Enf. Infância e Adolescente ANOMALIAS DA PAREDE ANTERIOR DIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL O diagnóstico antes do nascimento de gastroesquise e onfalocele pode ser realizado de forma efetiva através de exame ultra-sonográfico Gastrosquise: idade média para o diagnóstico: 20 semanas Onfalocele: diagnóstico a partir da décima quarta semana Marcadores fetais: Auxílio ao diagnóstico Pouca especificidade DIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL Intervenções : término da gestação manipulação fetal plano de parto Melhor manejo da gestação: transferência para centros que possibilitem cuidados neonatais intensivos Ausência de diagnóstico pré-natal relaciona-se com maior taxa de mortalidade. DIAGNÓSTICO AO NASCER Raramente é feito o diagnóstico pré-natal Exame físico Diagnóstico diferencial Conduta GASTROSQUISE X ONFALOCELE • Gastrosquise: Defeito congênito da parede abdominal através do qual ocorre protrusão de vísceras abdominais para a cavidade amniótica. Está localizado lateralmente (usualmente à direita) e se caracteriza pela presença de cordão umbilical intacto. •Onfalocele: Defeitos da parede abdominal em que as vísceras exteriorizadas se encontram recobertas por membranas translúcidas (âmnio e peritônio parietal), estando o cordão umbilical sempre no ápice do defeito. •Grandes onfaloceles possuem conteúdo de saco herniário maior e cavidade abdominal menor comparadas com as gastrosquises. DIAGNÓSTICO AO NASCER CARACTERÍSTICAS GASTROSQUISE ONFALOCELE LOCALIZAÇÃO Para-umbilical, à direita do cordão umbilical O cordão umbilical está sempre no ápice do defeito MEMBRANA ausente presente TAMANHO pequeno variável Alças intestinais, fígado CONTEÚDO Intestino delgado, intestino grosso, estômago CAVIDADE ABDOMINAL Próximo do normal Pode ser menor Diagnóstico diferencial Onfalocele Gastrosquise Localização Cordão umbilical Lateral ao cordão Mal-rotação Presente Presente Abdome pequeno Presente Presente Função gastrointestinal Normal Íleo prolongado Onfalocele e gastrosquise • 1:2.000 NV • 2x > atresia de esôfago • 6a semana – Hérnia fisiológica • 10a semana – Retorno à cavidade abdominal – Rotação e fixação do intestino médio ENCAMINHAMENTO Pré-natal Momento do diagnóstico Pós-natal intervalo entre parto e correção cirúrgica: 4 horas Qualidade do transporte ENCAMINHAMENTO Transporte do RN: 1) Introdução de SNG 2) Manter ambiente de transporte termicamente neutro 3) Manter o conteúdo exteriorizado protegido de trauma e coberto com curativo esterilizado. 4) Administrar fluidoterapia e antibióticos parenterais. TRATAMENTO CIRÚRGICO • Ideal Fechamento primário • Só é possível quando não há desproporção conteúdo/continente • Redução forçada pode cursar com: – alterações hemodinâmicas e respiratórias – compressão da veia cava e diafragma – dificuldade de retorno venoso – compressão entre a alças – diminuição da diurese Gastrosquise Onfalocele Onfalocele Gastrosquise • Defeito da parede abdominal anterior, lateral ao umbigo • Quase sempre à direita de um cordão umbilical intacto • Ponte de pele intacta • Não há saco peritoneal Gastrosquise • • • • • • Perfuração intestinal – 5 a 6% Cavidade abdominal pequena 1M:1F 20-25% - mães adolescentes 40% - prematuro ou PIG 1:20.000 NV – Incidência vem aumentando Gastrosquise • Efeito irritativo do líquido amniótico (pH 7,0) peritonite química – Membrana edematosa espessa – Vísceras opacas e encurtadas • Mal-rotação intestinal – sempre presente • Intestino não fixo à parede abdominal Gastrosquise • Aumento da perda insensível de líquido – Hipotermia – Hipovolemia – Sepsis • Saco estéril – Metade inferior do corpo até axilas Gastrosquise • Tratamento – Passagem de SOG • Prevenção da deglutição de ar e aspiração do conteúdo gastro-intestinal – íleo adinâmico – Antibióticos • Ampicilina + gentamicina – Cirurgia Gastrosquise • Cirurgia – Preparo local • Evitar soluções alcoólicas – Verificação das alças intestinais • Atresia ou perfuração – Defeito é aberto superior e inferiormente – Distensão manual da cavidade abdominal Gastrosquise • Cirurgia – Redução do conteúdo herniado – Fechamento primário do defeito – Umbigo pode ser preservado • Pós-operatório – Ventilação mecânica • 24-48 horas Gastrosquise • Complicações – – – – – – Sepsis Pneumonia aspirativa Celulite da parede abdominal Edema temporário Enterocolite necrosante Colestase relacionada à NPT Gastrosquise • Sobrevida – Superior a 90% – Mortes • • • • Sepsis Atresia Síndrome do intestino curto Doença hepática progressiva associada à NPT GASTROSQUISE GASTROSQUISE CORREÇÃO CIRÚRGICA GASTROSQUISE CORREÇÃO CIRÚRGICA CORREÇÃO CIRÚRGICA CORREÇÃO CIRÚRGICA CORREÇÃO CIRÚRGICA CORREÇÃO CIRÚRGICA CORREÇÃO CIRÚRGICA Onfalocele • Defeito coberto do anel umbilical em que há conteúdo abdominal herniado • 3a semana • Umbigo se insere no saco herniário • 1:5.000 NV • M>F Onfalocele • > 50% – Trato gastro-intestinal, cardiovascular, genito– urinário, musculo-esquelético e SNC • • • • Prematuridade Associações com sindromes genéticas Menor o defeito – melhor o prognóstico Defeito < 4 cm – hérnia de cordão umbilical Onfalocele • Diagnóstico – – – – US pré-natal Tamanho Fígado MF associadas • Parto Onfalocele • Tratamento – – – – – – Descompressão gástrica imediata - SOG Proteção estéril do saco herniário intacto Transporte em ambiente neutro Antibióticos 10% - ruptura do saco herniário Diversas modalidades de tratamento Onfalocele • Defeito < 2 cm – Fechamento primário • Tamanho médio – Remoção do saco, ligadura dos elementos do cordão umbilical – Distensão manual da parede abdominal – Redução do conteúdo – Fechamento primário • Fechamento da pele – Hérnia ventral – Evita colocação de prótese • Prótese Onfalocele • Sobrevida – – – – Tamanho do defeito Prematuridade Ruptura do saco MF congênitas associadas • Mortalidade – 30 a 60% ONFALOCELE ONFALOCELE ONFALOCELE ONFALOCELE ROTA ONFALOCELE ONFALOCELE ONFALOCELE