Alguns antecedentes Do Concílio Vaticano II Escola alemã de Tübingen. Distancia-se da eclesiologia controversista e iluminista anterior. Começa sua reflexão sobre a Igreja não partindo de sua realidade histórico-social, mas recuperando sua dimensão pneumatológica. A Igreja não é obra humana. Ela é criatura do Espírito. Os movimentos de jovens. Como reação ao individualismo crescente da sociedade liberal capitalista, surgiram nas Igrejas em geral e de modo específico dentro da Igreja católica, movimentos de juventude. Esses movimentos tinham como objetivo a educação da fé e como cerne de atração o tema “comunidade”, a dimensão comunitária. Esse pode ser considerado, sem receio, o acontecimento do século 20. Movimento litúrgico • Os estudos sobre a liturgia vinham acontecendo a mais de 50 anos. • No concílio já haviam vários peritos em liturgia, que já estudavam a tempo muitos dos assuntos debatidos no Vaticano II. A renovação litúrgica. Ela recolocou no centro da própria ação litúrgica a dimensão comunitária da Igreja, no esforço para superar o juridicismo e o casuísmo litúrgico que tomaram conta da Igreja pós-tridentina. De fato, nos últimos séculos foi o que dominou o espírito da própria instituição eclesial. Os fiéis se viram obrigados a apelar para devoções particulares para satisfazerem sua piedade. A renovação litúrgica veio então promover a efetiva participação dos fiéis, como pessoas e comunidade, na celebração, da qual haviam sido afastados na qualidade de meros assistentes passivos da ação “produzida e administrada” pelo padre. O movimento bíblico também foi fundamental na abertura da Igreja, pois instigava nos fiéis o desejo de conhecer a Palavra de Deus. Da parte dos teólogos o movimento bíblico preparou biblistas capazes de ajudar nas reflexões conciliares, não só entre os católicos, mas também uma abertura a outros biblistas não católicos. O movimento teológico e filosófico • Muito do que foi dito no Vaticano II já havia sido refletido nas academias. • Um grande expoente intelectual dessa época foi o Papa Pio XII, que é considerado um dos papas mais sábios da história da Igreja. Ação católica • Com a ação católica os leigos tomam mais consciência da sua posição dentre da Igreja. Na LG 9. a Igreja foi definida Povo de Deus. Que pela força do Batismo todos temos direitos iguais dentre deste povo (Dom Demétrio, Revisitar o CV II p. 53). • O despertar do leigo se iniciou na Bélgica no princípio do século XX com a Ação Católica. João XXIII Papa de transição Com a morte de Pio XII em 1958. O conclave elegeu o Patriarca de Veneza: Cardeal Ângelo Roncalli. Que adotou o nome de João XXIII. Sua eleição num primeiro momento foi recebida com grande surpresa, pois ele não era conhecido pela maioria dos cristãos. Muitos ficaram decepcionados pela eleição de um velho de 77 anos sem representatividade para a Igreja e para o mundo. Outros chegavam a dizer que os cardeais elegeram Roncalli por não chegarem a um acordo sobre um candidato mais preparado. Assim, teriam-no eleito como uma solução para agradar progressistas e conservadores. Como surgiu o Concílio • O Papa de transição sumiu um dia do Vaticano para visitar presos e crianças doentes de Roma. • Estava-se celebrando a semana de orações pela unidade dos cristãos. João XXIII confidencio que precisava fazer alguma coisa para favorecer a unidade, confidenciou isso ao seu secretário Loris Capovilla, perguntado o que poderia fazer, ele mesmo respondeu, um concílio. Anúncio do Concílio • Primeiro foi anunciado na pela Radio Vaticana. Depois anunciou aos cardeais que estavam reunidos na basílica de São Pedro para celebrarem o encerramento da semana de oração pela unidade dos cristãos. • A ideia do concílio foi bem aceita e se sugeriu que durante um ano se colhessem sugestões para ser tratado no Concílio. Fixação da data de início • O Papa determinou que o Concílio tivesse início em 11 de outubro de 1962, a data recorda o Concílio de Éfeso. • O espírito do concilio era de aggiornamento, renovação. Preparação do Concílio • Ninguém tinha experiência de Concílio, pois o último tinha sido realizado a quase 100 anos. Mas João XXXIII entendia, pelo seu conhecimento de história, pois havia sido professor de história da Igreja. Tinha feito um estudo de São Carlos Borromeu, que aplicou o Concílio, por isso, tratou de logo aplicar os seu conhecimentos de concílio. Comissão de preparação. • Em 1959, na festa de Pentecostes João XXXIII anunciava a constituição de uma preparatória, a qual devia encontrar os assuntos a serem tratados. Isso era totalmente diferente dos outros concílio, que eram convocados para revolver problemas graves. Este concílio era para atualizar-se. • A comissão enviou cartas aos bispos do mundo todo pedindo sugestão de assuntos. Foram enviados 1998 respostas, o que deu 10000 páginas. Em 1960 foram criadas as comissões para separar o principal, para isso foram criadas 11 comissões, que num primeiro momento elaboraram 75 esquemas que depois foi sendo reduzido. Abertura do Concílio • No dia 11 de outubro de 1962 2500 bispos com mais alguns superiores de congregação e os observadores de outras igrejas cristãs entraram na Basílica São Pedro. A cerimônia durou das 8h da manhã até 1 da tarde. • No discurso de abertura João XXXIII, ressalta que a Igreja é mãe de todos nós. • Diz que “o Concílio de cuidar sobretudo de conservar e propor de maneira mais eficaz o depósito da doutrina cristã. “O início de um cocílio é para a Igreja como o nascer de um dia luminoso. Brilha a aurora. No seu discurso o Papa traçou o objetivo do Concilio: “retomar a doutrina da igreja recebido de Cristo, e expô-la numa linguagem nova, mais inteligível aos homens de hoje, mais de acordo com as exigências atuais. Dar roupagem nova a uma doutrina antiga. Ir ao encontro do homem atual” (Demetrio, p. 22). Eleição das comissões • No dia 13 de outubro o primeiro trabalho a ser feito era eleger as comissões, as quais eram 10 e deviam ser eleitos 16 bispos para cada comissão, e 8 nomes o Papa indicaria. Mas como fazer isso se os bispos não se conheciam? • Para facilitar o trabalho foi entregue aos bispos os nomes que haviam integrados as comissões preparatórias, que na sua maioria eram italianos. O cardeal Achille Lienart • Lienart pediu a palavra e não concordou com a eleição. Sugeriu que a eleição fosse adiada para que os bispos se consultassem e indicasse os nomes mais conveniente de cada país. • A sugestão foi aceita e se deu uma parada de três dias para que os bispos indicassem, entre eles, os competentes de todas as nações. Assim, o concílio começou realmente ecumênico. Os debates • O primeiro esquema a ser estudado foi sobre a liturgia. • O primeiro sobre a Sagrada Escritura foi rejeitado e retirado pelo Papa por ser polêmico e antiecumênico. As ideias-força do Concílio • 1- A renovação da Igreja • 2- Aggiornamento, colocar em dia a Igreja. • 3- Inculturação, a Igreja não pode agir da mesma maneira em todos os lugares, conservar a unidade sem impor uma uniformidade. • 4- Descentralização, não precisa recorrer a Roma no mínimo. • 5- Serviço, a Igreja está a serviço. • 6- participação, a Igreja é de todos. O principal do Concílio analisar a Igreja ad intra e ad extra. Os 16 documentos • todos os documentos tiveram sua origem nas sugestões que os bispos enviaram. • O segundo passo vieram os esquemas, os quais foram analisados apenas no Concílio, quando os bispos podiam fazer sugestões e emendas. • As votações podiam ser de três formas placet: aprovo o capítulo, não placet, não aprovo e placet Juxta modum, apovo mas não de todo. Os que assim votavam tinham escrever suas propostas de modificações. promulgação • No dia da promulgação o Papa comparecia ao Concílio e junto com ele os bispos deviam votar de forma derradeira o documento no seu conjunto. Depois do resultado o Papa promulgava o documento. Lumen Gentium • Foi promulgada na terceira sessão em 21 de 1964. • Com certeza é o principal documento do Vaticano II. • O documento tem 8 capítulos, que não estavam propriamente no esquema inicial DE ECCLESIA, que foi duramente criticado os 4 projetos da LG • O 1º projeto foi elaborado pela comissão préconciliar, pensava a Igreja de forma mais institucional, e não Igreja como comunidade. Tal esquema foi apresentado em 62, mas foi criticado, fazendo surgir assim duas linhas a primeira defendendo uma visão mais de comunidade e outra mais institucional. Segundo projeto • O primeiro esquema só tinha 4 capítulos: O mistério da Igreja, a Hierarquia, o Povo de Deus e os leigos. Discutiu-se e se ampliou mais temas, a vocação de todos à santidade, os religiosos, o diaconato e Maria. Mas a discussão maior se deu se o capítulo do Povo de Deus vinha antes ou depois do capítulo sobre a hierarquia Terceiro Projeto • Inclusão do tema vocação de todos à santidade e sobre a Virgem Maria. Também foi dividido o terceiro em Povo de Deus e os leigos. • Já foi se fechando um esquema para colocar o Povo de Deus logo depois da Igreja como mistério. Isto mostra que a Hierarquia é um serviço específico. 4 projeto • Se acrescentou a Índole escatológica da Igreja. • Por fim, a comissão doutrinal apresentou um o esquema como fora aprovado no documento atual, pois tinha havida uma votação se fazia ou não um capítulo para os religiosos. • O documento nos ajuda a entender que todo o povo é responsável pela vida da Igreja, por isso ela é o documento síntese do VT II. Capítulo I O Mistério da Igreja • A Igreja é sacramento de Cristo. • Ela será na terra semente do Reino. • A Igreja vem da Trindade, caminha para o seu acabamento trinitário pela ação do Espírito Santo. LG 1 Igreja sacramento de Cristo Quem é luz dos povos, das gentes? • Cristo é luz dos povos. A LG parte dessa convicção para iluminar todos os homens com a luz de Cristo que resplandece na face da Igreja. Por esse princípio se entende a LG. • Com isso a Igreja que explicitar a todos os povos a missão da Igreja de ser sinal e instrumento de unidade de todo o Gênero Humano. Os homens alcancem a unidade total com Cristo LG 2 designo do Pai: salvação de todos os homens Obra salvífica na perspectiva trinitária Participação na vida divina. Deus não abandonou a humanidade quando pecou. A Igreja é prefigurada desde a origem do mundo, foi preparada na história do povo de Israel e fundada nos últimos tempos e pela efusão do Espírito Santo será consumada em Glória nos fins dos tempos, onde todos serão congregados na Igreja. A Igreja tem como missão de tornar-se o espaço onde a humanidade pode encontra a Deus. LG 3 A missão e a obra do Filho • Filiação adotiva por Cristo, porque em Cristo o ser humano foi eleito e adotado em Cristo antes da criação do mundo. • Sua missão inaugurar na terra o reino dos céus. • Pela Eucaristia todos os fiéis se constituem um só corpo em Cristo. LG 4 O Espírito Santificador da Igreja • O Espírito Santo Santifica continuamente a Igreja. • O Espírito habita na Igreja e no coração dos fiéis. • Leva a Igreja ao conhecimento da verdade • Dota a Igreja de dons e carismas • O números 2,3,4 nos ajudam a entender que a Igreja é povo congregado na unidade do Pai, Filho e Espírito Santo, porque a igreja é criatura da Trindade LG 5 O Reino de Deus • A Igreja tem seu início na pregação do Reino de Deus, esse reino aparece nas palavra e ações de Jesus, por isso o Reino se manifesta na própria pessoa de Cristo. • A Igreja, ao pregar a Boa-Nova da chegada do Reino transforma sua ação e acontecimento do Reino. LG 6 imagens da Igreja • Igreja redil: Cristo é a única entrada é Cristo (Jo 10,1-10). Cristo é o Bom pastor. • A Igreja é lavoura ou Campo de Deus (Cor 3,9). Cristo é a videira. Nesta imagem Cristo comunica a vida e a fecundidade aos ramos. • A Igreja é construção de Deus, Cristo é a pedra angular (Mt 21,42). • A Igreja é a Jerusalém celeste, nossa mãe, que procede na terra sua peregrinação. LG 7 Igreja Corpo místico de Cristo • A Igreja está unida a Cristo pelos sacramentos, pelos quais a vida de Cristo difunde-se nos que creem. • Pelo batismo nos configuramos a Cristo, e somos incorporados a Cristo, na sua morte e ressurreição, na Eucaristia realiza-se a comunhão com Ele e entre nós, porque embora muitos somos um só corpo (1Cor 10,17). Cristo é a Cabeça da Igreja, como membros desse corpo somos incorporados no mistério de sua vida, somos mortos e ressuscitados com Ele. A Igreja como corpo de Cristo tem nela a plenitude da habitação da divindade, e por meio dela está na constante busca de que Cristo seja tudo em todos. LG 8 A Igreja, realidade visível e espiritual • Dupla realidade existencial: visível e espiritual, santa e pecadora, humana e divina. • A Igreja terrestre já na posse dos bens celestes. • É a una Igreja de Cristo. notas. • A Igreja subsiste na Igreja Católica, governado pelo Papa e pelos bispos em comunhão com ele. • Também fora da Igreja existe elementos de verdade, que são da Igreja. 2º Capítulo O povo de Deus • Com o novo Povo de Deus, Deus fez uma nova e eterna aliança. Esse povo foi constituído um povo sacerdotal, o qual se desdobra em sacerdócio comum e ministerial. • A Igreja é missionária. Salus animarum. LG 9 Nova aliança e novo povo • Deus fez aliança com Israel, para salvar os homens, não individualmente, mas formando um povo. Salvar em comunidade. • Igreja, novo povo de Deus, para salvar toda a humanidade. • A Igreja como novo povo de Deus é sacramento visível da salvação. • Do novo Povo de Deus Cristo é a cabeça. LG 10 Sacerdócio comum • Hb 5,1-5 o sacerdócio comum (oriundo do batismo) e o ministerial (ordem), participam, cada qual a seu modo do único sacerdócio de Cristo. Por isso, ordenam-se um para o outro, mesmo que se diferenciem um do outro. • A índole sagrada e orgânica da comunidade sacerdotal exerce-se nos sacramentos e na prática das virtudes (LG 11). A LG 12 fala do sentido da fé e os carismas do povo cristão para exercer sua missão. Esse povo tem uma fé católica (universal). Sobre a direção do magistério esse povo penetra mais profundamente na fé. Esse povo tem uma missão profética de dar testemunho da fé. Os dos e carisma desse povo estão a serviço da Igreja. A universalidade ou catolicidade do único povo de Deus • LG 13, todos os homens são chamados ao povo de Deus. Por isso, esse povo deve dilatar-se pelo mundo, buscando em todos os povos os seus membros. • Na sua ação missionária a Igreja não sobtrai o temporal dos povos, mas assume as possibilidades boas. • Pela catolicidade o todo e cada parte da Igreja cresce. A missão da Igreja é universal, por isso dever haver uma inculturação. A LG 14 fala dos fiéis católicos, e reforça a Igreja é uma mediação necessária para a salvação. Chega a ser radical: “não poderão salvar-se aqueles que, sabendo que Deus a fundou por Jesus Cristo como necessária à salvação, se recusam a entrar ou perseverar na Igreja católica. A LG 15 fala aos cristãos não católicos A Igreja se reconhece ligada aos batizados que não professam integralmente a fé e não se mantêm em união com o Papa. O que une a Igreja com os fiéis não católicos: a Sagrada Escritura, a fé trinitária, o sacramento do batismo, as orações. Assim, embora não plenamente incorporados á Igreja, estes fiéis a ela pertencem. A unidade dos cristãos é obra do Espírito. A LG 16, faz uma abertura aos não cristãos: judeus, pela aliança e em seu meio nasceu Jesus, muçulmanos- reconhecem um Deus criador e não-crentes, os quais não receberam o anúncio do Evangelho, mas buscam de coração viver a vontade de Deus, também a esses é possível a salvação. LG 17 caráter missionário da Igreja • Jesus enviou os apóstolos para fazer discípulos em todas as nações. E disse que estaria com eles todos os dias até a consumação dos séculos (Mt 28,18-20). • A Igreja batiza os que creem e os incorpora a Cristo. • A missão da Igreja é para que toda a humanidade se transforme em Povo de Deus Capítulo 3 Constituição hierárquica da Igreja e em especial o episcopado • O capítulo aborda sobre o primado de Pedro, o colégio dos 12 e dos bispos. • A LG 18 fala que Cristo Instituiu Pedro na chefia dos apóstolos, no qual está a unidade da fé e da comunhão. • A LG 19 fala a instituição dos 12 para estarem com Jesus, assim os constituiu apóstolos sob a forma de colégio, grupo estável, sobre a presidência de Pedro. A LG 20 fala que os bispos são sucessores dos apóstolos, porque os apóstolos estabeleceram sucessores. No entanto é importante frisar que os bispos sucedem os apóstolos dentro do colégio apostólico, e não sucedem a um apóstolo de forma especifica. A LG 21 apresenta que na pessoa dos bispos, coadjuvados pelos presbíteros, o próprio Cristo está presente no meio dos fiéis. Na sagração episcopal é conferida a plenitude do sacramento da Ordem. A LG 22 fala dos colégio dos bispos e a sua cabeça. São Pedro e os demais apóstolos formam um só colégio apostólico. Da mesma forma, o Papa sucessor de Pedro e os bispos, sucessores dos apóstolos estão unidos entre si. O Papa tem o poder supremo, em virtude dele ser o vigário de Cristo. A ordem dos bispos, juntamento com o Papa, nunca sem ele tem o poder supremos e pleno sobre toda a Igreja, esse supremo poder se efetiva sobretudo por um concílio ecumênico. É função do Papa convocar, presidir e confirmar um concílio. A LG 23 fala que o Papa é o fundamento perpétuo e visível da unidade dos bispos e dos fiéis. O mesmo vale para o bispo na Igreja particular. Cada bispo representa a sua igreja, todos os bispos juntamente com o Papa representam toda a Igreja. Cada Igreja particular é formada á imagem da Igreja universal. As conferências episcopais são uma forma de colegialidade episcopal. A LG 24 e 25 fala da missão do bispos de ensinar e pregar o Evangelho. Por isso deve ser respeitado e acolhido nos ensinamentos de fé e moral. A LG 26 fala da função de santificar do bispo em virtude da plenitude do sacramento da Ordem. Essa função se dá na celebração da Eucaristia e administração dos sacramentos. O bispo é o ministro originário da Crisma. O n. 27 da LG fala da função de governar dos bispos. O seu governo é ordinário, por isso, não devem ser considerados como vigários do Papa. Seu poder é confirmado pelo poder supremo. LG 28, os presbíteros são cooperadores da ordem episcopal. Dependem do bispo para exercer o minstério. Porém, pelo sacramento da ordem são consagrados para pregar o Evangelho e celebrar o culto divino. O n. 29 da LG fala dos diáconos recebem o sacramento da ordem em função do serviço ao Povo de Deus em união com os bispos. Fala também do restabelecimento do diaconato permanente, inclusive para homens casados. Capítulo 4 os leigos • Os leigos tem dentro do povo de Deus uma vocação peculiar, formam na diversidade dos carismas a uniddade do povo. • Com o seu modo de viver os leigos colaboram com os pastores para o bem do povo de Deus (LG 30). • Leigo é aquele que não é ordenado nem abraçou a Vida Religiosa. Ao leigo cabe na vivência secular, nas diversas profissões, ser fermento na massa para santificar o mundo (LG 31). Um só é o Povo de Deus na diversidade de carismas, porque todos foram incorporados a eles pelo batismo. (LG 32). O apostolado dos leigos é participação na missão salvífica da Igreja, e eles são chamados a tornar presente essa ação onde só eles podem agir. Além disso, podem ser chamados a atuar em quaisquer tempo e lugares (LG 33). Os leigos devem fazer os frutos do Espírito se multiplicarem neles cada vez mais (LG 34). Os leigos são chamados a dar testemunho de transformação, dando testemunho de vida cristã. esse testemunho e apostolado tem lugar especial na vida familiar (LG 35). A vida do leigo deve permitir que Cristo ilumine a humanidade. Isso é alcançado na competência nas disciplinas “profanas” (LG 36). Os leigos tem o direito de receber dos pastores os bens espirituais da Igreja e podem ajudar e dar conselhos na administração dos bens da Igreja (LG 37). Os leigos seja no mundo testemunhas da ressurreição e da vinda do Senhor (LG 38). Capítulo 5 vocação universal à santidade na Igreja • A vocação à santidade para todos os homens e mulheres. Essa santidade pode ser vivida nos diversos estados de vida. • A Igreja é Santa, porque Cristo se entregou a si mesmo para santificá-la (LG 39). • Todos são chamados à santidade, porque Cristo, que é modelo de perfeição pregou a todos a santidade de vida. Ele mesmo diz: “sede perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celeste (Mt 5,48). Nos vários gêneros de vida da Igreja não faltam homens e mulheres santos, e todos são chamados à santidade, os bispos, os padres, diáconos, religiosos os leigos, os cônjuges (LG 41). Todos são chamados a dar testemunho da Santidade na Igreja e no mundo. Os caminhos e meios de santidade: A caridade, pala qual amamos a Deus acima de todas as coisas e ao próximo por causa dele. O martírio é um meio de santidade porque o discípulo se assemelha ao mestre. A virgindade e o celibato abraçados pelo Reino. Os conselhos evangélicos (LG 42). Capítulo 6 os religiosos • Os conselhos evangélicos são um dom para a Igreja. A Igreja regula sua prática e os constitui em forma de vida estável (LG 43). • Pelos votos cristãos se entregam totalmente ao serviço de Deus (LG 44). • A Igreja compete regular a vivência dos conselhos evangélicos, é a Igreja que aprova as constituições e regras. • Na ação apostólica os religiosos (as) devem obediência ao bispo (LG 45). Os religiosos são chamados a revelar Cristo em todas as situações da vida terrena (LG 46). Os religiosos se esforcem para perseverarem na sua vocação, tendo presente que Cristo é fonte de toda santidade (LG 37). Capítulo 7 Índole escatológica da Igreja peregrina e sua união com a Igreja celeste • Não temos nesta terra morada permanente, mas buscamos a futura. Por isso a Igreja é peregrina neste mundo. • A realização plena da Igreja só se dará no céu. • A Igreja já possui na terra uma santidade verdadeira, embora imperfeita. • Tensão escatológica (já e ainda não). • Estar sempre vigilante (LG 48). A comunhão da Igreja celeste com a Igreja peregrina se dá porque todos comungamos do mesmo amor de Deus. A união dos que estão na terra com os que adormeceram na paz de Cristo não se interrompe, se reforça pela comunhão dos bens espirituais. Comunhão dos santos. Estes intercedem junto do Pai em nosso favor (LG 49). A Igreja sempre venerou a memória dos defuntos. Também venera os santos, os quais recebem nosso louvor e súplica de intercessão. A comuhnão entre os cristãos e com os santos nos aproxima de Cristo. O amor dedicado aos santos dirige-se por sua natureza a Cristo, termina nele e por ele termina em Deus que é admirável nos seus santos e neles é glorificado. É na celebração Eucarística que nos unimos mais intimamente com a Igreja celeste, numa só comunhão com ela (LG 50). Há uma união da Igreja peregrina com os irmãos que já estão na glória e os que ainda se purificam. A melhor veneração dos Santo é imitar os seus exemplos (LG 51). Capítulo 8 a Virgem Maria, Mãe de Deus, no mistério de Cristo e da Igreja • Maria é membro eminente da Igreja. • Na plenitude dos tempos o Pai enviou seu Filho nascido de mulher. O Verbo se fez carne no seio de Maria (LG 52). • Maria é Mãe do Verbo Encarnado, filha predileta do Pai, sacrário do Espírito Santo. • Maria é modelo perfeito de discípulo (LG 53). Maria depois de Cristo ocupa o lugar mais alto na Igreja, e também está próxima de nós (LG 54). O Antigo Testamento vai preparando a passos lentos a vinda de Cristo ao mundo. Maria é a excelsa Filha de Sião. Nela compre-se a promessa na hora do seu “sim” (LG 55). Com o qual contribuiu para a vida. Maria cooperou para a salvação dos homens com fé e inteira obediência. A morte veio por Eva a vida veio por Maria (LG 56). Maria está presente na vida de Jesus desde a visita a Isabel, no nascimento, apresentação aos pastores, apresentação ao Tempo... (LG 57). Na vida Pública da Jesus esteve presente logo no início – Bodas de Caná. Sua presença se estendeu até a Cruz (Jo 19,26-27), (LG 57). Depois a ascensão Maria estava unida ao discípulos (LG 59). A ação de Maria na Igreja deve-se a bondade de Deus e funda-se na mediação de Cristo (LG 60). Maria foi predestinada, desde toda a eternidade, junto com a encarnação do Verbo divino, para ser a Mãe de Deus. Toda a vida de Maria foi de cooperação na obra redentora (LG 61). Continua intercedendo para que todos alcance a redenção (LG 62). Maria encontra-se unida a Igreja pela maternidade divina, por isso ela é modelo da Igreja. Como Maria a Igreja é Também Mãe e Virgem (LG 63). Pela pregação da Palavra e pelo batismo a Igreja torna-se Mãe porque gera novos filhos (LG 64). Maria é modelo de virtude. Ela gera Cristo no coração dos fiéis (LG 65). Maria foi exaltada acima de todos os anjos e de todos os homens, logo abaixo de seu Filho, por isso é louvável a veneração de Maria, porque ela é mãe da Deus (LG 66). Por isso, é louvável as práticas de devoção à nossa Senhora. Maria é sinal de esperança (LG 68). O Concílio conclui pedindo a todos que venerem Maria como Mãe do Salvador. De modo que todos os povos no único povo de Deus (LG 69). A Igreja é iluminada por Cristo, que é a única luz dos povos. Considerações sobre a LG • Falar de Deus ao mundo. Falar de Deus é o tema mais importante. • O Concílio primou pelo diálogo. • Nenhuma anátema. • Linguagem bíblica e patrística. • A Igreja não é uma sociedade desigual. • Revalorização das Igreja locais. • A Colegialidade dos bispos. A teologia da Igreja como Povo de Deus. Todos são chamados à santidade. Maria é Mãe de Cristo e da Igreja. Desafios lançados pela LG: Descobrir o rosto de Cristo no rosto da Igreja. Implementar a colegialidade dos bispos. Algumas transições provocadas pela LG • Transição de Igreja voltada para si para uma Igreja voltada para Cristo. • Transição de uma eclesiologia “cristomonista” a uma eclesiologia “trinitária”. Na Trindade ela encontra sua fonte, sua imagem e sua meta. • Transição de uma Igreja autofinalizada (sociedade perfeita) a uma Igreja reinocentrica. Transição de uma Igreja sociedade desigual para uma Igreja “povo de Deus”, antes do VT II os bispos eram vigários do Papa. Transição de uma Igreja sociedade perfeita a uma Igreja sacramento de unidade. A transição de uma Igreja Senhora para uma Igreja serva. Transição de uma Igreja “Arca de salvação” a uma Igreja “sacramento da salvação” A Igreja é sacramento de Cristo (cristocentrismo). Ela é, em Cristo, o sacramento do Reino. Em sua relação com Cristo se concretiza sua relação com o Deus uno e trino (LG 4). A convicção da comunidade eclesial é que a luz de Cristo brilha nela e, através dela, ilumina a humanidade inteira. Esta perspectiva cristocêntrica é o ponto focal que orienta uma perfeita compreensão da LG. A Igreja não se propõe substituir a Cristo, mas colocar-se numa atitude de serviço; ela anuncia a mensagem pascal a todos os povos e a todas as gentes (a relação a Cristo abre-a para a universalidade. Toda a Igreja é missionária. Sua função em relação ao mundo é de serviço. O centro da Igreja é o Evangelho anunciado. É sua missão. Mesmo superando uma fase de apologética defensiva contra o mundo moderno e sua racionalidade e contra os protestantes, a Igreja não deixou de se dirigir aos homens do nosso tempo: ela continua afirmando que a aspiração fundamental do homem de hoje em busca de uma fraternidade universal corresponde à missão da Igreja de trabalhar para a construção de uma nova humanidade. A Igreja é sacramento de Cristo (cristocentrismo). Ela é, em Cristo, o sacramento do Reino. Em sua relação com Cristo se concretiza sua relação com o Deus uno e trino (LG 4). A convicção da comunidade eclesial é que a luz de Cristo brilha nela e, através dela, ilumina a humanidade inteira. Esta perspectiva cristocêntrica é o ponto focal que orienta uma perfeita compreensão da LG. A Igreja não se propõe substituir a Cristo, mas colocar-se numa atitude de serviço; ela anuncia a mensagem pascal a todos os povos e a todas as gentes (a relação a Cristo abre-a para a universalidade.