TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL GENERALIZADO E ESPECÍFICO: EXISTE NECESSIDADE DE ESTRUTURAS DIFERENTES NA ABORDAGEM COGNITIVOCOMPORTAMENTAL EM GRUPO? Alécia Nadja de Mesquita Brito* Ariela Moreira dos Santos* Jéssica Winne Rodrigues de Freitas* Diego Silveira Sousa Neuciane Gomes da Silva (Departamento de Psicologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal-RN) O transtorno de ansiedade social (TAS, também conhecido como fobia social) refere-se ao medo acentuado e persistente de situações que envolvem interação social, desempenho social e possibilidade de julgamento negativo por outros. Há muitos trabalhos que investigam a necessidade de especificar subtipos de TAS em generalizado e específico (restrito a um contexto social temido). Alguns consideram o subtipo generalizado como apenas de maior gravidade do que o específico, outros autores entendem que são subtipos qualitativamente diferentes e não apenas com aumento do número de situações evitadas. O nosso estudo comparou duas estruturas de intervenção em grupo na abordagem cognitivo-comportamental e bem como os seus resultados. Os grupos foram formados através de processo de triagem (avaliação diagnóstica) e seleção dos pacientes para grupos de terapia breve: 12 sessões. A amostra pesquisa contém 27 participantes, 18 mulheres e 09 homens. Foram utilizados o Inventário Beck de Ansiedade (BAI), Inventário de ansiedade traço-estado, escala traço (IDATE-T), Inventário de Fobia Social (SPIN) e a Escala Fatorial de Extroversão (EFEx). Todo processo ocorreu no Serviço de Psicologia Aplicada (SEPA) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Não ocorreram diferença significativas (com uso de teste-t independente) ao se comparar os níveis de ansiedade e extroversão dos pacientes de cada tipo de grupo (focal e geral), nem antes e nem depois da intervenção. Adicionalmente, obtivemos diferenças significativas ao se comparar, através de teste-t pareado, os níveis de ansiedade e extroversão, antes e depois da intervenção em grupo. Para o IDATE-T, o BAI e o SPIN ocorreu diminuição na ansiedade medida. Já para a EFEx observa-se aumento para todos os fatores da escala (comunicação, altivez, assertividade, interação social e escala geral de extroversão). Então, pode-se inferir da necessidade de estruturas diferentes uma vez que todos os grupos se beneficiaram com aumento da extroversão e diminuição da ansiedade. Palavras-chave: Terapia Cognitivo-comportamental em grupo, Transtorno de ansiedade, Ansiedade Social Área Temática: Intervenções em grupos