta (Revogação do Édito de Nantes, 1685), ou ao exílio para um país do Novo Mundo ou para países que acolham a sua fé. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 14 A Reforma (3) • No século XVIII, a situação religiosa pacifica-se. Do movimento da Reforma sobrevêm várias Igrejas protestantes, principalmente nos países anglo-saxónicos e germânicos. • Com vinte anos de permeio, «sucederam-se dois protestantismos, duas longas vagas» [Braudel]: uma encabeçada por Martinho Lutero (1483-1546) a outra Calvino (1509-1564). 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 15 A Reforma (4) • Entre 1480 e 1520, uma elite religiosa procurou dar a conhecer os abusos, as incongruências, a deterioração da Igreja, a degradação do clero, uma devoção «feita mais de gestos do que de verdadeiro fervor» [Braudel]. • Lutero defende que a salvação se alcança pela fé (e não pelas obras). E uma relação pessoal ou mesmo solitária com Deus (o individualismo estende-se agora à religião.) 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 16 Mapa religioso da Europa Fonte: http://images.encarta.msn.com 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 17 A Reforma (5) • Luteranismo e calvinismo advogam a tradução da Bíblia para a língua vernácula, a interpretação do Livro Sagrado pelos crentes (livre exame, corolário do individualismo), o fim do culto da Virgem e dos Santos. • Defendem ainda que o único intermediário entre o homem e Deus é Jesus Cristo (rejeita a autoridade do papa); a supressão do clero regular, a redução dos sacramentos de sete para dois (eucaristia e baptismo). 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 18 A Reforma (6) • Perante estas convulsões, o Sul da Europa, mais chegada às tradições religiosas pretéritas, em estreita ligação a Roma, mantém o laços. Por seu turno, a Europa Central e do Norte adere à causa protestante. • Calvino, outro reformador, defende a predestinação para a Salvação («em todos os tempos os eleitos foram escolhidos»). A sua carta sobre a usura (1545) liberta «a cristandade do interdito que pesava até aí, sobre o empréstimo a juros.» (**) (**) Soulier, Gérard ([1994]). A Europa: História, Civilização, Instituições. Lisboa: Instituto Piaget. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 19 A Reforma (7) • Isto levou a que se tenha visto no protestantismo a fonte de uma nova mentalidade que teria permitido o ímpeto do capitalismo, do pensamento científico, da liberdade de consciência (i. e. do mundo moderno). 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 20 A Revolução Científica (1) • Segundo Needham [apud Braudel], «a Europa não criou uma ciência qualquer, mas a ciência mundial». • A Europa conheceu várias explicações gerais do universo. É este «sistema geral de referências» que serve de rumo e permite «raciocínios ou hipóteses frutuosas» que ditarão o progresso do Velho Continente [Braudel]. • O primeiro sistema foi o de Aristóteles (séc. IV a. C.), reintroduzido no Ocidente, pelas traduções de Toledo e dos comentários de Averróis. Este sistema perdurará na Europa até ao séc. XVII. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 21 A Revolução Científica (2) • A teoria aristotélica é altamente elaborada, ainda que se forje a partir de dados do senso comum. Ela é alheia à formalização matemática. A ciência é mais teórica do que prática e pouco se preocupa em verificar pela experimentação, se a teoria estava certa. • O sistema da ciência clássica, contribuição original do Ocidente, vai ser favorecido pelos progressos materiais do séc. XVI e pela difusão da ciência grega através da imprensa. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 22 A Revolução Científica (3) • Evolução nas matemáticas: geometria analítica de Fermat (1629) e de Descartes (1637); aritmética superior de Fermat (1630-1665); análise combinatória (1654); dinâmica de Galileu (1591-1612) e de Newton (16661668); gravitação universal de Newton (1666-1667). • O sistema geocêntrico de Ptolomeu resiste até ser ultrapassado pelo sistema heliocêntrico de Copérnico (1473-1543) e de Kepler (1571-1630). 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 23 A Revolução Científica (4) • Um outro sistema geral vigora até ao séc. XX, «o universo abstracto, geometrizado de Descartes e, mais ainda de Newton» (teoria da gravitação universal) [Braudel]. Descartes, por seu turno, instaura uma matemática de pura abstracção e faz evoluir a teoria das equações. • Ocorre uma «matematização do mundo, explosão do cosmos fechado do pensamento antigo e medieval» (***) • «…unificação radical de um universo infinito e geométrico, pelo apagamento das velhas oposições entre mundo sublunar e mundo sideral, fim da física das qualidades, identificação da matéria a longo prazo.» (***) 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 24 A Revolução Científica (5) • «Pouco importa que os construtores do mundo moderno fossem crentes, Kepler, Descartes, Leibniz, Newton, já que o mundo saído do seu pensamento não tem Deus.» (***) • O impulso económico e técnico que a Europa testemunhou no séc. XVIII terá estimulado a ciência. Haverá uma conexão entre ciência e industrialização. (***) Chaunu, Pierre (1987). A Civilização da Europa Clássica. Lisboa: Editorial Estampa. Vol II. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 25 A Revolução Científica (6) • Como já vimos, a China teve, muito mais cedo que o Ocidente, uma protociência «bastante hábil e avançada», mas não sentiu o estímulo do capitalismo (cujas primícias remontam ao crescimento das cidades mercantis da Idade Média) para passar «à etapa decisiva» [Braudel]. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 26 Revolução Industrial (1) • A economia de mercado estabelece-se nos sécs. XVI e XVII impulsionada pela expansão dos instrumentos de crédito e pela chegada de metais preciosos da América. • Com o início da Idade Moderna, o centro de gravidade da economia-mundo europeia situa-se por instantes em Lisboa, posteriormente oscila entre Sevilha e Antuérpia, até ao último quartel (i.e. 25 anos) do século XVI. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 27 Revolução Industrial (2) • Seguidamente, no início do séc. XVII, reina Amesterdão, até ao dealbar do séc. XVIII, sendo depois superada por Londres, até ao início da Primeira Grande Guerra, ou mesmo da Segunda. • A Europa engendrou a Revolução Industrial, que se repercutiu por todo o planeta. Este fenómeno não se realizou de uma só vez. Houve alguns sectores que não acompanharam logo este ímpeto. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 28 Revolução Industrial (3) • Braudel distingue 4 revoluções industriais clássicas: a do vapor, a da electricidade, a do motor de explosão e a da energia nuclear. «A Revolução Industrial não foi um efectivamente um episódio com princípio e fim (…) O processo ainda está em curso» (****) • Já no séc. XII, como já vimos, houve uma primeira revolução industrial tida como a generalização no espaço europeu dos moinhos de água e de vento. (****) Hobsbawm, Eric (2001[1978]). A Era das Revoluções. Lisboa: Editorial Presença. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 29 Revolução Industrial (4) • Antes do séc. XVIII, porém, só se pode falar de uma pré-indústria: «o artesanato local, com um curto raio de acção, quase sempre basta às necessidades da população» [Braudel]. • Contudo, em sectores como os produtos de luxo (manufacturas reais em França a partir do séc. XVII) e na indústria têxtil, certas empresas começam a trabalhar para grandes mercados. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 30 Revolução Industrial (5) • A Revolução Industrial, nasce na Inglaterra no séc. XVIII e posteriormente expande-se pelo continente europeu – em França, na Bélgica, no Oeste da Alemanha, no Norte da Itália e em certas partes da Península Ibérica. • Na Inglaterra, duas indústrias beneficiam das inovações técnicas: os têxteis (sobretudo) e as minas; que se irão reflectir noutros sectores da economia. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 31 Revolução Industrial (6) • A máquina a vapor de James Watt (1776), veio aperfeiçoar a máquina a vapor de Newcomen (1712-18) menos económica no consumo de carvão. • A máquina a vapor foi essencial para a Revolução Industrial: a energia a vapor substituiu a força humana e animal, bem como a energia hidráulica e eólica, até então as energias motrizes. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 32 Gravura da máquina a vapor 1774 projetada por Boulton e Watt Fonte: wikipédia 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 33 Revolução Industrial (7) • A indústria têxtil «foi e continuou a ser até meados do séc. XIX (até ao caminho-de-ferro), a indústria motriz: arrasta as outras, ao mesmo tempo como indústria de primeira necessidade e indústria de luxo.» [Braudel]. • Foi neste sector, especificamente no algodão, que se desenvolveram as primeiras fábricas. • É uma indústria estreitamente ligada ao trato das Índias, da África e da América e ao tráfico de escravos; ao comércio triangular - beneficia dos seus capitais acumulados. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 34 Comércio triangular Fonte: wikipédia 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 35 Revolução Industrial (8) • Esta indústria, favorecida pelas inovações técnicas vai-se desenvolver ininterruptamente, essencialmente devido à grande procura das costas africanas e posteriormente da América Latina e Mediterrâneo. • A Inglaterra, que durante muito tempo havia importado para consumo próprio, da Europa e do Mundo, os tecidos de algodão das suas feitorias nas Índias, vai agora, pela acção das suas manufacturas, imitar o êxito alcançado, destruindo os tecidos indianos rivais. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 36 Revolução Industrial (9) • Não é de estranhar, portanto, que estas indústrias assaz requisitadas convoquem a si ou causem progressos técnicos. A técnica responde à procura. Aparecem máquinas novas (e.g. spinning jenny, de Hargraves (1764); mule-jenny, de Campton (1799)). • A partir do séc. XVIII, a ciência, para além da técnica, passa a ser solicitada pela indústria (e.g. utilização do ácido sulfúrico para o branqueamento de tecidos). «Foi o surto industrial que pôs a ciência em estado de agir.» [Braudel]. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 37 Revolução Industrial (10) • A Inglaterra invade o mercado mundial com os seus produtos, manifestando uma supremacia incontestada, já que «o aumento de produção é acompanhado (…) por uma fabulosa queda nos preços de custo.» [Braudel] • A Revolução Industrial, foi permitida também pela Revolução Gloriosa de 1688, que criou uma monarquia constitucional em Inglaterra e pela fundação do Banco de Inglaterra. A sociedade inglesa está assim receptiva ao capitalismo. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 38 Revolução Industrial (11) • Por outro lado, a sua economia é favorecida por vários investimentos de cariz geral: estradas e canais. • A Inglaterra também beneficiou de um incremento demográfico muito considerável que lhe permitiu dispor de uma mão-de-obra «superabundante e barata» [Braudel]. • A agricultura inglesa testemunhou importantes inovações que vieram mitigar «o velho torniquete da insuficiência tradicional de produção alimentar.» [Braudel]. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 39 Revolução Industrial (12) • As mutações são a introdução dos enclosures e métodos científicos, bem como a introdução e apuro de novas espécies vegetais e animais. • Enclosures: expropriação de pequenas propriedades (minifúndios), junção de parcelas dispersas, apropriação de terras comunais, liberdade de cercar as novas propriedades resultantes desse processo. • Em inglês, enclosures, campos fechados por sebes ou cercas (****). (****) Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$revolucao-industrial>. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 40 Revolução Industrial (13) • A Revolução Industrial posteriormente, com a construção do caminho-de-ferro, vai, num segundo momento, incidir na metalurgia. Os caminhos-deferro são grandes consumidores de ferro, ferro fundido e aço. • Doutro modo, «a revolução dos navios com cascos de metal, movidos a vapor, vai transformar a construção naval inglesa numa grande indústria pesada.» [Braudel]. • O algodão, neste momento, perde a sua prioridade para a economia britânica. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 41 Revolução Industrial (14) • Se a descolagem da indústria britânica, como na Nova Inglaterra, se fez através do algodão, em países como a França, Alemanha, Canadá, Rússia e Estados Unidos foram os caminhos-de-ferro o sector propulsor, e na Suécia a madeira de construção e as minas de ferro. • «A indústria assim estimulada aumenta a sua produção, aperfeiçoa a sua técnica, organiza o seu mercado, depois anima o resto da economia.» [Braudel] 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 42 Revolução Industrial (15) • Depois da descolagem dos caminhos-de-ferro (i.e. do ferro, do carvão, da indústria pesada) seguiram-se o aço, as construções navais modernas, a química, a electricidade e as máquinas-ferramentas. • A Revolução Industrial foi secundada por uma revolução do crédito. O capitalismo internacional difunde-se pelas praças comerciais da Europa, e igualmente no Comércio das Índias ou da China (em Cantão) ou ao serviço dos Estados. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 43 Revolução Industrial (16) • Com o sucesso da Revolução Industrial a banca e a vida financeira vão-se desenvolver. A partir de 1860, as redes dos bancos exponenciar-se-ão. Os bancos vão-se especializar: bancos de crédito, de depósitos, de negócios. • A banca capta uma vasta clientela: público aforrista, caminhos-de-ferro, indústrias, companhias de navegação. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 44 Revolução Industrial (17) • Acresce que há uma tendência para um capitalismo de Estado: «o estado torna-se industrial e não menos banqueiro. A proliferação do fisco e dos vales postais, das caixas económicas, dos títulos do tesouro, põem à sua disposição enormes somas de dinheiro.» [Braudel] • O Estado investe uma parte do rendimento nacional para estimular a economia e assegurar políticas sociais eficazes. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 45 Liberalismo (1) • O termo liberalismo compreende simultaneamente: 1. Uma doutrina política – que visa aumentar os poderes legislativo e judicial limitando o poder executivo; 2. Uma doutrina económica – que sob a divisa laissez faire laissez passer pretende subtrair ao Estado o poder de intervir na esfera económica. 3. Uma doutrina filosófica – que defende a liberdade de pensar e a liberdade religiosa (que deve consagrar a ideia de tolerância, de respeito pelos outros e pela natureza humana.) 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 46 Liberalismo (2) • Paulatinamente, de forma lacunar «o Estado liberal, constitucional organiza-se com as suas liberdades fundamentais (liberdade de opinião de imprensa, parlamentar, liberdade individual, extensão do direito de voto.)» [Braudel] • O liberalismo representa os interesses duma classe em ascensão económica: a burguesia e a aristocracia dos negócios. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 47 Liberalismo (3) • O liberalismo empreendeu primeiramente uma luta não desinteressada contra o Antigo Regime de pendor aristocrático. • Com as revoluções de 1848 - que dividiram de forma irreversível burguesia e proletariado – foi adoptado o sufrágio universal. O liberalismo doravante adoptou a feição democrática e estendeu-se a todas as classes sociais. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 48 Revolução Política e Social (1) • Antes de 1789, na Europa já haviam sucedido duas de revoluções dignas de menção: as duas em Inglaterra (uma violenta: a Puritana (1640-58) e uma pacífica: a Gloriosa (1688)). • Contudo, a Revolução Francesa, repercutiu-se em toda a Europa de 1789 a 1815, abalando as fundações Antigo Regime e constituindo-se como um poderoso símbolo. • Há vários momentos na Revolução Francesa. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 49 Revolução Política e Social (2) • No começo ela é uma Revolução liberal, moderada, «com alguns episódios dramáticos» [Braudel]: tomada da Bastilha e o Grande Medo. • Segue-se uma fase violenta interna e externamente, que é desencadeada pela declaração de guerra à Áustria (1792). • Os jacobinos - que pretendem aprofundar a revolução - liderados pela pequena burguesia e os sans-culottes, massa popular parisiense, assumem o poder. Esta fase termina com a capitulação de Robespierre. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 50 Fig. 8 – Tomada da Bastilha Fonte: www.aticaeducacional.com.br 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 51 Revolução Política e Social (3) • Posteriormente, um período que inclui a Revolução do Terminador (que reactiva o projecto político da burguesia) e a República do Directório (retorno da Alta Burguesia ao poder). • Finalmente, uma quarta fase que inclui o Consulado e o Império. Napoleão assume as rédeas da Revolução controlando-a e exportando-a. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 52 Revolução Política e Social (4) • É em nome da Revolução que Napoleão expande o seu Império na Europa. «Onde quer que se instale o regime napoleónico, as leis, os costumes, os corações guardarão as suas marcas, mau grado os rancores e os ódios suscitados pela ocupação.» [Braudel] • A Restauração que se seguiu à capitulação de Napoleão não alterou os privilégios sociais abolidos: fim dos direitos feudais e a salvaguarda direitos do indivíduo. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 53 O Império de Napoleão no seu apogeu em 1811 (a castanho escuro temos o Império Francês, a castanho claro os estados vassalos e a bêge os estados aliados do Império. Fonte: wikipédia) 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 54 Revolução Política e Social (5) • «A Revolução é a violência ao serviço de um ideal[…] direito, igualdade e justiça social» [Braudel]. • A Revolução vai influenciar movimentos sociais ulteriores. A separação da Igreja e do Estado, o sufrágio universal, conquistas evanescentes da primeira fase da revolução, são antecipações de futuras conquistas sociais. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 55 Revolução Política e Social (6) • A Revolução Industrial produziu chagas sociais. O crescimento urbano dita a degradação das condições de vida da massa operária. • «Miséria, mendicidade, banditismo, delinquência, crianças sem lar, epidemias, criminalidade, tudo se agrava com a acumulação rápida de trabalhadores na indescritível promiscuidade das paredes estreitas.» [Braudel] • A despeito das más condições urbanas, nos campos ainda se vive pior. O êxodo da província continua a afluir às cidades. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 56 Revolução Política e Social (7) • A resposta a estes problemas foi dada, segundo Braudel, em 3 fases: 1. A fase revolucionária e ideológica (1815 a 1871), dos reformadores sociais, da queda de Napoleão à Comuna de Paris. 2. A fase das lutas operárias organizadas (sindicatos e partidos operários) de 1871 a 1914. 3. A fase estatal. Na qual o Estado chama a si a prossecução dos programas sociais depois de 1919 e 1929 (Grande Guerra e Grande Depressão, respectivamente). 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 57 Revolução Política e Social (8) • Distingue-se um socialismo utópico (Saint-Simon, Fourier, Blanc, Owen, Proudhon) corrente assim denominada pelos seus antagonistas marxistas por expor os princípios de uma sociedade ideal sem referir os meios para a alcançar. • De um socialismo dito científico. Em 1848, surge o manifesto do Partido Comunista, da autoria de Marx e Engels, livro referência da acção comunista. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 58 Revolução Política e Social (9) • Defende–se o estabelecimento de uma sociedade igualitária, sem classes e firmada na propriedade comum e no controle dos meios de produção e da propriedade em geral. • O comunismo, segundo Marx seria a fase final na sociedade humana, o que seria alcançado através de uma revolução proletária. • Todas estas escolas de pensamento criticam o liberalismo, propondo a substituição da propriedade privada pela propriedade socialista. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 59 Motivos para as descobertas ***** • Motivos comerciais: procura de novas vias de acesso às riquezas da Ásia. • Motivos políticos: a vontade de poder das nações e a rivalidade que elas transpõem da Europa para os teatros externos. • Motivos religiosos: universalidade do cristianismo, vontade de difundir até aos confins do globo a mensagem evangélica. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 60 Meios para as descobertas ***** • Meios científicos: aperfeiçoamento dos instrumentos de navegação, progressos ligados à astronomia e à hidrografia. • Meios técnicos: o navio é o meio de transporte mais habitual, aperfeiçoamento das embarcações (e. g. caravela com vela triangular, naus com duas ou três ordens de velas sobrepostas e vela latina à ré, introdução de bocas-de-fogo) com maior capacidade. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 61 Efeitos da colonização ***** (1) • A essência da colonização reside numa relação de desigualdade (política, económica, militar, económica e cultural) e dependência entre colónias e metrópoles. • Frequentemente, os conquistadores europeus aquando da sua chegada à colónia deparavam-se com sociedades primitivas. Mas quando diante de si se apresentavam Estados constituídos, reinos ou impérios, eles derribavam-nos (e.g. impérios pré-colombianos) (*****) Rémond, René (1994). Introdução à História do Nosso Tempo: do Antigo Regime aos Nossos Dias. Lisboa: Gradiva. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 62 Efeitos da colonização ***** (2) • No séc. XVIII, subsistem impérios coloniais de antiguidade desigual: os impérios português e espanhol, já em declínio; o das Províncias Unidas (antecessora dos Países Baixos); e o Francês e Inglês em plena expansão. • À colónia não se reconhece existência política, não participa nas decisões que lhe dizem respeito, tais medidas são tomadas na metrópole, a milhares de quilómetros de distância. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 63 Efeitos da colonização ***** (3) • A colónia não tem liberdade nem soberania, ela pertence integralmente à metrópole. Não tem personalidade reconhecida, ao contrário do protectorado. • O protectorado (e.g. Marrocos, Indochina, Egipto) praticado por França e Inglaterra, pressupõe uma dependência moderada. • Aplica-se a Estados a quem se reconhece o passado e a unidade política, mantendo muitas vezes a autoridade das dinastias reinantes. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 64 Efeitos da colonização ***** (4) • A par destes Estados existem outros cuja soberania prevalece ficticiamente, aos quais a Europa impõe condições discriminatórias, mas cuja independência é normalmente respeitada. • É o caso da China, que foi obrigada a assinar tratados desiguais (a China era obrigada a consignar vantagens à Europa e E.U.A., sem reciprocidade, e.g. guerra do ópio). • A desigualdade nas colónias estende-se aos indígenas que estão vinculados a um regime jurídico diverso do dos cidadãos da metrópole. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 65 Efeitos da colonização ***** (5) • O princípio da separação de poderes consagrado no Ocidente desde o séc. XVIII, não se aplica nas colónias, onde os administradores podem ser simultaneamente juízes e parte interessada. • Há uma desigualdade económica, as remunerações nas colónias são muito inferiores às praticadas na metrópole e as populações beneficiam apenas de uma reduzida parte do lucro obtido na exploração dos recursos naturais. A colónia depende dos capitais da metrópole. • Pelo regime do pacto colonial, as metrópoles têm o monopólio do mercado e do transporte. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 66 Efeitos da colonização ***** (6) • Subsiste ainda uma desigualdade cultural, «a Europa transporta a sua civilização, inculca as suas ideias e impõe os seus valores, com o sistema de ensino. O recíproco não existe, pois a Europa nada toma das civilizações não-europeias.» [Rémond] • A Europa assegura ainda a valorização e a exploração dos recursos que ela própria descobre nestes países e redistribui à escala global géneros alimentares, homens e capitais. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 67 Efeitos da colonização ***** (7) • Analogamente à Europa, países como a Turquia e o Japão dotam-se de uma constituição, que instituem governos à Ocidental com assembleias representativas e instituições parlamentares. • Criam-se partidos segundo o modelo inglês e francês (e.g. Partido do Congresso na Índia, estimulado pela administração inglesa, posteriormente estará implicado na independência indiana.) 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 68 Efeitos da colonização ***** (8) • Os exércitos, as marinhas, o direito civil, a língua, os costumes (vestuário e desporto) são influenciados pelos seus congéneres da Inglaterra e da França. • A língua: em alguns casos a língua do colonizador torna-se língua nacional (francês, português, espanhol, inglês são faladas no mundo inteiro). • O ensino secundário, dos colégios, das missões laicas também é uma exportação europeia. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 69 Efeitos da colonização ***** (9) • Não existindo universidade nas colónias, as elites vão estudar para as universidades da metrópole – cria-se uma elite ocidentalizada (dividida entre a cultura tradicional e a cultura estrangeira). • Por outro lado, através da evangelização, as variantes do cristianismo, catolicismo ou protestantismo do Ocidente penetram nas populações animistas da África Negra (não logram penetrar no campo islâmico) 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 70 Efeitos da colonização ***** (10) • A expansão da religião europeia propaga consigo a «distinção tradicional entre sociedade civil e sociedade religiosa (aforismo cristão: «dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus»[Rémond]). • O Islão, como já vimos, confunde direito canónico e direito civil. Esta aquisição da Europa levará, por seu turno, a uma secularização da sociedade, dos costumes das civilizações. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 71 Fig. 9 – Impérios coloniais em 1800 Fonte: wikipédia 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 72 O tráfico de escravos (1) ****** • Os primeiros africanos chegaram à América no início do séc. XVI. • O aumento do número dos escravos deveu-se à devastação das populações indígenas (devido ao contacto com os colonizadores europeus) por um lado e pelo desenvolvimento das bases negreiras dos portugueses em África. Luanda é criada em 1576. (******) Fradera, Josep Maria (s.d.). Tráfico de hombres, El País Semanal. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 73 O tráfico de escravos (2) ****** • Os escravos africanos «ocupavam um espaço vital nos ofícios urbanos, na marinha e no transporte e mineração do ouro» [Fradera]. • E também nas regiões onde se desenvolveu uma agricultura de larga escala (nas plantações de açúcar, algodão, tabaco) orientada para os mercados urbanos nascentes e para o mercado atlântico. • Houve escravatura e servidão em todas épocas. No mundo clássico, na Ásia e na África durante séculos e na sociedade pré-colombiana. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 74 O tráfico de escravos (3) ****** • A escravatura foi tão lesiva em territórios sob domínio de potências católicas como o foi em terras sob o jugo de colonizadores protestantes. • Desde as primeiras remessas de escravos trazidas pelos portugueses, através de São Tomé, até à década de 1870, 11 a 13 milhões de africanos foram exportados para a América (15% a 20% morreram durante a travessia do Oceano). • 10 milhões deles foram escravizados, um terço dos quais no Brasil. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 75 O tráfico de escravos (4) ****** • Foi a migração mais volumosa até 1850 e também a mais cruel; o resultado teve impacto em ambas as sociedades: a americana e a africana. • Portugal, Holanda, Inglaterra, França e em menor grau a Dinamarca e a Suécia (por ordem de entrada no negócio) participaram do tráfico negreiro. Espanha, mal estabelecida em África, foi sobretudo um importador. • O tráfico foi abolido em 1807 pela Inglaterra, ainda que se tenha continuado a fazer de forma clandestina. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 76 O tráfico de escravos (5) ****** • As razões para a abolição prendem-se com a pressão do humanismo protestante e o «crescente peso da ideia de superioridade do trabalho livre.» [Fradera]. • O Reino Unido perseguiu o tráfico entre África e América até ao seu término, exerceu medidas coercivas e impôs tratados bilaterais de abolição. • A escravatura foi abolida em 1848 nas Antilhas francesas, em 1865 nos E.U.A., 1886 em Cuba e em 1871 no Brasil. 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 77 Fig. 10 – Escravatura Fonte: http://asmelhoresjornalistas.files.wordpress.com/2008/12/negr.jpg 05-11-2015 História Geral da Civilização GAT: 1º ano - IPCA 78