CENÁRIO INTERNACIONAL – 3º TRIMESTRE 2014 Europa Pela metodologia ESA 95, o Produto Interno Bruto – PIB da zona do euro teve crescimento nulo no segundo trimestre de 2014, comparado ao trimestre anterior. Já a União Europeia - UE cresceu 0,2%. Pela nova metodologia de cálculo, ESA 2010, a zona do euro cresceu 0,1%, de acordo com a Eurostat, agência de estatísticas da UE. Uma importante colaboração com esse fraco desempenho foi a retração de 0,2% do PIB alemão. A economia espanhola cresceu 0,6%, a francesa também ficou estagnada e a italiana, com uma contração de 0,2%, entrou em recessão técnica, pela terceira vez desde 2008. A taxa de desemprego se estabilizou em 11,5% na zona do euro e diminuiu para 10,1% na UE. A menor taxa observada foi a de 4,9% na Alemanha e a maior 24,4% na Espanha. Em agosto, 4,99 milhões de jovens abaixo de 25 anos se encontravam desempregados na zona do euro e 3,33 milhões na União Europeia. Com a taxa anual de inflação de apenas 0,3% e a fraca atividade econômica, o Banco Central Europeu – BCE cortou a taxa básica de juros de 0,15% a.a. para 0,05% a.a., em sua última reunião no início de setembro. A taxa paga pelos depósitos dos bancos comerciais no BCE ficou ainda mais negativa, indo de -0,1%a.a. para 1 -0,2% a.a. A deflação continuou representando um risco, sinal de que os consumidores não estão dispostos a gastar, provocando a queda dos preços. O banco também anunciou a compra de títulos lastreados em crédito, os chamados ABS, cujos leilões iniciais tiveram demanda Desemprego na Europa 30,00% 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% 5,00% 0,00% Fonte: www.tradingeconomics.com menor que a expectativa. EUA A prévia do PIB norteamericano, referente ao segundo trimestre de 2014, apontou um crescimento de 4,6%, em base anual. Em comparação com o mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 2,6%. As vendas de casas novas atingiu, em agosto, o nível mais alto desde 2008. A mediana dos preços de venda de uma nova moradia subiu 8% em relação ao ano passado. Quanto à produção industrial subiu 2,1% em agosto, impulsionada, principalmente, pelo crescimento das exportações e pelo aumento da produtividade e do emprego. No setor manufatureiro foi solida a criação de postos de trabalho, tendo ocorrido o maior crescimento desde 2012. Já no mês de setembro, foram criados nos EUA 248 mil empregos, fora do setor agrícola e assim a taxa de desemprego recuou de 6,1% em agosto, para 5,9% em setembro. Em sua última reunião neste ano, o comitê de política monetária do banco central americano, FED, manteve as taxas de juros entre 0% e 0,25% a.a. e reduziu novamente, em US 10 bilhões, a compra de ativos no mercado financeiro, ficando para outubro a decisão de zerar os US$ 15 bilhões restantes. A inflação do consumidor CPI continuou abaixo do nível desejado pelo FED, situando-se ao redor de 1,7%. No lado fiscal, o déficit para o exercício fiscal de 2014 encerrado em setembro, foi o menor em seis anos. Foi de US$ 483 bilhões, 29% menor que o de 2013. Equivaleu a 2,8% do PIB do país. Ásia Embora a economia chinesa tenha crescido 7,5% no segundo trimestre de 2014, uma série de indicadores econômicos referentes a agosto mostraram desaceleração da atividade, com resultados piores que o esperado. A produção industrial avançou apenas 6,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior, depois de ter crescido 9% em julho. O setor imobiliário também gerou preocupação, mostrando visível arrefecimento. O índice de CENÁRIO INTERNACIONAL – 3º TRIMESTRE 2014 preços ao consumidor da China, IPC cresceu em setembro a uma taxa anualizada de 1,6%, o ritmo mais baixo em mais de quatro anos. Já o índice de preços ao produtor, PPI, que voltou a registrar queda no mês anterior, ficou em 1,8% anualizado. O indicador contabilizou mais de 31 meses de retração, seguidos, devido à queda da demanda e dos preços de matérias primas, assim como ao excesso de capacidade da indústria, principalmente da siderúrgica. Nas exportações houve uma grata surpresa, as vendas ao exterior registraram o maior crescimento em 19 meses. No Japão, a atividade despencou no segundo trimestre do ano, o PIB caiu 7,1% em termos anuais, foi a maior queda desde o primeiro trimestre de 2009. Houve um forte recuo dos investimentos e do consumo, sob o efeito da alta do imposto sobre valor agregado, IVA, de 5% para 8% em abril. Já o PIB da Índia subiu 5,7% nos três meses encerrados em junho, na comparação com o mesmo período de 2013. A formação bruta de capital fixo (investimentos) avançou 7%. Investimentos em Renda Fixa mercado de renda fixa apresentou taxa de juros decrescentes dos principais títulos governamentais. Na ata da sua última reunião, o FED mostrou maior preocupação com a evolução da atividade em algumas das principais economias do planeta. O desempenho mais favorável da economia americana em relação às demais gera uma valorização do dólar que pode prejudicar a retomada da inflação para o patamar desejável a longo prazo. Assim, com as expectativas sobre o provável momento da elevação dos juros americanos postergada, os títulos de 10 anos do governo americano (Treasury Bonds), que rendiam cerca de 2,75% a.a. no final do primeiro trimestre de 2014, passaram a render cerca de 2,40% a.a. no final do segundo. Por sua vez, o rendimento dos títulos de 30 anos caiu de cerca de 3,65% a.a. para cerca de 3,30% a.a. Quanto aos títulos corporativos, no caso das empresas com grau de investimento (Investment Grade) o rendimento caiu de cerca de 3,55% a.a. para cerca de 3,35% a.a. e no caso das empresas com maior grau de risco (High Yield) o rendimento subiu de cerca de 5,70% a.a. para cerca de 6,10% a.a. Por sua vez, o rendimento do título do governo alemão de 10 anos, German Bund, ficou abaixo de 1% a.a. Depois do bom comportamento das ações no segundo trimestre de 2014, no terceiro houve piora. Enquanto o índice FTSE 100 (GrãBretanha) caiu - 1,78% no período, o Dax 30 (Alemanha) caiu -3,65%, o CAC 40 (França) caiu -0,15% e o RTS Index (Rússia), refletindo ainda a crise na Ucrânia e as sanções econômicas da OTAN, caiu -17,74%. Nos EUA, depois de atingirem novos recordes, os índices da principal bolsa tiveram comportamento diverso. Se o S&P 500 caiu - 1,69% no primeiro trimestre, o Dow Jones subiu 1,28%. O fato a ser destacado foi a histórica estreia do grupo de comércio eletrônico chinês Alibaba Group Holding, na bolsa de Nova York, cuja ação subiu 38% no dia, levando o valor de mercado da companhia para cerca de US$ 230 bilhões. A oferta inicial de ações, IPO, do Alibaba arrecadou US$ 21,7 bilhões e foi a maior dos EUA até hoje. Na Ásia, depois das quedas no segundo trimestre, o índice Shanghai SE Composite (China) subiu 15,40%, o Nikkei 225 (Japão) 6,67% e o índice BSE Sensex 30 (Índia), 4,79% no S&P 500 2.100,00 1.900,00 1.700,00 Contrariando as expectativas que apontavam na direção da alta dos juros, com o fim do programa de estímulos do banco central americano, o 2 1.500,00 1.300,00 1.100,00 Fonte: Yahoo Finance 900,00 Investimentos em Renda Variável 700,00 500,00 02/01/2008 02/01/2009 02/01/2010 terceiro. 02/01/2011 02/01/2012 02/01/2013 02/01/2014 CENÁRIO INTERNACIONAL – PERSPECTIVAS 4º TRIMESTRE Europa De acordo com a Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico – OECD, a zona do euro encerrará o ano de 2014 crescendo 0,8% e o de 2015, 1,1%. O PIB da economia alemã deverá ter evolução de 1,5% neste e no próximo ano, o da França 0,4% em 2014 e 1% em 2015, e o da Itália retração de 0,4% e avanço de 0,1% respectivamente. Dentro da União Europeia – UE, o PIB do Reino Unido crescerá 3,1% e 2,8% em cada um dos anos. Pode ser que as condições do mercado de trabalho ainda piorem. O crescimento dos salários permanece muito fraco em muitos países, o que impede a evolução necessária dos gastos dos consumidores. Enquanto governos da zona do euro estão paralisados por excessivas dívidas e déficits fiscais, o Fundo Monetário Internacional – FMI, os EUA e outros membros do G20 têm repetidamente convocado a Alemanha a usar seu espaço de manobra para elevar o consumo e sustentar o crescimento. Apesar de resistências do banco central alemão, medidas mais drásticas de estímulo podem ser adotadas pelo BCE, principalmente se a inflação permanecer tão baixa, agora também influenciada pelo petróleo em queda. De acordo com a agência de notícias Reuters, o BCE 3 está considerando também a compra de bônus corporativos no mercado secundário e pode decidir sobre o assunto já em dezembro. Se o conjunto de medidas irá ser suficiente devemos esperar para ver. EUA Para a OECD a economia americana crescerá 2,1% em 2014 e 3,1% em 2015. O setor de construção civil, principalmente o residencial deverá continuar a se recuperar gradualmente e deverá dar suporte ao crescimento econômico, na medida em que siga melhorando o mercado de trabalho e as condições do crédito se normalizem. Já a produção industrial segue firme e em setembro apresentou um ganho de 1%, em relação a agosto, com a aceleração da atividade das fábricas e diante do grande salto da produção de companhias de serviços públicos. O uso da capacidade instalada subiu para 79.3%. Por seu turno, a confiança do consumidor americano atingiu o maior nível desde julho de 2007, conforme pesquisa da Thomson Reuters/Universidade de Michigan. Para os americanos, a recente queda nos preços do petróleo dá uma contribuição adicional para uma maior disponibilidade de renda para o consumo, sem elevar a preocupação com a inflação, ainda baixa. Surpreendentemente, o número de pedido de seguro desemprego, no início de outubro caiu para o menor número dos últimos 14 anos, na medida em que os empregadores estão evitando cortar empregos, mesmo com o cresci- Fonte: www.tradingeconomics.com mento global se enfraquecendo. A grande dúvida que permanece em relação aos EUA, diz respeito ao momento em que os juros subirão. Muitos acreditam que o FED irá conduzir a sua política monetária sem ameaçar o crescimento e de forma a manter a inflação sob controle, ajudado pelas commodities em queda. Outros creem que a atividade econômica pode se fortalecer ainda mais, passando a exigir maior atenção do FED quanto à mudança da política monetária. Em relação ao programa de estímulos (Q3) a expectativa é de que se encerre, com o corte dos US$ 15 bilhões remanescentes, na reunião do FED no final de outubro. CENÁRIO INTERNACIONAL – PERSPECTIVAS 4º TRIMESTRE Ásia sas tenham crescido em setembro no maior ritmo dos últimos sete meses, devido às vendas para a Ásia, uma série de dados recentes, incluindo a queda da produção industrial levou o governo a cortar a sua avaliação econômica provocando especulações de que pode adotar novos estímulos quando decidir sobre a segunda fase do aumento do imposto sobre vendas em dezembro. Para a China, a OECD estima um crescimento de 7,4% em 2014 e de 7,3% em 2015. Recentemente, o ministro das finanças declarou não haver a intenção de se recorrer a novos estímulos como resposta a dados mais fracos. Fontes do governo chinês, declararam à agencia de notícias, Reuters, que o banco central do país não deve promover corte dos juros Investimentos em Renpara estimular a economia. O da Fixa fato é que o PIB do terceiro trimestre de 2014, há pouco Com as taxas de juros divulgado desacelerou a alta dos títulos do governo americapara 7,3%, na comparação com no em níveis muito baixos, os o ano anterior, o ritmo mais investidores deverão continuar fraco desde a crise de 2008. O buscando alternativas mais maior peso recaiu sobre o rentáveis em outros mercados e mercado imobiliário. Por outro retornando para essa aplicação lado, os dados mais recentes nos momentos em que a disposobre a produção industrial e sição ao risco diminua. Tendosobre as vendas foram animase em mente uma elevação dores, acima das expectativas gradual dos juros nos EUA, o do mercado. No entanto, há mercado deverá privilegiar os muito a se fazer para redirecioinvestimentos de curto prazo nar os vetores do crescimento para o consumo interno, que precisa se expandir ainda mais. Para a Índia a OECD espera que o PIB cresça 5,7% em 2014 e 5,9% em em 2015 e para o Japão Fonte: www.tradingeconomics.com 0,9% e 1,1% respectivamente. TREASURY BONDS 10Y Embora as exportações japone. JUROS detrimento de mais longos. Investimentos em Renda Variável Depois de recordes sucessivos, as bolsas americanas sofreram uma realização de lucros com a preocupação de que a fraqueza europeia possa atrapalhar a recuperação da economia americana, com o fim do programa de estímulos (Q3). As condições para a evolução do mercado só estarão mais claras na medida em que a divulgação dos dados americanos não demonstrem uma inversão na direção positiva dos indicadores e a fraqueza da economia europeia não se acentue. Para as commodities de uma forma geral, o momento é ruim, principalmente pela insegurança em relação ao crescimento da China, sobretudo para o petróleo, cujas cotações caíram da casa dos US100 para a casa dos US$ 80. Entretanto, os dados chineses recentes indicam o fortalecimento da demanda por petróleo em setembro, o nível mais alto dos últimos sete meses. BOLSA DÓLAR 4 vencimentos CENÁRIO NACIONAL – 3º TRIMESTRE 2014 Atividade Econômica A divulgação da queda de 0,6% do PIB brasileiro no segundo trimestre de 2014 em relação ao primeiro, no final de agosto, confirmou a fraqueza da economia brasileira. Em relação ao segundo trimestre de 2013 a queda foi ainda maior, -0,9%. E para piorar, a expansão de 0,2% do primeiro trimestre foi revisada para uma queda de -0,2%, configurando o quadro que os economistas definem como recessão técnica. A última vez que uma recessão técnica foi registrada, foi com a queda do PIB no último trimestre de 2008 e no primeiro de 2009, durante a grave crise econômica mundial. Em valores correntes, o PIB no segundo trimestre deste ano atingiu R$ 1,27 trilhão. Enquanto o setor industrial apresentou queda de 1,5%, o de serviços recuou 0,5% e o agropecuário subiu 0,2%. Pela ótica do consumo, o das famílias cresceu 0,3% e o do governo caiu -0,7%. A chamada Formação Bruta de Capital Fixo (investimentos) caiu -5,3% em relação aos três primeiros meses do ano, a quarta queda consecutiva. Comparada ao mesmo período do ano passado a queda atingiu -11.2%. A taxa de investimento foi de 16,5%, quase a mesma verificada em 2006. Já a taxa de poupança ficou em 14,1%, quase a mesma verificada em 2001. 5 Quanto ao setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 2,8%, enquanto as importações tiveram queda de 2,1% em relação ao Fonte: www.tradingeconomics.com primeiro trimestre de 2014. Por conta do resultado negativo do crescimento do PIB a agencia de rating Moody’s rebaixou, em setembro, a perspectiva do rating Baa2 do Brasil de estável para negativo. Ele só não foi rebaixado para apenas um grau acima do “investment grade”, dada a resistência continua da economia brasileira a choques financeiros externos, dado o seu colchão de reservas internacionais. Emprego e Renda Divulgada em setembro último, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Pnad, do IBGE, revelou que a taxa de desemprego no Brasil teve, em 2013 o primeiro aumento desde 2009. Do total da população ativa, 6,5% estavam desempregados no ano passado, enquanto em 2012 a taxa era de 6,1%. A renda média do trabalhador, no entanto, subiu de R$ 1.600,00 em 2012, para R$ 1.681,00 e, 2013, uma alta de 5% já descontada a inflação. Medida através da Pesquisa Mensal de Emprego – PME, a taxa de desemprego no Brasil, que era de 4,9% em julho, avançou para 5% em agosto. Na indústria, pelo quinto mês consecutivo o emprego caiu -0,4% em relação a julho, em consequência da menor confiança dos empresários do setor e da crise por que ele passa. Em relação a 2013 a queda foi de -3,6%. Já no mês de setembro, de acordo com o Ministério do Trabalho, o Brasil criou 123.785 empregos com carteira assinada, o pior resultado para um mês de setembro desde 2001. O número representa uma queda de -41,35% frente ao mesmo período de 2013. De janeiro a agosto de 2014 foram criados 904.913 empregos formais, com uma queda de 31,6% em relação ao ano passado. O pior resultado para os oito primeiros meses do ano, desde 2004, quando começou a ser apurada a série histórica. O que chama a atenção é a contínua desaceleração em setores intensivos no uso de mão de obra, como o comércio e a indústria. O quadro revela uma CENÁRIO NACIONAL – 3º TRIMESTRE 2014 situação generalizada de deterioração no mercado de trabalho. Setor Público Com a divulgação das contas do setor público consolidado (governo central, estados, municípios e empresas estatais, exceto Petrobrás e Eletrobrás) em agosto, um déficit primário de R$ 14,46 bilhões, foram batidos vários recordes negativos. O déficit de agosto foi o maior para o mês da história, o maior desde dezembro de 2008 e fez que, pela primeira vez, houvesse quatro meses seguidos de saldo negativo. O déficit acumulado no ano e o percentual em relação ao PIB também foram os piores já verificados. A maior colaboração para o resultado de agosto veio do governo central, com um déficit de R$ 11,95 bilhões, seguido dos governos regionais com um déficit de R$ 2,34 bilhões, enquanto o das estatais foi de R$ 173 milhões. A entrada da receita extraordinária de R$ 7,13 bilhões do Refis, evitou uma situação ainda pior. Assim, o superávit primário dos oito primeiros meses do ano foi de R$ 10,20 bilhões, enquanto no ano passado foi de R$ 54,01 bilhões no mesmo período. O esforço fiscal acumulado no ano foi realizado com a ajuda de R$ 1,52 bilhões do governo central (0,05% do PIB) e de R$ 9,12 bilhões dos governos regionais (0,27% do PIB), apesar do déficit de R$ 440 milhões das empresas estatais (0,01% do PIB). Em 12 meses o superávit primário consolidado foi de R$ 47,49 bilhões, o equivalente a 0,94% do PIB. É importante lembrarmos que a meta de superávit primário definida pelo Ministério da Fazenda para 2014 é de R$ 99 bilhões ou 1,9% do PIB. São R$ 80,80 bilhões do governo central, ou 1,55% do PIB e outros R$ 18,20 bilhões de estados e municípios, ou 0,35% do PIB. Já o déficit nominal de agosto, que inclui o pagamento de juros, ficou em R$ 31,48 bilhões, enquanto a dívida pública representou 35,9% do PIB. No acumulado do ano o déficit nominal foi de R$ 155,05 bilhões e o pagamento de juros de R$ 165,26 bilhões. Em 12 meses o déficit nominal foi de R$ 203,26 bilhões, ou 4,03% do PIB, sendo que foram gastos R$ 250,76 bilhões em juros, ou 4,97% do PIB. Juros Em sua última reunião, no início de setembro, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, decidiu, conforme as expectativas, manter inalterada a taxa básica de juros, Selic em 11% a.a. No comunicado após a decisão, sinalizou a manutenção da taxa, em compasso de espera até que haja maior definição da atividade econômica e do conjunto de políticas a serem adotadas em 2015, inclusive no âmbito fiscal. Inflação Cambio e Setor Externo A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, no mês de setembro foi de 0,57%. A alta, acima das expectativas do mercado, teve nos preços livres, especialmente nos dos alimentos e do vestuário, as maiores colaborações. A inflação acuIPCA 1,00% 0,90% 0,80% 0,70% 0,60% 0,50% 0,40% Fonte: IBGE 0,30% 0,20% 6 mulada no ano ficou em 4,61% e a dos últimos 12 meses em 6,75%. Acima do teto da meta do Banco Central que é 6,50%. A taxa de difusão da inflação ficou em 56,89%. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC subiu 0,49% em setembro, acumulando uma alta de 4,62% em 2014 e de 5,59% nos últimos 12 meses. 0,10% 0,00% A taxa de cambio dólar x real, denominada P-Tax 800, encerrou o terceiro trimestre do ano cotada a R$ 2,45. Por sua vez, a taxa do dólar comercial, por conta do cenário político local e dada a valorização do dólar internacionalmente chegou a ser cotada, durante o trimestre, próxima de R$ 2,50. Com a pressão sobre o CENÁRIO NACIONAL – 3º TRIMESTRE 2014 real, o Banco Central decidiu dobrar a sua intervenção diária no mercado de cambio, que vinha sendo de US$ 500 milhões, através da oferta de swap cambial. Um fator que também acaba sendo levado em conta pelo mercado e pelo exportador, diz respeito à inflação que acaba corroendo a valorização da cotação do dólar. Com o aumento dos preços internos, o Brasil permaneceu caro em relação a outros países que também sofreram desvalorizações cambiais, mas tiveram uma inflação mais baixa. Em quatro anos, desde julho de 2010, a perda de valor nominal do real em relação ao dólar foi de 26%, mas se descontada a inflação do período, a valorização do dólar foi de apenas 8%. Já a balança comercial brasileira teve em setembro o pior resultado para o mês desde 1998. As importações superaram as exportações em US$ 939 milhões. As vendas ao exterior somaram US$ 19,61 bilhões e as importações US$ 20,55 bilhões. Lideraram as exportações os produtos básicos, seguidos dos manufaturados e as maiores importações foram de combustíveis e lubrificantes. No acumulado do ano até setembro, foi contabilizado um déficit de US$ 690 milhões, fruto de exportações de US$ 173,63 bilhões e importações de US$ 174,32 bilhões. Como a pauta de exportações do país tem nos produ- 7 tos básicos a maior participaro país com a maior dívida ção, o atual preço das commoexterna, atrás da Espanha e dos dities agrícolas, os menores dos Estados Unidos. Por outro lado, últimos quatro anos, juntamenno final de setembro, as reserte com a queda na venda de vas internacionais brasileiras manufaturados, principalmente somavam US$ 376,11 bilhões. para a Argentina, acabam por enfraquecer as contas externas Investimentos em Rendo Brasil. da Fixa Em relação à Balança de Transações Correntes, que Eleições e cenário exreflete o resultado de todas as terno foram os principais indutransações do país com o tores do comportamento do exterior, o resultado também mercado de renda fixa no não foi animador. No mês de terceiro trimestre de 2014. agosto, o Brasil continuou Diante de tantas incertezas tendo mais saídas que entradas quanto ao rumo das taxas de de recursos e o déficit em juros praticadas no mercado, transações correntes ficou em uma parcela significativa de US$ 5,5 bilhões. Nos oito priinvestidores optou por aplicameiros meses do ano atingiu ções pós- fixadas. O governo, US$ 54,80 bilhões ou o equivaque normalmente limita a lente a 3,66% do PIB. Já nos oferta de Letras Financeiras do últimos 12 meses o saldo está Tesouro, as LFT, dobrou as negativo em US$ 78,40 bilhões vendas entre agosto e setemou 3,47% do PIB. bro, de R$ 6,3 bilhões para R$ De acordo com o Banco 12,6 bilhões. Como o título é Central, os investimentos indexado pela taxa Selic, foi estrangeiros diretos, IED, somauma forma de oferecer ao ram US$ 42 bilhões até agosto e investidor segurança e rentabiUS$ 67 bilhões em 12 meses. O lidade, além de poder evitar a suficiente para financiar cerca alta volatilidade das taxas de 80% do déficit em transaRendimento dos Títulos Públicos em 2014 - até setembro ções correntes. O restante foi financiado pelos voláteis Títulos / Rendimento (%) Títulos / Rendimento (%) Vencimento Vencimento investimentos estrangeiros Prefixados Indexados ao IPCA em carteira (renda fixa e LTN 2015 8,15 NTN-B 2015 9,55 9,04 NTN-B 2017 10,77 ações) que totalizou US$ LTN 2016 NTN-F 2017 9,20 NTN-B 2020 11,47 32,54 bilhões. NTN-F 2021 12,20 NTN-B 2024 13,03 De acordo com o NTN-F 2023 13,08 NTN-B 2035 13,32 Indexados ao IGP-M NTN-B 2045 13,84 Fundo Monetário InternacioNTN-C 2017 8,69 NTN-B 2050 14,94 nal – FMI, a dívida externa NTN-C 2021 10,53 Indexados a SELIC 13,06 LFT 2015 7,98 brasileira total atingiu US$ NTN-C 2031 LFT 2017 7,99 750 bilhões, ou 33,4% do PIB. Fonte: IBGE O Brasil passou a ser o terceiprefixadas no período. CENÁRIO NACIONAL – 3º TRIMESTRE 2014 Outro fator importante que afetou o mercado foi o ingresso de capital estrangeiro no país, o chamado investimento em carteira, que já alcançou a cifra cerca de US$ 21 bilhões neste ano aplicados em renda fixa, objetivando as altas taxas de juros pagas no Brasil, em detrimento das pagas no exte*até 30/09/2014 Fonte: IBGE rior. O que ajuda a explicar as rentabilidades oferecidas pelas NTN-B, o papel preferido. Na tabela abaixo, apresentamos o desempenho dos principais indicadores de renda fixa em 2014, até setembro, bem como o da meta atuarial. Rentabilidade dos Indicadores 8 Indicadores 2014* 12M IPCA + 6% a.a. INPC + 6% a.a. IRF-M 1 IRF-M 1+ IRF-M Total IMA-B 5 IMA-B 5+ IMA-B Total IDKA 2 (IPCA) CDI POUPANÇA 9,28% 9,29% 7,80% 9,60% 8,95% 9,41% 13,86% 11,99% 9,44% 7,83% 5,19% 13,15% 12,98% 10,28% 10,20% 10,19% 11,23% 9,78% 10,38% 11,74% 10,33% 6,32% Investimentos em Renda Variável Assim como o mercado de renda fixa, o de renda variável evoluiu sob as mesmas circunstancias, com a diferença que o desempenho das ações das empresas com controle estatal ou influenciadas pela alternância de poder imprimiram um ritmo também volátil ao Ibovespa. O principal índice da bolsa paulista subiu 1,78% no trimestre, 5,07% no acumulado do ano, até setembro e 0,70% nos últimos 12 meses. Enquanto no próprio mês de setembro o índice caiu -11,70%, já no início já de outubro subiu 4,72%, em um único pregão, a 2013 maior alta em 27 12,27% meses. 11,90% Outro fator 7,44% 0,36% determinante para 2,61% o desempenho da 2,78% -17,07% bolsa foi o forte -10,02% 4,21% 8,07% 6,85% ingresso de capital estrangeiro no ano, cerca de US$ 10 bilhões, em consequência da alta liquidez no mercado internacional, que privilegiou os mercados emergentes, enquanto o banco central norte americano não muda a política monetária. CENÁRIO NACIONAL – PERSPECTIVAS 4º TRIMESTRE Atividade Econômica Conforme o Relatório de Mercado Focus, elaborado pelo Banco Central, os economistas que militam no mercado financeiro acreditam que o PIB do Brasil crescerá apenas 0,27% em 2014 e 1% em 2015. Para o FMI será 0,30% neste ano e 1,4% no próximo,” fruto de uma competitividade frágil, baixa confiança dos empresários e condições financeiras mais ajustadas, com a inflação elevada e com o aumento das taxas de juros, que restringem o investimento”. O consumo poderá continuar a se desacelerar em função da moderação na criação de empregos e na concessão de crédito. Parece inevitável que, qualquer governo que assuma as rédeas do país em 2015, terá que adotar medidas corretivas dolorosas para que o Brasil possa voltar a crescer com vigor. Terá que haver realismo no combate à inflação, ajustados os preços administrados, disciplina fiscal, melhoria da infraestrutura e rediscussão da carga de impostos, através de reforma tributária, para que a credibilidade possa ser restabelecida e o indispensável investimento privado retorne. Para o Ministro Mantega as diretrizes da política econômica serão mantidas no próximo ano e para o talvez ministro Armínio Fraga é preci- 9 so arrumar a casa, antes da economia voltar a crescer. Setor Público No final de setembro, o Banco Central reconheceu que o governo não irá cumprir a meta de economizar 1,9% do PIB ou cerca de R$ 99 bilhões, o chamado superávit primário, para pagar as despesas com juros ao longo de 2014. Ou seja, a política fiscal do governo será expansionista e continuará pressionando a inflação. A verdade é que não há mais espaços para renuncias fiscais, como a isenção do PIS e Cofins para produtos de informática, ou como a redução do Imposto de Renda sobre o lucro no exterior de empresas brasileiras. Por sua vez a dívida do Tesouro com o FGTS, que já supera os R$ 16 bilhões, não poderá ser aumentada e nem os repasses do Tesouro para o BNDES, que já atingem R$ 450 bilhões e oneram diretamente a dívida pública. adesão ao Refis ou reforçar o caixa vendendo ações do Banco do Brasil, pouco irá ajudar as contas do governo neste ano. Se de um lado o rombo na Previdência Social deve superar a previsão oficial de R$ 40,1 bilhões e chegar a R$ 55 bilhões, de outro a venda de licenças para serviços de quarta geração de telefonia móvel gerou recursos muito abaixo das expectativas. Novas despesas sem a redução necessária dos gastos pode, no futuro próximo, exigir mais impostos. Inflação Conforme o Relatório Focus, a expectativa do mercado financeiro é a de que o IPCA fique, em 2014, em 6,45% e 6,30% em 2015. Para o Banco Central ele só se aproximará mais da meta em 2016. O IPC-S divulgado no início de outubro de 0,51%, já acelerou o ritmo em relação a setembro, que foi de 0,49%. A maior pressão voltou a ser dos SUPERAVIT PRIMÁRIO - BRASIL preços dos 6,00% alimentos. Itens 5,00% como hortifrú4,00% tis e produtos 3,00% pecuários fo2,00% ram afetados 1,00% por causa da 0,00% 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014(e) estiagem, nuFonte: Tesouro Nacional ma situação de demanda aqueUsar R$ 3,5 bilhões do cida. Recentemente, o preço da Fundo Soberano Brasil para arroba do boi gordo, calculado pagar parte dos juros da dívida pela BM&FBovespa fechou no pública, reabrir o prazo para maior valor da série, iniciada CENÁRIO NACIONAL – PERSPECTIVAS 4º TRIMESTRE em 1994. Embora o preço atual da gasolina esteja em linha com o preço do petróleo, depois das recentes quedas, o governo já anunciou que ele irá aumentar. Uma importante pressão sobre os preços em geral, tem origem na cotação maior do dólar, já que é alta a participação dos itens importados entre os que são consumidos. Pressão que será reforçada quando os preços administrados, como o da energia elétrica, tiverem que subir. Permanece intacto o ciclo vicioso da inflação, em uma economia ainda indexada. Juros Para o mercado financeiro a taxa Selic permanecerá em 11% a.a. até o final de 2014 e será de 11,88% no final de 2015. Pelo que sugere a ata da última reunião do Copom, nenhuma alteração deverá ocorrer no futuro próximo. A única razão para que ela permaneça onde está, ou caia, reside na fraqueza da atividade econômica. Mesmo assim os preços só cairão se a oferta de Fonte: www.advfn.com produtos aumentar ou a demanda cair. Ainda assim restará 10 a indexação e a pressão do dólar. Historicamente, a inflação só regrediu no Brasil quando houve disciplina fiscal combinada com uma política monetária adequada. Cambio e Setor Externo Conforme o Relatório Focus, o mercado estima que o dólar estará em R$ 2,40 no final de 2014 e R$ 2,50 no final de 2015. Esta é a média das opiniões. No entanto, o topo das estimativas considera o dólar ao redor de R$ 2,55 no final de 2014 e R$ 2,70 em 2015. Os principais motivos são os fundamentos da economia brasileira e a valorização do dólar perante outras moedas, no mercado internacional. Para tentar estabilizar as cotações o Banco Central já ofereceu ao mercado mais de US$ 100 bilhões em swap cambial. Teve sucesso, porém a sua margem de manobra vai se reduzindo e há dúvida sobre a continuidade do programa em 2015. Para a Balança Comercial, o Relatório Focus prevê um superávit de US$ 2,29 bilhões em 2014 e de US$ 7,65 bilhões em 2015. O maior problema para as exportações do país, no momento, reside na queda dos preços das commodities. Os produtos básicos representam praticamente a metade do que o Brasil exporta. O preço do petróleo, por exemplo, já caiu mais de 20% na bolsa de Londres e o da soja mais de 25% em Chicago. De acordo com estudos dos bancos Itaú e Bradesco, o Brasil pode perder cerca de US$ 11 bilhões em 2015, com as quedas das cotações. Em relação às transações correntes, o Banco Central prevê um déficit de US$ 80 bilhões em 2014 e um investimento estrangeiro direto de US$ 63 bilhões. Para os investimentos estrangeiros em renda fixa a previsão é de US$ 23 bilhões e para o investimento em ações é de US$ 12 bilhões. Investimentos em Renda Fixa Inflação alta e podendo subir mais, eleições, cotação do dólar e cenário externo são os principais fatores que influenciarão o comportamento das taxas de juros e portanto das aplicações prefixadas em renda fixa. Diante de um quadro com variáveis voláteis, o mais prudente é realizar alocações em produtos cujos títulos que integram as carteiras tenham prazo de vencimento mais curtos ou pós-fixados. Para os CLASSSE DE ATIVO ALOCAÇÃO IMA-B 5+ / IDKA 20A 0% IMA-B / IMA-G 0% IMA-B 5 / IRF-M 1+ 10% IDKA 2A / IRF-M 20% IRF-M1 10% DI 20% FIDC / CRÉDITO PRIVADO 15% MULTIMERCADOS 5% AÇÕES 10% FIP 5% FII 5% CENÁRIO NACIONAL – PERSPECTIVAS 4º TRIMESTRE 50.000 45.000 40.000 35.000 30.000 ra das cotações quando compaFonte: BM&F radas aos referenciais internacionais. A relação preço x lucro 11 09/2012 07/2012 05/2012 03/2012 01/2012 11/2011 09/2011 07/2011 05/2011 03/2011 01/2011 11/2010 09/2010 07/2010 05/2010 03/2010 01/2010 11/2009 09/2009 07/2009 05/2009 03/2009 01/2009 11/2008 09/2008 07/2008 05/2008 03/2008 01/2008 25.000 09/2014 55.000 07/2014 60.000 05/2014 65.000 03/2014 70.000 01/2014 Ibovespa 75.000 11/2013 Para as bolsas o futuro é absolutamente incerto, independentemente de quem vencer as eleições. Com os fundamentos da economia ruins, fica difícil, de uma maneira geral, para as empresas negociadas em bolsa entregarem resultados animadores para os seus acionistas. Dependendo da política econômica a ser adotada no próximo ano, haverá espaço para uma melho- 09/2013 Investimentos em Renda Variável 07/2013 IMA-B 05/2013 TAXA PRÉ-FIXADA 03/2013 JUROS 01/2013 INFLAÇÃO da Bovespa projetada para 2015 se situa ao redor de 11. Nem tão cara e nem tão barata para a realidade atual. Há também que se monitorar o comportamento do investidor estrangeiro, que já é responsável por quase 50% do volume negociado na BM&FBovespa. Conforme cálculo do Bank of America Merril Lynch (BofA), cerca de US$ 100 bilhões saíram das ações brasileiras através de fundos locais ou globais, nos últimos anos. Para que retornem o próximo governo precisa dar sinais inequívocos de que vai promover as reformas necessárias, como a previdenciária e a tributária, por exemplo e fazer os ajustes necessários para que o crescimento econômico seja retomado, os gastos públicos sejam reduzidos e a inflação controlada. Um dos sinais de confiança na melhora da bolsa são as operações de abertura de capital das empresas, conhecidas como IPO’s. A única empresa a realizar um IPO no Brasil neste ano foi a Ouro Fino Saúde Animal, que ofereceu ao público ações, já no mês de outubro. Empresas brasileiras de tecnologia já cogitam operações desse tipo para 2015, 11/2012 RPPS, tendo-se em mente a diversificação das aplicações e a preservação patrimonial, sugerimos a alocação de seus investimentos conforme a tabela abaixo: tanto nas bolsas americanas quanto no Brasil. Conforme matéria publicada em setembro, no jornal O Estado de São Paulo, empresas como a Decolar.com e como a Bebê Store, que comprou a concorrente Baby.com, estão analisando as possibilidades. No início do ano a Netshoes chegou perto de um IPO, mas as condições desfavoráveis no mercado impediram a operação. Em relação aos demais produtos de renda variável, lembramos aos RPPS que no BOLSA DÓLAR esforço de diversificação das aplicações, devem ser continuadamente avaliados os fundos multimercados, fundos imobiliários e os fundos de participações. Renan Foglia Calamia Economista CPA-20 CORECON 34.308 Disclaimer Este Relatório foi preparado pela PaR Engenharia Financeira para uso exclusivo do destinatário, não podendo ser reproduzido ou distribuído por este a qualquer pessoa sem expressa autorização da Empresa. As informações aqui contidas são somente com o objetivo de prover informações e não representa, em nenhuma hipótese, uma oferta de compra e venda ou solicitação de compra e venda de qualquer valor mobiliário ou instrumento financeiro, esta é apenas também uma OPINIÃO que reflete o momento da análise e são consubstanciadas em informações coletadas que julgamos confiáveis. A PaR Engenharia Financeira não se responsabiliza pela utilização destas informações em suas tomadas de decisão e consequentes perdas e ganhos. As informações aqui contidas não representam garantia de exatidão das informações prestadas ou julgamento sobre a qualidade das mesmas, e não devem ser consideradas como tais. As opiniões contidas neste Relatório são baseadas em julgamentos e estimativas, estando, portanto, sujeitas a mudanças. As informações deste Relatório procuram estar em consonância com o regulamento dos produtos mencionados, mas não substituem seus materiais regulatórios, como regulamentos e prospectos de distribuição. É recomendada a leitura cuidadosa tanto do prospecto quanto do regulamento, com especial atenção para as cláusulas relativas ao objetivo e à política de investimento dos produtos de investimento, bem como às disposições do prospecto e do regulamento que tratam dos fatoras de risco a que o fundo está exposto. Todas as informações sobre os produtos aqui mencionados, bem como o regulamento e o prospecto, podem ser obtidas com seu gerente, com o responsável pela distribuição ou em seu site na internet. A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura, os produtos estruturados possuem, além da volatilidade, riscos associados à sua carteira de crédito. 12