O Limite Energético Aproveitável de um Potencial Hidroenergético de um Curso d´Àgua. Zulcy de Souza* Geraldo Lúcio Tiao Filho**. UNIFEI ELETRIFICAÇÃO DE COMUNIDADES ISOLADAS ATRAVÉS DE MINICENTRAIS HIDRELÉTRICAS SUMÁRIO 1. Limite do aproveitamento energético em um sistema. 2. Modelagem. 2.1. Sistemas Equivalentes. 2.2. Potência e Energia Hidráulica Média Máxima Teórica do trecho de rio. 2.3 Potência e Energia Hidráulica Média Máxima Teórica do Aproveitamento em cascatas 2.4. Equacionamento 3. Caso particular de partição de quedas. 4. Aplicações da metodologia 4.1. Caso 1: aproveitamento em com cascata do rio com dois barramentos 4.2. Caso limite: aproveitamento em com cascata do rio com diversos barramentos 5. Conclusão: ELETRIFICAÇÃO DE COMUNIDADES ISOLADAS ATRAVÉS DE MINICENTRAIS HIDRELÉTRICAS 1. Limite do aproveitamento energético em um sistema. De acordo com os princípios da termodinâmica: Q U De acordo com a segunda lei da termodinâmica Por Carnot, em um ciclo térmico teórico, o limite máximo rendimento de um sistema submetido a dos níveis energéticos 1 T1 T2 ELETRIFICAÇÃO DE COMUNIDADES ISOLADAS ATRAVÉS DE MINICENTRAIS HIDRELÉTRICAS • Também se deduz que: – o rendimento do sistema independe das naturezas e estados percorridos pelo ciclo, – que o limite do aproveitamento energético se dá quando o número de estados intermediários tende a infinito e – que a conversão de um potencial de energia térmica em uma outra forma de energia qualquer está limitado superiormente pelo rendimento de Carnot, ELETRIFICAÇÃO DE COMUNIDADES ISOLADAS ATRAVÉS DE MINICENTRAIS HIDRELÉTRICAS • Considerando que em uma bacia hidrográfica o potencial hidráulico é disponibilizado em função dos níveis energéticos existentes entre a seção de montante e a de jusante de um determinado trecho do rio, no limite, a energia hidráulica da respectiva bacia hidrográfica será função do gradiente de potencial ao longo de todo o trajeto do rio. Como as energias em questão são de primeira espécie, podendo ser integralmente transformadas em outra, considerando que as transformações energéticas de dêem sem perdas, pode-se aplicar os mesmos princípios da termodinâmica e determinar a máxima energia hidráulica que, teoricamente, pode ser aproveitada em toda a bacia, desde as suas nascentes até a sua foz. Esse é o tema a ser desenvolvido no presente trabalho. ELETRIFICAÇÃO DE COMUNIDADES ISOLADAS ATRAVÉS DE MINICENTRAIS HIDRELÉTRICAS 2. Modelagem. 2.1. Sistemas Equivalentes. ELETRIFICAÇÃO DE COMUNIDADES ISOLADAS ATRAVÉS DE MINICENTRAIS HIDRELÉTRICAS 2.2. Potência e Energia Hidráulica Média Máxima Teórica do trecho de rio. Vazão mássica m .Q potencia teórica bruta - PT PT .g.Q .H B Para = 103 [kg/m3], PT g.Q .H B A energia teórica gerada ET PT .T g.Q .H B .T ELETRIFICAÇÃO DE COMUNIDADES ISOLADAS ATRAVÉS DE MINICENTRAIS HIDRELÉTRICAS 2.2. Potência e Energia Hidráulica Média Máxima Teórica do trecho de rio. PTmáx g.Q f .H nf ETmáx PTmáx .T g.Q f .H nf .T ELETRIFICAÇÃO DE COMUNIDADES ISOLADAS ATRAVÉS DE MINICENTRAIS HIDRELÉTRICAS 2.3 Potência e Energia Hidráulica Média Máxima Teórica do Aproveitamento em cascatas PTcmáx ETcmáx f g. Q j .H j 1 máx f PTcmáx .T g.T . Q j .H j < 1 máx ELETRIFICAÇÃO DE COMUNIDADES ISOLADAS ATRAVÉS DE MINICENTRAIS HIDRELÉTRICAS PTmáx ETmáx 2.4. Equacionamento f z b Q j .H j 1 Zb é o número de barramentos. j H f H nf H j 1 Q j 1 Q f a j 1 e 2 “aj-1” refere-se às vazões médias que fluem ao rio entre os trechos considerados f z Q j .H j 1 Q f .H f Q j 1 .H j 1 Q f . H nf H j 1 2 2 2 f Logo f f z Q f .H nf a j 1 .H j 2 Conseqüentemente ELETRIFICAÇÃO DE COMUNIDADES ISOLADAS ATRAVÉS DE MINICENTRAIS HIDRELÉTRICAS Z< Q f .H nf para cada série de vazões estabelecidas para um determinado rio, o seu aproveitamento hidroenergético teórico máximo em relação à sua máxima energia teórica, aumenta inversamente ao número de barramentos, isto sem considerar: •os outros usos da água, •as questões locais, técnicas, econômicas e ambientais. ELETRIFICAÇÃO DE COMUNIDADES ISOLADAS ATRAVÉS DE MINICENTRAIS HIDRELÉTRICAS 3. Caso particular de partição de quedas. Hj ETz b máx H nf zb e Qj j .Qnf zb 1 1 2 1 1 g.T . .Q f .H nf . .Q f .H nf ..... .Q f .H nf zb zb zb zb zb 1 zb .ETmáx 2 . z b ETz bmáx k zb .ETmáx Kzb representa o decréscimo de energia em função do número de barramentos ELETRIFICAÇÃO DE COMUNIDADES ISOLADAS ATRAVÉS DE MINICENTRAIS HIDRELÉTRICAS 4. Aplicações da metodologia 4.1. Caso 1: aproveitamento em com cascata do rio com dois barramentos decréscimo de energia resultante do arranjo k zb 1 zb 1 2 3 ,75 2.zb 2.2 4 ELETRIFICAÇÃO DE COMUNIDADES ISOLADAS ATRAVÉS DE MINICENTRAIS HIDRELÉTRICAS 4.2. Caso limite: aproveitamento em com cascata do rio com diversos barramentos Zb 1 zb Lim zb 2. z b 0,5 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 Série1 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 kzb ELETRIFICAÇÃO DE COMUNIDADES ISOLADAS ATRAVÉS DE MINICENTRAIS HIDRELÉTRICAS 5. Conclusões • De acordo com o resultado apresentado na equação 18, verifica-se que o aproveitamento máximo de energia que se pode obter em um aproveitamento em cascata em um rio é de 50% do potencial que teoricamente ele teria se fosse feito apenas um aproveitamento na sua foz e que abrangesse toda a bacia ELETRIFICAÇÃO DE COMUNIDADES ISOLADAS ATRAVÉS DE MINICENTRAIS HIDRELÉTRICAS Embora o estudo apresentado seja teórico ele poderá ser o ponto de partida para diferentes estudos analíticos, tais como: • em estudos do máximo aproveitamento em cascata de um determinado rio; • na partição de quedas em inventários de rios; • em análise de potencialidades de bacias hidrográficas; • na determinação:do potencial remanescentes em rios já com centrais hidrelétricas instaladas ao longo do seu curso; • em estudos de confronto entre o uso energético e os demais usos múltiplos da água • em estudos para se obter a melhor distribuição de quedas em função da distribuição de vazões ao longo do rio e do número de barramentos fixados e • em avaliações de nos do rio com corredeiras, saltos e transposições; ELETRIFICAÇÃO DE COMUNIDADES ISOLADAS ATRAVÉS DE MINICENTRAIS HIDRELÉTRICAS