Se liga
na ação
Edição I | Ano I | Maio de 2015
Mobilizados
pela infância
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editorial
Olá, leitor!
Você está recebendo a primeira edição do
boletim Se liga na Ação. Este informativo é
produzido pelo Comitê de Desenvolvimento
Comunitário (CDC) de Candiota.
O CDC é uma articulação entre
representantes do poder público, de
organizações da sociedade civil organizada
e de empresas, criada para discutir o
investimento social privado nos municípios
onde há atuação do Grupo Camargo Corrêa
e da InterCement.
Nesta edição do boletim, você pode
conhecer a história do nosso CDC (p. 3), além
de temas revelantes das áreas de Saúde (p.
4) e Educação (p. 5). Candiota também está
desenvolvendo uma importante iniciativa: o
Programa Infância Melhor (p. 6).
Nós não deixamos de lado temas
complexos, como a relação entre
adolescentes e drogas (p. 7). E claro que
não podia faltar um pouco da história de
Candiota (p. 8).
Boa leitura!
Imagem em Foco
Foto: Arquivo CDC
O Canto Moleque - Canção Nativa é um festival de
música nativista do município de Candiota. Desde
1993, o festival busca o descobrimento, incentivo e
valorização do jovem ar tista, motivo que o coloca
como um evento fundamental para a renovação da
cultura gaúcha, em sua ver tente musical. Em 2015,
o evento aconteceu entre os dias 27 e 29 de março,
encerrando as comemorações do 23º aniversário do
município.
expediente
Este boletim faz parte do projeto Comunica
CDC, realizado pelo Instituto Camargo Corrêa e
InterCement Brasil, em parceria com a Oficina de
Imagens.
Instituto Camargo Corrêa
Diretor Executivo: Francisco de Assis Azevedo
Coordenadora de Comunicação e Voluntariado:
Bianca Kapsevicius
Coordenador de Investimento Social em Plantas:
Flávio Seixas
Analista Regional S. Paulo/Sul: Renata Costa
Contato: [email protected]
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Comitê de Desenvolvimento Comunitário de
Candiota: Secretaria de Ação Social, Trabalho e
Renda; E.M.E.F Neli Betemps; Cooperativa de Prestação
de Serviços Técnicos; Clube de Mães “Mãe Cleci”; Soc.
Espirita Irmãos na Fé; Associação de Moradores do Seival;
Secretaria de Saúde; Secretaria de Educação; Programa
Primeira Infância Melhor; Clube Social e Recreativo de
Candiota; Casa da Criança; Escola Municipal Santa
Isabel; Paróquia Sagrado Coração de Jesus de Candiota
Oficina de Imagens
Coordenador executivo: Adriano Guerra
Edição: Gabriella Hauber e Bárbara Pansardi
Site: www.oficinadeimagens.org.br
Projeto Gráfico: Ronei Sampaio
Diagramação: Gabriella Hauber e Anna Cláudia Pinheiro
Foto da capa: Divulgação Instituto Camargo Corrêa
Impressão: Gráfica Formato | Tiragem: 1.200 exemplares
Prazer em conhcer
Candiota forma grupo para desenvolver ações sociais e
voluntárias no município
Comitê de Desenvolvimento Comunitário é formado por representantes da sociedade
civil e poder público
Por João Francisco Sinott Junior, Fábio Oliveira e Lizandro Bueno, da InterCement
Foto: Arquivo CDC
CDC identifica as demandas sociais de Candiota para desenvolver projetos que promovam a melhoria da qualidade de vida
O Comitê de Desenvolvimento Comunitário (CDC) de Candiota é formado por um grupo de pessoas que
tem em comum o anseio de ajudar a construir uma cidade melhor para todos. O Comitê foi estruturado a
partir de uma iniciativa do Instituto Camargo Corrêa, em parceria com a Prefeitura Municipal de Candiota.
Essa parceria é prática do Instituto em todos os municípios onde há fábricas da InterCement e, em Candiota,
foi iniciada após a aquisição do Grupo Cimpor, que atua no ramo cimenteiro.
Os projetos sociais disponibilizados pelo Instituto estão divididos em três programas estruturantes:
o Infância Ideal, cujo objetivo é a proteção dos direitos da criança de 0 a 6 anos; o Escola Ideal, que visa
melhorar a qualidade na gestão da escola pública; e o Futuro Ideal, que incentiva o empreendedorismo e
geração de trabalho e renda. Tem também o Ideal Voluntário, programa transversal que visa o estímulo à
ação cidadã dos profissionais das empresas do grupo.
O CDC é composto em sua maioria por membros da sociedade civil, representantes dos órgãos
públicos, membros de associações de moradores de bairros, clube de mães, organizações religiosas e
demais interessados. A ideia é que a formação do Comitê tenha a maior diversidade de representação
possível, para que os projetos sociais disponibilizados pelo Instituto Camargo Corrêa e apoiados pela
prefeitura, tenham maior abrangência e sejam executados com maior efetividade, dada a observação de
muitas variáveis ao planejar as tarefas. Dentre as atividades realizadas pelo CDC Candiota, foi notável o
sucesso da 1ª Semana do Bebê, realizada em 2014, que teve por objetivo voltar a atenção da comunidade
para o tema da primeira infância. Essa atividade terá sua segunda edição em maio deste ano.
O CDC Candiota está completando um ano de início de suas atividades, e por estar ainda em fase de
estruturação, está aberto à participação de todos os interessados em contribuir para o desenvolvimento
sustentável de Candiota. Para saber como, é só entrar em contato pelo telefone (53) 3245-7426.
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Saúde
A autoestima na gestação é fundamental para o
desenvolvimento saudável da mãe e do bebê
Pouco se discute a baixa autoestima durante a gravidez, mas isso é um problema
comum devido às transformações da mulher nessa fase
Por Miriam Cristina Weirich Becker, Nutricionista da Secretaria Municipal de Saúde de Candiota
A gravidez deveria ser o momento de maior felicidade e entusiasmo, tanto para a mulher quanto para
toda a família, mas sabemos que a variação de humor durante a gestação é cientificamente comprovada
devido a grande oscilação hormonal nesse período, o que reflete em mudanças bruscas de comportamento.
A autoestima é importante, pois é a capacidade que o ser humano tem de amar a si próprio, é autoconfiança,
autorespeito, autoaceitação. Mas, na gestação, a mulher passa por muitas transformações físicas e emocionais
que podem comprometer a sua autoestima, os enjoos aparecem, os seios doem, ela ganha mais peso e com
isso passa a se achar menos atraente. Ao oposto do que muita gente imagina, a gravidez não diminui o desejo
sexual. Pesquisas revelam que metade das mulheres têm a libido aumentada e as demais realmente sentem
menos desejo. Os mitos da gestação e a baixa autoestima são os grandes vilões.
A ansiedade e a preocupação são sintomas normais, mas quando a mulher passa a acumular os
medos, a autoestima cai e pode levar a quadros de depressão, que durante a gravidez pode causar vários
problemas ao bebê e aumentar o risco de partos prematuros, com bebês de baixo peso e internação na UTI
neonatal. “Quando a gestação é planejada e a mulher tem o apoio do companheiro, da família e dos amigos
ela se sente linda, segura e muito feliz, o que faz com que ela encare de maneira positiva as mudanças no corpo
e na nova vida”, afirma Ariadne Meira da Costa, enfermeira que realiza pré-natal em Candiota. “Já se a gravidez
for indesejada, ou ela não assume a maternidade, seja por problemas afetivos, familiares ou por imaturidade, a
baixa autoestima torna-se presente”, explica Ariadne.
É essencial orientar a gestante sobre qual é a melhor maneira de cuidar da saúde, dos cuidados com a
alimentação (para evitar o ganho de peso elevado) e da importância do pré-natal para uma gravidez saudável
e tranquila. Encoraja-lá a compartilhar suas angústias, desabafando com o companheiro, a família, ou com
os amigos. E ainda pedir ajuda e dividir as tarefas do dia a dia quando se sentir sobrecarregada. Quando existe
apoio dos familiares e amigos, a gravidez se torna mais tranquila. “Acho que a mulher não tem problemas com a
autoestima na gestação, é uma fase em que elas ficam especialmente lindas. Quando esperávamos minha filha,
fiquei grávido junto, tive enjôo, ganhei peso e curti muito cada momento”, relata Pablo Rodriguez , assistente
social da prefeitura de Candiota. Gestante de Candiota participaram de palestra sobre autoestima na Semana do Bebê de 2014
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Foto: Navarrina Studdio
Educação
Candiota elabora Plano Municipal de Educação desde o
final do ano passado
PME é importante para estabelecer as políticas públicas prioritárias para a
educação no município
Por Lia Beatriz Beck, da Escola Neli Betemps
Foto: Arquivo CDC
Equipe de construção do Plano Municipal de Educação tem reuniões constantes de planejamento
Traçar um plano consiste em estabelecer objetivos e enumerar as ações necessárias para alcançálos. Elaborar um Plano Municipal de Educação (PME), previsto pelo Plano Nacional de Educação
(PNE) é, basicamente, isso: definir metas a serem atingidas num prazo de 10 anos e descrever as
estratégias que serão usadas para se chegar até lá. Mas o PME é muito mais do que uma declaração
de intenções. Sua importância não reside apenas em garantir um direito fundamental pelo qual os
municípios têm grande responsabilidade. A construção coletiva do PME e a sua implementação têm o
potencial de mudar a forma como os gestores e a comunidade lidam com as políticas educacionais.
O papel do PME é planejar as políticas públicas para a área a longo prazo e, com isso, contribuir
para a efetivação do acesso à educação. O plano municipal é um instrumento de cidadania, de
garantia de direitos de crianças, adolescentes e jovens e, ao mesmo tempo, é uma diretriz que faz com
que as políticas não sejam interrompidas à medida que as gestões vão mudando, o que infelizmente é
uma situação muito comum no Brasil.
O plano é um desafio, é um movimento grande, que exige preparo e planejamento. Por isso,
o município de Candiota proporcionou, através da equipe da Secretaria Municipal de Educação,
encontros para a discussão deste importante documento. As atividades sobre a elaboração do
Plano Municipal foram iniciadas ao final de 2014, com a equipe técnica da Secretaria Municipal
de Educação e Conselho Municipal de Educação, em parceria com o Instituto Camargo Corrêa e a
InterCement, através da assessoria de Mara Parisi, da Comunidade Educativa (CEDAC/SP).
A Secretaria Municipal de Educação vem realizando, desde março de 2015, reuniões periódicas
de trabalho sobre o Plano Municipal de Educação, com participação da comissão coordenadora,
composta por representantes de diferentes seguimentos da sociedade. A pauta é composta pela
apresentação das metas, diagnóstico da educação do município, socialização dos desafios,
distribuição de tarefas e uma reflexão sobre a importância do Plano Municipal de Educação.
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Primeira infância
Programa Primeira Infância Melhor é desenvolvido no
município de Candiota
Programa é estratégia para promover o desenvolvimento infantil de qualidade,
envolvendo profissionais da Saúde e da Assistência Social
Por Liana da Silveira Batista, Pedagoga e monitora do PIM
Política pública pioneira no Brasil, o Primeira Infância Melhor (PIM) é uma ação de promoção do
desenvolvimento na primeira infância e fortalecimento da Atenção Básica em Saúde. Desenvolve-se
através de visitas domiciliares e comunitárias realizadas semanalmente a famílias em situação de risco
e vulnerabilidade social, visando o fortalecimento de suas competências para educar e cuidar de suas
crianças.
O PIM está composto em Candiota por uma equipe de 14 visitadores, dois monitores e um Grupo
Técnico Municipal (GTM), representante da Secretaria de Saúde, e dois GTMs representantes da
Secretaria de Ação Social Trabalho e Renda. Cada visitador trabalha com 20 famílias que são orientadas
por meio de visitação domiciliar. É feito um trabalho com atividades lúdicas específicas voltadas à
promoção das habilidades e capacidades das crianças, considerando o contexto cultural, necessidades e
interesses da família.
Os primeiros anos de vida de uma criança são marcados por grandes transformações e descobertas.
Aos poucos, os pequenos começam a entender o mundo em que vivem e aprendem a lidar consigo
mesmos e com os outros. Para um bom desenvolvimento nesta fase, a criança precisa de um ambiente
acolhedor, harmonioso e rico em experiências desde o período pré-natal, por meio dos cuidados com a
mãe e seu ambiente, e continuar a ser promovido de forma intensiva após o nascimento.
Pesquisas em neurologia mostram que a primeira infância é um período fundamental no
desenvolvimento cerebral. Os primeiros anos de uma criança são o período de crescimento mais
acelerado do cérebro. O importante é o brincar e não o brinquedo. É possível improvisar brinquedos
com uma fruta, uma caixa de papelão vazia ou o que quer que esteja à mão. “A criança que brinca vai
ser mais esperta, mais interessada e terá mais facilidade de aprender, tudo isso de forma natural”, diz
Ruth Elisabeth de Martin, pedagoga e educadora do Labrimp. Também são essenciais para o bom
desenvolvimento nessa fase o envolvimento e a participação da família, da rede social de apoio e das
políticas públicas que organizam serviços para apoiar as necessidades de famílias e crianças e para
respeitar os seus direitos.
Equipe do PIM desenvolve diversas atividades lúdicas com as crianças para promover o desenvolvimento infantil
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Foto: Arquivo PIM
Adolescência e Juventude
Uso de drogas por adolescentes é um fenômeno
complexo e sem soluções fáceis
A adolescência é uma fase de transição e muitos fatores estão envolvidos na busca
pelas drogas
Por Carla Cristina Aguzzi Souza, Psicóloga e Especializanda em Psicologia Social, Políticas, Políticas Públicas e
Movimentos Sociais
Foto: Agência Brasil
A relação dos adolescentes com as drogas é algo complexo e deve envolver diferentes profissionais, além da família
O uso de drogas é um fenômeno bastante
antigo na história da humanidade e constitui
um grave problema de saúde pública, com sérias
consequências pessoais e sociais no futuro dos
jovens e de toda a sociedade. A adolescência
é um momento especial na vida do indivíduo.
Nessa etapa, o jovem não aceita orientações,
pois está testando a possibilidade de ser adulto,
de ter poder e controle sobre si mesmo.
O encontro do adolescente com a
droga é um fenômeno muito mais frequente
do que se pensa e, por sua complexidade,
difícil de ser abordado. Fatores de risco para
uso de drogas, incluem aspectos culturais,
interpessoais, psicológicos e biológicos. São
eles a disponibilidade das substâncias, as leis,
as normas sociais, as privações econômicas
extremas e de lazer; o uso de drogas ou
atitudes positivas frente às drogas pela família,
conflitos familiares graves, comportamento
problemático (agressividade, alienação,
rebeldia), baixo aproveitamento escolar,
tendência herdada ao uso e vulnerabilidade ao
efeito de drogas.
Existe o uso, o abuso e a dependência
química. Cada qual com aspectos específicos e,
sendo assim, as intervenções devem ser pautadas
de acordo com as peculiaridades de cada
situação. A presença dos pais, principalmente na
adolescência é extremamente importante, eles
devem estar atentos, mobilizar sem dirigir, apoiar
nos fracassos e incentivar nos êxitos, respeitando
a individuação do adolescente.
O jovem quando está integrado consigo
mesmo (corpo e mente), com as pessoas com
quem se relaciona (integração social) e com o
ecossistema (ambiente), valorizando a disciplina,
a gratidão, a ética e a cidadania, terá menos
probabilidade de se envolver e de se aproximar
do mundo das drogas.
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Histórias de Candiota
Candiota é uma cidade do sul do Rio Grande Sul repleta de
histórias e tradições
Com cerca de 10 mil habitantes, município foi palco de importantes momentos
históricos do país
Lia Beatriz Beck, da Escola Neli Betemps, e Luciane Souza, do Cras
Foto: Arquivo InterCement
Candiota está localizada no sul do Rio Grande do Sul e guarda costumes tradicionais do estado
O município de Candiota se encontra em pleno crescimento na Metade Sul do Estado do Rio Grande
do Sul, localizada na região da Campanha. Com uma área geográfica de mais de 900 km2 a população
é composta por cerca de 10 mil habitantes, sendo que este número deve crescer consideravelmente nos
próximos anos, em função dos empreendimentos que a cidade está recebendo.
Candiota faz limite com as cidades de Bagé, Hulha Negra, Pinheiro Machado e Pedras Altas. Seu nome,
segundo informações não oficiais, origina do século XVIII, quando foram para Argentina, um grupo de gregos
originários de Creta, que eram conhecidos por Candiotos. Dois desses gregos estiveram nas terras do município
quando colocaram o nome do rio de Arroio Candiota e assim foi batizada a cidade.
A cidade conta com interessantes contrastes e atipicidades. É histórica por ter sediado a Batalha do Seival
e a Proclamação da República Riograndense. A fibra gaúcha não ficou no passado e até hoje costumes riograndenses são mantidos, tanto que o município realiza há mais de 20 anos o Canto Moleque da Canção
Nativa, um dos 10 maiores festivais de música do Estado.
Até 1992, Candiota pertencia ao município de Bagé. Para concretizar o processo de emancipação,
que se deu no dia 24 de março de 1992, um grupo de pessoas da comunidade reuniu-se em prol da causa
e realizou um plebiscito popular. Uma das peculiaridades de Candiota é a divisão geográfica, já que os
bairros não fazem fronteira, sendo isolados. Economicamente o município tem como base a extração de
carvão e geração de energia. Entretanto há outras potencialidades, além das carboníferas. O município
que mais gera empregos na região e que é o Pólo de Desenvolvimento da Metade Sul do Estado, também
está tornando-se referencia vitivinícola, ao lado de investimentos na bacia leiteira e também na cerâmica.
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Boletim – Candiota – Edição 01 – Maio de 2015