FRACASSO ESCOLAR: REFLEXÕES DE PROFESSORES E DIRIGENTES DE UMA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL I PRISCILA TEIXEIRA RIBEIRO Núcleo de Estudos e Pesquisas: Práticas Educativas e Processos de Interação - Mestranda Orientadora: Profª Dra Anna Maria Lunardi Padilha VIDA E PESQUISA Meu primeiro contato com a área da Educação se deu no ano 2000 quando fui contratada como secretária de uma escola municipal. Em cinco anos de trabalho na função pude ver muitas coisas, entre elas, crianças que apresentavam dificuldade em aprender e professores que as deixavam de lado acreditando que “não tinham jeito.” Contudo, a experiência que me fez desejar conhecer mais a Educação se deu no curso de Psicologia quando cursava o 6º semestre e fiz um trabalho de campo, onde trabalhei com uma criança que apresentava dificuldades escolares. O trabalho foi feito com o apoio da professora, que, muito dedicada oferecia boas condições para que a criança aprendesse. Como resultado final, após dois meses de trabalho, o menino que na época cursava a 3ª série do ensino fundamental I, tornou-se independente da professora, sendo capaz de realizar suas tarefas sozinho. Nasceu o desejo de me aprofundar nos estudos sobre as questões que tanto preocupam a pedagogia e a psicologia escolar, já há bastante tempo: as dificuldades que alunos, filhos da classe trabalhadora, enfrentam durante o período de sua escolarização. Na delimitação do estudo – bastante complexo e amplo – optei por dedicar-me ao “fracasso escolar” por ser uma face ainda presente da crise da educação brasileira. INTRODUÇÃO A primeira tarefa a que me proponho refere-se ao estudo da obra de Patto1 por considerá-la um marco nos estudos históricos e críticos sobre o fracasso escolar, no Brasil. Assim, a publicação que tomo como fio condutor das discussões a seguir é “A Produção do Fracasso Escolar: histórias de submissão e rebeldia”, reimpressa em 1996. O estudo histórico realizado pela autora tem como marco inicial a Revolução Francesa (1789 – 1792) e a Revolução Industrial (1780), período em que os camponeses começaram a povoar os centros urbanos. Nesse contexto, não se fazia necessária a criação de escolas, pois, diante da demanda de mão-de-obra especializada, tal capacitação seria oferecida pela indústria em seu interior. Somente a partir de 1848, em alguns países, é que a escola começa a adquirir significados diferentes, pois passou a ser vista por muitas pessoas como um meio através do qual se poderia deixar de ser um trabalhador braçal e passar a outra condição social. Porém, ganham força as teorias racistas que começam a ser divulgadas “aproximadamente entre 1850 e a década de 1930” (PATTO, 1996, p. 31). Entre os intelectuais da época era voz corrente que os brancos, pertencentes às classes dominantes, eram intelectual e moralmente superiores enquanto que os negros eram totalmente desprovidos de tais qualidades e conseqüentemente das mais diversas possibilidades. É no, final do século XIX e início do século XX que as classes trabalhadoras já desejantes da escolarização como um meio socialmente aceito para ascensão social, começam a pressionar o governo e, como resultado há uma grande expansão de escolas 1 Maria Helena Souza Patto, em sua obra A Produção do Fracasso Escolar, fruto de sua livre docência em 1987, faz uma revisão crítica do discurso sobre o fracasso escolar, presente na literatura que se volta a esse tema. Examina suas raízes históricas e aborda o contexto social, econômico, político e educacional, demonstrando, por meio de suas análises os preconceitos e estereótipos sociais que estão na origem e no desenvolvimento do fracasso escolar. não só no Brasil, mas nos principais países capitalistas. Devido a essa expansão, de 1900 a mais ou menos 1930, os testes de QI (Quociente de Inteligência) passaram a ser muito utilizados pelas escolas com o objetivo de decidir o destino escolar de várias pessoas. É a partir da década de 1920 que diante das novas possibilidades de diagnóstico para o fracasso escolar começam a surgir as clínicas de higiene mental escolar. Seu objetivo era desenvolver um trabalho preventivo para que, segundo Patto (1996, p. 44) fosse possível “estudar e corrigir os desajustamentos infantis” (grifos da autora). Assim, através de diagnósticos precoces poder-se-ia fazer uma intervenção de modo a minimizar tais problemas através da criação de classes destinadas aos alunos considerados mais fracos que ofereciam um trabalho pedagógico específico e que se diferenciava dos modelos pedagógicos utilizados nas classes destinadas às crianças consideradas anormais. No final da década de 1930 começa-se a abandonar o conceito corrente de “criança anormal” e adota-se o conceito de “criança problema”, que privilegia não apenas os aspectos intelectuais para entender o fracasso escolar, mas também as questões físicas e principalmente afetivas. Considera-se então a ação do meio na constituição psicológica da criança. Esse meio era entendido especificamente como ambiente familiar. Os olhares se voltam então para a constituição, organização e funcionamento da família, a qual seria responsável pelos comportamentos e dificuldades apresentados pela criança considerada problema. A partir dos anos setenta, as explicações começaram a se direcionar a uma teoria que teve início nos Estados Unidos e que se apresentou como uma resposta política diante dos movimentos de minorias raciais diante das desigualdades a que estavam expostas. Nasce a Teoria da Carência Cultural, firmada na ideia de que negros e latino-americanos não alcançavam o mesmo sucesso escolar que as crianças brancas, justificando-se, segundo Patto (1992, p. 108), que “[...] negros e minorias latinas são portadores de deficiências físicas e psíquicas contraídas em seus ambientes de origem, principalmente em suas famílias, tidas como insuficientes nas práticas de criação dos filhos.” São atribuídas às famílias da classe menos favorecida economicamente, várias deficiências que seriam responsáveis pelo fracasso escolar de suas crianças. Surgem os programas de educação compensatória que objetivavam capacitar as crianças que, vindas de ambientes familiares considerados deficientes culturalmente, não teriam capacidade de responder às demandas de ensino das escolas primárias e secundárias (PATTO, 1996). Pesquisas da época demonstraram que apesar de haver escolas em quantidades suficientes para atender a população mais desfavorecida, essas escolas continuavam reproduzindo as desigualdades sociais, pois, se antes a exclusão referia-se aos que não freqüentavam a escola, nesse momento, passou a atingir os que nela estavam, causando alto índice de evasão escolar. Na tentativa de resolver o problema da evasão, propaga-se a ideia de que a escola não seria mais vista como instrumento de veiculação da ideologia capitalista, mas, passaria a ser concebida como instrumento de luta em favor dos interesses da classe economicamente mais pobre, pois os conhecimentos adquiridos na escola trariam às pessoas a esperança de poder conquistar seus direitos políticos e sociais. O discurso apresentado passou, no entanto, a ser contraditório: ao mesmo tempo em que se defendia a ideia de que fatores intra-escolares poderiam ser os causadores do fracasso escolar, não se abandonou a teoria da carência cultural. Falava-se de carência cultural mas pouco se olhava para os fatores intra-escolares. No momento em que se começa a falar sobre “diferença cultural”, a escola passa a ser definida apenas como inadequada à sua clientela. Diante da maioria das pesquisas realizadas nesse período, as ideias apresentadas na Teoria da Carência Cultural são acrescidas apenas de algumas considerações sobre a má qualidade do ensino oferecido às crianças consideradas de classe social economicamente desfavorecida. Não se modificou a maneira de olhar para esses alunos. Em textos referentes a essas questões, segundo Patto (1996), encontram-se comumente as afirmações de que: 1) As difíceis condições de vida das crianças são as geradoras das dificuldades escolares apresentadas por elas; 2) Os professores esperam em suas salas de aula alunos considerados ideais, de acordo com a proposta pedagógica que é elaborada para alunos de classe média, que apresentam o que são consideradas as condições mínimas necessárias para o aprendizado; 3) Os professores discriminam seus alunos pobres. De acordo com Patto (1988, p. 75), os professores apresentam expectativas negativas no que se refere à sua clientela. “A crença de que os integrantes das classes populares são lesados do ponto de vista das habilidades perceptivas, motoras, cognitivas e intelectuais está disseminada no pensamento educacional brasileiro [...]”. Acreditam que as crianças mais empobrecidas economicamente não aprendam ou, se aprendem, não o fazem de maneira a atender às exigências mínimas da instituição educacional. A idéia de que as crianças pobres não têm habilidades para aprender, permeia o modo como o professor vê e se relaciona com essas crianças (PATTO 1996). Outra ideia nascente foi a de que as dificuldades em aprender seriam hereditárias. Tal idéia, segundo Campos (1995), está presente nas justificativas que as famílias – por terem se apropriado do discurso vigente - dão para as dificuldades escolares de seus filhos. A história dos pais se repete na vida dos filhos. Se as dificuldades em aprender são consideradas hereditárias – como se fossem doenças -, precisam de tratamento e é então que a medicalização vem com força, tanto para pais quanto para os professores, como um auxílio para sanar o problema. Busca-se nos medicamentos a solução para problemas que passam longe de ser de cunho orgânico e individual, mas que encontram nessa ferramenta a justificativa perfeita para os preconceitos e estereótipos presentes nas queixas escolares. Apresentar a criança como portadora dos distúrbios de aprendizagem faz com que os olhares e a responsabilidade pelo fracasso escolar se voltem para ela, inviabilizando assim um olhar mais cuidadoso para os fatores intra-escolares como produtores de tal fracasso (MOYSÉS e COLLARES, 1992). Para Patto (1996), o fracasso escolar é produzido. Segundo ela, a má formação dos professores, os baixos salários, a desvalorização da profissão, os programas educacionais presentes nas escolas, o preconceito de alguns professores com relação aos alunos pertencentes às famílias consideradas desestruturadas, são fatores da produção do fracasso escolar. Um estudo realizado por Angelucci, Kalmus, Paparelli e Patto (2004) sobre os trabalhos desenvolvidos nos cursos de mestrado e doutorado entre 1991 e 2002 também demonstraram que velhas concepções ainda imperam entre os profissionais da educação. Os trabalhos analisados foram desenvolvidos na cidade de São Paulo nos cursos de Pedagogia e Psicologia tanto das universidades quanto da Fundação Carlos Chagas. Foram selecionados 71 trabalhos para análise e o que se observou é que as justificativas para o fracasso escolar ainda são as mesmas de décadas passadas: a) problema psíquico: a culpabilização das crianças e de seus pais (foco no aluno); b) problema técnico: culpabilização do professor (foco no professor); c) questão institucional: a lógica excludente da educação escolar (foco na política pública como determinante do fracasso escolar); d) questão política: cultura escolar, cultura popular e relações de poder (foco nas relações de poder estabelecidas no interior da instituição escolar, mais especificamente na violência praticada pela escola ao estruturar-se com base na cultura dominante e não reconhecer – e, portanto, desvalorizar – a cultura popular). É preciso um olhar mais cuidadoso em direção às questões acima relacionadas para que as justificativas deixem de se escorar nas crianças, pois, diante de tal estigma pouco podem fazer para revertê-lo. OBJETIVO: Investigar como os professores e os profissionais que compõem a equipe de direção de uma escola pública de uma cidade do interior paulista compreendem o fracasso escolar, como identificam suas causas e que caminhos propõem diante de tal realidade. CAMINHO DA PESQUISA: A pesquisa foi realizada em uma Escola Estadual de Ensino Fundamental I, localizada na região central de uma cidade do interior do estado de São Paulo. Esta escola foi escolhida por ser uma das mais antigas da cidade. Foi fundada na década de 1960 para atender às crianças que vinham do campo, pois a única escola que existia na cidade atendia apenas às crianças das famílias consideradas “tradicionais”. A direção e os professores, quando por mim procurados, prontamente aceitaram participar da pesquisa, colocando-se à disposição. Atualmente a escola atende alunos de vários bairros. Os entrevistados são todas as atuais professoras (8), o diretor, a vice diretora e a coordenadora pedagógica. Todos os nomes citados são fictícios e foram escolhidos pelos próprios entrevistados. Ao todo foram realizadas 11 entrevistas, audiogravadas com a autorização dos participantes. Para o propósito deste texto, trago parte de uma das entrevistas – a que foi realizada com a professora Edineia, que concluiu o magistério em 1982 e naquela década lecionou apenas por três anos, retomando esta atividade profissional em 2004. No intuito de indagar sobre a manutenção ou não dos mitos referentes ao fracasso escolar e suas causas, perguntei à professora como ela entendia o fracasso escolar. Edineia: Prá mim é... É um tema assim amplo porque o fracasso escolar a gente pode ir só pelo lado da escola ou só pelo lado do aluno. Eu vejo o fracasso escolar como um conjunto, então eu acho assim, aquele aluno que não está indo bem que está em cima desse fracasso, que não consegue avançar, eu penso aí na família, sabe, eu acho que a família também conta muito. Penso na escola, da escola também não estar sei lá, não estar conseguindo, investindo, dando importância. Penso no professor, o professor que não é comprometido, e na própria vontade do aluno, porque tem aquele aluno que tem dificuldade mesmo, mas também tem aquele aluno que não tem vontade. Eu acho que o fracasso escolar engloba tudo isso. Há indícios de que a professora atribui o fracasso escolar a condições diversas, sob vários aspectos. Quando se refere ao aluno, relaciona sua dificuldade à família e à importância de sua presença e o problema de sua ausência. Mas de que presença fala a professora? Não só à presença física, na casa. Quando diz que o aluno não consegue avançar em seu processo de aprendizado, podemos nos remeter aos momentos da história em que se acreditava que este movimento de aprender ou não era de responsabilidade da criança e de sua família. No entanto, mesmo quando se identifica condições que dificultam o bom rendimento escolar por problemas relacionados à dinâmica familiar, “não se pode entender o comportamento escolar de uma criança sem levar em conta a maneira como a escola se relaciona com sua subjetividade”, diz Patto (1996, p.296). A autora nos lembra que mesmo diante de problemas familiares que possam ser prejudiciais ao desempenho escolar da criança, é preciso que se olhe para a escola, para a maneira como ela lida com essa criança. Esse aspecto também foi enunciado pela professora Edinéia que apesar de apresentar a ideia de que o fracasso escolar pode ser da criança pela ausência de sua família, também considera importante que se observe o desempenho do professor e da escola diante das dificuldades apresentadas pelo aluno. Quando a professora relata que também pensa na escola quando se fala de fracasso escolar, nos oferece elementos para pensarmos sobre a importância que a escola tem dado às dificuldades escolares de seus alunos e o quanto tem investido para que essas dificuldades sejam minimizadas. Da mesma forma quando fala sobre o interesse do professor em ajudar aquela criança, percebemos que seu olhar não se restringe àquilo que historicamente se convencionou acreditar - que a criança é a única responsável por seu aprendizado, ao contrário, nos permite pensar que em sua concepção, há vários fatores envolvidos no fracasso escolar. Edinéia diz que alguns alunos têm de fato alguma dificuldade em aprender, outros, no entanto, não têm “vontade” de aprender. Ao pensarmos nessa questão, podemos nos remeter aos ensinamentos de Vigotski acerca de nossa constituição social como sujeitos, nas relações concretas de vida. De acordo com o autor, em seu Manuscrito de 1922 (2000, p. 25) “Eu me relaciono comigo mesmo tal como as pessoas relacionam-se comigo”, ou seja, conhecemos o mundo e a nós mesmos através do outro. Assim concebendo, a vontade – uma função psicológica superior - é também constituída nas interações. Historicamente tem se repetido a crença de que se a criança não aprende, é preciso investigar no próprio sujeito e não em seu meio social as causas para tal dificuldade. Quando pensamos no meio social em que a criança está inserida para além das relações vividas na escola, estamos falando de fatores extra escolares que podem ser responsáveis pelo fracasso escolar. Dentre eles, estão as dificuldades principalmente encontradas por famílias economicamente pobres em oferecer aos seus filhos moradia, alimentação e acesso a cuidados com a saúde. Contudo, ao dizer, “penso no professor, o professor que não é comprometido”, Edineia nos oferece importantes pistas para refletirmos sobre aspectos da produção do fracasso escolar: os fatores intra escolares. Entre eles, como já citado acima, estão os programas educacionais, o trabalho desenvolvido pelos professores e até mesmo o preconceito de alguns professores com relação aos alunos das classes economicamente mais pobres. De acordo com Patto (1996), o fracasso escolar é socialmente produzido, e isso se dá dentro da escola e não fora dela. Por isso, mesmo diante da ausência ou da dificuldade dos pais em ajudar os filhos nas tarefas escolares, é importante atentarmos para o papel do professor, que deve observar as necessidades dos alunos e, prevendo o ponto de chegada, “organizar e implementar os procedimentos necessários para se transformar a possibilidade (do aprender) em realidade” (SAVIANI, 2002, p. 78). É importante que haja comprometimento por parte do professor nesse processo. A escola, na pessoa do professor, é responsável por transmitir à criança os conhecimentos acumulados historicamente, pois, a educação é “o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens” (SAVIANI, 2008, p. 8). De acordo com Patto (1996), o fracasso escolar não é um termo que se refere ao aluno, pois ele não carrega em si o fracasso como algo inato, ao contrário, o fracasso é o resultado de um descaso social, onde predominam interesses particulares de uma minoria. CONSIDERAÇÕES As entrevistas realizadas nos permitiram identificar que ainda se mantém a crença de que a ajuda da família é de extrema importância para o aprendizado da criança. Porém, ao contrário do que se defendeu ao longo da história, grande parte dos profissionais entrevistados acredita também que o professor pode e deve trabalhar para minimizar as dificuldades apresentadas pelos alunos. Propõem um olhar mais atento para essas crianças desde as séries iniciais oferecendo-lhes atividades específicas e atenção individualizada. Além disso, as crianças são encaminhadas para recuperação paralela. Novas propostas de intervenção são semanalmente discutidas com a coordenadora pedagógica e o índice de crianças com dificuldades atualmente na escola, é pequeno. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANGELUCCI, C. B.; KALMUS, J.; PAPARELLI, R.; PATTO, M. H. O estado da arte da pesquisa sobre o fracasso escolar. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.30, n.1, jan./abr., 2004. CAMPOS, N. A. S. A. O insucesso escolar: um estudo sobre as condições e concepções existentes nas instituições família/escola. Dissertação de Mestrado – Universidade Estadual de Campinas, 1995. MOYSÉS, M. A. A., COLLARES,C. A. L. A história não contada dos distúrbios de aprendizagem. In: Cadernos CEDES, nº 28, p. 31 – 48, 1992. PATTO, M. H. S. O fracasso escolar como objeto de estudo: anotações sobre as características de um discurso. Cad. Pesq., São Paulo (65): 72 – 77, maio de 1988. _______________. A Família Pobre e a Escola Pública: Anotações Sobre Um Desencontro. Psicologia - USP , São Paulo, v.3, n.1/2, p. 107 – 121, 1992. _______________. A Produção do Fracasso Escolar: histórias de submissão e rebeldia. São Paulo: TA Queiroz, Reimpressão, 1996. SAVIANI, D. Escola e Democracia. Campinas: Autores Associados, 35. ed., 2002. _______________. Pedagogia Histórico-Crítica. 10 ed. Revisada. Campinas: Autores Associados, 2008. VIGOTSKI, L. S. Manuscrito de 1929. Educação & Sociedade, ano XXI, nº 71, Julho/00.