CEEJA Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos “Max Dadá Gallizzi”- Praia Grande -SP UE 16 Ensino Médio Língua Portuguesa Professores: Arthur Aprígio Faria Júnior Elaine Maria Terroso Mauro Borba Colletes Alves Zélia Virgínia P. F. C. Casasco 2010 1 LÍNGUA PORTUGUESA - Unidade de Estudo 16 Pós-Modernismo Com o avanço tecnológico, a modernização da vida, a sociedade de consumo, o capitalismo globalizado, as reivindicações das forças minoritárias em busca de legitimação de seus direitos: das mulheres, dos homossexuais, dos índios, dos negros etc, é compreensível que se dê uma mudança radical de mentalidade. No mundo contemporâneo o homem se despersonalizou, se fragmentou, perdeu sua identidade diante do massacre de sua essência e de seu papel interventor graças ao utilitarismo e das falsas necessidades criadas pelo mercado. O homem adquire assim cada vez mais produtos (televisão, computador, celular, carro, eletrodomésticos) num desejo irrefreável de satisfação, numa utopia de felicidade, num desejo de plenitude que nunca se realiza. Este é o panorama confuso, acelerado, em que vivemos multifacetados e dilacerados, repletos de uma verdade postiça, um duplo artificial de nós mesmos. Vivemos amedrontados pelo fantasma de uma economia instável, do terrorismo, da ameaça atômica, da miséria, da crescente destruição do planeta. A literatura, a arte em geral, fecundada pelo homem sensível a tudo que se passa a sua volta também sofre profundas rupturas, reflete a angústia de seu tempo e procura novas formas de manifestação estética. Assim, a literatura (a prosa e a poesia) conforma todos os modos disponíveis de comunicação, se conecta, se aliança, se solidariza a outros conhecimentos. A literatura permanece atenta e comprometida a tudo que existe e acontece, tanto em nível psicológico como ideológico. Se ajusta no desajuste. Se unifica e se esfacela. Se renova com procedimentos composicionais e metodológicos variados e interativos. É então esperada uma nova organização literária, um novo olhar para o novo fazer prosístico e poemático. O que houve com o verso? Onde está a poesia? Como o romance ingeriu linguagens de outros domínios? E se repararmos bem na produção literária isso já vem se acentuando há muito tempo. Enfoquemos nosso estudo na poesia, sem descuidar da prosa que participa do influxo dessas transgressões. Consideraremos as adaptações literárias a partir da década de 50 (séc. XX) como início do movimento cunhado de Pós-Modernismo (muitos teóricos não gostam do termo), época em que explodiu o Concretismo até chegarmos aos movimentos e tendências atuais. O Movimento Concreto, fundado por Haroldo de Campos, Augusto de Campos e Décio Pignatari, em seu projeto, estabelece o poema como 2 objeto, propõe a relação e a desintegração da palavra, dá significação ao espaço em branco da página, o poema assume sua estrutura autônoma, cria articulações para as palavras não mais presas às formas discursivas tradicionais. Estamos diante da “palavra-coisa”: material, visual, acústica. Em a “Teoria da Poesia Concreta”, Augusto de Campos explica: “o poeta concreto vê a palavra em si mesma – campo magnético de possibilidades – como um objeto dinâmico, uma célula viva, um organismo completo, com propriedades psico-físico-químicas, tato antenas circulação coração: viva.” Diz mais: “o núcleo poético é posto em evidência não mais pelo encadeamento sucessivo e linear de versos, mas por um sistema de relações e equilíbrios entre quaisquer partes do poema.” Vejamos dois exemplos: RA TERRA TER RAT ERRA TER RATE RRA TER RATER RA TER R A T E R R A TER RATERRA TERR ARATERRA ER RARATERA TE RR ARATERRA T ERRARATERRA TERRARATERRA Décio Pignatari neste poema utiliza a palavra terra como fonte irradiadora de novos vocábulos relacionais: terra/ erra/ ara terra/ rara terra/ ter a terra/ erra ara terra/ terra ara terra. Repare também que no corpo do poema há rachaduras, cortes como se fossem abertos pelo arado. f o r m a r e f o r m d i s f o t r a n s f c o r o m a r m n f o r m i n f f a o o r m r a a a m a 3 O poema acima é de José Lino Grunewald, repare que “forma e informação” se intercambiam numa eficácia espacial que permite a utilização geométrica: faça uma linha imaginária sobre a letra “f” e sobre as letras iniciais do poema e terá um losango, agora trace sobre as letras o, r, m, a, e verá que o lado direito da forma se dilata com as letras da palavra forma, ficando à esquerda os prefixos: re/ dis/ trans/ con/ in. Depois desta radicalização na arte o leque se abriu. Sugerimos que você faça uma pesquisa sobre as tendências posteriores: poema-processo, poema práxis, poesia hapening, poesia espetáculo, poesia marginal, violão de rua, arte-postal, poesia visual etc. Porém, não podemos contornar um movimento que surgiu na década de 60 (séc. XX) que defendia nossas raízes e incorporava as contribuições estrangeiras, movimento que eclodiu nas artes plásticas, no cinema, no teatro, e principalmente na música popular: o Tropicalismo (ou Tropicália). Caetano Veloso, Gilberto Gil, Torquato Neto, entre outros, são os grandes representantes. Atente para a criatividade, para a excessiva ousadia dos recursos linguísticos e (in)acabamento de “Outras Palavras”, de Caetano Veloso: “Nada dessa cica de palavra triste em mim na boca Travo trava mãe e papai alma buena dicha louca Neca desse sono de nunca jamais never more Sim dizer que sim pra Cilu pra Dedé e Dó Crista do desejo o destino deslinda-se em beleza: Outras palavras. Tudo seu azul tudo céu tudo azul e furta-cor Tudo meu amor tudo mel tudo amor e ouro e sol Na televisão na palavra no átimo no chão Quero essa mulher solamente pra mim mas muito mais Rima pra que faz tanto mas tudo dor amor e gozo: Outras palavras Nem vem que não tem vem que tem coração tamanho trem Como na palavra palavra a palavra estou em mim E fora de mim quando você parece que não dá Você diz que diz em silêncio o que eu não desejo ouvir Tem me feito muito infeliz mas agora minha filha: Outras palavras Quase João Gil Ben muito bem mas barroco como eu Cérebro máquina palavras sentidos corações Hiperestesia Buarque voilá tu sais de cor Tinjo-me romântico mas sou vadio computador Só que sofri tanto que grita porém daqui pra frente: Outras palavras Parafins gatins alphaluz sexonhei da guerrapaz Ouraxé palávoras driz okê Cris expacial Projeitinho imanso ciumortevida vidavid Lambetelho frúturo orgasmaravalha-me Logun Homemenina nel parais de felicidadania: Outras palavras. 4 O poema chega a extremar-se com a junção inventiva de palavras: sexonhei, ciumortevida, frúturo (futuro+útero+fruto), orgasmaravalha-me (orgasmo+mar+maravilha+navalha), homemenina, felicidadania (feliz+cidade+cidadania) etc. E o poeta serve-se de citações de pessoas, umas desconhecidas, outras conhecidas: Cilu, Dedé, Dó, João Gilberto, Gilberto Gil, Jorge Bem, Chico Buarque etc, numa constelação de nomes de seu círculo pessoal e de proeminência na música popular. Esse tipo de homenagem e valorização é bastante comum. Curiosamente o novo fazer artístico aboliu o verso, a rima, a métrica e as formas clássicas, mas deu-se a liberdade de também usá-las quando lhe aprouvesse, leia o poema “Sonoterapia”, de forma clássica, de Augusto de Campos, trata-se de um soneto ( poema composto de 14 versos, dois quartetos e dois tercetos), feito de decassílados (todos os versos tem dez sílabas) com rimas ( mesma sonoridade nas últimas palavras de cada verso: drumomondano/Caetano, academia/dizia, desumano/cano, fatia/poesia etc): drummond perdeu a pedra: é drummundano joão Cabral entrou pra academia custou mas descobriram que Caetano era o poeta (como eu já dizia) o concretismo é frio e desumano dizem todos (tirando uma fatia) e enquanto nós entramos pelo cano os humanos entregam a poesia na geléia geral da nossa história sousândrade kilkerry oswald vaiados estão comendo as pedras da vitória quem não se comunica dá a dica: tó pra vocês chupins desmemoriados só o incomunicável comunica. Aqui Augusto de Campos rebate as críticas sobre o Concretismo e faz as citações de poetas que já estudamos como Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Oswald de Andrade, como de Caetano, e outros poetas redescobertos e reabilitados pelos modernos: Sousândrade e Kilkerry. Não conseguimos dar conta de todos os militantes da nova literatura, de Capinam, Wally Salomão, Arnaldo Antunes etc, bem como da prosa com Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Osman Lins etc. Para tal empreitada precisaríamos de Outras Palavras. Fica o pequeno estudo que proporcionamos como introdução à riquíssima produção corajosa de uma literatura sem limites do nosso tempo. 5 Compreensão e Interpretação Poema 1 1- Quais os termos antagônicos, contrários, que o poema trabalha? 2- Qual a crítica sócio-econônima que podemos notar no poema? 3- Como a contradição é resolvida estruturalmente no poema? 4- Trata-se de um poema tradicional? Intertextualidade Textos “conversam” entre si Para entender o que é o conceito de “intertextualidade”, um exemplo divertido. O jogo do “não confunda”. Não confunda “bife à milanesa com “ bife ali na mesa”. Não confunda “ conhaque de alcatrão” com “catraca de canhão”. Não confunda “ força da opinião pública” com “opinião da força pública”. Como se vê, é possível elaborar um texto novo a partir de um texto já existente. É assim que os textos “conversam” entre si. É comum encontrar ecos ou referências de um texto em outro. A essa relação se dá o nome de intertextualidade. Para entender melhor a palavra, pense em sua estrutura. O prefixo inter, de origem latina, se refere à noção de relação (entre), logo, intertextualidade é a propriedade de textos se relacionarem. Intertextualidade na poesia Veja como Chico Buarque de Hollanda, um dos mais importantes compositores brasileiros, utiliza a intertextualidade em uma canção sua. Em “ Bom Conselho”, ele faz referências a provérbios populares. 6 Provérbios populares: “Uma boa noite de sono combate os males.” “ Quem espera sempre alcança.” “Faça o que eu digo; não faça o que eu faço.” “Pense, antes de agir.” “ Devagar se vai longe”. “ Quem semeia vento, colhe tempestade.” Bom Conselho Ouça um bom conselho Que lhe dou de graça Inútil dormir que a dor não Passa Espere sentado Ou você se cansa Está provado, quem espera Nunca alcança Venha, meu amigo Deixe esse regaço Brinque com meu fogo Venha se queimar Faça como eu digo Faça como eu faço Aja duas vezes antes de Pensar Corro atrás do tempo Vim de não sei onde Devagar é que se vai Longe Eu semeio vento na minha Cidade Vou pra rua e bebo a Tempestade. Chico Buarque 1972 Chico Buarque inverte os provérbios, questionando-os e olhando-os sob outro ângulo, atribuindo-lhes novos sentidos. Retomando, na apostila anterior, você teve contato com a 1ª, 2ª e 3ª fases do Modernismo. Agora vamos observar a Literatura moderna mais recente, que como vimos no início dessa unidade os teóricos chamam de PósModernismo. Concretismo O Concretismo provavelmente foi, da década de 1950 até nossos dias, a principal corrente de vanguarda em nossa Literatura, em virtude da influência que exerceu, e ainda exerce até hoje, sobre sucessivos grupos de poetas, artistas plásticos e músicos. Exemplo de poema concreto: o poema que apresentamos a seguir conta, resumidamente, a vida de um banqueiro. Leia-o. Epitáfio para um banqueiro NEGÓCIO EGO ÓCIO CIO O 7 Você sabe o que é epitáfio? É uma inscrição que se coloca no túmulo de uma pessoa, geralmente com algum tipo de elogio ou referência ao que o defunto havia sido em vida. Uma das possíveis interpretações do poema, portanto, seria trajetória de vida de um banqueiro que está morto, só que as referências não são muito elogiosas. Por um processo de absoluta concisão e economia, o poeta faz um jogo de palavras a partir do seccionamento do vocábulo negócio, que dá a entender, de início, qual foi a grande ocupação do falecido em vida.Em seguida, o poema sugere ter sido ele uma pessoa egoísta e exclusivista, adepto da ociosidade, da vida mole, até se tornar um nada, um zero. O poema acima foi escrito por José Paulo Paes, do Movimento Concretista, que foi uma tendência da poesia nascida, como dissemos, na década de 1950. Rompendo com a estrutura discursiva do verso tradicional, os concretista procuram valer-se de materiais gráficos e visuais e criar uma poesia urbana, capaz de captar e transmitir a realidade das grandes cidades, com seus anúncios publicitários, outdoors e néon. Os recursos da poesia concretista são mais variados, vão de experiências sonoras até o emprego de caracteres tipográficos de diferentes formas e tamanhos; da diagramação do texto na página até a criação de neologismo. O poema assume então a forma de cartaz, de anúncio, de dobradura, de fotografia, de colagem, enfim, a forma de um objeto qualquer da produção industrial. E o poeta se transforma num artista gráfico, num artesão sintonizado com o seu tempo. O Concretismo mais tarde evoluiu para outras tendências , mas marcou uma fase importante da Literatura Brasileira. Seus teóricos mais importantes foram: Augusto de Campos, Décio Pignatari e Haroldo de Campos. Como porta-voz de suas ideias, o grupo criou a revista Noigandres. O Concretismo é verbivocovisual, ou seja, faz a soma do verbo, do som e do visual, dá ênfase à materialidade da palavra, à sua sonoridade e à sua imagem. Palavra objeto. Dos modernos conhecidos repare no manejo especial da língua que fazem, os compositores como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Arnaldo Antunes etc. 8 Radicais A seguir, apresentamos uma lista de alguns dos principais radicais e prefixos de origem grega e latina encontrados em Português: agogo: o que conduz fobia: medo avi: ave peda: criança agri: campo cida: que mata cola: que cultiva ou habita odonto: dente oftalmo: olho fone: som,voz teo: Deus xeno: estrangeiro zoo: animal auto: de, por si mesmo grafia:escrita, descrição sofia: sabedoria termo: calor demo: povo logia:discurso,tratado,ciência,estudo tele: ao longe hidro: água cultura: cultivo bio: vida vermi: verme pato: doença metro: medida des: negação pluvi: chuva tipo: modelo filo: amigo psico: alma cali: belo morfo: forma proto: primeiro teca: lugar onde se guarda pisci: peixe logo: que fala ou trata hipo: cavalo mono: um orto: direito, correto geo: terra fone: som crono: tempo acro: altura antropo: homem lito: pedra biblio: livro micro: pequeno etimo: origem arqueo: antigo poli: muitos voro: que come retro: para trás extra: posição exterior; fora de 9 Praticando a nova ortografia A Língua Portuguesa está sofrendo uma nova padronização em sua ortografia, trata-se do Acordo Ortográfico que envolve oito países falantes do Português ( Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Timor Leste, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe). A unificação começou a vigorar em primeiro de janeiro de 2009 e durante quatro anos (até 2012) as duas formas, a atual e a antiga, irão coexistir, a partir de 2012 somente será aceita e aplicada a Língua da nova reforma. Muito se tem discutido sobre a validade, a funcionalidade e finalidade do Acordo, no entanto, é indiscutível sua vigência, ou seja, já está valendo! Seguem alguns exercícios para você se familiarizar com as mudanças já adotadas pelos meios de comunicação e instituições de todo país. Exercícios 1- Quando a segunda parte de uma palavra composta começar por s ou r, basta duplicar essas consoantes e a palavra fica uma só. Exemplos: anti-rugas = antirrugas anti-sala = antissala Forme dez palavras compostas, conforme exemplos: a) auto-retratob) ultra-somc) contra-somd) multi-raciale) ultra-rápidof) auto-serviçog) arqui-rivalh) anti-rouboi) neo-realismoj) semi-selvagem2- Não se usa o hífen quando o prefixo terminar em vogal diferente da vogal com que começa a segunda palavra Exemplos: auto-estrada = autoestrada a) semi-árido b) ante-ontem c) infra-estrutura d) agro-indústria e) anti-aéreo - 10 f) semi-analfabeto g) contra-ordem h) auto-afirmaçãoi) extra-oficial j) contra-indicação 3) Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal. Ex: antiimperialista: anti-imperialista a) arquiinimigob) antiinflamatórioc) microondasd) microorganismo4)O acento agudo desapareceu dos ditongos abertos “éi” e “ói” das palavras paroxítonas ( que têm acento tônico na penúltima sílaba): Complete os espaços com “ei” e “oi” a) O governo ap__ o candidato. b) Hoje estr__a o novo atacante. c) Você teve uma ótima id__a. d) A plat__a aplaudiu. e) O caçador matou uma jib__a enorme. f) Isso é paran__a de sua cabeça. g) Sua atitude foi her__ca h) O coletivo de lobos é alcat__a. i) A princesa ganhou uma j__a. j) Roma é uma idade europ__a. 5)Não há acento circunflexo (^) nas palavras terminadas em êem e ôo. Escreva as frases abaixo usando as palavras entre parênteses adequadamente: a) Eu o _________________ meu filho.( abençôo / abençoo) b) Todos _________ em Deus? (crêem/creem) c) Espero que _________ a paga merecia. (dêem/deem) d) A grávida permanecia com __________. (enjôo/ enjoo) e) As pessoas __________ o jornal diariamente. (lêem / leem) f) _______ me facilmente. (magôo / magoo) g) Não_______ àqueles que me devem. ( perdôo / perdoo) h) Antes eles não viam TV hoje eles ________. ( vêem / veem) i) Os ___________ saem atrasados do aeroporto. ( vôos /voos) j) As crianças gostaram da visita ao ______. (zôo/ zoo) 11 6) O acento agudo ou circunflexo que serve para diferenciar algumas palavras não existe mais. Complete corretamente; a) O tempo não _____________. (pára/para) b)Quer uma ______________. (pêra/pera) c) Hoje eu vou jogar ___________. (pólo/polo) d) O urso polar tem ___________. (pêlos/pelos) e) A chuva não ____________de cair.(pára/para) f) No _________ norte faz muito frio. (pólo/polo) ATENÇÃO: Não existe mais o trema ü . Foram acrescentadas três letras ao alfabeto: K,Y,W. 7) Separe os radicais dos seguintes vocàbulos, dando-lhes o significado. Se necessário, consulte o dicionário: Exemplo: democracia= demo + cracia = governo do povo. a) Agricultura b) xenofobia c) vermicida – d) ortografia – e) telefone – 8) Dê o significado da palavra a partir de seus elementos mórficos, conforme o modelo: acrofobia – altura – horror a) cronômetrob) antropologia – c) litografia – d) biblioteca – e) micróbio – 9) Faça como no modelo: estudo do olho: oftalmologia a) estudo da vida – b) estudo da origem c) estudo da forma d) estudo da alma – e) estudo do animal – f) estudo das coisas antigas – g) estudo da doença – 10) poli [do grego polis] – muito. Com esse radical grego podemos formar muitas palavras, como por exemplo: Politeísmo : religião em que há pluralidade de deuses 12 Numere a segunda coluna de acordo com a primeira: (1) Poliesportivo (2) Poliglota (3) Policultura (4) Poligamia (5) Policlínica ( ) Hospital onde se tratam doenças de todos os tipos, que conta com todos as especialidades. ( ) União conjugal de um indivíduo com vários outros, simultaneamente. ( ) Cultura (cultivo) de muitos produtos agrícolas em determinada área. ( ) Quem sabe ou fala muitas línguas. ( ) Lugar (ginásio, quadra...) onde se pratica vários tipos de esportes. Produção de Texto: Escolha um dos três temas abaixo e construa, a partir deles, um texto dissertativo. 1. “Pelo Eleito, conhece-se o eleitor” 2. “A mídia tem influência direta no processo eleitoral” 3. “Cada povo tem o governo que merece” 4. Você viu alguns poemas concretos, tente construir um. Gabarito Compreensão e Interpretação 1- Luxo e lixo 2- O luxo é feito de lixo, a riqueza de poucos existe graças à pobreza de muitos. O lixo é feito de falsos valores. 3- Fundo e forma, conteúdo e estrutura são bem resolvidos visualmente, o poema une os termos contraditórios 4- Não, é um poema concreto dadas as características estudadas. 13 Praticando a nova ortografia 1a) autorretrato b) ultrassom c) contrassom d) multirracial e) ultrarrápido f) autosserviço g) arquirrival h) antirroubo i) neorrealismo j) semisselvagem 2- a) semiárido b) anteontem c) infraestrutura d) agroindústria e) antiaéreo f) semianalfabeto g) contraordem h)autoafirmação i)extraoficial j) contraindicação 3- a) b) c) d) arqui-inimigo anti-inflamatório micro – ondas micro – organismos 4- a) oi b) ei c) ei d)ei e) oi f) oi g) oi h) ei i) oi j) ei 5- a) abençoo b) creem c) deem d) enjoo e)leem f) magoo 14 g)perdoo h)veem i) voos j) zoo 6- a) para b) pera c) polo d) pelos e) para f) polo 7) a) agri+cultura= cultivo do campo b) xeno+ fobia= aversão a estrangeiro c) vermi+cida= mata vermes d) orto+grafia= grafia correta f) tele+fone= som ao longe 8) a) tempo-medida b) homem-estudo c) pedra-escrita d) livro-lugar onde se guarda e) pequena-vida 9) a) biologia b) etimologia c) morfologia d) psicologia e) zoologia f) arqueologia g) patologia 10) 5 – 4 – 3 – 2 – 1 Material utilizado: - Teoria da Poesia Concreta, Augusto de Campos, Haroldo de Campos, Décio Pignatari, Livraria Duas Cidades, SP, 1975. - Pós-Modernismo e Literatura, Domício Proença Filho, Editora Ática, SP, 1988 - Outras Palavras, Caetano Veloso, PolyGram, SP, 1989. - Alfredina Nery – www.uol.com.br (educação) - Nova Gramática de Português Contemporâneo, Celso Cunha e Luís F. Lindleu, Cintra – Rio de Janeiro, 1985 (Editora Nova Fronteira) 2ª edição - Mini Gramática, Ernani Terra – São Paulo – 1997 (Editora Scipione) 8ª edição. - Mini Gramática, Paschoalin e Spadoto – São Paulo – (Editora FTD), 1997 - Nelson Maia Schocair – (www.professornelsonmaia.com) - Telecurso 2000 2º Grau – Língua Portuguesa volume 3 aulas: 76 a 80 – Fundação Roberto Marinho 15 - Português: Linguagens – volume III – William Roberto Cereja/ Thereza Cochar Magalhães – 3ª edição – São Paulo: Atual, 1999 Anotomias, José Paulo Paes, SP: Cultrix, 1967. 16