Apontamentos Linguística Texto I Hipótese de Sapir – Whorf A hipótese original foi formulada por Edward Sapir e seu discípulo Benjamin Lee Whorf na década de 1930: existe uma relação sistemática entre as categorias gramaticais da língua e a forma de seus falantes entenderem o mundo e se portarem dentro dele. Na sua versão forte, pode ser considerada uma forma de determinismo linguístico, embora o interesse dos psicólogos pela influência da linguagem no pensamento seja anterior à formulação. Pode-se distinguir uma formulação forte e uma mais fraca: Hipótese forte: A língua de um monoglota determina completamente a forma como este conceptualiza, memoriza e classifica a realidade que o rodeia. Ou seja, a língua determina fortemente o pensamento do falante. Isto se dá principalmente no nível semântico, embora também influa na maneira de assumir os processos de mudança e os estados das coisas expressas por acções verbais. Hipótese moderada: A língua de um falante tem certa influência na forma deste conceptualizar e memorizar a "realidade", fundamentalmente a nível semântico. Isto significaria que, sendo os demais factores iguais, podem existir diferenças estatísticas significativas na forma de falantes de diferentes línguas enfocarem ou resolverem certos problemas. Línguas Naturais e Artificiais / Linguagem humana e faculdade da linguagem Línguas naturais é o nome dado a línguas como o Português, Francês, Árabe, etc. já que podem ser aprendidas como língua materna, nome também dado ao latim que hoje ainda pode ser aprendido e falado mas que já não é uma língua materna. Línguas artificiais são idiomas construídos por uma pessoa ou um pequeno grupo, ao invés de ter evoluído como parte da cultura de algum povo. Buscam perfeição estrutural ou funcional A linguagem humana deixa de fora outros sistemas de comunicação se não os humanos (como o das abelhas, flores, etc.) Linguística é a área de estudo científico da Linguagem. É considerado linguista o cientista que se dedica aos estudos a respeito da língua, fala e linguagem. A pesquisa linguística é feita por filósofos e cientistas da linguagem que se preocupam em investigar quais são os desdobramentos e nuances envolvidos na linguagem humana. Língua - língua é um sistema de comunicação que faz uso da faculdade da linguagem activada pela exposição dos falantes a estímulos linguísticos, durante o chamado período de aquisição da língua. Linguagem - O uso da palavra articulada ou escrita como meio de expressão e de comunicação entre pessoas. A forma de expressão pela linguagem própria de um indivíduo, grupo, classe, etc. O vocabulário específico usual, numa ciência, numa arte, numa profissão, etc. Todo sistema de signos que serve de meio de comunicação entre indivíduos e pode ser percebido pelos diversos órgãos dos sentidos. Relativismo - A tese da relatividade linguística ou relativismo nega a existência de propriedades universais nas línguas humanas. Para os relativistas, cada língua é única e tem que ser descrita como tal. A língua determina o pensamento e não há limites para a diversidade estrutural das línguas. Põe a tónica no que há de diferente. Diferenças estruturais das línguas, extrapolando para universos extralinguísticos. Defende que cada língua reflecte uma visão do mundo especifica. Universalismo - Contrariamente aos relativistas, os universalistas acreditam que todas as línguas humanas possuem propriedades comuns, mesmo não tendo tido qualquer contacto que permita atribuir essas características comuns à difusão cultural. Põe a tónica no que há de comum entre as línguas. Considera a língua como veículos do pensamento, mas também como sistemas autónomos. Vê com reserva as ligações demasiado estritas entre linguagem e pensamento. Fossos Lexicais – Realidades que existem numa língua mas não existe correspondente noutra. Vocabulário culturalmente condicionado é responsável pelos fossos lexicais (p/e. neve, na sibéria existem varias palavras para diferentes tipos de neve, o que não se regista noutras línguas por não haver necessidade). As palavras surgem na língua conforme fazem falta. p/e em vários países de língua inglesa, a língua sofre alterações conforme a necessidade, vai-se fragmentando.