Caros Clientes, Parceiros e Amigos,
Chegamos à edição de nº6 do nosso boletim IP em Clima de Copa do Mundo, evento que mobiliza torcedores dos cinco continentes. Estamos falando de
uma competição, mas como o Instituto Planos defende a cooperação, aproveitamos este editorial para mostrar o outro lado da Copa do Mundo, que
também serve como metáfora ao pensamento empresarial.
Por exemplo, vocês sabiam que foi assinado um acordo entre a África do Sul e o Reino Unido de cooperação em
matéria de segurança e medidas preventivas contra hooligans, vândalos e terroristas? E que a Alemanha ofereceu ao
Brasil uma proposta semelhante para a organização da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada 2016, e para
enfrentar os desafios e as oportunidades que os eventos implicam em termos de segurança e modernização da
infraestrutura. Pois é, em campo estes países podem até se enfrentar, mas fora de campo estão movidos por um
mesmo objetivo comum a todas as nações, que é fazer um evento bem organizado e seguro, tanto para os
participantes quanto para os visitantes.
Acordos de cooperação também estão em andamento no Brasil, como parte dos preparativos para a próxima edição da Copa. A Confederação Brasileira de
Futebol (CBF) liderou a assinatura da Matriz de Responsabilidade, um pacto que reúne o Governo Federal e os representantes (de diferentes partidos, vale
ressaltar) dos 12 Estados e Municípios que sediarão o mundial. O documento trata também de planejamento: define os encargos e os cronogramas de cada
ente federativo na realização de obras de mobilidade urbana, estádios, aeroportos, terminais turísticos, terminais portuários e seus entornos.
E nas empresas, isso é possível? Segundo Norberto Odebrecht “o Líder autêntico esquece a concorrência e busca a cooperação”.
Cooperação com seus liderados, com seus pares, clientes, fornecedores, prestadores de serviço, governos, universidades,
sociedade civil e até mesmo com seus “concorrentes”. Segundo o dicionário Michaellis, “cooperar é prestar auxílio para um fim
comum”, portanto, não é raro vermos os “concorrentes” trabalhando juntos em consórcios ou lutando por interesses setoriais
em suas entidades de classe.
Nós que estamos vivendo num mundo completamente fragmentado, onde se vê luta constante de um grupo contra outro grupo,
de uma ideologia contra outra, uma classe contra a outra, ficamos felizes de poder observar objetivamente a essencial
necessidade de o homem aprender a cooperar.
Agora, voltando aos gramados, continuamos torcendo para que o Brasil mereça ser vencedor. Boa sorte a todos nós!!!
Sócios IP
A Arte da Possibilidade
Por Tom Coelho
Num ano de Copa, as empresas acreditam-se modernas, atuais, antenadas com o momento ao optarem por atletas, técnicos, comentaristas e toda sorte de
profissionais – ou ex-profissionais – vinculados ao esporte como a solução mágica para questões do mundo corporativo.
É inegável que podemos encontrar no desporto grandes metáforas à realidade de empresas e profissionais. Assim, Ayrton Senna era exemplo de excelência;
Oscar Schmidt, ícone da obstinação; Pelé, referência em marketing pessoal; Robinho, sinônimo de ousadia. As corporações também podem alcançar
inspiração nas lições de gerenciamento e liderança legadas por Vince Lombardi (ex-técnico de futebol americano) ou, mais recentemente, Bernardinho,
coach da vitoriosa equipe de vôlei masculino do Brasil, dentre tantos outros exemplos.
Embevecidos que ficamos com as fascinantes conquistas perpetradas pelos atletas, diante de sua superação e espírito de cooperação que envolve e
transforma uma equipe, deixamos de notar que a realidade do universo empresarial é evidentemente distinta, muito mais complexa, de modo que muitas
lições, apenas, não são aplicáveis e ponto.
No esporte, há regras claras e um ou mais juízes preparados para emitir um parecer instantâneo, ainda que por vezes inidôneo. Já o mercado insiste em
burlar leis, romper contratos, ignorar regras. E a justiça, por sua vez, tem braços largos, porém lentos; olhos abertos, porém vendados.
Foi dentro deste contexto que encontrei uma metáfora mais adequada para argüir sobre liderança empresarial. Ela advém de uma outra arte: a música.
Observe uma orquestra. Seja ela uma orquestra de câmara (formada por poucos membros), uma sinfônica (mantida por uma instituição pública) ou
filarmônica (sustentada por recursos privados), é constituída por diversos músicos e variados instrumentos, divididos em quatro grandes grupos: cordas,
madeiras, metais e percussão, cada qual produzindo isoladamente um som característico.
Enquanto em um esporte coletivo a equipe pode alcançar a vitória graças a um lampejo de genialidade ou sorte de um único atleta, mesmo com uma
atuação medíocre em toda a partida, em uma orquestra todos contribuem com o êxito do resultado final. Por isso, o produto que entregam é uma
“sinfonia”, ou seja, todos emitindo o mesmo som.
Este objetivo é alcançado através da mediação de um personagem em particular. Trata-se do maestro, aquele mesmo que permanece em destaque durante
a apresentação, tem sua foto estampada na capa de CD’s e DVD’s, profere palestras e concede entrevistas, mas que curiosamente é o único músico que não
emite um único som.
No vídeo “A Arte da Possibilidade”, distribuído com exclusividade no Brasil pela Siamar, Zander compartilha suas experiências, instruindo-nos que um
regente é um arquiteto das possibilidades do grupo. Sua missão é explorar estas possibilidades, mergulhando no âmago de cada membro de sua orquestra
com o intuito de desvendá-los, ou seja, remover-lhes a venda que encobre o talento e o potencial de cada músico.
Costumo dizer que líder é aquele capaz de conduzir as pessoas juntas e em direção a uma mesma visão, levando-as até onde não iriam se estivessem
sozinhas. Ele vislumbra qualidades extraordinárias em pessoas comuns, potencializando-as, permitindo-lhes oferecer ao mundo o que têm de melhor. Não
se trata de persuasão, mas de inspiração. Inspiração que nutre o entusiasmo, estimula a criatividade e promove a excelência.
Analogamente, muitas são as oportunidades no cotidiano das empresas para valorizar e elevar seus colaboradores. Porém, não raro continuamos a
testemunhar líderes que criticam em público e elogiam em particular, quando deveriam fazer o inverso. Líderes que ocultam os acertos e expõem os erros –
jamais os próprios –, cultivam o “não”, afastando o “sim” do mapa de possibilidades.
Entre uma orquestra e outra, os instrumentos são os mesmos, mas os músicos não. Por isso, algumas melodias falam mais alto ao coração. É preciso
compartilhar a visão, cultivar o brilho nos olhos, promover o relacionamento. Liderar não é verbo intransitivo. Se o líder está sozinho, ele não está liderando
ninguém.
Tom Coelho é Educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 países. Tem especialização em qualidade de vida, empreendedorismo e marketing, e
mestrado em saúde e segurança do trabalho. Artigo escrito para O PORTAL Rh.com, e gentilmente cedido pelo autor para o IPauta.
Programa da Fundação Odebrecht é premiado pela ONU
Associação Guardiã da APA do Pratigi (Agir), parceira da Fundação Odebrecht na execução do Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do
Mosaico de Áreas de Proteção Ambiental (APAs) do Baixo Sul da Bahia, conquistou o Prêmio ao Serviço Público das Nações Unidas 2010, na categoria
“Melhorando a participação cidadã nos processos de decisões públicas através de mecanismos inovadores”. O Programa
foi a única iniciativa na América Latina e Caribe contemplada nesta edição.
Promovido pela Divisão para Administração Pública e Gestão do Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas
(ONU), o prêmio reconhece instituições que contribuíram para melhorar a eficiência da administração pública. A
cerimônia de premiação aconteceu em Barcelona (Espanha), no dia 23 de junho (Dia do Serviço Público), e reuniu
vencedores de quinze países, além de mais de 400 pessoas entre representantes das Nações Unidas, chefes de governo e
ministros.
Ascensão e queda do Planejamento Estratégico
Nesta publicação da Bookman Editora, um dos primeiros pensadores em Administração, Henry Mintzberg, traz um olhar
diferenciado sobre o processo que fascina tantas organizações desde 1965: o planejamento estratégico.
Ele acredita que, para além estrutura engessada comumente praticada em planejamentos onde o agir e pensar estão
apartados, é preciso antes a emergência de um pensamento verdadeiramente estratégico que confira às lideranças o
papel de encorajar suas equipes na descoberta de estratégias e de especificar os passos concretos para conduzir à esta
visão. Segundo o autor, somente deste modo a empresa atuará focada em uma direção uniforme, que é por ele
considerada mais importante do que a discrição individual, negligência ou prática indevida deste conceito que acaba por
sabotar o processo de planejamento formal de modo tão freqüente e dramático. Esta é uma obra indispensável para
todos que são influenciados pelo planejamento ou pelo processo de elaboração da estratégia em uma organização,
tornando-se leitura essencial para aqueles que acreditam que os sistemas, quando usados para promover a capacidade humana, são cases de sucesso.
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