Reunião da Comissão Especializada para o Festival Nacional de Robótica
(FNR), da Comissão Executiva do FRN e do Observatório do FNR
Em 27 de Março de 2010, nas instalações da Exposalão, Batalha, pelas 11:30, reuniram
elementos da CEFNR, da respectiva Comissão Executiva e do Observatório. Estiveram
presentes:
Vítor Santos ,
Bernardo Cunha,
A. Paulo Moreira , Fernando Ribeiro,
Rodrigo Ventura, Paulo Alvito,
Marco Barbosa,
Nino Pereira,
Carlos Cardeira, José Luis Azevedo, António Cunha,
Nuno Lau,
Pedro Lima,
Jorge Dias,
Eduardo Silva.
A lista de tópicos agendada foi a seguinte:
1-Organização interna da CEFNR (Comités, grupos técnicos, ...)
2-Provas/figurino do FNR para o futuro
3-Organização da Edição de 2011
4-Outros assuntos
1-Organização interna da CEFNR (Comités, grupos técnicos, ...)
Vítor Santos indagou os presentes se a organização interna da CEFNR e dos respectivos
comités técnicos estaria adequada aos propósitos e objectivos do FNR, ou se seria preciso
proceder a algum tipo de reorganização. Da discussão foi consensual que os comités das
provas seniores estavam em operação sem dificuldades assinaláveis. Dos comités das provas
juniores foi feito um pequeno ponto da situação e onde também não foram assinalados
problemas. Carlos Cardeira disse ter tido alguma intervenção a propósito da prova de Busca e
Salvamento, mas nada de excessivo relativamente ao passado. Fernando Ribeiro, embora
membro cessante da prova de Dança, ainda prestou diversas ajudas e esclarecimentos no
âmbito das suas funções anteriores, mas nada de muito diferente do passado e não assinalou
problemas na passagem de funções aos restantes membros do comité técnico desta prova.
Foi feita a recomendação que deverá sempre haver alguma intersecção entre os comités
técnicos nacionais e os comités oficiais do Robocup nas provas que dele fazem parte.
Durante esta discussão levantou-se a questão de se ter verificado, em diversas equipas, que a
participação dos alunos (concorrentes) poder ficar ofuscada ou mascarada pela intervenção
dos responsáveis de equipa (pais/professores). Para não enviesar os propósitos do festival e
da participação dos reais concorrentes, foi sugerido criarem-se elementos diferenciadores nas
provas, desconhecidos a priori pelos concorrentes, mas que exigem intervenção específica no
local da competição por parte dos estudantes. Estes elementos diferenciadores permitirão aos
júris aferir a real contribuição dos estudantes para atribuir classificações e prémios. Estes
elementos serão desconhecidos em pormenor de forma a que não possam ser pré-instalados
na íntegra, mas a sua tipologia estará definida cabendo depois aos júris, nos locais da
competição definir parâmetros ou concretizar o desafio para impelir os estudantes a resolver o
problema na hora precisando de fazer mais do que apenas ”carregar num botão” para o robô
cumprir a tarefa. Os diversos comités técnicos das provas juniores ficaram de elaborar
complementos ao regulamento para incluir estes elementos diferenciadores e os seus impactos
na apreciação dos trabalhos e das provas.
2-Provas/figurino do FNR para o futuro
Neste ponto foi posta à consideração a eventual restruturação das provas do FNR. Quatro
frentes de propostas se delinearam:
a) Introdução de “Challenges” nos juniores.
b) Variantes na prova de Condução Autónoma
c) Introdução de novas provas para além do actual e das componentes anteriores.
d) Provas que envolvem a cooperação com a indústria
A introdução de “challenges” nos juniores poderia servir para criar os tais elementos
diferenciadores referidos no ponto anterior, ou então apenas para criar desafios adicionais
passíveis de estimular o interesse dos concorrentes para “ir mais além”. A ideia foi bem
acolhida, e os comités técnicos de cada prova ficaram de prever estas possibilidades nos
novos regulamentos ou seus complementos.
Na prova de condução autónoma (CA) foi referida possibilidade de se criar uma prova
intermédia com objectivos mais reduzidos que permite aos antigos (ou actuais) juniores
fazerem uma entrada nesta competição fazendo um sub-conjunto de desafios. Isso poderia ser
feito em parte da pista actual da CA, ou mesmo numa pista de menores dimensões orientada
para este efeito. José Luís Azevedo, tendo já iniciado um trabalho numa proposta deste género,
ficou incumbido de continuar a elaborar a proposta para esta prova de introdução à condução
Autónoma. Foi referida também a possibilidade de a CA se dividir em duas provas, onde uma
seria a tal pré-CA e outra absorveria os desafios mais exigentes da actual CA e teria, por
exemplo, uma manga adicional com elementos orientados para um desafio mais complexo com
elementos de iluminação variável, ou irregularidades não estruturadas no percurso, etc. O
objectivo seria começar a criar condições para migrar as competições para ambientes mais
complexos (com algumas condições não controladas, ambientes exteriores, pisos irregulares,
etc.). O Comité da CA ficou de fazer propostas nesta variante.
Uma outra linha de discussão assentou na possibilidade de introdução de provas novas. Tendo
ficado assente que as actuais provas seniores são de manter (embora se admitam pequenas
restruturações como no caso da CA) a introdução de provas novas carece de atenção
precisando de análise de públicos e de impactos nas provas actuais no sentido de não criar
descontinuidades no fluxo de concorrentes e criar hiatos nos desempenhos e resultados. Assim,
surgiram da discussão várias ideias como algo inspirado nas provas do Eurobot ou no @Home.
Pedro Lima defende que deve ser criada uma nova prova Sénior que traga mais grupos de
investigação nacionais para o FNR, e não uma nova prova Júnior, já que a componente Júnior
do FNR está sobrelotada. Foi recomendado aos diversos proponentes para elaborarem
propostas por escrito para uma discussão mais detalhada.
Foi também sugerido que se criassem provas em cooperação/acordo com indústrias. O
princípio, seria uma ou mais empresas fornecerem o hardware e colocarem um ou mais
problemas/desafios que teriam de ser resolvidos na competição. Foi referido que os
manipuladores robóticos seriam potenciais equipamentos de interesse para este tipo de desafio,
mas também outros equipamentos seriam adequados.
No final desta discussão, ficou a sugestão de se fazer uma nova reunião presencial para
acertar os detalhes e a operacionalidade das diversas propostas. Porém, para que essa
reunião possa ser profícua, é necessário que haja propostas escritas com um mínimo de
detalhe, eventualmente pré-discutidas por E-mail. Assim, ficou o acordo para que os diversos
proponentes enviassem para a lista as suas propostas nos contextos referidos e a partir daí
seria agendada nova reunião para afinar as provas a alterar ou a introduzir.
3-Organização da Edição de 2011
Vítor Santos informou que não havia ainda candidaturas à organização do ROBOTICA2011.
Nessa linha, e cumprindo o compromisso tácito do grupo de fundadores do FNR, a próxima
edição teria a organização dos membros da CEFNR afectos ao IST, Lisboa. Pedro Lima referiu
várias dificuldades de ordem logística e admitiu que o evento se possa realizar nos arredores
de Lisboa. Fernando Ribeiro deu algumas possibilidades alternativas a explorar, mormente nos
Açores, na Madeira e numa Escola Secundária em Santo Tirso que já organizou um evento de
competições robóticas (Robotop).; ficou de estabelecer estes contactos no sentido de obter
resposta sobre o eventual interesse em organizar o Robotica2011. Vítor Santos afirmou
também que havia algum interesse aparente por parte de pessoas do Instituto Politécnico de
Setúbal; embora não parecesse que a disponibilidade fosse para tão breve, iria enviar uma
mensagem à pessoa com quem contactara há pouco a indicar-lhes os passas para uma
eventual candidatura.
Ficou então decidido que estes contactos para eventuais organizadores teriam de resultar em
propostas concretas, por escrito, até à primeira semana de Maio. Caso contrário, ter-se-ia de
avançar com a solução da organização pelos colegas do IST, Lisboa.
Não havendo outros assuntos, a reunião foi dada por encerrada pelas 13:30.