Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade
no Setor de TI em 2011
Desenvolvido por
Contents
Carta do CEO da BSA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
Líderes de Inovação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Pessoas para Tecnologia . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Cumprindo a Lei . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Política e Infraestrutura . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Conclusão: Muitos Centros de
Competitividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Plano da BSA para Competitividade
Global de TI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Apêndice 1: Metodologia e Definições
do Índice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Apêndice 2: Notas do Índice por Região . . . 25
Apêndice 3: Notas do Índice por
Categoria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011
CARTA DO CEO DA BSA
O
s economistas sabem há muito tempo
que a inovação tecnológica aumenta a
produtividade e estimula o crescimento
econômico, pois ela permite às empresas tirar
mais proveito dos investimentos que fazem em
mão-de-obra e capital. Na era industrial, isso
aconteceu quando novas máquinas automatizaram
o chão da fábrica. Atualmente, para nossa
economia digital conectada globalmente, nós
temos tecnologias de informação e comunicação.
Mas o que fazer para manter o motor da inovação
de TI funcionando? A fórmula está aqui no
Índice de Competitividade de TI. Em resumo,
além de um ambiente de negócios saudável,
um país precisa ter uma infraestrutura de TI de
primeira classe, capital humano dinâmico, área de
pesquisa e desenvolvimento robusta, ambiente
jurídico forte, e apoio público adequado para o
desenvolvimento do setor.
Com o apoio da Business Software Alliance, a
Economist Intelligence Unit compara 66 países a
cada dois anos sobre uma série de indicadores
em seis categorias. Nesta mais recente edição
do Índice, pode-se ver a continuação de uma
tendência distinta: O ambiente competitivo no
setor de TI está esquentando em nível global.
Como demonstra a classificação geral, potências
de TI estabelecidas, como os Estados Unidos,
estão mantendo suas posições – mesmo diante
da recente crise econômica – graças às bases
competitivas sólidas que eles construíram ao
longo de anos de investimentos. “Vantagem gera
vantagem”, observa o Professor David Hsu, da
Wharton Business School, em uma das entrevistas
que a Economist Intelligence Unit realizou para o
estudo deste ano.
Mas o campo da concorrência está ficando mais
cheio, à medida que novos concorrentes vêm
subindo para atender os padrões que os líderes
estabeleceram. A Índia, por exemplo, subiu dez
posições na classificação geral, apresentando
fortes pontuações em indicadores de capital
humano e pesquisa e desenvolvimento. Outros,
como Cingapura, México e Polônia, subiram na
classificação por apresentar novos níveis de força
em todas as áreas, provando que investimento
gera vantagem, também.
Enquanto isso, países que estão marcando passo
ou se desviando do seu curso relatam histórias
que advertem sobre as consequências de se
economizar em coisas importantes ou negligenciar
elementos fundamentais da competitividade de
TI. A China, por exemplo, depois de fazer um
progresso impressionante nos anos anteriores,
viu seu momentum diminuir consideravelmente,
devido em grande parte ao seu fraco desempenho
na proteção dos direitos de propriedade
intelectual. O Canadá também perdeu posições
no ranking por ter permitido que seus padrões de
PI caíssem.
Como esta história terá mudado daqui a dois
anos? Depende das decisões que os países estão
tomando agora.
Robert Holleyman
Presidente e CEO
Business Software Alliance
Business Software Alliance
1
Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011
PREFÁCIO
Este relatório é publicado pela BSA e redigido pela
Economist Intelligence Unit, com exceção do prólogo e
do comentário da BSA que aparece nas páginas 18-20. As
opiniões expressas pela Economist Intelligence Unit não
refletem necessariamente as opiniões da BSA.
A pesquisa da Economist Intelligence Unit teve como base
duas iniciativas principais:
>> Atualização do Índice de Competitividade do Setor de
TI, que compara 66 países em termos do seu apoio
à competitividade de empresas de tecnologia da
informação (TI). O Índice foi criado em 2007.
>> Realização de entrevistas em profundidade com
nove executivos do setor de TI e especialistas
independentes, todos com perspectivas originais sobre
os propulsores da competitividade de TI.
Nossos sinceros agradecimentos aos entrevistados por
compartilhar suas ideias sobre este tema. As seguintes
pessoas foram entrevistadas para este estudo:
>> Walter Deppeler, Presidente da EMEA, Acer
>> Brett Dawson, Diretor Presidente, Dimension Data
>> Karen Geary, Diretora de Recursos Humanos e
Comunicação Corporativa do Grupo, Sage
>> Antony Gold, Chefe do Contencioso de Propriedade
Intelectual, Eversheds
>> David Hsu, Professor Adjunto de Administração,
Wharton Business School
>> Ian Ing, Analista, Gleacher & Company
>> Phaneesh Murthy, Diretor Executivo, iGATE Patni
>> Charlotte Walker Osborn, Chefe de Telecomunicações,
Mídia e Tecnologia, Eversheds
>> Mike Shove, Presidente, CSC Asia Group
Setembro de 2011
2
Business Software Alliance
INTRODUÇÃO
M
anter os níveis de investimento durante
uma crise econômica não é uma tarefa
fácil, mas os líderes empresariais
conhecem o benefício: a capacidade de competir
num nível mais elevado quando o mercado se
recuperar. O mesmo se pode dizer do setor
de tecnologia da informação (TI) e governos
nacionais, pois é necessária uma atenção
constante a fatores como educação, pesquisa e
desenvolvimento (P&D), redes de comunicação
de alta velocidade, e acesso a recursos financeiros
para assegurar a competitividade global do setor
em longo prazo.
A virtude do investimento sustentado nos
facilitadores da competitividade do setor é
comprovada no Índice de Competitividade
do Setor de TI de 2011. Os dois anos desde o
último estudo foram os mais magros em termos
financeiros que os produtores de TI conheceram
em uma década, e para muitos governos, em
uma geração ao mínimo. Mas os países que
viram investimentos contínuos em importantes
facilitadores de competitividade, tais como
ambiente de P&D, talento e habilidades, são
ganhadores notáveis no Índice de 2011.
Por exemplo, apesar dos seus evidentes
problemas econômicos, ou talvez por causa deles,
a Irlanda parece ter redobrado esforços para
cultivar um dos ambientes mais competitivos do
mundo para produtores de TI. Os gastos com
P&D do setor privado estavam altos no início
da crise (assim como a inscrição em programas
de ciências e engenharia). Com o aumento da
geração de patentes de TI, o efeito foi aumentar a
Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011
pontuação da Irlanda para o ambiente de P&D e
o avanço do país do 11º lugar em 2009 para o 8º
lugar este ano (empatado com a Austrália). Uma
melhoria semelhante no ambiente de P&D, com
gastos mais elevados no setor privado e aumento
da atividade de patentes, eleva Israel do 13º
lugar para 10º (empatado com a Holanda). E uma
melhoria significativa em todos os indicadores do
ambiente de P&D, além do aumento no número
de matrículas no ensino superior, fez a Índia subir
10 posições, ficando em 34º lugar (empatada com
a Lituânia).
Existem outras subidas de posição notáveis em
2011. Cingapura, subindo para a 3ª posição na
tabela, foi beneficiada por uma pontuação muito
melhor no ambiente de capital humano. Seu
vizinho do norte, a Malásia, saltou para o 31º
lugar graças a um desempenho muito melhor nos
seus indicadores de P&D – e principalmente na
atividade de patentes de TI. Alemanha, Áustria,
Polônia e Turquia são outros países que registram
ganhos significativos em decorrência da melhora
em uma ou ambas as categorias do Índice. Por
outro lado, Lituânia (41º) e Rússia (46º) caíram
várias posições devido principalmente a uma
queda na pontuação na importante categoria
P&D. Os outros países do grupo BRIC, China
e Brasil, mantiveram uma melhora lenta porém
constante no desempenho do Índice, sendo que
ambos subiram uma posição este ano, para 38º e
39º, respectivamente.
Os Estados Unidos são provavelmente o
melhor exemplo do mundo das virtudes do
investimento de longo prazo nos facilitadores
da competitividade do setor de TI. Os Estados
Unidos encabeçam o Índice, mais uma vez, com
suas altas pontuações em todas as categorias
refletindo não só a força histórica do seu setor de
TI, mas também a alta qualidade do seu ambiente
educacional e de talentos, seu grande estímulo à
inovação e espírito empreendedor, e seu sistema
jurídico bem desenvolvido. Os recentes problemas
econômicos e fiscais não abalaram seus pontos
fortes do setor de TI.
A importância dos ambientes competitivos do
setor de TI estende-se, naturalmente, além do
setor e seus competidores, tendo um impacto
sobre a competitividade econômica nacional
em geral. Existe um alto grau de correlação, por
exemplo (0,88), entre os resultados do Índice
de Competitividade do Setor de TI deste ano e
os resultados do Índice de Competitividade do
Fórum Econômico Mundial de 2010-2011.
Este relatório, além de destacar o desempenho
de países selecionados no Índice de 2011,
explora como as empresas e governos estão
lidando com as principais tendências que afetam
o setor. Os exemplos e opiniões de especialistas
apresentados irão destacar a importância crucial
da inovação, das pessoas, da transparência
(nas leis e regras) e do equilíbrio (nas políticas
do setor), não só para a competitividade dos
ambientes do setor, mas para os próprios
produtores de TI.
Business Software Alliance
3
Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011
Notas e Ranking Gerais Índice de Competitividade da Indústria de TI 2011
Países recebem a pontuação em escala de 1 a 100.
Ranking
2011
1
Pontuação /100
Ano a
Ano
-
Estados Unidos
Pontuação /100
2011
2011
80.5
+1.6
=34
Ano a
Ano
-1
+10
2011
Ano a
Ano
Letônia
41.6
-1.0
índia
41.6
+7.5
Finlândia
72.0
-1.6
=34
Singapura
69.8
+1.6
36
-4
Grécia
40.7
-2.3
Suécia
69.4
-2.1
37
-1
Romênia
40.4
+0.8
+1
Reino Unido
68.1
-2.1
38
+1
China
39.8
+3.1
6
+2
Dinamarca
67.9
-0.7
39
+1
Brasil
39.5
+2.9
7
-3
Canadá
67.6
-3.7
40
-3
Croácia
39.0
+0.7
=8
+3
Irlanda
67.5
+0.6
=41
+5
Turquia
38.7
+4.9
=8
-1
Austrália
67.5
-1.2
=41
-10
Lituânia
38.7
-4.6
=10
-5
Holanda
65.8
-4.9
43
+4
Bulgária
38.1
+4.5
=10
+3
Israel
65.8
+1.5
44
+4
México
37.0
+5.0
12
+2
Suíça
65.4
+1.9
45
-4
Argentina
36.2
-0.3
13
+2
Taiwan
64.4
+1.0
46
-8
Rússia
35.2
-1.6
14
-4
Noruega
64.3
-2.8
47
-4
África do Sul
35.0
-0.3
15
+5
Alemanha
64.1
+6.0
48
-3
Arábia Saudita
34.1
+0.2
16
-4
Japão
63.4
-1.7
49
+3
Colômbia
33.7
+5.3
17
+5
Áustria
61.4
+4.4
50
-1
Tailândia
30.5
-1.3
18
+1
Nova Zelândia
61.3
+2.5
51
-1
Ucrânia
28.9
-2.5
=19
-3
Coréia do Sul
60.8
-1.9
52
-1
Filipinas
28.4
-0.1
=19
+2
Hong Kong
60.8
+3.3
53
+3
Vietnã
27.1
+2.1
21
-4
França
59.3
+0.1
54
-1
Egito
26.3
-0.5
-
Peru
25.5
-0.5
2
-
3
+6
4
-1
5
Bélgica
57.7
-1.5
55
+1
Itália
50.7
+2.2
56
+2
Sri Lanka
25.0
+1.1
24
+1
Espanha
50.4
+3.0
57
+2
Indonésia
24.8
+2.0
25
+4
Eslovênia
48.8
+3.5
58
-1
Venezuela
24.5
+0.1
26
+3
Portugal
47.1
+1.8
59
+1
Ecuador
23.1
+0.4
27
-1
República Tcheca
46.1
-0.9
60
-6
Cazaquistão
22.8
-3.6
28
-1
Hungria
45.4
-0.7
61
+2
Paquistão
22.3
+2.3
29
-6
Estõnia
45.0
-10.6
62
+3
Nigéria
21.4
+2.6
30
+5
Polônia
44.6
+3.8
63
-1
Bangladesh
20.6
-0.5
31
+11
Malásia
44.1
+8.5
64
-3
Azerbaijão
20.3
-1.0
32
-5
Chile
43.2
-2.9
65
-1
Argélia
19.5
-0.3
33
+1
Eslováquia
42.1
+0.7
66
-
Irã
18.8
+1.7
22
-5
23
Fonte: Economist Intelligence Unit
4
Ranking
Ano a
Ano
Business Software Alliance
Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011
LÍDERES DE INOVAÇÃO
Q
uando se trata de inovação, os Estados
Unidos estão perdendo vantagem?
Walter Deppeler, Presidente para EMEA
(Europa, Oriente Médio e África) da Acer, uma
empresa taiwanesa fabricante de computadores,
acha que o centro de gravidade do setor de TI
está “se deslocando do Ocidente para o Oriente”.
Brett Dawson, Diretor Executivo da Dimension
Data, empresa fornecedora de software e serviços
de TI sediada na África do Sul, também destaca
os “ganhos materiais das empresas de tecnologia
sediadas na Ásia em comparação àquelas dos
Estados Unidos e Europa”. No entanto, as
empresas vistas como as que realmente poderão
mudar o jogo, atraindo as mais altas valorizações,
ainda têm raízes norte-americanas. É o caso da
Apple, Google, Amazon, e — mais recentemente
—Facebook.
Para o Professor David Hsu, da Wharton Business
School, os EUA não vão ficar atrás dos seus
rivais dos mercados emergentes tão cedo. Além
de ter todos os ingredientes vitais necessários
para os empreendedores prosperarem, inclusive
instituições educacionais de classe mundial, uma
comunidade de capital de risco desenvolvida
e um sistema político favorável às empresas,
os EUA também têm uma cultura arraigada de
estímulo à experimentação. “Cerca de 75%
dos investimentos de capital de risco nos EUA
resultam em um valor de saída de zero, mas
sem essa tolerância ao fracasso haveria menos
sucessos,” diz ele.
Assim, não é de admirar que os EUA sejam o
país classificado em primeiro lugar em 2011
na categoria de P&D do Índice, que considera
indicadores como geração de patentes de TI e
gastos de TI públicos e privados. Israel, Taiwan,
Finlândia e Cingapura completam o grupo dos
cinco primeiros países nesta categoria.
A outra grande vantagem dos EUA é o que o
Professor Hsu chama de relações “incestuosas”
promovidas pelo Vale do Silício: a comunidade
tecnológica está se regenerando constantemente,
à medida que as pessoas saem de uma
organização para abrir outra, e investidores
“anjos” as acompanham. No ambiente de hoje,
essas novas empresas podem rapidamente se
tornar alvos de aquisições caras, alimentando
ainda mais interesse empresarial. A grande
motivação é ser adquirida pelas Oracles e
Microsofts do mundo”, afirma Mike Shove,
Presidente do Grupo Asiático da CSC, uma
empresa de serviços de TI.
Ambiente de P&D:
10 Primeiros Países e Pontuação
Países recebem a pontuação em escala de 1 a 100.
74.3
Estados Unidos
71.3
Israel
69.9
Taiwan
Finlândia
67.3
Cingapura
67.2
56.9
Japão
55.9
Irlanda
54.9
Suécia
52.6
Alemanha
47.6
Canadá
Fonte: Economist Intelligence Unit
Business Software Alliance
5
Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011
Desenvolvimentos ainda mais amplos podem
impulsionar a inovação em outras partes
do mundo. Para começar, à medida que a
renovação de vistos de trabalho para os EUA se
tornarem mais difíceis, os expatriados asiáticos
poderão voltar ao seus países e explorar seus
conhecimentos das condições do mercado local,
aliando-o às suas experiências e seus contatos
nos EUA, para criar novos produtos e serviços
de TI. A diminuição da disparidade entre os
salários nos EUA e nos mercados emergentes do
Extremo Oriente provavelmente irá favorecer essa
tendência.
Custos trabalhistas crescentes já estão forçando
mudanças em países onde a produção de
hardware é de suma importância. Ian Ing, um
analista da Gleacher & Company baseado em
Nova York, diz que não é justo continuar acusando
os gigantes da tecnologia chinesa Huawei e
ZTE de simplesmente produzir versões de baixo
custo de produtos originalmente desenvolvidos
nos Estados Unidos ou Europa. “Eles continuam
voltados a soluções de baixo custo, mas agora
têm produtos de ponta e estão abertos a novas
formas de melhorar o valor por desempenho”,
diz ele. “Empresas novas com componentes
inovadores, ou até mesmo empresas menores,
têm muito mais chance de vender para a Huawei
e ZTE do que para a Ericsson e Cisco, que só
querem negociar com grandes empresas de
capital aberto. A Optichron (agora Netlogic) e
Lattice Semiconductor são exemplos na área de
estações de base wireless.”
Subindo
O desaparecimento gradual da vantagem de
baixo custo causará mudanças mais profundas.
Para empresas taiwanesas, que mudaram grande
parte da sua produção de hardware para a China,
uma prioridade estratégica é o desenvolvimento
de expertise na área mais lucrativa de software e
serviços, de acordo com Walter Deppeler, da Acer.
Tentando construir uma reputação de qualidade
e inovação, a Acer conseguiu se transformar em
uma marca global e cultivar relacionamentos com
6
Business Software Alliance
outras empresas, inclusive a Google. “O desafio
para algumas dessas empresas é fazer a transição
de ser apenas uma pequena parte de uma cadeia
de suprimento para ser uma empresa que está na
vanguarda de uma determinada categoria”, afirma
o Professor Hsu.
Mas essa não é a única dificuldade. Em muitos
mercados emergentes, empresas de TI não
estão tão próximas dos consumidores como no
Ocidente, e assim, inovações em áreas como
redes sociais – onde existe um potencial para
desenvolver uma “plataforma” e transformar-se
num fenômeno global – são muito mais difíceis
de realizar. “Os EUA são um país muito inovador
porque tem um grande mercado interno que é
responsável por [uma grande parte] dos gastos
com tecnologia global”, afirma Phaneesh Murthy,
Diretor Executivo da empresa indiana de serviços
de TI iGATE Patni. “Estando estabelecido naquele
mercado, você entende a cultura de uso.”
Por outro lado, em Israel, que é um país pequeno
mas relativamente rico, o setor de TI é em
grande parte voltado à exportação. Embora
bem-sucedidas, suas empresas tendem a ser
engrenagens importantes, em vez de serem
marcas popularmente reconhecíveis. E como os
mercados atingíveis de tecnologia sofisticada
são limitados nos países do grupo BRIC, suas
empresas de TI lutam para atrair consumidores
nas economias desenvolvidas. “ Depois de ter
desenvolvido os produtos mais avançados, você
pode simplificá-los para diversas categorias de
renda”, diz o Professor Hsu. “É muito mais difícil
fazer o contrário.”
Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011
PESSOAS PARA TECNOLOGIA
U
m executivo alemão entrevistado em
2009 para a última edição deste estudo
manifestou a preocupação de que os
empregos começariam a migrar da Europa para
mercados menos regulamentados após a recessão.
Mas mercados de trabalho inflexíveis não são
o problema mais grave que os empregadores
de TI da Europa estão enfrentando atualmente.
Sage, uma empresa fornecedora de software e
serviços de administração de negócios, sediada
no Reino Unido, lamenta a baixa qualidade e
disponibilidade de profissionais de TI na Europa.
A menos que a situação melhore, é provável no
futuro que a empresa preencha mais cargos com
profissionais de mercados emergentes (ver estudo
de caso, “Crise de Talentos de Tecnologia”).
O Professor Hsu da Wharton Business School
diz que os países europeus têm a maioria dos
ingredientes necessários para se ter um setor de
TI competitivo – inclusive a infraestrutura física,
sistemas políticos estáveis e boa aplicação das
leis de proteção aos direitos de propriedade
intelectual – mas acha que eles são prejudicados
pelo “rigor trabalhista”. “Se você tem uma política
de governo ou uma cultura de negócios que induz
um mercado de trabalho rígido, isso prejudica a
inovação”, afirma ele.
O contraste, claramente, é com os EUA, onde
o recrutamento e a demissão de pessoal são
percebidos como processos menos complicados,
adequados à cultura de experimentação discutida
anteriormente. No entanto, nem os profissionais
da Europa nem dos EUA conseguem competir
com os profissionais dos mercados emergentes
em termos de custo. “Se eu começar a pensar
em países onde há talento disponível numa faixa
de preço mais acessível, então é claro que a Índia
tem vantagens significativas”, afirma Phaneesh
Murthy, da iGATE Patni. “Em termos de valor
pelo dinheiro, ela continua em primeiro lugar no
mundo.”
À medida que os salários nos mercados
emergentes subirem, essa vantagem desaparecerá
gradualmente. E também, a competitividade do
setor de TI nos mercados emergentes não vai
necessariamente aumentar, se seus profissionais
estiverem sendo atraídos para o Ocidente. Mas
a crescente disponibilidade e qualidade dos
profissionais de TI da Ásia, em particular, deve ser
uma preocupação de longo prazo para economias
mais desenvolvidas. “Há enormes bancos de
talentos em toda região da Ásia, sendo que a
China sozinha vai lançar no mercado 400.000
formandos de TI este ano”, explica Mike Shove,
da CSC. “E a qualidade está lá em diversos
níveis.”
Capital Humano:
10 Primeiros Países e Pontuação
Países recebem a pontuação em escala de 1 a 100.
74.1
Estados Unidos
China
60.4
Austrália
60.4
58.7
Coreia do Sul
57.5
Reino Unido
Nova Zelândia
56.0
54.8
Irlanda
Taiwan
53.7
Canadá
53.4
52.8
Índia
Fonte: Economist Intelligence Unit
Business Software Alliance
7
Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011
Esses simples números, quando combinados com
custos mais baixos e maior qualidade, significam
alguma coisa para os produtores de TI em
qualquer parte do mundo, preocupados com a
futura escassez de talentos. A China emprega, de
longe, o maior número de profissionais de TI no
mundo (mais de 5 milhões, segundo as estimativas
da Economist Intelligence Unit), ficando atrás
só da Rússia e da Índia quando se trata de
estudantes matriculados em cursos do terceiro
grau nas áreas de ciências e engenharia. É por
isso que a China ocupa o 2º lugar globalmente,
perdendo apenas para os EUA, na categoria de
capital humano do Índice. (Índia e Rússia ocupam
posições relativamente altas, 10º e 11º lugares,
respectivamente.)
Um toque mais suave
Talvez a maior mudança que está ocorrendo na
Ásia é a melhoria nas chamadas “competências
pessoais”, que estão fora do âmbito tradicional
do profissional de TI. Enquanto Mike Shove diz
que ainda há uma certa imaturidade na área de
gerenciamento de projetos, que é importante
para a CSC enquanto empresa de serviços de TI,
o Professor Hsu observa um “movimento enorme”
na educação empresarial que terá implicações de
longo alcance. “Nós [Wharton Business School]
ajudamos a criar a Indian School of Business e
temos uma parceria na China com a Universidade
de Beijing”, diz ele. “O desenvolvimento dos
talentos administrativos locais será um grande
impulsionador, ajudando esses países a avançar.
Os EUA, claro, ainda podem comemorar o
melhor ambiente do mundo para educação
empresarial. Junto com o Reino Unido, Irlanda
e Austrália, os EUA recebem a maior pontuação
no indicador “qualidade das competências de
tecnologia” do Índice, que avalia a capacidade
do sistema educacional de treinar tecnólogos
com habilidades de negócios. Ian Ing, da
Gleacher & Company, sugere que a perspicácia
comercial pode subsidiar a tomada de decisão
dos educadores de TI tradicionais sobre onde
concentrar recursos. “Minha escola de engenharia
de pós-graduação, Georgia Tech, agora produz
menos designers de semicondutores, pois muitos
desses empregos passaram para a Ásia, mas ela
tem muita expertise em otimização de ferramenta
de busca”, diz ele. “Você precisa ser ágil em
termos de onde você está investindo e jogar com
seus pontos fortes.”
Estudo de Caso
Crise de Talentos de Tecnologia
A busca de talentos de TI na Europa Ocidental está ficando cada vez mais difícil, de acordo
com Sage. Esta empresa sediada no Reino Unido, uma das maiores fornecedoras de software e
serviços de administração de empresas, possui cerca de 13.500 empregados em nível mundial,
com aproximadamente 20% deles em pesquisa e desenvolvimento e 15% em funções de suporte
técnico. A rotatividade de empregados gira em torno de 15% ao ano, e portanto, a empresa
precisa preencher cerca de 2.000 cargos por ano antes mesmo de considerar qualquer iniciativa de
crescimento.
Para Karen Geary, Diretora de Recursos Humanos e Comunicação Corporativa do Grupo, a baixa
disponibilidade de talentos é uma preocupação especial. No Reino Unido, por exemplo, um
número relativamente menor de jovens está escolhendo cursos de TI/baseados em tecnologia no
ensino superior. (De acordo com dados da UNESCO, o número de estudantes matriculados em
cursos de ciências no ensino superior caiu em mais de 7% entre 2005 e 2008.
continua na próxima página
8
Business Software Alliance
Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011
continuação da página anterior
O contraste com outras partes do mundo é gritante. “A disponibilidade de talentos de TI é muito
maior em algumas das economias asiáticas porque é isso que eles estão produzindo nas escolas”,
afirma Karen Geary. “Eu acho que TI é vista como uma disciplina mais aceitável para se seguir. Isso
é especialmente verdadeiro quando se acrescenta gênero à mistura, pois as mulheres asiáticas
são bem representadas em tecnologia, em contraste com a Europa Ocidental. Assim sendo, em
números puros, a base de talentos disponíveis na Europa é provavelmente menor.”
Mas não é só a baixa disponibilidade que preocupa a Sra. Geary. A qualidade dos talentos em
oferta é frequentemente mais baixa nas economias da Europa Ocidental do que em outros lugares,
segundo ela. Embora as pessoas com diploma universitário tendam a ser mais entendidas em
TI, muitas vezes lhes falta a visão de negócios e o treinamento que uma organização voltada
para o cliente como a Sage valoriza cada vez mais. “As universidades continuam a produzir
candidatos com habilidades essencialmente técnicas, ao passo que outras habilidades também são
frequentemente necessárias na mesma medida”, observa a Sra. Geary.
Suas críticas podem surpreender aqueles que acham que a Ásia é o verdadeiro retardatário nesta
área, mas Karen Geary acredita que a região fez grandes avanços nos últimos anos. “Sei que
certas partes da Ásia têm a reputação de serem focadas demais na parte de tecnologia, mas os
estudantes que eu conheci têm uma formação muito mais completa do que costumavam ter”, diz
ela.
Embora a Sage esteja envolvida no nível educacional – com funcionários seniores assumindo
funções em conselhos de universidades e oferecendo subsídios para currículos – o ritmo mais lento
da vida acadêmica dificulta a incorporação de novas habilidades nos cursos. A empresa continua
despendendo um tempo considerável para preparar novos empregados, sendo que o pessoal do
suporte técnico precisa de um treinamento inicial de três a seis meses e os desenvolvedores de
software, um ano.
A longo prazo, as implicações das deficiências percebidas da Europa podem ser dramáticas.
A Sage já está começando a preencher cargos nos EUA e na Europa com profissionais de TI
originários de mercados emergentes. Segundo Karen Geary, esta tendência irá aumentar nos
próximos anos, a menos que mais jovens possam ser persuadidos a escolher diplomas na área de
ciências. “Precisamos tornar a tecnologia mais atraente em termos de postos de emprego, bolsas
de estudo e incentivos financeiros”, observa.
Terceirização também pode se tornar mais atraente, se a escassez de qualificações persistir. Devido
à ênfase dada ao serviço de atendimento ao cliente, a Sage não tem planos para mudar seu capital
humano para outras partes do mundo. Mas outras empresas pensam de maneira diferente. O custo
era o principal motivo para terceirização. Será que o talento pode assumir seu lugar?
Business Software Alliance
9
Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011
CUMPRINDO A LEI
S
e a recente recessão teve um único
impacto importante sobre o ambiente
jurídico, este talvez tenha sido o de
reduzir a disposição para entrar em litígios – um
método caro de resolver disputas – e aumentar
o interesse em atividades colaborativas, tais
como licenças cruzadas. “Estamos ajudando
os nossos clientes de TI de maneiras bem
diferentes”, afirmou Charlotte Walker Osborn,
Chefe de Telecomunicações, Mídia e Tecnologia
da Eversheds, um escritório de advocacia
internacional com sede em Londres. “Estamos
Ambiente Jurídico:
10 Primeiros Países e Pontuação
Países recebem a pontuação em escala de 1 a 100.
Austrália
92.5
Estados Unidos
92.0
Holanda
90.5
Alemanha
90.5
Dinamarca
90.5
Finlândia
89.5
Reino Unido
88.5
Suíça
88.5
Bélgica
88.5
Áustria
88.5
Fonte: Economist Intelligence Unit
10
Business Software Alliance
vendo muito trabalho onde os fabricantes de
produtos de tecnologia estão entrando em
operações casadas com prestadores de serviços
de tecnologia.”
Estas uniões, claro, estão sendo incentivados
por tendências mais amplas, mas em tais
circunstâncias os especialistas jurídicos podem
fazer muita coisa para aumentar a competitividade
dos setores de TI nacionais. “Se os advogados
mostrarem que conseguem encontrar outras
soluções, envolvendo negociação ou mediação,
em vez de submeter seus clientes a alguma
forma de litígio prolongado, eles farão com que
seus países pareçam muito mais atraentes”,
disse Antony Gold, Chefe do Contencioso de
Propriedade Intelectual, Eversheds.
Mesmo assim, quando o assunto é a proteção
dos direitos de propriedade intelectual (DPI)
– uma preocupação significativa para muitas
empresas de TI – alguns países continuam sendo
vistos como atrasados. O Sr. Murthy observa
que muitas empresas de tecnologia ainda têm
grandes preocupações em relação à proteção à
propriedade intelectual na China. De fato, embora
a China esteja sendo pressionada há muito tempo
pela Organização Mundial do Comércio e EUA
para melhorar nessa área, ela continua sendo
apontada como a principal culpada no que se
refere à negligência na aplicação das leis de
proteção dos DPI.
De acordo com Antony Gold, o maior problema
na China não é a corrupção óbvia, mas
simplesmente o fato de que os processos judiciais
podem se arrastar por muitos anos. “Com algo
como oposição a uma marca registrada, que é
um problema comum na China, um processo que
duraria poucos meses no Reino Unido pode levar
0
20
40
60
80
100
Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011
até quatro anos”, ele explica. “Nós temos vários
clientes que estão enroscados nesse sistema.” Um
agravante é o fato de que certos tipos de serviços
jurídicos só podem ser prestados por empresas
chinesas, e não por escritórios de advocacia
internacionais.
Uma onda de inovações e a necessidade
das empresas de TI chinesas diversificarem
suas atividades, passando da fabricação para
o desenvolvimento de software, poderia
proporcionar o impulso para a mudança. “À
medida que as inovações acontecerem, o
interesse na proteção da propriedade intelectual
virá de dentro do país, em vez de vir de uma
multinacional norte-americana que reclama
do sistema”, afirma Mike Shove da CSC”. Em
outras palavras, quando as empresas chinesas
começarem a desenvolver seus próprios produtos
de software, elas vão querer ser protegidas.”
O centro das atenções na China não deve, claro,
distrair a atenção de deficiências em outros
lugares. Enquanto Antony Gold elogia a Alemanha
e a Áustria por terem sistemas judiciais que são
rápidos e baratos para os litigantes, ele diz que
o sistema francês é muito lento, enquanto o
do Reino Unido é considerado bastante caro.
“Estamos nos esforçando muito para melhorar
isso, em parte através do Tribunal de Patentes do
Condado [criado para oferecer uma alternativa
menos cara e menos complexa que o Supremo
Tribunal], e você consegue um sistema judicial
relativamente bom no Reino Unido”, completa
Gold.
As virtudes da aliança
Embora sistemas de patentes rigorosos sejam às
vezes vistos como barreiras à inovação, a falta de
proteção legal para aplicativos e sites de redes
sociais pode ser igualmente preocupante. Uma
vez que estes desenvolvimentos mais novos
são geralmente protegidos apenas pela lei de
direitos autorais, e não pelas leis de patentes,
que são mais rigorosas e se destinam a inovações
mais substanciais, eles são muito mais fáceis
de replicar sem medo de represálias legais,
segundo Charlotte Walker Osborn. “Isso exerce
pressão sobre inovações nesta área”, explica
ela. “Ninguém quer arriscar gastar um monte de
dinheiro, se outra pessoa pode copiar sua idéia.”
Por outro lado, tem havido alguns
desenvolvimentos animadores na área de
colaboração transfronteiriça relacionada a crimes
cibernéticos. Desde a última atualização do
nosso estudo, vários países – incluindo Áustria,
Alemanha, Portugal, Espanha e Azerbaijão
– ratificaram a adesão dos seus governos à
Convenção do Conselho da Europa sobre Crimes
Cibernéticos. E em julho de 2011 ocorreu o
lançamento da Cyber Security Protection Alliance
– ICSPA (Aliança Internacional de Proteção e
Segurança Cibernética), uma organização sem
fins lucrativos cujo objetivo declarado é “canalizar
recursos, expertise e assistência diretamente,
para auxiliar as unidades de combate a crimes
cibernéticos”. A Sra. Walker Osborn, que é
membro do British Computer Society Information
Security Specialist Group (BCS-ISSG), vê o
estabelecimento da ICSPA como um movimento
positivo. “É preciso muito conhecimento técnico
para lidar com esses crimes, e a polícia já está
sobrecarregada só de lidar com os problemas
locais”, observou.
Embora sediada no Reino Unido e apoiada
por políticos do Reino Unido, o principal
objetivo da ICSPA é prestar assistência a outros
países. Os países que são mais sérios sobre a
competitividade no setor de TI provavelmente
ficarão satisfeitos com sua criação. “Os governos
que querem o sucesso dos seus negócios de
tecnologia sabem que precisam enfrentar o
problema do crime cibernético”, disse a Sra.
Walker Osborn. “Devido à sua natureza sem
fronteiras, a melhor maneira de fazer isso é através
de alianças.”
Business Software Alliance
11
Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011
POLÍTICA E INFRAESTRUTURA
E
nquanto os governos da China e Coreia
do Sul anunciavam algumas iniciativas
arrojadas relacionadas à tecnologia verde
e redes inteligentes durante a crise, muita gente
no Ocidente atingido pela recessão estava mais
interessada em estímulos de curto prazo. Nos
EUA, por exemplo, isso assumiu a forma de
projetos de obras públicas para criar empregos
temporários. “Foi um pouco decepcionante essa
falta de visão”, afirmou Ian Ing, da Gleacher &
Company. “Os contribuintes norte-americanos
estavam dispostos a acelerar em 2009, e no
ambiente atual provavelmente não estão”.
Suporte ao Desenvolvimento do Setor de TI:
10 Primeiros Países e Pontuação
Países recebem a pontuação em escala de 1 a 100.
87.2
Estados Unidos
85.4
Canadá
83.9
Irlanda
Cingapura
82.3
Noruega
82.1
Austrália
82.1
Suécia
81.6
Nova Zelândia
80.7
Hong Kong
80.4
Reino Unido
80.0
Fonte: Economist Intelligence Unit
12
Business Software Alliance
Da mesma forma, os EUA continuam com um
excelente desempenho no que se refere à força
dos seus ambientes jurídicos para produtores de
TI, embora tenham perdido a liderança em 2011
para a Austrália.
Mesmo durante a recessão, a empresa de software
SAP reclamou do esquema de desmanche
de carros da Alemanha pela mesma razão,
argumentando que os formuladores de políticas
fariam melhor se apoiassem tecnologias criadas
para melhorar a competitividade de diversos
setores. A Economist Intelligence Unit duvida da
sabedoria do apoio do governo para tecnologias
específicas, mas acredita que, quando a economia
global começar a se recuperar, a necessidade dos
governos de adotar uma visão de longo prazo do
desenvolvimento do setor de TI parece ser mais
forte do que nunca.
Assim como os capitalistas de risco, os
formuladores de políticas não podem
simplesmente olhar para alguma coisa de uma
perspectiva anual”, afirma o Professor Hsu
da Wharton Business School. “Em termos de
investimentos, eles precisam pensar nos próximos
sete a nove anos, se quiserem fazer mudanças
significativas em relação à competitividade do
país”.
0
20
40
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80
100
Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011
Estudo de Caso
As Recompensas e os Perigos das Políticas do Setor
de TI
Os formuladores de políticas têm o mérito de ter transformado a Coreia do Sul numa potência de
TI e um dos países mais conectados do mundo. Ela ocupa um respeitável 19º lugar no Índice de
Competitividade do Setor de TI de 2011. Mas os esforços do governo para fomentar um setor de
TI competitivo também receberam fortes críticas.
Sem dúvida, o setor de TI é o propulsor do sucesso da economia da Coreia do Sul. O país asiático
é atualmente o maior produtor mundial de semicondutores de memória e painéis de exibição e
o segundo maior fabricante de telefones celulares. De acordo com o Ministério da Economia do
Conhecimento, as exportações de TI cresceram de US$ 5 milhões em 1970 para US$ 154 bilhões
em 2010, e atualmente representam 33% do total das exportações. O setor de TI é responsável
por aproximadamente 11% do PIB, em comparação com 0,01% de 40 anos atrás.
Autoridades do Ministério da Economia do Conhecimento salientam que o segredo desse sucesso
é a colaboração efetiva entre o governo e o setor privado. Um bom exemplo é a expansão das
redes de banda larga super-rápida, que serão de suma importância na era de engenharia de
nuvem. Estabelecendo metas firmes para velocidade e cobertura e oferecendo incentivos como
um regime tributário favorável, o governo tem incentivado o setor privado a investir grande parte
dos recursos necessários, assegurando que a
concorrência não sofra.
Os esforços do governo na área educacional
também são louváveis. Uma das iniciativas
é promover a cooperação entre empresas,
universidades e instituições de pesquisa.
Um programa de “mentoração de TI” dá
aos estudantes a oportunidade de adquirir
experiência em um ambiente comercial. Ao
mesmo tempo, o governo tenta assegurar
que pessoas de negócios estejam envolvidas
na formação de currículos das universidades.
Tudo isso tem por objetivo combinar as
necessidades do setor de TI com o sistema
educacional.
No entanto, a Coreia do Sul adquiriu uma
reputação ao longo dos anos por suas políticas
protecionistas que favorecem chaebols, como
a Samsung, e desestimulam investimentos
estrangeiros diretos. Em 2009 – o último ano
com dados reais disponíveis – a Coreia do Sul
teve uma classificação abaixo de qualquer
outro par regional, exceto o Japão, em
termos de investimentos diretos no país como
porcentagem do PIB (ver tabela; embora não
sejam específicas do setor, estas estatísticas
Investimento Estrangeiro Direto como %
do PIB, 2009
Hong Kong
25.04
Cingapura
9.17
Vietnã
8.16
Índia : 2.61
Indonésia : 0.90
Taiwan : 0.74
Malásia : 0.72
Coreia do Sul : 0.27
Japão : 0.24
Fonte: Economist Intelligence Unit
continua na próxima página
Business Software Alliance
13
Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011
continuação da página anterior
quase certamente refletem os investimentos estrangeiros no setor de tecnologia, que na Coreia
do Sul representam uma grande parcela da produção econômica). O Ministério da Economia do
Conhecimento levanta as mãos em aprovação por ter “causado controvérsia pela discriminação
contra empresas estrangeiras”, mas insiste que recentemente aumentou o escopo de setores
abertos a investimentos estrangeiros e está tentando criar um ambiente de concorrência justa para
empresas estrangeiras.
Uma crítica relacionada é que os formuladores de políticas têm promovido tecnologias com apelo
comercial limitado apenas para sustentar os chaebols. Um exemplo clássico – ainda que seja do
setor de telecomunicações – é o da WiBro, uma tecnologia de banda larga móvel desenvolvida
principalmente pela Samsung. O governo praticamente forçou a Korea Telecom e a SK Telecom,
as duas maiores operadoras do país, a lançar a tecnologia WiBro, apesar de ambas preferirem
padrões 3G mais estabelecidos. Como agora as duas operadoras estão começando a migrar da
tecnologia 3G para LTE, a assim chamada tecnologia ‘4G’, o dinheiro gasto com a WiBro parece
ter sido desperdiçado.
Talvez o maior problema que o governo criou é de ordem cultural. Chaebols como a Samsung se
tornaram tão poderosas que empresas nacionais menores foram expulsas do cenário quase que
por completo. Consequentemente, os alunos mais brilhantes da Coreia do Sul têm visto pouco
incentivo para se tornarem empreendedores. O governo agora diz que está buscando políticas
para alimentar os talentos criativos de TI e oferecer mais apoio a pequenas e médias empresas.
O apoio a fontes alternativas de inovação aos gigantes da tecnologia parece uma atitude
eminentemente sensata.
O importante aqui é reconhecer e responder à
grande mudança que está ocorrendo na TI. À
medida que mais software e aplicativos passam
dos desktops e servidores hospedados localmente
para a “nuvem”, os formuladores de políticas
podem tomar várias medidas para assegurar que
seus consumidores e produtores não fiquem de
fora. Entretanto, Brett Dawson da Dimension Data
sugere que eles poderiam ser mais ambiciosos em
suas abordagens. “Há muitos órgãos do governo
usando aspectos da tecnologia de nuvem, mas
são poucos os que vieram com uma abordagem
audaciosa”, observa. “Há uma escassez de
informações médicas centralizadas e sistemas
financeiros governamentais, por exemplo. Os
governos precisam transformar suas plataformas
ICT para estimular uma ampla adoção da
tecnologia de nuvem”.
14
Business Software Alliance
Os formuladores de políticas europeias
estão tentando tratar de algumas questões
transfronteiriças levantadas pela nuvem. Até 2012,
a Vice-Presidente da Comissão Europeia Neelie
Kroes quer ter um plano desenvolvido para uma
estratégia de engenharia de nuvem para toda
a UE, que também trataria de outras questões,
tais como a interoperabilidade e alocação de
fundos para novas pesquisas e desenvolvimento
de soluções de nuvem. Em um discurso proferido
em janeiro deste ano na reunião anual do Fórum
Econômico Mundial em Davos, ela citou três áreas
chave para essa estratégia: estrutura jurídica;
princípios técnicos e comerciais; e mercado.
Claramente, a primeira delas levanta algumas
grandes questões. Por exemplo, quais leis do
país se aplicariam, se a sede da empresa, seus
sistemas administrativos e seus clientes estivessem
localizados cada um deles em um país diferente?
Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011
Outra maneira importante dos governos
facilitarem um movimento em direção à
engenharia de nuvem é assegurar que a
infraestrutura básica esteja no lugar. “Se vamos
criar centros de nuvem que podem ser usados
em toda a região da Ásia-Pacífico, precisamos ter
ligações fortes de telecomunicações”, afirma Mike
Shove, da CSC. Conforme observado por Brett
Dawson, o envolvimento do governo na expansão
da banda larga assumiu diversas formas diferentes,
que incluem de financiamento do setor público na
Austrália e Coreia do Sul à regulamentação leve
nos EUA. Entretanto, qualquer esquema errado
pode prejudicar a implantação ou concorrência.
Em algumas partes da Europa Ocidental, as
autoridades já foram bombardeadas por isentar
redes de alta velocidade das regulamentações
aplicadas a investimentos de banda larga mais
antigos.
Uma recuperação econômica medíocre, ou a
necessidade de manter um ritmo de crescimento
acelerado podem também gerar formas sutis
de protecionismo, como financiamento de
fornecedores com garantia soberana. Ian
Ing observa que atualmente nem todas as
empresas norte-americanas têm os balanços
para financiamento de fornecedores, mas que
o governo chinês pode ajudar líderes nacionais
como Huawei e ZTE. “Portanto” diz ele, “não é
verdadeiramente um mercado aberto.”
Infraestrutura de TI:
10 Primeiros Países e Pontuação
Países recebem a pontuação em escala de 1 a 100.
A Suíça é líder do Índice este ano na categoria
de infraestrutura de TI, com Dinamarca, Holanda,
Suécia e Austrália se mostrando também
extremamente competitivas. Além de ter uma
das taxas de penetração de banda larga mais
elevadas do mundo, seu desempenho melhorou
desde 2009 em todos os outros indicadores
de infraestrutura – e principalmente quando se
trata de segurança da Internet, que também é
fundamental para o sucesso da engenharia de
nuvem.
Suíça
Noruega
80.2
Formuladores de políticas alimentam outras
preocupações além da infraestrutura. A falta de
transparência em processos de negócios em
alguns mercados asiáticos é causa de considerável
“nervosismo” em uma grande multinacional com
sede nos EUA, explica o Sr. Shove. Ele também
adverte contra a dependência de incentivos do
governo ou reduções de impostos para tornar um
negócio viável. “Se isso mudar de repente, você
ficará com um centro pouco competitivo”.
Hong Kong
79.7
89.9
87.2
Dinamarca
84.3
Holanda
Suécia
83.3
Austrália
82.4
Canadá
76.9
Estados Unidos
76.5
74.0
Reino Unido
Fonte: Economist Intelligence Unit
Business Software Alliance
15
Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011
Estudo de Caso
Engenharia de Nuvem: A Jornada que Ainda Está por Começar
Engenharia de nuvem é a inovação mais importante que o setor de TI viu em muitos anos —comparável à migração
de mainframes para computadores pessoais. Os benefícios dos serviços baseados em tecnologia de nuvem para
usuários empresariais são potencialmente significativos, incluindo economia de custos pela redução dos custos da
infraestrutura fixa e maior flexibilidade para escalonar os recursos de TI para cima ou para baixo, conforme ditam as
circunstâncias. No entanto, o caminho para o futuro da engenharia de nuvem está cheio de obstáculos, segundo a
Dimension Data, uma empresa fornecedora de software e serviços de TI com sede na África do Sul.
Em mercados desenvolvidos, e particularmente no setor empresarial, os clientes de TI ainda têm muitas reservas em
relação à tecnologia de nuvem. “Alguns dos nossos clientes têm grandes preocupações relacionadas a segurança
e não estão preparados para abrir mão de seus principais aplicativos nesta fase”, afirma Brett Dawson, Diretor
Executivo da Dimension Data. Muitas corporações de grande porte também estão sobrecarregadas com sistemas
de TI envelhecidos e feitos sob encomenda, e fizeram pouco progresso na padronização e virtualização dos seus
aplicativos. “Essas empresas precisam adotar muitos princípios da arquitetura de nuvem internamente, antes de
passarem para a tecnologia de nuvem pública”, explica ele.
Brett Dawson calcula que a maioria das grandes empresas, bem como organizações do setor público e governos,
precisarão de pelo menos mais um ano para consolidar suas atividades de TI antes que a jornada rumo à tecnologia
de nuvem realmente comece.
Violações de segurança de grande repercussão na Sony e tempo fora da rede na Amazon no começo do ano irão
sem dúvida deixar as organizações ainda mais apreensivas, segundo Brett Dawson. Ele acredita que, em resposta
a isso, uma nova classe de fornecedores de tecnologia de nuvem aparecerá nos próximos anos, oferecendo níveis
garantidos de serviço, tendo em mente especificamente o setor empresarial. Até lá, as empresas podem continuar
a privilegiar o uso das assim chamadas nuvens privadas, que são operadas para uma única organização. Elas
prometem alguns dos benefícios econômicos das tecnologias de nuvem pública aberta, mas implicam um risco
menor.
Por outro lado, em mercados emergentes e entre organizações pequenas e médias, há mais entusiasmo pela
tecnologia de nuvem. “Elas permitem que essas empresas implantem sistemas de TI sem o nível de custo e
complexidade das soluções mais tradicionais”, afirma Brett Dawson. Economia de custos, claro, é um grande
incentivo para o setor empresarial, mas muitas empresas recém-inauguradas e organizações mais novas não precisam
fazer essa transição difícil dos sistemas mais antigos.
A restrição mais importante em mercados emergentes é provavelmente a infraestrutura básica de telecomunicações
– ou a falta dela. O Sr. Dawson aplaude a instalação da nova capacidade submarina na costa da África, dizendo que
ela vai ajudar a baixar os custos do acesso à Internet e estimular a adoção dos serviços de tecnologia de nuvem. Mas
ele acha que muitos dos mercados emergentes ainda precisam de mais desregulamentação de telecomunicações e
investimento em redes de telefonia fixa e móvel.
O Sr. Dawson disse que gostaria de ver mais países adotando abordagens ousadas como a Europa e EUA, o que
facilitaria a migração para engenharia de nuvem. Há alguns exemplos notáveis: no Brasil, por exemplo, o governo
está promovendo a tecnologia de nuvem como parte da sua iniciativa de modernização. No entanto, tem havido
um progresso internacional limitado na criação de um ambiente legislativo no qual a engenharia de nuvem possa
florescer. Leis que proíbem o armazenamento de dados financeiros em outra jurisdição, por exemplo, podem ser
vistas como um freio para a expansão da engenharia de nuvem.
Enquanto isso, os inovadores de tecnologia de nuvem continuarão encontrando respostas. “Por causa dessas leis,
fornecedores que atendem o setor empresarial precisarão de infraestrutura em várias regiões geográficas, o que é
um desafio em termos de complexidade e administração”, observa o Sr. Dawson. “É mais uma razão para eu achar
que um prestador de serviços de nível empresarial vai surgir num futuro próximo”.
16
Business Software Alliance
Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011
CONCLUSÃO: MUITOS CENTROS DE
COMPETITIVIDADE
A
pesar do impacto da recente recessão
no mundo desenvolvido, as nações da
América do Norte e Europa Ocidental
continuam tendo um bom desempenho no nosso
Índice. Para muitas delas, sobretudo os EUA, os
benefícios da visão de longo prazo e investimento
sustentado nos facilitadores da competitividade
do setor de TI estão dando frutos. Na verdade, a
contínua hegemonia dos EUA não causa surpresa,
dada sua reputação de longa data de inovação,
excelência acadêmica, visão de negócios e
estabilidade política. Combinados, esses fatores
produziram um ambiente no qual, segundo o
Professor Hsu, da Wharton Business School,
“vantagem gera vantagem”. Para os setores de TI
de outros países, que lutam para levantar capital
ou contra a burocracia do governo, os EUA por
vezes parecem estar desaparecendo ainda mais
longe na distância.
Mesmo assim, estão ocorrendo grandes mudanças
que poderiam levar a uma reformulação do
mercado global. Embora a Índia e China
atualmente estejam no meio da lista de
classificação, os dois países ganharam terreno no
Índice desde sua criação, e não seria de admirar se
tivessem mais ganhos nos próximos anos. Tendo
construído setores de TI competitivos nas áreas
de serviços e fabricação, os dois países enfrentam
uma ameaça à sua vantagem de baixo custo de
mão de obra, à medida que os salários sobem
e os negócios que podem ser comoditizados se
deslocam para outros mercados emergentes. No
entanto, vários especialistas do setor entrevistados
para este estudo notaram melhorias na qualidade
dos talentos de TI nesses mercados. Com o
surgimento de uma classe gerencial com mais
experiência em negócios, e o impulso dado pelos
recentes desenvolvimentos econômicos, China e
Índia passaram a ser levadas mais a sério como
empreendedores. À medida que a inovação ganha
terreno, a proteção dos direitos intelectuais – que
sempre foi vista como um problema nessa parte
do mundo –deverá melhorar também.
A Europa, entretanto, continua atraente em
termos de infraestrutura de TI e ambiente
jurídico, entre outros fatores. Mas o continente,
sem dúvida, não consegue acompanhar o ritmo
de outras regiões quando se trata de capital
humano, enquanto regulamentos rígidos de
mercado do trabalho e um clima desfavorável para
investimento nas redes de banda larga da próxima
geração pode atrapalhar o desenvolvimento do
setor de TI no futuro. Manter suas altas posições
no Índice pode ser um difícil desafio para esses
países nos anos vindouros.
Business Software Alliance
17
Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011
PLANO DA BSA PARA COMPETITIVIDADE
GLOBAL DE TI
A
inovação em tecnologia impulsiona o
crescimento econômico e melhora o
cotidiano das pessoas, mas os países
não podem achar que a inovação é uma coisa
garantida. Eles devem promovê-la ativamente
com políticas públicas que fomentam o
desenvolvimento de novas tecnologias. Na
condição de principal defensora do setor global
de software, a Business Software Alliance (BSA)
defende estruturas de políticas nacionais que
protejam a propriedade intelectual, atraiam e
recebam bem talentos do mundo inteiro, investim
em ciência básica, criem escolas excepcionais,
promovam mercados abertos, assegurem
concorrência justa e gerem segurança e confiança
na tecnologia.
O plano aqui delineado é amplamente aplicável
a todos os países que queiram prosperar na atual
economia digital globalmente integrada.
>> Aplicar com rigor as leis de direitos autorais
e marcas registradas — e garantir que elas
acompanhem novas inovações, como a
engenharia de nuvem.
>> Instituir penalidades civis e criminais para
combater violações de PI, principalmente nos
mercados de tecnologia da informação que
mais crescem no mundo, como China, Índia,
Brasil, e Rússia.
Sistemas de patentes de classe mundial
>> Dedicar recursos suficientes a escritórios de
patentes para assegurar que eles consigam
examinar requerimentos de maneira eficiente
e conceder patentes de alta qualidade,
eliminando as que não servem.
>> Não discriminar entre tecnologias ou tipos de
invenções.
Promover a Criação de Empregos,
Promovendo Criatividade e
Inovação
Leis fortes de proteção à propriedade intelectual
— incluindo leis de direitos autorais, patentes e
marcas registradas — constituem a base para as
empresas criativas prosperarem.
A BSA recomenda:
Forte aplicação das leis de proteção à
propriedade intelectual
>> Conscientizar o público sobre o papel
que os direitos de propriedade intelectual
desempenham, promovendo inovação e
impulsionando o aumento de empregos e
salários.
18
Business Software Alliance
Neutralidade tecnológica
>> Promover princípios tecnologicamente neutros
nas compras do governo e outras iniciativas
relacionadas a políticas.
Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011
Estimular a Economia Digital,
Inspirando Segurança e Confiança
On-line
A BSA busca políticas que fomentem um mercado
on-line vibrante, onde o governo, cidadãos e
empresas possam usar ferramentas de informação
com segurança e confiança – não importando se
as ferramentas são móveis, se estão instaladas em
um desktop ou servidas através da tecnologia de
nuvem. Esta é uma responsabilidade que deve ser
compartilhada pelo setor, governos, empresas e
consumidores.
A BSA recomenda:
Segurança da cadeia de suprimentos
>> Promover padrões internacionais para
auditorias de cadeia de suprimentos e
garantia de segurança — com os direitos de
propriedade intelectual honrados e respeitados
por fabricantes e prestadores de serviço em
todas as fases.
Infraestrutura essencial
>> Reforçar a segurança cibernética com normas
voluntárias direcionadas a riscos de uma
maneira flexível e pouco onerosa, para que as
empresas de tecnologia possam inovar mais
rapidamente do que o surgimento de ameaças.
Privacidade do consumidor e segurança
de dados
Crime cibernético
>> Apoiar o desenvolvimento de práticas sólidas
>> Promulgar leis fortes para prevenir e punir
de administração de dados para proteger a
privacidade dos consumidores; reforçar as
práticas de segurança para enfrentar ameaças
em constante evolução; e promover hábitos
responsáveis entre os usuários da Internet.
>> Assegurar que as políticas de privacidade
deixem amplo espaço para a inovação
tecnológica, bem como o desenvolvimento
de novos serviços, tais como engenharia de
nuvem.
>> Simplificar a conformidade para empresas
crimes cibernéticos, como os prescritos na
Convenção do Conselho da Europa sobre
Crimes Cibernéticos.
>> Criar órgãos especializados em crimes
cibernéticos, inclusive investigadores,
promotores e juízes bem equipados e
adequadamente treinados.
>> Superar a natureza sem fronteiras do crime
cibernético, criando redes de relacionamento
entre os órgãos de repressão no mundo inteiro.
e reduzir a confusão para os consumidores,
estabelecendo padrões nacionais uniformes
e exigindo que os consumidores sejam
notificados quando uma violação das suas
informações pessoais colocá-los em risco de
roubo de identidade, fraude ou atividades
ilícitas.
Transferências transfronteiriças de dados
>> Fazer acordos bilaterais ou multilaterais que
harmonizem o emaranhado cada vez mais
incoerente de regras que regem o movimento
de dados através das fronteiras.
Business Software Alliance
19
Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011
Abrir Mercados Globais e Criar
Oportunidades de Negócios
Investir nas Bases da Economia
Digital
A BSA acredita que o comércio internacional
cria empregos e estimula o crescimento
econômico. Isso implica eliminar barreiras
de mercado e desestimular as práticas de
compras discriminatórias no setor público. Isso
é especialmente importante nas economias em
rápido crescimento, como Brasil, Rússia, Índia e
China.
A BSA busca políticas para promover investimento
nas tecnologias da próxima geração, inclusive
infraestrutura inteligente. Isso estimula o
crescimento e a inovação não só no setor de
tecnologia, mas na economia em geral.
A BSA recomenda:
A BSA recomenda:
Educação e apoio para pesquisa e
desenvolvimento
Contratos comerciais de abertura de
mercado
>> Promover oportunidades educacionais em
>> Apoiar contratos comerciais que abram
>> Aumentar o financiamento para pesquisa
mercados para todas os tipos de serviços
e produtos lícitos, inclusive soluções de
engenharia de nuvem.
>> Redobrar esforços para garantir que parceiros
comerciais adotem e apliquem com rigor
leis modernas e eficazes contra o roubo de
propriedade intelectual.
ciências, tecnologia, engenharia e matemática.
básica e aplicada em universidades e
instituições governamentais.
Governo eletrônico
>> Expandir programas de governo eletrônicos
que permitam a cidadãos interagirem com o
governo e acessarem serviços públicos.
>> Trabalhar por planos de TI governamentais
abrangentes que sejam flexíveis e
tecnologicamente neutros, e que protejam a
privacidade e segurança dos cidadãos.
>> Liderar pelo exemplo, adotando soluções de
engenharia de nuvem quando apropriado.
Política tributária
>> Garantir que a legislação tributária promova
investimentos em novas tecnologias e
proporcione igualdade de condições para
empresas nacionais e multinacionais
20
Business Software Alliance
Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011
APÊNDICE: METODOLOGIA E DEFINIÇÕES DO
ÍNDICE
O
Índice de Competitividade do Setor de
TI tem por objetivo comparar países
em diferentes regiões do mundo, para
identificar em que medida eles possuem as
condições necessárias para sustentar um setor
de TI forte. Para tanto, a Economist Intelligence
Unit mantém um modelo de benchmarking
que classifica os países avaliando os principais
atributos de um setor de TI competitivo.
Existem seis categorias de indicadores usados no
Índice, as quais estão definidas na tabela abaixo,
juntamente com seus pesos no Índice e o peso
de cada indicador na categoria. São também
fornecidas as principais fontes de dados de cada
indicador, bem como uma indicação mostrando
se a pontuação é baseada em dados quantitativos
(por exemplo, dinheiro gasto, número de
estudantes) ou numa avaliação qualitativa feita
pelos analistas da Economist Intelligence Unit.
Os indicadores qualitativos são pontuados numa
escala de 1 a 5. Os indicadores quantitativos são
normalizados através do conjunto da população,
de modo que cada país seja medido de 0 a 1,
aplicando-se a fórmula (Yij=[xij-minij]/[maxij-minij])
para cada ponto dos dados. Depois disso, cada
indicador é convertido em uma pontuação de 0 a
100, aplicando-se o multiplicador apropriado (20
para indicadores qualitativos, 100 para indicadores
quantitativos). Como a soma dos pesos é 1, a
pontuação composta para cada país é também
baseada numa escala de 0 a 100 do Índice (onde
100 representa a maior e melhor pontuação
possível).
Quando se emprega um método de normalização
de pontuação como temos aqui, ocorre alguma
distorção de pontuação em indicadores
selecionados nas extremidades mais alta e mais
baixa da faixa de pontuação. Isso ocorre quando
os pontos do indicador são baseados unicamente
em dados quantitativos, e explica por que as
pontuações de alguns países em certas categorias
exibidas estão abaixo de 1, enquanto outros têm
pontuações acima de 80 na mesma categoria.
A normalização também é a razão pela qual
as pontuações de alguns países em categorias
individuais, ou no Índice geral, podem estar
menores do que no ano anterior, embora seu
desempenho real possa não ter piorado. Se
a pontuação do líder global em um indicador
quantitativo é inferior ao do líder do ano
anterior, as pontuações de outros países
naquele indicador serão afetadas, possivelmente
independentemente do seu desempenho real.
Não foram feitas mudanças nos indicadores
ou na metodologia de pontuação em 2011, e
os pesos anteriores permanecem inalterados.
Entretanto, mudamos a fonte de dados usada
para a pontuação de um indicador importante –
patentes de TI. Estatísticas sobre requerimentos
de patentes específicas de TI coletados pela
Organização Mundial de Propriedade Intelectual
(WIPO) passaram a ser usadas para este indicador.
(O European Patent Office foi a fonte usada em
2009).
Business Software Alliance
21
Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011
Modelo de Benchmarking
Principais fontes
de dados
Peso
Categoria 1: Ambiente geral de negócios
10%
Política de investimentos estrangeiros:
Política do governo para o capital estrangeiro;
receptividade cultural à influência estrangeira; risco de
expropriação; proteção ao investimento
20%
Economist
Intelligence Unit:
Classificação em
Ambiente de
Negócios
2006-10
Qualitativa:
atribuída por
analistas da
Economist
Intelligence Unit
Proteção à propriedade privada:
Grau em que os direitos de propriedade privada são
garantidos e protegidos
35%
Economist
Intelligence Unit:
Classificação em
Ambiente de
Negócios
2006-10
Qualitativa:
atribuída por
analistas da
Economist
Intelligence Unit
Regulamentação do governo:
Nível de regulamentação do governo (principalmente
procedimentos para concessão de licença) na criação de
novas empresas privadas
25%
Economist
Intelligence Unit:
Classificação em
Ambiente de
Negócios
2006-10
Qualitativa:
atribuída por
analistas da
Economist
Intelligence Unit
Liberdade para competir:
Liberdade das empresas existentes para competir em
mercados internos
20%
Economist
Intelligence Unit:
Classificação em
Ambiente de
Negócios
2006-10
Qualitativa:
atribuída por
analistas da
Economist
Intelligence Unit
Categoria 2: Infraestrutura de TI
20%
Investimento em TI:
Gastos do mercado em hardware, software e serviços de
TI (US$ por 100 pessoas)
15%
IDC
2010
Quantitativa
Propriedade de PC:
Computadores desktop e laptop por 100 pessoas
35%
Pyramid Research,
ITU
2010
Quantitativa
Penetração de banda larga:
Conexões de banda larga (xDSL, ISDN PRI, FWB, cabo,
FTTx) por 100 pessoas
25%
Pyramid Research
2010
Quantitativa
Segurança da Internet:
Servidores de Internet seguros, por 100.000 pessoas
10%
Banco Mundial,
Netcraft
2010
Quantitativa
Penetração de telefone celular:
Assinaturas de telefone celular por 100 pessoas
15%
Pyramid Research
2010
Quantitativa
22
Business Software Alliance
Ano
Tipo de
avaliação
Indicador
Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011
Principais fontes
de dados
Ano
Tipo de
avaliação
25%
UNESCO
2009
Quantitativa
Matrículas na área de ciências:
Matrículas em programas de ciências de terceiro grau
(número de pessoas)
15%
UNESCO
2009
Quantitativa
Emprego na área de TI:
Emprego no setor de tecnologia (número de pessoas)
20%
OECD; estimativas
da Economist
Intelligence Unit
2010
Quantitativa
Qualidade de habilidades tecnológicas:
Capacidade do sistema educacional de treinar tecnólogos
em habilidades de negócios (gerenciamento de projetos,
aplicativos voltados para o cliente e desenvolvimento da
web, etc)
40%
Economist
Intelligence Unit
2010
Qualitativa:
atribuída por
analistas da
Economist
Intelligence Unit
Categoria 4: Ambiente de P&D
25%
P&D do Setor público:
Despesa bruta do governo em P&D (dólar à paridade do
poder de compra, per capita)
15%
UNESCO; Banco
Mundial
2008
Quantitativa
P&D do Setor privado:
Despesa bruta do setor privado em P&D (dólar à paridade
do poder de compra, per capita)
15%
UNESCO; Banco
Mundial
2008
Quantitativa
Patentes:
Número de novos requerimentos de patentes de TI
internas apresentados por residentes a cada ano, como %
do total de requerimentos de patentes
50%
WIPO; estimativas
da Economist
Intelligence Unit
2007
Quantitativa
Royalties e taxas de licença:
Receitas de royalties e taxas de licença (dólares por 100
pessoas)
20%
Banco Mundial, IMF
2009
Quantitativa
Categoria 5: Ambiente jurídico
10%
Proteção à propriedade intelectual:
Abrangência, transparência da legislação de TI; adesão a
tratados
35%
Economist
Intelligence Unit:
Classificação em
Ambiente de
Negócios; fontes
nacionais
2006-10
Qualitativa:
atribuída por
analistas da
Economist
Intelligence Unit
Proteção dos direitos de PI:
Aplicação das leis de proteção da PI por órgãos do
governo e tribunais
35%
Economist
Intelligence Unit;
USTR; fontes
nacionais
2010
Qualitativa:
atribuída por
analistas da
Economist
Intelligence Unit
Indicador
Peso
Categoria 3: Capital humano
20%
Matrículas em curso superior:
Total de estudantes matriculados no ensino superior,
como % bruta da população em idade de cursar o ensino
superior
Business Software Alliance
23
Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011
Principais fontes
de dados
Ano
10%
Fontes nacionais
2010
Qualitativa:
atribuída por
analistas da
Economist
Intelligence Unit
Privacidade de dados e spam:
Status das leis referentes a privacidade de dados e antispam
10%
Fontes nacionais
2010
Qualitativa:
atribuída por
analistas da
Economist
Intelligence Unit
Crimes cibernéticos:
Status das leis referentes a crimes cibernéticos
10%
Fontes nacionais
2010
Qualitativa:
atribuída por
analistas da
Economist
Intelligence Unit
Indicador
Peso
Categoria 5: Ambiente jurídico (continuação)
10%
Assinatura eletrônica:
Status da legislação referente à assinatura eletrônica
Categoria 6: Suporte ao desenvolvimento do setor de
TI
Tipo de
avaliação
15%
Acesso a capital de investimento:
Acesso a recursos de médio prazo para investimento de
fontes internas e estrangeiras
20%
Economist
Intelligence Unit:
Classificação em
Ambiente de
Negócios
2006-10
Qualitativa:
atribuída por
analistas da
Economist
Intelligence Unit
Estratégia de governo eletrônico:
Existência de uma estratégia governamental nacional
coerente para alcançar objetivos do governo eletrônico,
visando a melhoria da entrega de serviço público e a
eficiência das operações de retaguarda
30%
UN; Comissão
Europeia; analistas
da Economist
Intelligence Unit
2010
Qualitativa:
atribuída por
analistas da
Economist
Intelligence Unit
Aquisição de TI pelo setor público:
Gastos do governo em hardware, software e serviços de
TI (dólares per capita)
15%
IDC; estimativas
da Economist
Intelligence Unit
2009
Quantitativa
Neutralidade tecnológica do governo:
Existência de uma atitude imparcial em termos de política
pública para tecnologia ou desenvolvimento do setor
(falta de suporte preferencial do governo para tecnologias
específicas ou para o setor)
35%
Analistas da
Economist
Intelligence Unit
2010
Qualitativa:
atribuída por
analistas da
Economist
Intelligence Unit
24
Business Software Alliance
Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011
Apêndice 2: Notas do Índice por Região
Posição
País
Pontuação
Variação
Américas
1
Estados Unidos
80.5
+1.6
2
Canadá
67.6
-3.7
3
Chile
43.2
-2.9
4
Brasil
39.5
+2.9
5
México
37.0
+4.9
6
Argentina
36.2
-0.2
7
Colômbia
33.7
+5.3
8
Peru
25.5
-0.6
9
Venezuela
24.5
+0.1
Ecuador
23.1
+0.3
1
Finlândia
72.0
-1.6
2
Suécia
69.4
-2.1
3
Reino Unido
68.1
-2.1
4
Dinamarca
67.9
-0.7
5
Irlanda
67.5
+0.6
6
Holanda
65.8
-4.9
7
Suíça
65.4
+1.8
8
Noruega
64.3
-2.8
9
Alemanha
64.1
+6.0
10
Áustria
61.4
+4.4
11
França
59.3
+0.1
12
Bélgica
57.7
-1.5
13
Itália
50.7
+2.2
14
Espanha
50.4
+3.1
15
Portugal
47.1
+1.9
16
Grécia
40.7
-2.3
1
Eslovênia
48.8
+3.5
2
República Tcheca
46.1
-0.9
3
Hungria
45.4
-0.7
4
Estônia
45.0
-10.5
5
Polônia
44.6
+3.9
6
Eslováquia
42.1
+0.7
7
Letônia
41.6
-0.9
10
Europa Ocidental
Europa Oriental
Business Software Alliance
25
Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011
Posição
País
Pontuação
Variação
Europa Oriental (continuação)
8
Romênia
40.4
+0.8
9
Croácia
39.0
+0.7
10
Lituânia
38.7
-4.6
11
Bulgária
38.1
+4.5
12
Rússia
35.2
-1.5
13
Ucrânia
28.9
-2.5
14
Cazaquistão
22.8
-3.6
15
Azerbaijão
20.3
-0.9
Oriente Médio & África
1
Israel
65.8
+1.5
2
Turquia
38.7
+5.0
3
África do Sul
35.0
-0.3
4
Arábia Saudita
34.1
+0.2
5
Egito
26.3
-0.4
6
Nigéria
21.4
+2.7
7
Argélia
19.5
-0.3
8
Irã
18.8
+1.7
1
Singapura
69.8
+1.6
2
Austrália
67.5
-1.1
3
Taiwan
64.4
+1.0
4
Japão
63.4
-1.8
5
Nova Zelândia
61.3
+2.5
6
Hong Kong
60.8
+3.3
7
Coréia do sul
60.8
-1.9
8
Malásia
44.1
+8.5
9
Índia
41.6
+7.5
10
China
39.8
+3.1
11
Tailândia
30.5
-1.3
12
Filipinas
28.4
-0.1
13
Vietnã
27.1
+2.1
14
Sri Lanka
25.0
+1.0
15
Indonésia
24.8
+2.0
16
Paquistão
22.3
+2.4
17
Bangladesh
20.6
-0.5
Ásia - Pacífico
26
Business Software Alliance
Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011
Apêndice 3: Notas do Índice por Categoria
GERAL
Peso da Categoria
AMBIENTE DE
NEGÓCIOS
INFRAESTRUTURA
DE TI
CAPITAL
HUMANO
AMBIENTE DE
PESQUISA E
DESENVOLVIMENTO
AMBIENTE
LEGAL
APOIO PARA O
DESENVOLVIMENTO
DA INDUSTRIA DE TI
10.0%
20.0%
20.0%
25.0%
10.0%
15.0%
Estados Unidos
80.5
95.3
76.5
74.1
74.3
92.0
87.2
Finlândia
72.0
98.2
71.0
52.1
67.3
89.5
78.6
Singapura
69.8
91.0
65.2
51.8
67.2
81.5
82.3
Suécia
69.4
90.1
83.3
46.4
54.9
85.0
81.6
Reino Unido
68.1
93.2
74.0
57.5
46.7
88.5
80.0
Dinamarca
67.9
95.1
87.2
47.9
42.0
90.5
79.0
Canadá
67.6
88.3
76.9
53.4
47.6
79.5
85.4
Austrália
67.5
92.3
82.4
60.4
32.7
92.5
82.1
Irlanda
67.5
96.0
59.3
54.8
55.9
85.0
83.9
Holanda
65.8
90.1
84.3
43.8
43.8
90.5
74.6
Israel
65.8
81.3
64.4
47.2
71.3
73.0
68.1
Suíça
65.4
88.3
89.9
40.7
41.3
88.5
75.0
Taiwan
64.4
86.5
54.1
53.7
69.9
74.5
61.4
Noruega
64.3
87.4
80.2
46.6
36.8
87.0
82.1
Alemanha
64.1
88.3
70.5
46.0
52.6
90.5
65.1
Japão
63.4
82.9
69.9
50.7
56.9
79.0
58.9
Áustria
61.4
87.4
69.9
42.0
40.7
88.5
74.9
Nova Zelândia
61.3
93.4
67.1
56.0
29.2
80.0
80.7
Hong Kong
60.8
97.3
79.7
46.4
23.0
81.0
80.4
Coréia do Sul
60.8
79.7
62.4
58.7
46.4
78.5
61.0
França
59.3
82.4
65.8
44.1
40.6
87.0
68.3
Bélgica
57.7
89.2
60.1
44.1
34.5
88.5
69.8
Itália
50.7
74.7
50.0
47.0
25.4
80.0
63.2
Espanha
50.4
84.4
44.6
47.1
24.4
76.5
66.1
Eslovênia
48.8
67.8
41.2
45.9
29.1
73.0
66.7
Portugal
47.1
85.6
47.8
43.3
11.3
76.5
65.9
República Tcheca
46.1
77.3
45.8
43.0
20.4
71.0
56.4
Hungria
45.4
79.1
39.0
44.6
23.1
67.5
55.2
Estônia
45.0
88.3
45.9
44.0
4.3
73.0
65.7
Polônia
44.6
76.5
42.8
42.6
18.1
70.0
55.9
Business Software Alliance
27
Investimento para o Futuro
Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011
GERAL
AMBIENTE DE
NEGÓCIOS
INFRAESTRUTURA
DE TI
CAPITAL
HUMANO
AMBIENTE DE
PESQUISA E
DESENVOLVIMENTO
AMBIENTE
LEGAL
APOIO PARA O
DESENVOLVIMENTO
DA INDUSTRIA DE TI
Malásia
44.1
69.6
27.4
29.9
43.9
59.5
58.2
Chile
43.2
94.1
32.3
42.1
1.4
72.5
75.4
Eslováquia
42.1
77.1
36.4
37.5
19.1
69.5
52.6
Letônia
41.6
78.6
28.1
45.4
20.1
62.0
52.5
Índia
41.6
61.8
5.8
52.8
42.9
53.5
51.0
Grécia
40.7
72.7
29.0
47.3
11.3
71.0
54.9
Romênia
40.4
70.4
31.0
32.9
31.8
56.0
46.7
China
39.8
54.5
18.1
60.4
25.6
59.5
42.2
Brasil
39.5
73.6
25.9
33.1
21.2
58.0
61.3
Croácia
39.0
60.8
36.6
36.4
18.2
59.5
52.0
Turquia
38.7
75.9
20.8
38.9
19.4
62.0
54.2
Lituânia
38.7
73.7
34.7
43.5
2.3
67.5
55.5
Bulgária
38.1
64.2
33.2
36.8
21.7
56.0
44.0
México
37.0
72.5
19.5
33.1
16.3
65.5
57.4
Argentina
36.2
53.9
28.7
38.3
16.8
67.5
43.3
Rússia
35.2
48.4
32.0
52.4
15.4
50.0
31.1
África do Sul
35.0
57.5
17.5
32.1
18.4
64.5
55.2
Arábia Saudita
34.1
70.0
29.1
32.9
5.6
55.0
51.9
Colômbia
33.7
68.5
17.8
25.8
15.1
62.0
54.3
Tailândia
30.5
78.8
16.1
34.0
0.3
43.5
54.2
Ucrânia
28.9
40.3
22.2
37.0
10.8
51.5
34.5
Filipinas
28.4
67.8
9.6
34.9
0.0
50.5
51.0
Vietnã
27.1
60.8
23.5
23.5
0.2
50.0
43.5
Egito
26.3
66.5
10.9
29.9
0.6
42.0
47.9
Peru
25.5
61.5
13.2
21.9
0.2
52.0
47.0
Sri Lanka
25.0
64.5
8.6
20.9
0.1
53.5
48.0
Indonésia
24.8
52.7
7.2
30.1
0.1
48.0
48.0
Venezuela
24.5
46.6
18.0
36.8
0.5
37.0
33.9
Ecuador
23.1
49.9
12.9
22.8
0.3
53.0
37.0
Cazaquistão
22.8
47.3
16.6
23.4
0.7
42.0
38.0
Paquistão
22.3
58.4
2.9
22.8
0.4
41.5
47.5
Nigéria
21.4
42.1
4.4
23.3
3.3
36.5
48.1
Bangladesh
20.6
47.1
0.9
20.1
0.0
40.0
51.0
Azerbaijão
20.3
40.3
9.9
16.8
1.0
50.0
38.0
Argélia
19.5
49.0
8.6
20.2
0.2
35.0
34.9
Irã
18.8
32.9
12.4
23.0
7.6
34.0
20.9
28
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