O Sujeito não é um objeto pronto e acabado, nem uma máquina, mas uma fonte, sempre pulsante e aberta, imprevisível, inconstante, surpreendente, problemática, indecifrável, de trevas e luz, de vida e morte, amor e ódio, grandeza e perversão, civilização e barbárie. Instituições: educação, cultura,componentes biológico, neuroses que fundam o ser humano e o socializa em determinado contexto histórico e social. Aquilo que é próprio ao sujeito, do latim subjectum e do grego hypostasis/hypokeimo), aquilo que caracteriza o ser humano, que dá suporte aos aspectos observáveis da existência. Não é universal, atemporal ou natural. O sujeito é historicamente constituído. Como o sujeito dá sentido à experiência de si a partir de um determinado jogo de verdades (Foucault). Subjetividade • A objetivação do sujeito a partir dos discursos que toma o ser humano como objeto: o sujeito da linguagem (gramática, lingüistica), o sujeito produtivo (economia), o sujeito da vida (na biologia), o sujeito do inconsciente (psicologia/psicanálise) Teoria de Maslow ou Pirâmide de Maslow Fonte: Wikpédia Necessidades fisiológicas (básicas), tais como a fome, a sede, o sono, o sexo, a excreção, o abrigo; Necessidades de segurança, que vão da simples necessidade de sentir-se seguro dentro de uma casa a formas mais elaboradas de segurança como um emprego estável, um plano de saúde ou um seguro de vida; Necessidades sociais ou de amor, afeto, afeição e sentimentos tais como os de pertencer a um grupo ou fazer parte de um clube; Necessidades de estima, que passam por duas vertentes, o reconhecimento das nossas capacidades pessoais e o reconhecimento dos outros face à nossa capacidade de adequação às funções que desempenhamos; Necessidades de auto-realização, em que o indivíduo procura tornar-se aquilo que ele pode ser. As relações interpessoais desenvolvem-se em decorrência do processo de interação. • Não há processos unilaterais na interação humana: tudo que acontece no relacionamento interpessoal decorre de duas fontes: EU e OUTRO ( S). O relacionamento interpessoal pode tornar-se e manter-se harmonioso e prazeroso, permitindo trabalho cooperativo, em equipe, com integração de esforços, conjugando as energias, conhecimentos e experiências para um produto maior que a soma, ou seja a sinergia. • Ou então tende a tornar-se muito tenso,conflitivo,levando à desintegração de esforços e final dissolução do grupo • Hiperindividualismo. O indivíduo para o qual o conjunto da sociedade não faz sentido e que apresenta nenhum senso de responsabilidade para com relação as regras sociais. A fragilidade do laço social. A fadiga de si mesmo, a depressão no século XXI (Ehrenberg) Fenômeno A multifacetado inovação reside na concepção de violência como um fenômeno multifacetado que não pode ser reduzido a um único campo de saber ou serviço específico, envolvendo vários segmentos a violência tem de ser atacada "em suas raízes": a miséria, a pobreza, a má distribuição de renda, o desemprego como a segurança pública, a educação e a saúde. Estampido; impacto de uma colisão; despedaçar-se ; arruinar-se; falir. Um modo de viver em ruínas. Estou com raiva o tempo todo e não sei o porquê. Práticas que vão aos poucos fazendo parte de nossas relações. Passagem das sociedades holistas para as sociedades individualistas Feudalismo Capitalismo Revolução Francesa direitos iguais Propriedade privada Propriedade social propriedade de si (assalariamento e direito de cidadania de fato) Modo de subjetivação - indivíduo Necessidade de preservação da força de trabalho; A População e a cidade se tornam objeto de investigação; ( crescimento de demográfico e urgência em organizá-lo aos aparelhos de produção); Vigilância Intervenção; Corpo - dos indivíduos e da população; Política médica voltada para o bem-estar e a higiene do indivíduo e da população; Disciplina e docilidade do corpo; Séc. XIX Palco de exploração da força de trabalho; Figueiredo(1992) defende a tese de que as três formas de entender o Séc. XIX: apogeu do liberalismo,individualismo como princípios na organização econômica e política e uma sociedade organizada através de regime disciplinador, ordem nas classes trabalhadoras-docilidade. Crescimento de movimentos de resistência à expropriação do saber-fazer dos trabalhadores; Invenção de novas maneiras de gerir os homens, majorando sua utilidade e seu enquadramento em um sistema de ordenação da subjetividade; Administração: Fordismo: Auto-consciência da Sociedade A ordem é a regra, o mundo é centralmente organizado, rigidamente delimitado e histericamente preocupado com as fronteiras. O Mundo fordista – modelo de industrialização, de acumulação e de regulação – Princípio Taylorista da racionalização, separação de aspectos intelectuais e manuais do trabalho. Orientação baseada na vontade de ordem – Engenharia Social. Divisão social e técnica. Modo taylorista-fordista repetição e trabalho constrangido hierarquia e rigidez nos arranjos de gestão serialização e infantilização do trabalhador exclusão dos trabalhadores na definição dos processos de trabalho Com a Rev. Industrial houve uma explosão de doenças, acidentes e mortes relacionadas ao trabalho decorrente da exploração intensiva; Jornadas extenuantes em ambientes desfavoráveis à saúde; Aglomeração de pessoas em espaços inadequados propiciava a proliferação de doenças infecto-contagiosas e periculosidade das máquinas era responsávela por mutilações e mortes. Organização Social Integração Laço Social Atividade humana que se realiza por meio de instrumentos – Cooperação e a comunicação. Projeto, transformação, criador das próprias condições de sobrevivência. Trabalho é invenção: o homem inventa, inventando-se no mesmo processo Trabalho é repetição para diferir Trabalho é sempre inter(ação) com um outro Trabalho é sempre experiência de um coletivo, constituição de um plano comum Trabalho é processo que implica: trabalhador, meios de produção, modos de gestão do processo; produto trabalha-se para os outros, para produzir valor de uso para terceiros; trabalha-se para si mesmo, para assegurar a existência social própria e dos dependentes, construção de significado; trabalha-se para a reprodução das condições de trabalho e da organização. Crescimento do mercado informal; Flexibilização das relações de trabalho; Desemprego estrutural; Mistura de padrões de gestão Taylorista – Modelo japonês; e junto com ela a degradação das condições de trabalho, dos direitos trabalhistas e, conseqüentemente, dos trabalhadores. Esgotamento do modelo fordista-taylorista, terceira revolução industrial, globalização, criação dos blocos econômicos, fim da guerra fria, falência do socialismo real, crise dos grandes discursos explicativos e totalizantes, aumento da desigualdade e do desemprego. Estado de incertezas do mundo e das instituições sociais: Crise da sociedade salarial na Europa Paradoxo do Estado Social no Brasil e incremento da flexibilização nas leis do trabalho Pólo da Precarização x Pólo da Especialização Flexível (Modelo da competência) automatização, just-in-time, trabalho em equipe, administração por estresse, flexibilização da mão-deobra, gestão participativa, controle de qualidade e subcontratação. Acumulação flexível; A racionalização é a fábrica mínima, ou seja, com efetivo mínimo. Sobrecarrega-se os trabalhadores e eliminam-se postos de trabalho. O objetivo não consiste então, em diminuir trabalho e sim, reduzir trabalhadores. O trabalho em equipe representa, na verdade, a pressão que cada trabalhador sofre para desempenhar sua função com qualidade, sob pena de ser rejeitado pelo grupo, ainda que neste grupo todos se encontrem nas mesmas condições ; Competente, Competitivo, Flexível. Sabe agir estrategicamente nas equipes Sabe viver no curto prazo Empreendedor Sabe trabalhar em regime de autogestão Individualista Os trabalhadores estão sempre sob pressão. O trabalho representa uma completa servidão. O operário já não dispõe de tempo para o lazer e para a vida familiar, pois o único tempo livre é utilizado para repouso e recuperação. Os acidentes de trabalho passam a ser constantes e verifica-se também um alto índice de suicídios. Nesse sentido Ocada (2004) coloca-nos o fato de que A realidade social adquire o simples aspecto de relações sociais de compra e venda de uma força de trabalho destituída de qualquer forma de subjetividade e concebida como um corpo social assexuado, da mesma forma todas as motivações culturais e valorativas que orientam as condutas dos atores sociais são reduzidas ao determinismo de uma causalidade econômica. Repercussões •Absenteísmo; •Queda de produtividade; •Problemas disciplinares; •Rotatividade de pessoal; •Práticas inseguras de trabalho; •Tensões nas relações interpessoais. “Se por um lado, as coisas ou as estruturas determinam a vida das pessoas, por outro, são as mesmas pessoas que constroem as coisas, os valores e as estruturas” Gastão Campos (2000)