Mercado de Capitais
Conceitos e características
O mercado de capitais pode ser definido como um
conjunto de instituições e de instrumentos que
negociam com títulos e valores mobiliários
objetivando a canalização dos recursos dos agentes
compradores para os agentes vendedores.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Conceitos e características
O Surgimento do mercado de capitais ocorreu
quando o mercado de crédito deixou de atender às
necessidades da atividade produtiva, no sentido de
garantir um fluxo de recursos nas condições
adequadas em termos de prazos, custos e
exigibilidades. Deste modo, o seu surgimento foi
fundamentado em dois princípios:
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Conceitos e características
• Contribuir para o desenvolvimento econômico
atuando como propulsor de capitais para os
investimentos, estimulando a formação de
poupança privada;
• Permitir e orientar a estruturação de uma
sociedade pluralista, baseada na economia de
mercado, permitindo a participação coletiva de
forma ampla na riqueza e nos resultados da
economia.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Conceitos e características
De acordo com sua estrutura, o mercado acionário
pode ser dividido em mercado primário e
secundário. A diferença básica entre os mercados
primário e secundário é que, enquanto o primeiro
caracteriza-se pelo encaixe de recursos na empresa, o
segundo apresenta mera transação entre compradores
e vendedores de ações, não ocorrendo assim alteração
financeira na empresa.
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Conceitos e características
Os mercados secundários devem possuir as seguintes
características:
•Transparência – acesso fácil e livre a informação
pontual e exata sobre preços, volumes negociados,
oferta e demanda;
•Liquidez – facilidade de comprar e vender ações;
•Eficiência – quanto mais rápido se ajustam os
preços, por qualquer motivo, mais eficiente é o
mercado.
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Conceitos e características
Principais características do mercado de bolsa:
•Livre concorrência e pluralidade – número
suficiente de clientes e instituições sem privilégios;
•Homogeneidade – os títulos devem ter a mesma
característica;
•Transparência na fixação de preços – todos que
compram e vendem ações terão o mesmo tratamento,
obedecendo os mesmos procedimentos.
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Financiamento de investimentos
A empresa em fase de crescimento necessita de
recursos financeiros para financiar seus projetos de
expansão. Mesmo que o retorno oferecido pelo
projeto seja superior ao custo de um empréstimo, o
risco do negócio recomenda um balanceamento entre
financiamento do projeto com recursos próprios e de
terceiros.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Financiamento de investimentos
Lucros Retidos
Internas
Giro dos Crédito maior que o giro
dos débitos
Planejamento tributário
Desmobilização
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Financiamento de investimentos
Recursos de terceiros
Externas
(debêntures, commercial paper,
empréstimos bancários, créditos
com subsídios e fornecedores)
Recursos próprios
(Ações emitidas)
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Financiamento de investimentos
Desde sua criação uma pequena empresa passa por
diferentes processos de financiamentos até chegar a
bolsa de valores. Muito embora algumas empresas já
podem ter constituição de Sociedade Anônima desde
sua atividade inicial.
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Financiamento de investimentos
Cronologia de financiamento de uma empresa
Títulos de
Rendimento
Empréstimos CP
Capital
Perdas
Capital
Empréstimos LP
Empréstimos LP
Empréstimos CP
Empréstimos CP
Capital
Dividendos
Capital
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Financiamento de investimentos
Receita Líquida de Vendas
(-) Custo da Mercadoria Vendida
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas Operacionais
Vendas, Gerais e Administrativas,
Administradores e outras
Honorários
(=) Lucro Operacional Antes do Resultado Financeiro
Financiamento de investimentos
Podemos comparar o lucro operacional da empresa
com um bolo a ser dividido entre três agentes
econômicos famintos: o governo, proprietários e os
credores. Quando a empresa não produz o bolo
(lucro operacional) o governo não pode tributar, os
proprietários não recebem, mas os credores têm
que ser pagos. De onde virão os recursos para honrar
os compromissos dos credores?
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Financiamento de investimentos
Vantagens da utilização de ações
•Não acarretam encargos fixos para a empresa;
•Não têm prazo de resgate;
•Abastecem uma garantia contra perdas para os
credores da empresa;
•Proporcionam ao investidor melhor barreira contra
a inflação, porque representam a propriedade da
empresa, que geralmente tem sua valorização.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Financiamento de investimentos
Desvantagens da utilização de ações
•Venda de novas ações ordinárias estende o direito de
voto ou controle aos novos compradores;
•Dão aos novos proprietários
participação nos lucros;
os
direitos
de
•Tipicamente devem ser vendidas sobre a expectativa
de alto retorno básico;
•Os dividendos não são dedutíveis como despesas
para o IR, não apresentando benefício tributário.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Financiamento de investimentos
Não existe regra para determinar o equilíbrio ou
balanceamento entre nível de capital de terceiros e
de capital próprio empregado. Portanto, a decisão de
buscar capital próprio por meio de emissão de novas
ações para serem adquiridas pelo público em geral
envolve diversos fatores, entre eles:
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Financiamento de investimentos
• Captação de
investimentos;
recursos
para
realização
• Reestruturação financeira (ativos e passivos);
• Engenharia jurídica (reestruturação societária);
• Profissionalização da gestão;
• Melhoria na imagem institucional.
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de
Crescimento e desenvolvimento
econômico
Todas as economias necessitam de crescimento e
desenvolvimento para proporcionar aos seus agentes
um melhor nível de vida. Para que haja expansão é
preciso que as empresas façam investimentos para
acumulação de capital produtivo e aumento da
produtividade.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Crescimento e desenvolvimento
econômico
Existem três caminhos para associar poupança e
investimento, conforme:
• Autofinanciamento, em que as empresas geram
internamente seus próprios recursos;
• Governo, quando financia atividades usando a
arrecadação de tributos ou a imposição de
mecanismos compulsórios de poupança;
• Financiamento por meio de mercados financeiros.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Crescimento e desenvolvimento
econômico
O mercado de capitais e especificamente o mercado
primário de ações constituem possibilidades
importantes para a realização de investimentos com
riscos diluídos e representam uma das maiores fontes
de desenvolvimento econômico. Assim o mercado de
capitais é fundamental para o crescimento econômico
uma vez que:
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Crescimento e desenvolvimento
econômico
• Aumenta as alternativas de financiamento para
as empresas;
• Reduz o custo global de financiamentos;
• Diversifica e distribui risco entre aplicadores;
• Democratiza o acesso ao capital.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Mercado de capitais brasileiro
O Plano Diretor de Mercado de Capitais é o
resultado do trabalho de consolidação de um grande
número de sugestões propostas e iniciativas
originadas nas entidades participantes do projeto
IBMEC II, complementadas pelos participantes no
XVII Congresso Abamec 2002. Segundo o Plano
Diretor de Mercado de Capitais a missão do mercado
de capitais é:
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Mercado de capitais brasileiro
• Oferecer as condições financeiras necessárias para
retomar e sustentar o crescimento econômico,
gerar empregos e democratizar oportunidades e
capital;
• Mobilizar recursos de poupança oferecendo
alternativas de investimento seguras e rentáveis,
para servir também de base aos planos de
previdência complementar;
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Mercado de capitais brasileiro
• Direcionar esses recursos para financiar os
investimentos mais produtivos e socialmente
desejáveis, inclusive infraestrutura, habitação e
empresas emergentes em condições competitivas
com o mercado internacional.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Crescimento e desenvolvimento
econômico
Considerando que o mercado de capitais é a principal
fonte de capital próprio para as empresas a sua
efetividade torna-se vital para o oferecimento desta
opção dentro da economia. Assim, para que ele seja
efetivo precisa de dois elementos: investidores
dispostos a investir e empresas dispostas a abrir o
capital.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2007.
Crescimento e desenvolvimento
econômico
São considerados especuladores no mercado de
capitais todos aqueles que buscam alavancagem dos
ganhos; que buscam ganhar com as mudanças de
preços das ações; que buscam o curto prazo bem
como o risco para obter o ganho proporcional.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2007.
Crescimento e desenvolvimento
econômico
São considerados investidores no mercado de
capitais todos aqueles que buscam a manutenção dos
ganhos; que buscam ganhar através da
propriedade de ações (bônus, dividendos, juros
sobre capital); que buscam o longo prazo bem como
são avessos ao risco.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2007.
Mercado de capitais brasileiro
Analisando o contexto no qual os investidores
brasileiros estão inseridos, pode-se observar que:
o A volatilidade do mercado brasileiro traz
insegurança
aos
seus
participantes
e
consequentemente, a busca pela realização rápida de
ganhos e em proporções maiores para compensar o
risco assumido;
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Mercado de capitais brasileiro
o O imediatismo dos investidores transforma-os em
especuladores, esquecendo-se do ganho através
dos dividendos e buscando-o pela diferença entre
preços de compra e venda das ações.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Mercado de capitais brasileiro
No caso das empresas brasileiras, pode-se observar
que:
o A cultura dos empresários dificulta a transparência
das informações e o tratamento adequado aos
acionistas minoritários (governança corporativa);
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Mercado de capitais brasileiro
o Poucas empresas com capital aberto negociadas
em bolsa representam uma base inadequada para
um mercado dinâmico.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Características
A prestação de serviços do mercado de capitais
brasileiro é composto por sociedades corretoras de
valores mobiliários, sociedades distribuidoras de
valores mobiliários, bancos de investimento e banco
de desenvolvimento. No Brasil não existem títulos ao
portador sendo a totalidade dos títulos escritural, o
que demanda alto grau de sofisticação operacional
das empresas de liquidação e custódia.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Características
Podemos subdividir o mercado de capitais em dois
grande segmentos: um institucionalizado e um não
institucionalizado. As negociações no segmento
institucionalizado são controladas pelos órgãos de
controle e acompanhamento do mercado.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Participantes
Podem ser vistos em grupos: o das entidades
normatizadoras além dos órgãos operadores do
sistema. Assim temos no primeiro grupo a Comissão
de Valores Mobiliários – CVM e no segundo grupo
as Bolsas de Valores e outros participantes do sistema
de distribuição de títulos e valores mobiliários
(Sociedades Corretoras, Distribuidoras e agentes
autônomos de investimentos).
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Participantes
Os investidores aplicam seus recursos com a
expectativa de ganho durante sua utilização. Como já
vimos, esse ganho está relacionado com a quantidade
de risco assumido no mercado de capitais. Os
investidores podem ser classificados em dois grupos:
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Participantes
• Particulares ou individuais que são pessoas
físicas ou jurídicas que participam diretamente do
mercado, seja comprando ou vendendo ações, por
si próprios, assumindo sozinho o risco;
• Institucionais que são as pessoas jurídicas que
movimentam recursos vultosos no mercado
financeiro de forma geral.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Investidores institucionais
Os investidores institucionais são pessoas jurídicas
que movimentam vultosos recursos no mercado
financeiro em geral, inclusive no mercado de capitais.
São considerados os mais importantes investidores do
mercado de capitais.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Investidores institucionais
Podem ser agrupados em:
entidades de previdência
capitalização, clubes de
externos de investimentos
investimento.
sociedades seguradoras,
privada, sociedades de
investimentos, fundos
e fundos mútuos de
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Fundos mútuos de investimento
São como um condomínio que investe em um
portfólio diversificado. São entidades financeiras que,
pela emissão de títulos de investimentos próprio
concentram capitais de inúmeros indivíduos para
aplicação em carteiras diversificadas de títulos e
valores mobiliários.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Fundos mútuos de investimento
Os fundos mútuos de investimentos apresentam
investimentos mais favoráveis para seus participantes
caso eles tivessem investimentos no mercado por
conta própria. Além disto, contam a gestão dos seus
recursos por um profissional especializado. Assim,
o investidor adquire uma cota deste fundo mútuo.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Fundos mútuos de investimento
O fundo aberto emite ilimitadamente cotas, aceita
investidores em geral e não tem limite de capital. Os
recursos captados são investidos em novos ativos. O
fundo fechado (renda variável) é lançado com
número fixo de cotas, após a venda dessa quantidade
de cotas, o fundo estará fechado para novos
investidores.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Fundos mútuos de investimento
Classes
Fundos Referenciados
Fundos Renda Fixa
Fundos Balanceados
Fundos Multimercados
Fundos de Capital Protegido
Fundos de Investimento no Exterior
Fundos de Ações
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Ações e debêntures
São títulos de propriedade de uma parte do capital
social da empresa que às emitiu. Quem tem ações,
portanto, pode-se considerar sócio da empresa
emissora.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Direitos das ações
Basicamente o acionista tem apenas uma obrigação:
desde que tenha subscrito ações de um aumento de
capital ele é obrigado a integralizar sua parte no
capital. No Brasil, a Lei 6.404/76 confere uma série
de direitos que nem o estatuto social nem a
assembleia geral lhe podem tirar.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Direito de participar nos lucros
As reservas são a parte do lucro que se mantém na
sociedade com objetivo de aumentar a capacidade
econômica da mesma e permitem financiar com
recursos próprios os investimentos produtivos que se
tenham previsto.
O dividendo é a parte do lucro que a companhia
distribui entre seus acionistas.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Direito a informações
A lei assegura o acesso a todas as informações que
dizem respeito à empresa e que possam afetar os seus
interesses como sócios.
A empresa é obrigada a divulgar balanços, balancetes
e diversos outros demonstrativos contábeis,
acompanhados de notas explicativas do relatório da
diretoria, do parecer dos auditores independentes e do
conselho fiscal.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Direito a informações
A empresa deve informar, também, todas as decisões
tomadas em assembleia geral ou ordinária e
qualquer fato relevante que possa afetar o preço
futuro de suas ações no mercado (fatos relacionados
com a gestão dos seus negócios).
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Direito de preferência na
subscrição de novas ações
Os acionistas tem preferência de compra de novas
ações emitidas por ela: é o chamado direito de
subscrição de forma que o acionista poderá adquirir
uma parcela proporcional as ações anteriormente
possuídas.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Direito de retirada
O direito de retirada ou recesso consiste na faculdade
assegurada aos acionistas minoritários de, caso
discordem de certas deliberações da Assembleia
Geral, nas hipótese previstas em lei, retirar-se da
empresa, recebendo o valor das ações de sua
propriedade. Esse direito protege os minoritários
contra determinadas alterações na estrutura da
empresa ou contra redução dos direitos assegurados
por sua ações.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Direito a voto
Os acionistas ordinários tem direito ao voto nas
assembleias gerais (ordinária e extraordinária) da
empresa. Eles tem apenas uma restrição: só podem
votar diretamente aqueles que reúnam o número
mínimo de ações que se determine, por outro lado,
aqueles com um menor número podem unir-se para
cobrir esse mínimo e votar conjuntamente.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Tipos de ações
• Ações Ordinárias
• Ações Preferenciais
• Ações de Fruição
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2007.
Ações ordinárias
A principal característica deste tipo de ação é que a
mesma dá direito de voto. Numa empresa do tipo
sociedade anônima é por meio do voto que o
acionista tem o direito legal de controle da
organização.
As características dos direitos gerais de um acionista
ordinário são relativamente uniformes em muitos
aspectos e estão estabelecidas em lei. As mais
importantes são:
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Ações ordinárias
• Adotar e corrigir o estatuto da companhia;
• Eleger a junta de dirigentes;
• Autorizar a fusão com outra empresa;
• Alterar a quantidade de ações ordinárias;
• Autorizar a venda do ativo fixo ou imobilizado;
• Autorizar a emissão de ações preferenciais,
debêntures e outros tipos de títulos.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Ações preferenciais
Apresentam como característica fundamental a
prioridade sobre as ações ordinárias no recebimento
dos dividendos e de receber, no caso de dissolução
da sociedade a sua parte. Podem existir diversas
classes de ações preferenciais (classe A, classe B, ...).
As vantagens e preferências, bem como as restrições
que essas ações possuem, devem constar claramente
no estatuto da companhia.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Valor de uma ação
Neste caso fazemos referência ao preço. Também no
mercado isto é conhecido como cotação ou valor de
mercado. Mas em algumas ocasiões ouve-se falar em
valor nominal e, em outras valor patrimonial e
liquidação. Portanto, conforme as circunstâncias as
ações apresentam valores monetários diferentes.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Valor de uma ação
O valor nominal é o valor de face de uma ação, quer
dizer, aquele estabelecido pelo estatuto da companhia
e que vem impresso na ação. O valor nominal
corresponde ao capital dividido pelo número de ações
emitidas, independente de espécie.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Valor de uma ação
O valor patrimonial ou valor global do patrimônio
líquido do exercício considerado dividido pelo
número de ações emitidas.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Valor de uma ação
O valor de liquidação é valor avaliado em caso de
encerramento das atividades da companhia.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Ganhos com ação
• Dividendos;
• Direito de preferência na aquisição de ações;
• Bonificações (resultam do aumento de capital por
incorporação de reservas e lucros suspensos);
• Juros sobre capital próprio (reservas de lucro
retido);
• Desdobramento (split);
• Valorização das ações.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
O acesso das empresas à bolsa
de valores
O acesso de recursos do mercado de capitais pode-se
dar através de ofertas privadas ou públicas de ações.
As ofertas privadas podem ser feitas através de
private placement ou private equity conforme:
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
O acesso das empresas à bolsa
de
valores
Private Placement
Privado
Private Equity
Público
IPO
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
O acesso das empresas à bolsa
de valores
Private Placement
•Número restrito de investidores, dentre os quais
fundos de pensão, seguradoras e fundos mútuos
específicos;
•Venda de participação minoritária como passo para
uma oferta pública;
•Foco na venda de novas ações;
•Uso dos recursos para financiamento de expansões ou
implementação do plano de negócio.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
O acesso das empresas à bolsa
de valores
Private Equity
•Um único investidor ou um número extremamente
restrito de investidores;
•Venda de participação minoritária como passo para
uma oferta pública ou fusão;
•Maior flexibilidade para monetização dos acionistas
através de uma oferta secundária.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
O acesso das empresas à bolsa
de valores
Conforme sua estrutura o mercado acionário pode ser
dividido em mercado primário e secundário. A
diferença básica é que enquanto o primeiro
caracteriza-se pelo encaixe de recursos na empresa o
segundo apresenta mera transação entre compradores
e vendedores de ações.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
O acesso das empresas à bolsa
de
valores
Vantagens do IPO
Volume de captação;
Entrada no mercado de capitais;
Liquidez para o acionistas.
Desvantagens do IPO
Diluição do capital;
Comprometimento com o mercado.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
O Acesso das empresas à bolsa
de valores
Vantagens do Private Equity
Volume de captação;
Contribuição para gestão.
Desvantagens do Private Equity
Diluição do capital;
Custos de captação;
Governança corporativa;
Prazo de saída.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Abertura de capital
A abertura de capital desencadeia a aceleração da
profissionalização da empresa, atingindo os dirigentes
e todo o quadro de pessoal. Em princípio o processo é
consequencia da regulamentação das companhias
abertas que exigem o Conselho de Administração e
o Conselho Fiscal.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Abertura de capital
Os momentos para a abertura de capital são dados
por:
•Quando as condições de mercado estiverem boas;
•Quando o desempenho da empresa estiver forte;
•Quando houver uso para os recursos;
•Quando as demonstrações contábeis estiverem
disponíveis.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Abertura de capital
São consideradas razões para a abertura de capital:
•Investimentos ou reestruturação de passivos;
•Forma de pagar aquisições;
•Liquidez patrimonial para os sócios originais;
•Referencial de avaliação do negócio e administração;
•Relacionamento com os funcionários;
•Imagem institucional.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Abertura de capital
• Análise preliminar sobre abertura;
• Mandato para o intermediário;
• Protocolo na CVM e na Bovespa;
• Aviso ao Mercado;
• Pricing;
• Anúncio do início do processo de distribuição;
• Anúncio de encerramento da distribuição.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Contratação do intermediário
financeiro
Para colocar as ações no mercado a empresa contrata
os serviços de instituições especializadas como banco
de investimentos para a realização da operações de
underwrintg. Essa operação é um contrato firmado
com a sociedade anônima que deseja abrir o capital e
a instituição financeira líder do lançamento de ações.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Contratação do intermediário
financeiro
O underwrintg é um esquema de lançamento de uma
emissão de ações para subscrição, no qual a empresa
encarrega uma instituição financeira da colocação
desses títulos no mercado, ou seja, é uma operação
realizada por uma instituição financeira que, sozinha
ou organizada em consórcio, subscreve títulos de
emissão por parte de uma empresa, para posterior
venda ao mercado.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Contratação do intermediário
financeiro
Características da distribuição
Contrato Firme
O risco de subscrição é do intermediário.
Residual
O risco de subscrição é compartilhado.
Melhor Esforço
O risco de subscrição é da empresa.
PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
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