No mundo inteiro, milhões de pessoas vivem
com o diagnóstico de cancro.
A investigação constante, numa área de
intervenção tão importante como o cancro é,
inquestionavelmente, necessária. Cada vez se
sabe mais sobre as suas causas, sobre a forma
como se desenvolve e cresce, ou seja, como
progride. Estão, também, a ser estudadas novas
formas de o prevenir, detectar e tratar, tendo
sempre em atenção a melhoria da qualidade de
vida das pessoas com cancro, durante e após o
tratamento.
O que é o cancro?
•O cancro é a proliferação anormal de células.
•O cancro tem início nas células; um conjunto de células
forma um tecido e, por sua vez, os tecidos formam os órgãos
do nosso corpo. Normalmente, as células crescem e dividemse para formar novas células. No seu ciclo de vida, as células
envelhecem, morrem e são substituídas por novas células.
•Algumas vezes, este processo ordeiro e controlado corre
mal: formam-se células novas, sem que o organismo
necessite e, ao mesmo tempo, as células velhas não morrem.
Este conjunto de células extra forma um tumor.
•Nem todos os tumores correspondem a cancro. Os tumores
podem ser benignos ou malignos.
Exemplos
de
alguns
tumores:
Tumor maligno
Tumor benigno
• Raramente põem a vida em
risco;
• Regra geral, podem ser
removidos e, muitas vezes,
regridem;
• As células dos tumores
benignos não se "espalham",
ou seja, não se disseminam
para os tecidos em volta ou
para outras partes do
organismo (metastização à
distância).
• Os tumores benignos não
são cancro:
• Raramente põem a vida em
risco;
• Regra geral, podem ser
removidos e, muitas vezes,
regridem;
• As células dos tumores
benignos não se "espalham",
ou seja, não se disseminam
para os tecidos em volta ou
para outras partes do
organismo (metastização à
distância).
COMO SURGE O CANCRO?
O cancro surge quando as células normais se transformam em células
cancerosas ou malignas. Isto é, adquirem a capacidade de se multiplicarem e
invadirem os tecidos e outros órgãos.
A carcinogénese, o processo de transformação de uma célula normal em
célula cancerosa, passa por diferentes fases. As substâncias responsáveis por
esta transformação designam-se agentes carcinogéneos. São exemplos de
carcinogéneos as radiações ultravioletas do sol, os agentes químicos do
tabaco, etc.
Para que se desenvolva um cancro é necessário que, de forma cumulativa e
continuada, se produzam alterações celulares durante um largo período de
tempo, geralmente durante anos.
Como resultado, cresce o número de células que apresentam alterações de
forma, tamanho e função e que possuem a capacidade de invadir outras
partes do organismo.
QUAIS SÃO OS TIPOS DE
CANCRO?
Carcinoma - Tumor maligno que se origina em tecidos que são compostos por células
epiteliais, ou seja, que estão em contacto umas com as outras, formando estruturas
contínuas, como, por exemplo, a pele, as glândulas, as mucosas. Aproximadamente
80 por cento dos tumores malignos são carcinomas.
Sarcoma - Tumor maligno que tem origem em células que estão em tecidos de
ligação, por exemplo ossos, ligamentos, músculos, etc. Nestes, as células estão unidas
por substância intercelular e não são epitélios, são tecidos conjuntivos.
Leucemia - Vulgarmente conhecida como o cancro no sangue. As pessoas com
leucemia apresentam um aumento considerável dos níveis de glóbulos brancos
(leucócitos). Neste caso, as células cancerosas circulam no sangue e não há
normalmente um tumor propriamente dito.
Linfoma - Cancro no sistema linfático. O sistema linfático é uma rede de gânglios e
pequenos vasos que existem em todo o nosso corpo e cuja função é a de combater as
infecções. O linfoma afecta um grupo de células chamadas linfócitos. Os dois tipos de
linfomas principais são o linfoma de Hodgkin e o linfoma não Hodgkin.
O CANCRO DA MAMA É O TUMOR MALIGNO
QUE MAIS AFECTA A MULHER EM PORTUGAL.
Se lhe foi diagnosticado um cancro de mama, não desanime.
Aprenda a lidar com a situação.
Em primeiro lugar rodeie-se de pessoas que ama. Ouça os
profissionais que estão envolvidos, esclareça todas as suas
dúvidas, desabafe.
O "Guia de Apoio à Mulher com Cancro da Mama" foi elaborado
para ajudar as mulheres a
quem foi diagnosticado este tipo de cancro. Nele encontrará
informação útil, bem como
contactos de apoio a que pode recorrer perante a situação.
Como se trata o cancro da mama?
A escolha entre as diversas opções de tratamento depende do estádio
da doença, do tipo do tumor e do estado geral de saúde da paciente. O
especialista em patologia mamária é o profissional médico mais
indicado para avaliar e escolher o tratamento mais adequado a cada
caso.Dependendo das necessidades de cada doente, o médico poderá
optar por um ou pela combinação de dois ou mais tratamentos.
Cirurgia: é o tratamento inicial mais comum e o principal tratamento
local. O tumor da mama será removido, assim como os gânglios
linfáticos da axila. Estes gânglios filtram a linfa que flui da mama para
outras partes do corpo e é através deles que o cancro pode alastrar.
Existem vários tipos de cirurgia para o cancro da mama, que são
indicados de acordo com a fase evolutiva do tumor, a sua localização ou
o tamanho da mama.
Como se trata o cancro da mama?
. Radioterapia: utiliza raios de alta energia que têm a
capacidade de destruir as células cancerosas e
impedir que elas se multipliquem. Tal como a
cirurgia, a radioterapia é um tratamento local. A
radiação pode ser externa ou interna.
• Quimioterapia: é a utilização de drogas que agem
na destruição das células malignas. Podem ser
aplicadas através de injecções intramusculares ou
endovenosas ou por via oral.
Como se trata o cancro da mama?
• Hormonoterapia: tem como finalidade impedir que as
células malignas continuem a receber a hormona que
estimula o seu crescimento. O tratamento pode incluir o
uso de drogas, que modificam a forma de actuar das
hormonas, ou a cirurgia, que remove os ovários - órgãos
responsáveis pela produção dessas hormonas. Da mesma
maneira que a quimioterapia, a terapia hormonal actua nas
células do corpo todo.
• Reabilitação: vem auxiliar os métodos de tratamento para
que a paciente tenha melhor qualidade de vida. É feita
através da cirurgia plástica de reconstrução e dos serviços
médicos de apoio (fisioterapia, psicologia, etc.).
O CANCRO DO CÓLON E DO RECTO
É, EM PORTUGAL, O CANCRO MAIS
FREQUENTE NOS HOMENS.
O cancro do cólon e do recto é, em Portugal, o
cancro mais frequente nos homens, embora,
neste mesmo grupo, seja a quarta causa de
morte oncológica. Já nas mulheres é o segundo
tipo de cancro bem como a segunda causa de
morte oncológica.
Conheça os factores de risco e saiba como
detectar
O TUMOR DA PRÓSTATA É UM DOS MAIS
FREQUENTES NO HOMEM,
REPRESENTANDO UMA IMPORTANTE
CAUSA DE MORTE.
No entanto, o número de mortes por este tipo de cancro está
bastante abaixo do número de novos casos diagnosticados, o
que significa que esta doença é bastante tratável e/ou que
tem uma evolução muito arrastada, muitas vezes
acontecendo que o doente com cancro da próstata acaba por
falecer de uma outra causa, especialmente se for mais idoso
Sendo uma doença pouco habitual antes dos 50 anos vai,
contudo, aumentando significativamente a sua ocorrência
com o avançar da idade. Também com a idade o
comportamento da doença tem tendência para se modificar,
justificando que as terapêuticas indicadas sejam diferentes e
adaptadas à circunstância específica.
FACTORES DE RISCO E FORMAS DE
PREVENÇÃO
De acordo com o código europeu contra o cancro (CECC).
.Fumar. Não fume. Se é fumador, deixe de o ser o mais rapidamente possível. Não fume na
presença de não fumadores.
.Obesidade. Evite a obesidade.
.Pratique, diariamente, exercício físico.
.Aumente a ingestão diária de vegetais e frutos e limite a ingestão de alimentos contendo
gorduras animais.
.Modere o consumo de bebidas alcoólicas, tais como cerveja, vinho e bebidas espirituosas.
.Evite a exposição demorada ou excessiva ao sol. É importante proteger as crianças, os
adolescentes e os adultos com tendência para queimaduras solares.
.Cumpra as instruções de segurança relativas a substâncias ou ambientes que possam
causar cancro.
As mulheres devem participar no rastreio do cancro do colo do útero (Papanicolau).
As mulheres devem participar no rastreio do cancro da mama.
As mulheres e os homens devem participar no rastreio do cancro do cólon e do recto.
Participe em programas de vacinação contra a Hepatite B de acordo com as normas da
Direcção-Geral da Saúde
EXISTE UMA RELAÇÃO COMPROVADA ENTRE EXPOSIÇÃO SOLAR E
CANCRO DA PELE. PROTEJA-SE E DESFRUTE DO SOL EM SEGURANÇA.
De acordo com inúmeros estudos, o aumento do número de novos
casos de cancro da pele está relacionado com a maior exposição às
radiações solares ultravioletas. As radiações ultravioletas (UV) são
responsáveis por muitas doenças, do cancro da pele às cataratas,
passando pela diminuição das defesas do organismo.
A deplecção da camada de ozono, responsável pela “filtragem” das
radiações UV, faz com que o risco associado à exposição solar seja
maior. As crianças estão entre os grupos mais susceptíveis aos efeitos
nocivos destas radiações uma vez que a espessura da pele é menor e o
seu sistema imunitário, responsável pela defesa do organismo, ainda
não está completamente funcional.
A uma maior exposição solar na infância corresponde um maior risco
de melanoma na idade adulta. Daí a importância de prevenir a
exposição solar excessiva nas crianças.
Este trabalho foi elaborado
por:
Carla Sampaio aluna da turma
EFA A da Escola Secundaria de
Felgueiras
14/12/07
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Cancro - Escola Secundária de Felgueiras