Um relatório do The Economist Intelligence Unit
Bancos e big data:
risco e conformidade na
balança dos executivos
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Bancos e big data: risco e conformidade na balança dos executivos
Como os big data podem ajudar os bancos no gerenciamento de riscos
Como os big data podem ajudar
os bancos no gerenciamento de riscos
Em uma recente pesquisa da Economist Intelligence
Unit sobre gerenciamento de riscos em bancos, os
executivos revelaram um resultado surpreendente:
metade desses banqueiros seniores do setor de
comércio, varejo e investimentos afirmam que não
dispõem de dados suficientes para respaldar um
gerenciamento de riscos robusto.
A afirmação é especialmente notável porque os
bancos estão inundados de dados de todos os
tamanhos. A complexidade das transações, a
volatilidade de mercados, a multiplicação de
dispositivos, a expansão da digitalização, a
multiplicação de canais e as exigências dos órgãos
reguladores são crescentes e aumentaram
exponencialmente o volume de dados. Mesmo
assim, não há o suficiente para apoiar um
gerenciamento de riscos robusto em termos de
melhoria de resultados em gerenciamento de
riscos. E, quando se trata de melhores resultados
— a capacidade de evitar ou reduzir perdas
decorrentes de uma variedade de riscos —, o
importante é localizar dados que revelem
percepções e levem a ações.
Os bancos precisam fazer a conexão entre a
aquisição de dados, a análise e a ação. As
percepções são sempre úteis. Sem as ações, no
entanto, elas não levam a mudanças de
comportamento. A pesquisa confirma que os
banqueiros estão tendo dificuldades com esse
aspecto crítico: Quatro em cada dez (38%) dizem ter
dificuldades para extrair informações acionáveis de
dados de risco existentes.
Qual dos fatores a seguir apresenta os maiores desafios à sua organização na melhoria
dos resultados do gerenciamento de riscos?
% de todos os entrevistados
Falta de dados suficientes para auxiliar no gerenciamento de risco
Dificuldade para extrair informações acionáveis a partir de dados de risco existentes
Incapacidade de prever ROI de investimentos em novas técnicas de gerenciamento de riscos
Dificuldade de compartilhar dados entre silos dentro da organização
Falta de recursos financeiros para implementar novas técnicas de gerenciamento de riscos
Preocupações acerca de restrições regulatórias na interação de determinadas fontes de dados
Preocupações acerca da privacidade das informações do cliente
Fonte: Pesquisa da Economist Intelligence Unit, julho de 2014.
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Como os big data podem ajudar os bancos no gerenciamento de riscos
“Dois problemas surgem de forma recorrente com
os dados dos bancos de varejo. O primeiro problema
é que os dados são históricos. O segundo problema é
que são incompletos”, afirmou Ozgur Kan, líder da
prática de análise de crédito da Berkeley Research
Group e ex-chefe da função de metodologia de
crédito da GE Capital. “Digamos que você comprou
uma casa em 2011. Solicitou uma hipoteca. Disse ao
banco que era proprietário disso e daquilo, forneceu
comprovantes de pagamento, tudo isso. Você está
empregado em 2014? Vendeu seu carro para pagar
dívidas de jogo? O banco não sabe.”
O terceiro maior desafio para melhorar os
resultados de gerenciamento de riscos está
intimamente relacionado aos dois primeiros: 37%
dos banqueiros afirmam que não sabem prever onde
ocorrerá o maior retorno quando precisam decidir
onde investir em gerenciamento de riscos. O mundo
da análise está claramente em evolução e o site de
investidores AngelList.com cataloga milhares de
startups de análise. Além disso, novas abordagens
de análise surgem todos os dias. É difícil saber onde
investir recursos quando as alternativas viáveis
parecem ser tantas.
Dados pouco relevantes, dificuldade em
passar dos dados para a ação e a incapacidade
de saber que ações gerarão o retorno mais
significativo: como a pesquisa indicou, esses são
os três maiores desafios para melhorar os
resultados no gerenciamento de riscos. Diante
desse panorama cada vez mais complexo, quais
são as possíveis soluções?
O quarto V é “valor”
Os big data geralmente se caracterizam pelos
“três Vês”: volume, velocidade e variedade. Essa
terminologia, no entanto, pode obscurecer um
quarto V: valor. Algumas dimensões de dados
têm mais valor que outras. Esse valor não vem
somente do volume, conforme os participantes
da pesquisa reconheceram. A velocidade é
importante em muitas situações, como na detecção
e no bloqueio de transações fraudulentas quase
instantaneamente. A dimensão que pode trazer o
maior valor à busca de resultados melhores é, de
fato, a variedade — a capacidade de apoiar decisões
com formas de dados ainda não exploradas.
“O fator variedade é, para mim, o mais
interessante”, opinou o Sr. Thomas. “Sempre
tivemos a capacidade de armazenar uma grande
quantidade de dados, mas agora temos a
oportunidade de expandir realmente a variedade de
dados que extraímos.” Por exemplo: o Sr. Thomas
indica a capacidade de registrar, armazenar e
executar análises de texto — técnicas estatísticas
para modelar as informações nele contidas — de
toda conversa entre banco e cliente. No passado,
muitas conversas eram gravadas porque os órgãos
reguladores o exigiam, mas agora os custos de
armazenamento caíram tanto que não há motivo
para deixar de registrar todas as interações com os
clientes.
Se a transação tradicional e as informações de
contraparte abrangem a maioria dos dados usados
hoje, os dados não estruturados — texto, áudio,
Qual das afirmativas a seguir melhor descreve a função atual da equipe de análise no
gerenciamento da exposição a riscos da sua organização?
% dos entrevistados que classificaram sua firma como “bem acima da média” na identificação/análise de risco
Temos equipes de análise separadas que combinam análise com experiência no
assunto concentradas em áreas específicas do gerenciamento de riscos
Temos uma equipe de análise centralizada que responde a solicitações de serviço de
usuários de risco e conformidade de toda a organização
Temos um centro de análise multidisciplinar de excelência que desenvolve
habilidades especializadas, normas e práticas recomendadas para a organização
Cada área funcional ou linha de negócios emprega a própria análise de riscos
Não temos uma abordagem estruturada para o uso de análise de riscos
Fonte: Pesquisa da Economist Intelligence Unit, julho de 2014.
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Sobre a pesquisa?
Em julho de 2014, a Economist Intelligence Unit
(EIU) realizou uma pesquisa global com 208
executivos seniores de risco e conformidade de
bancos de varejo, comerciais e de investimentos sob
o patrocínio da SAP para buscar percepções acerca
de como os bancos estão usando big data para
melhorar o gerenciamento de riscos e o
desempenho em conformidade. Metade deles
trabalhava no alto escalão; a outra se dividiu entre a
vice-presidência e o nível de diretoria, com sessenta
imagens ou qualquer dado que não se enquadre
em uma estrutura de banco de dados tradicional —
representam uma fonte de inteligência adicional. De
acordo com um estudo de 2012 realizado pela firma
de pesquisa IDC, praticamente todo o crescimento de
volume de dados advém de dados não estruturados
e somente 0,5% dos dados do mundo são realmente
analisados. Os dados não estruturados relevantes
para o gerenciamento de riscos dos bancos poderiam
ser imagens de impressões digitais, textos jurídicos
de documentos de hipotecas ou dados não tratados
de localização de um dispositivo móvel. Todos eles
têm o potencial de fornecer novas percepções, mas,
até pouco tempo atrás, eram largamente ignorados
porque nada vem em umformulário pronto para ser
incorporado a um aplicativo de análise.
Os benefícios de uma abordagem
centralizada
Pouco mais de um terço dos executivos
entrevistados classificou seu banco como “bem
acima da média” quanto à identificação e à análise
de riscos. Esses bancos são diferentes da população
do estudo mais amplo: mais da metade tem equipes
ou centros de excelência em análise centralizados
que desenvolvem práticas recomendadas para suas
organizações como parte de uma tendência mais
ampla no gerenciamento de riscos empresarial em
todos os setores. Os que se identificaram como de
alto desempenho estão partindo para abordagens
mais centralizadas.
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e três por cento da função de gerenciamento de
risco, e o restante na função de conformidade.
Três entre dez (29%) dos executivos eram de
bancos de varejo, quase a mesma proporção
(28%) era de bancos de investimentos e o
restante trabalhava em bancos comerciais.
Além disso, os executivos formaram um grupo
internacional diversificado, dividido igualmente
entre América do Norte, Ásia-Pacífico, Europa e o
restante do mundo.
A maioria dos banqueiros afirma que a ação única
que mais pode melhorar os resultados do
gerenciamento de riscos é “a criação de uma estrutura
global na empresa para que os participantes tenham
uma perspectiva ampla de todos os riscos que ameaçam
a organização”. Os administradores com uma percepção
ampla compreendem como cada parte da empresa — e
especificamente aquela pela qual são responsáveis —
contribui para o risco de toda a empresa. Grupos de
análise centralizados podem contribuir com essa meta,
mas somente na medida em que compreenderem o
impacto dos riscos nos negócios por toda a organização
e estabelecerem relacionamentos de forma simultânea
com proprietários individuais de linhas de negócios
dentro do banco.
“Estamos vendo uma nova geração de líderes de
risco”, afirmou Justin Cerilli, recrutador na Russell
Reynolds Associates e especialista em tecnologia,
operações e transformação digital em grandes
instituições financeiras. “Eles não têm
necessariamente experiência prática com dados. E
eles não são necessariamente “quants”, já que as
habilidades quantitativas em algum momento já
foram consideradas commodities. Em vez disso, eles
ficam com o impacto dos riscos nos negócios. E eles
podem estabelecer relacionamentos em toda a
organização e fazer as pessoas agirem em relação ao
risco. Toda conversa começa com uma discussão
sobre riscos, mas termina com uma discussão sobre
liderança e gerenciamento de mudanças.”
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Embora tenham sido feitos todos os esforços para verificar a veracidade
destas informações, nem a The Economist Intelligence Unit Ltd. nem o
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