AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DE BEBIDA LÁCTEA PRODUZIDA NO VALE DO TAQUARI. Autores: STIEVEN, Anderso, [email protected] * KIRSCH, Claudete, [email protected] * BECCHI, Cleusa S., [email protected] * SOUZA, Claucia F. V., [email protected] * Orientador: LEHN, Daniel N. * * Centro Universitário UNIVATES - Lajeado - RS Rua Avelino Tallini, 171. A região do Vale do Taquari destaca-se no estado do Rio Grande do Sul pela sua produção de derivados lácteos, entre eles, a bebida láctea. O soro utilizado em sua formulação é um subproduto da fabricação de queijos, e normalmente visto como um resíduo. A bebida láctea surgiu como uma alternativa de utilização do mesmo na formulação de alimentos, pois sabe-se que o soro tem um elevado teor de nutrientes, como lactose, proteínas de alto valor biológico, minerais e vitaminas do complexo B. A proporção soro-leite na formulação é definida por cada indústria, o que pode determinar a possibilidade de variação do produto, observada a legislação vigente. O presente trabalho tem por objetivo avaliar a existência ou não de variação na composição físico-química e determinar a qualidade microbiológica da bebida láctea, produzida em quatro diferentes indústrias da região no período de um ano. Considerando-se a variação do leite, influenciada pela alimentação dos animais e pelas mudanças climáticas, e o processo de produção de cada indústria, a dificuldade de padronização do produto é uma realidade. Para esta avaliação, empregam-se análises físico-químicas de determinação da proteína, lipídios, umidade e cinzas, e as análises microbiológicas compreendem a contagem padrão de mesófilos, contagem de coliformes totais e termotolerantes, segundo métodos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Instituto Adolfo Lutz. Os resultados obtidos até o momento, mostram variações dos constituintes físico-químicos, provavelmente referentes às etapas dos distintos processos de elaboração da bebida láctea das indústrias, e às alterações da matéria-prima, o que indica a não padronização do produto. Em termos microbiológicos, constatou-se que as bebidas são fermentadas, e a baixa contaminação indica a boa qualidade higiênico-sanitária dos processos. Os resultados indicam a distância em relação à padronização, e asseguram condições sanitárias seguras dos produtos, contribuindo para uma melhoria constante de acordo com os objetivos do Programa Repensando o Agro no Vale do Taquari. Referências Bibliográficas SILVA M. R., FERREIRA C.L., COSTA N.M., MAGALHÃES J., Elaboração e avaliação de uma bebida láctea fermentada à base de soro de leite fortificado com ferro. Revista do Instituto de Laticínios “Cândido Tostes”, anais do XVIII de laticínios Nº321; Juiz de Fora; Vol. 56; Julho/Agosto 2001; p 44-50. SANTOS J.P.V., FERREIRA C.L.L.F., Alternativas para o aproveitamento de soro de queijo nos pequenos e médios laticínios. Revista do Instituto de Laticínios “Cândido Tostes”, anais do XVIII de laticínios Nº321; Juiz de Fora; Vol. 56; Julho/Agosto 2001; p 7-14. GOMES R.G., THAMER K.G., PENNA A.L.B., Efeitos dos teores de soro, proteínas de soja e leite nas características físico-químicas, microbiológicas e sensoriais de Bebidas Lácteas funcionais. Revista do Instituto de Laticínios “Cândido Tostes”, anais do XXI de laticínios Nº339; Juiz de Fora; Vol. 59; Julho/Agosto 2004; p 49-56. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa Nº36, de 31 de outubro de 2000. Consulta em 13/08/2005. B. CEPPA, Boletim do centro de pesquisa e processamento de alimentos. Curitiba; 2005; p 420-434. LUQUET F. M., O leite, do úbere à fábrica de laticínios. Euroagro; Vol 1; 1985; p 11-98.