UNIVERSIDADE DO CONTESTADO
IX CONGRESSO DE EDUCAÇÃO
09 e 10 de maio de 2013 – Concórdia/SC
POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA:
A ATUAÇÃO DO SEGUNDO PROFESSOR DE TURMA NO ENSINO FUNDAMENTAL
1
PEREIRA, K. N. S.¹; ROSA, G. A. da²
2
Mestranda em Educação pela UNIPLAC/Lages. Dr. em Teologia: Religião e Educação
E-mail: [email protected]; [email protected]
Introdução ‘’
Esta pesquisa é parte do trabalho dissertativo
apresentado à Universidade do Planalto Catarinense –
UNIPLAC – Programa de Pós-Graduação em Educação
Stricto Sensu, para obtenção do título de Mestre em
Educação, correspondente à Linha de Pesquisa I,
Políticas e Processos Formativos em Educação, sob
orientação do Prof. Dr. Geraldo Antônio da Rosa.
Objetivamos analisar as práticas pedagógicas adotadas
no ensino fundamental com base nas políticas públicas
que sustentam a proposta de educação inclusiva, a fim de
contextualizar a atuação do segundo professor de turma
no exercício da bidocência. Para tanto, descreveremos a
histórica da Educação Especial no Brasil e a legislação
pertinente ao processo de implantação da Política de
Educação Especial; caracterizaremos a Educação
Especial
no
contexto
da
Educação
Inclusiva
compreendendo o exercício da docência a partir de uma
perspectiva histórico-cultural; e destacaremos aspectos
pedagógicos que promovam a inclusão escolar de
crianças com deficiência e o exercício da bidocência.
Cientificamente, esta pesquisa traz contribuições ao abrir
espaço para outras discussões e aprofundamento teórico
acerca da educação especial e suas transformações
paradigmáticas. Compreender a educação especial na
perspectiva da educação inclusiva é de grande relevância
social na medida em que modelos educacionais
excludentes podem ser superados em defesa de relações
sociais mais democráticas, do acesso ao saber e da vida
em comunidade.
Materiais e Métodos
Para o levantamento de dados bibliográficos e com o
objetivo de situar cientificamente o objeto desta pesquisa
foi desenvolvido o Estado da Arte, entendido como etapa
importante na metodologia por significar a identificação da
produção acadêmico-científica acerca do tema estudado
nesta pesquisa, contextualizando o objeto de investigação
a partir de uma revisão de literatura e do diálogo com
autores como: Mazzotta (2005), Carvalho (2006),
Mantoan (2010), Almeida (2010), Mészáros (2009),
Santos (2009), Brandão (2010), Mittler (2003), Rodrigues
(2006), Rios (2001), além de outros. Contamos ainda com
o estudo e as determinações que compõe os documentos,
nacionais e internacionais, norteadores da educação
inclusiva no Brasil. A busca bibliográfica de artigos, teses
e dissertações destacou o período de 2007 a 2012. Sete
categorias orientaram esta busca: políticas públicas,
educação
especial,
educação
inclusiva,
ensino
fundamental, segundo professor de turma, práticas
pedagógicas e bidocência. De abordagem qualitativa esta
pesquisa caracteriza-se pelo enfoque histórico-crítico.
Quanto aos objetivos é exploratória e busca familiarizarse com a atuação do segundo professor de turma e sua
prática pedagógica no contexto da educação inclusiva por
meio de estudo de caso. Quanto às técnicas, utilizaremos:
pesquisa bibliográfica; análise documental (Projetos
Políticos Pedagógicos das escolas envolvidas na
pesquisa); pesquisa de campo: (1) a aplicação de um
questionário semiestruturado (perfil do segundo
professor); (2) entrevista (amostragem) com professores
titulares e professores que atuam como segundo
professor de turma, acerca do problema proposto. Como
lócus desta pesquisa, cinco escolas estaduais,
pertencentes à 11ª GERED e nomeamos como sujeitos
da pesquisa aqueles professores que, no ano letivo de
2013, estarão atuando como “segundo professor de
turma” nas respectivas escolas: EEB Casimiro de Abreu,
EEB Santa Teresinha, EEB Sólon Rosa, EEB Marechal
Eurico Gaspar Dutra e EEB Professor Antônio Francisco
de Campos.
.
Resultados e Discussões
A partir da revisão bibliográfica que estamos realizando
sobre as transformações teórico-metodológicas dessa
modalidade de educação no Brasil, principalmente, a
partir da década de 90, percebemos que o
aprofundamento dos estudos sobre tais questões pode
contribuir para a melhoria da qualidade do trabalho do
professor e da educação que ofertamos, seja no sistema
integrado de ensino, seja na interface com a educação
especial. As pesquisas nesta área, na medida em que
podem auxiliar professores e os seus alunos a superarem
os insucessos escolares presenciados até então, podem
contribuir na compreensão das inovações pedagógicas
indicadas pelo processo de inclusão escolar, no sentido
de sinalizar avanços neste campo do conhecimento
científico, ao relacionarmos teoria, prática, políticas e
pesquisa em educação.
Conclusões
Com base nos estudos desenvolvidos até então, tem-se
clareza de que proposta de uma bidocência se apresenta
como um desafio para a comunidade escolar e exige,
ainda, um estudo aprofundado em suas dimensões
metodológicas e políticas, assim como em outros
aspectos de igual importância em relação a sistemas
educacionais inclusivos. Nesta perspectiva, como
compartilhar a docência e viabilizar a aprendizagem das
crianças com deficiência em um sistema integrado de
ensino? Quais os desafios? Quais as possibilidades?
Contrapondo a modelos de educação arcaicos,
consideramos que a constante problematização da prática
pedagógica se faz necessária e, se desejamos superar a
visão romântica do processo de inclusão, é pertinente
compreender as relações de saber e poder que permeiam
os processos de ensinar e aprender, situadas histórica e
criticamente.
Referências
1. PARO, Vitor Henrique; DOURADO, Luiz Fernando (orgs.)
Políticas Públicas e Educação Básica. SP: Xamã, 2001.
2. JANNUZZI, Gilberta de Martino. A educação do deficiente no
Brasil: dos primórdios ao início do século XXI. 2 ed. SP:
Autores Associados, 2006.
3. KLEIN, Ramos Rejane (org.) Inclusão Escolar: implicações
para o currículo. SP: Paulinas, 2010.
4. BEYER, Hugo Otto. Inclusão e avaliação na escola: de
alunos com necessidades educativas especiais. 2 ed. Porto
Alegre: Mediação, 2010.
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