CURSO: FARMÁCIA DISCIPLINA: MICOLOGIA CLÍNICA CLASSIFICAÇÃO DAS MICOSES Profª Crystiane Rodrigues Araujo Mota CLASSIFICAÇÃO DAS MICOSES Critérios: Local da lesão Vias de penetração Vias de disseminação Resposta do hospedeiro CLASSIFICAÇÃO DAS MICOSES 1. MICOSES SUPERFICIAIS Localização da lesão: superficial Penetração: contato direto Normalmente não se dissemina por via sanguínea e/ou linfática Não induz resposta inflamatória Exemplos: Pitiríase versicolor Tinha nigra Piedra branca Dermatofitoses Pitiríase versicolor Dermatofitose CLASSIFICAÇÃO DAS MICOSES 2. MICOSES SUBCUTÂNEAS Localização da lesão: Derme Penetração : Microtraumatismos Disseminação: via linfática Resposta do hospedeiro : inflamatória Exemplos: Esporotricose Cromoblastomicose Lobomicose Eumicetomas Esporotricose Cromoblastomicose CLASSIFICAÇÃO DAS MICOSES 3. MICOSES SISTÊMICAS Localização da lesão:acomete órgãos internos Via de penetração: inalatória Vias de disseminação: sanguínea e linfática Resposta do hospedeiro: inflamatória granulomatosa Exemplos: Paracoccidioidomicose Histoplasmose Coccidioidomicose Paracoccidioidomicose Histoplasmose CLASSIFICAÇÃO DAS MICOSES 4. MICOSES OPORTUNÍSTICAS Definição: causadas por fungos que normalmente são sapróbios e que em decorrências de fatores adversos passam a produzir lesões. Indivíduos com ↓ resposta imune Antibioticoterapia prolongada Rompimento de barreira de defesa da pele e/ou de mucosas Exemplos: Criptococose Candidíase Aspergilose Candida sp Cryptococcus sp Métodos de Diagnóstico Métodos de diagnóstico I. Colheita de material II. Exame microscópico direto * Auxiliares primários no diagnóstico * Várias técnicas, dependendo do material 1. Montagem com hidróxido de potássio (KOH) KOH: dissolver estruturas teciduais, clarear pigmentos evidenciando as estruturas fúngicas 2. Montagem com tinta da China ou nigrosina • Observação de cápsula 3. Montagem com Gram • fungos: G + • Utilizados para pesquisas de leveduras em secreções 4. Montagem em Giemsa • Esfregaço sangue: forma leveduriforme de Histoplasma capsulatum III. Cultura Isolamento e identificação Meios utilizados Ágar Sabouraud (com antibiótico e/ou cicloheximida) Ágar Sabouraud c/ infusão de cérebro e coração (SABHI) Ágar infusão de cérebro e coração (BHI) CHROMagar: leveduras IV. Identificação Macroscopia Microscopia Testes fisiológicos Identificação de fungos filamentosos Exame macroscópico: - algodonosa * Textura: - velutina - granular ou pulverulenta - glabrosa * - plana ou Topogragia: lisa - rugosa * Cor umbelicada - verrucosa Combinação destes aspectos: tentativa diagnóstica Exame microscópico Diferenças morfológicas das estruturas de reprodução Exame microscópico direto - colônia: colocado entre lâmina e lamínula com azul de lactofenol * vantagem: estudo imediato das estruturas reprodutivas * desvantagem: desorganização das estruturas Microcultivo (cultivo em lâmina) - inocular fragmento de cultura previamente depositado sobre a em meio lâmina * vantagem: manutenção da integridade das estruturas fúngicas * desvantagem: demora no diagnóstico - Observar a periferia do material com azul de lactofenol Dimorfismo Crescimento TA: forma filamentosa Crescimento à 37o C : forma leveduriforme Testes fisiológicos Teste urease: T. mentagrophytes + / T. rubrum - Identificação de leveduras Exame macroscópico: textura, topografia, coloração e bordas Exame microscópico: - visualização leveduras - cápsulas - blastoconídios - clamidoconídios - pseudohifas germinativo - tubo clamidoconídios tubo germinativo cápsula Identificação de leveduras Assimilação e fermentação de carboidratos Teste urease Sistemas comerciais : API 20C Auxanograma Cultura Exame direto microcultivo OBRIGADA!