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PRINCIPAIS MICOSES:
SUPERFICIAIS/CUTÂNEAS
SUBCUTÂNEAS
SISTÊMICAS
Os fungos causadores de micoses podem ser encontrados no solo,
plantas e em animais e até mesmo na nossa pele (sem causar
doença).
Você tem alguma pomada
forte contra fungos????
Existem vários tipos de micoses, dependendo do local afetado e do
tipo de fungo (micoses superficiais, micoses cutâneas, micoses
subcutâneas e micoses sistêmicas).
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CLASSIFICAÇÃO DAS MICOSES
1.MICOSES SUPERFICIAIS
Pitiriase versicolor................Malassezia furfur
Tinea Nigra............................Hortaea wernickii
Piedra Branca.......................Trichosporon spp.
Piedra Negra..........................Piedraia hortae
2. MICOSES CUTÂNEAS (DERMATOFITOSES) – secreção de queratinases
Dermatófitos..........................Trichophyton –Microsporum - Epidermophyton
Candidíase..............................Candida albicans
3. MICOSES SUBCUTÂNEAS
Esporotricose...................................Sporothrix schenckii
Cromomicose e Micetomas.............Diversos fungos demáceos
4.MICOSES SISTÊMICAS
Paracoccidioidomicose.........Paracoccidioides brasiliensis
Histoplasmose.......................Histoplasma capsulatum
Aspergilose............................Aspergillus fumigatus
Criptococose..........................Cryptococcus neoformans
Candidíase...............................Candida albicans
1. MICOSES SUPERFICIAIS
Os fungos se alimentam de queratina (uma proteína responsável
pela impermeabilização da pele) encontrada na superfície cutânea,
unhas e cabelos).
As micoses superficiais são infecções limitadas às camadas
superficiais queratinizadas ou semi-queratinizadas da pele, aos
pêlos e unhas.
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1. MICOSES SUPERFICIAIS
PITIRÍASE VERSICOLOR ("micose de praia” ou “pano branco”)
Infecção fúngica superficial (tronco, a face, pescoço e couro
cabeludo).
A Malassezia furfur é uma levedura que depende de
lipídios para o seu metabolismo.
Não é isolada no meio ambiente, pois vive
saprofiticamente na pele humana, como comensal.
Fatores: ↑ Temperatura, ↑ umidade, imunodepressão, hiperhidrose
• Adolescente e adultos jovens- Áreas seborréicas do pescoço/tronco
• Crianças: face e região das fraldas; menos descamativas.
• Imunocomprometidos: acometimento do folículo pilo-sebáceo
(foliculite pitirospórica)
Pitiriase versicolor - Malassezia furfur
Pitiríase versicolor = alterações na pigmentação cutânea (branco ao marrom),
em área de maior oleosidade da pele.
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1. MICOSES SUPERFICIAIS
TINHA NEGRA (CERATOFITOSE NEGRA):
superficial, assintomática, da camada córnea.
Infecção
fúngica
Afeta regiões palmares, ocasionalmente plantares, como máculas
não escamativas, de coloração que varia do castanho ao negro.
É considerada dermatose rara, sendo mais comum em regiões
tropicais e subtropicais.
Crianças e mulheres (comum).
Etiologia:
Phaeoannellomyces werneckii
Stenella aracquata
1. MICOSES SUPERFICIAIS
Tricomicose nodosa (piedras)
PIEDRA PRETA: (Piedrai hortae) Nódulos ou placas de cor escura
grudados aos cabelos. Afeta somente o couro cabeludo.
PIEDRA BRANCA: (Trichosporon beigelli) Nódulos de cor branca ou
clara aderidas aos pêlos (massa de leveduras).
Ocorre em pêlos pubianos, genitais e axilares (raramente couro
cabeludo), barba e bigode.
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2. MICOSES CUTÂNEAS
CANDIDÍASE MUCOCUTÂNEA: Infecção aguda ou crônica da pele,
unhas e mucosas causada por leveduras do gênero Candida.
Saprófita do TGI, boca, pele, vias respiratórias e pavilhão auricular
Candida = fungo oportunista
SAPRÓFITA
PATOGÊNICO
ALTERAÇÕES DO HOSPEDEIRO
(umidade,  imunidade, doenças sistêmicas, desnutrição, antibióticos)
Principais espécies patogênicas:
C. albicans
C. glabrata
C. tropicalis
C. parapsilosis
C. kefyr
C. krusei
CANDIDÍASE MUCOCUTÂNEA
Candidíase oral / genital
Onicomicose / paroníquia / intertrigo
Candidíase na região das fraldas
Granuloma glúteo infantil
Candidíase mucocutânea crônica
Candidíase sistêmica
Lesões hiperceratósicas, crostosas
Crianças com deficiências congênitas do sistema imunológico
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Candidíase gastrointestinal
Candidíase genital
2. MICOSES CUTÂNEAS
DERMATOFITOSES: São causadas por fungos denominados
dermatófitos, que utilizam a queratina como fonte de sobrevivência.
As lesões decorrem da ação do próprio fungo ou de reações de
sensibilidade ao agente ou a seus produtos.
Estão incluídos os fungos dos 3 gêneros:
Microsporum (a)
Trichophyton (b)
Epidermophyton (c)
(a)
(b)
(c)
Podem ser antropofílicos, zoofílicos ou geofílicos.
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Microsporum
Trichophyton
Epidermophyton
Microsporum
2. MICOSES CUTÂNEAS
DERMATÓFITOS Trichophyton
Epidermophyton
Tinha da cabeça
(Tinea capitis)
Tinha da barba
(Tinea barbae)
Tinha do corpo
(Tinea corporis)
Tinha das unhas
(Tinea unguium)
Tinha das mãos
(Tinea manun)
Tinha inguinal
(Tinea cruris)
Tinha dos pés
(Tinea pedis)
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2. MICOSES CUTÂNEAS
TINEA DO CORPO ("impingem")
Lesões em anel de bordas avermelhadas e descamativas (coçam).
Etiologia:
E. floccosum
T. rubrum
M. canis
TINEA DA CABEÇA OU TINEA CAPITIS:
Freqüente em crianças, forma áreas arredondadas com falhas nos
cabelos, que se apresentam cortados rente ao couro cabeludo
nestes locais (tonsurados). É muito contagiosa.
Transmissão: Pessoas, animais, objetos
• Patogenia: Produção de ceratinases
Topografia da lesão = couro cabeludo
Infância: 6 a 10 anos / adulto: rara (intertriginosas)
Variação geográfica:
Brasil:
SE/S – M. canis,
NE – T. Tonsurans
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TINEA DA CABEÇA OU TINEA CAPITIS
Infecção Ectothrix = Microsporum spp.
“Placa cinzenta”
TINEA DA CABEÇA OU TINEA CAPITIS
Infecção Endothrix =Tricophyton spp.
Múltiplas áreas de alopécia
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TINEA INTERDIGITAL: Pés e mãos
Causa descamação, maceração (pele esbranquiçada e mole),
fissuras e coceira entre os dedos.
Localização:
Freqüente nos pés (uso calçados fechados que retém a umidade)
Mãos (pessoas que trabalham muito com água e sabão).
Tinha das mãos
• Etiologia: T. rubrum
• Clínica: descamação, unilateral,”desidrótico”
Interdigital (frieiras)
• T. mentagrophytes
• T. rubrum
Tinea dos pés: causa descamação e coceira na planta dos pés que
sobe pelas laterais para a pele mais fina.
Descamativa
• T. rubrum
• E. floccosum
Vesiculosa
• T. mentagrophytes
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TINEA INGUINAL
“Micose da virilha, jererê”
Forma áreas avermelhadas e descamativas com bordas bem
limitadas, que se expandem para as coxas e nádegas.
A anatomia da região da virilha = quente e úmida característica desta
área do corpo.
• Etiologia:
Dermatófitos
T. rubrum
T. mentagrophytes
E. floccosum
Candida albicans
• Clínica: placas eritematosas, bem demarcadas,
clareamento central
A micose de virilha é confundida com alergia ao
tecido elástico das roupas de baixo ou de banho.
TINEA INGUINAL
Manifestações clínicas: A doença se manifesta pela formação de
manchas avermelhadas, úmidas ou descamativas, geralmente
acompanhadas de muita coceira.
Atingem a região da virilha, mas
podem se alastrar até as nádegas e
o abdomem.
INTERTRIGO CANDIDIÁSICO
Provocado pela levedura Candida albicans.
Forma área avermelhada, úmida que se expande
por pontos satélites ao redor da região mais
afetada e, geralmente, provoca muita coceira.
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TINHA DA FACE
Etiologia
• T. mentagrophytes
• T. rubrum
Clínica: Placa assimétrica
MICOSE DAS UNHAS (ONICOMICOSE)
Várias formas: descolamento da borda livre da
unha, espessamento, manchas brancas na
superfície ou deformação da unha
Etiologia: T. rubrum, T. mentagrophytes, E. floccosum
Clínica: 4 tipos
 Distal e/ou lateral: (+) freqüente
 Branca superficial: T. mentagrophytes e T. rubrum (HIV +)
 Subungueal proximal: T. rubrum (HIV +)
 Distrófica total: Candida spp. e na fase final dermatófitos
Distal e/ou lateral
Branca superficial
Subungueal proximal
Distrófica total
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MICOSE DAS UNHAS (PARONÍQUIA)
Paroníquia ("unheiro")
Micose que atinge a pele ao redor da unha.
O contorno
avermelhado.
ungueal
fica
inflamado,
dolorido,
inchado
e
Altera a formação da unha, que cresce ondulada.
PREVENÇÃO DAS MICOSES SUPERFICIAIS E CUTÂNEAS
•Seque-se sempre muito bem após o banho (dobras de pele, axilas, virilhas e
os dedos dos pés).
•Evite ficar com roupas molhadas por muito tempo.
•Evite o contato prolongado com água e sabão.
•Não use objetos pessoais de outras pessoas.
•Não ande descalço em pisos constantemente úmidos.
•Observe a pele e o pêlo de seus animais de estimação (cães e gatos).
•Evite mexer com a terra sem usar luvas.
•Use somente o seu material de manicure.
•Evite usar calçados fechados o máximo possível. Opte pelos mais largos e
ventilados.
•Evite roupas quentes e justas. Evite os tecidos sintéticos, principalmente
nas roupas de baixo (usar os tecidos leves como o algodão).
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3. MICOSES SUBCUTÂNEAS
Esporotricose.....................................Sporothrix schenckii
Cromomicose e micetomas.............. Diversos fungos demáceos
4.MICOSES SISTÊMICAS
Paracoccidioidomicose.........Paracoccidioides brasiliensis
Histoplasmose.......................Histoplasma capsulatum
Aspergilose............................Aspergillus fumigatus
Criptococose..........................Cryptococcus neoformans
Candidose...............................Candida albicans
MICOSES SUBCUTÂNEAS:
Cromomicoses
Micetomas
Lacaziose
Sporotricose
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MICOSES SUBCUTÂNEAS
ESPOROTRICOSE – Sporothrix schenckii
A esporotricose é uma infecção subaguda ou crônica, produzida
pelo fungo Sporothrix schenckii.
Afeta o homem, outros mamíferos (ratos, eqüinos, cães, gatos e
golfinhos) e aves.
Habitat natural solo (geofílico), plantas e vegetais em decomposição
(ubiquitário) de locais quentes e úmidos.
Reação intradérmica: Porta de entrada por via direta e indireta.
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ESPOROTRICOSE
O S. schenckii é um fungo DIMÓRFICO
25 a 30o C = Fase filamentosa
ou forma micelial (ambiente)
A forma parasitária, a 37°C =
Levedura
(charutos
ovais),
crescendo em lesões dermoepidérmicas, viscerais e ósseas.
ESPOROTRICOSE
Após a inoculação causa infecção cutânea ou subcutânea
(geralmente localizada) podendo associar-se a comprometimento
linfático regional.
Pode-se apresentar sob as formas clínicas:
Cutâneo-linfática
Cutâneo-localizada
Cutâneo-disseminada
Extracutânea
Cutâneo-localizada
Cutâneo-linfática
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ESPOROTRICOSE
Cutâneo-disseminada
Extracutânea
Afeta mais os homens localizando-se geralmente
nos membros superiores e face.
ESPOROTRICOSE
Tem sido freqüente em GATOS (envolvimento zoonótico).
No período de 1998 a 2001, no Rio do Janeiro = 178 casos, sendo
considerada a maior epidemia por transmissão zoonótica no
mundo.
No período de 2002 a 2004 registrados 572
casos da doença, sendo a transmissão
zoonótica por gatos domésticos retificadora
da epidemia iniciada em 1998.
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Esporotricose é conhecida como a doença dos manipuladores de
rosas.
Deve-se tomar precauções ao praticar jardinagem e cultivo de
rosas (luvas).
CONTÁGIO POR INOCULAÇÃO (ESPOROTRICOSE)
CROMOMICOSES
Cromomicoses ou cromoblastomicoses = infecções cutâneas e
sub-cutâneas caracterizadas pela formação de vegetações
verrucosas multicoloridas grosseiras elevadas (micose crônica).
Se disseminam nas superfícies dorsais dos pés e das pernas
causadas por fungos demáceos de crescimento lento.
Cladophialophora spp.
Phialophora verrucosa
Cladosporium carionii
Fonsecaea pedrosoi
Exophiala spp.
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A cromomicose é uma doença universal (prevalente em zona
tropical e subtropical), acomete basicamente homens lavradores.
A principal via de contágio se faz através de ferimentos na pele
por fragmentos de vegetais ou madeira contaminados.
A lesão surge 1 a 2 meses após o traumatismo de inoculação,
iniciando-se por pápula, que depois ulcera e passa a ter aspecto
de vegetação. A propagação é por contigüidade, ficando
circunscrita ao membro afetado, porém incapacitando-o.
O aspecto microscópico da cultura não é o mesmo em todos os
casos, sofrendo variações na morfologia, fato que leva a
identificação das espécies.
O tratamento pode ser por eletrocoagulação, exérese cirúrgica,
amputação, anfotericina B, 5-fluorocitosina, calciferol, cetoconazol ou
itraconazol.
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MICETOMAS
É uma infecção sub cutânea (síndrome clínica crônica por anos),
caracterizada pelo aumento de volume de uma região ou órgão, com
a presença ou não de fístulas que drenam um material seroso ou
seropurulento no qual podem ser encontrados “grãos”.
O Grão é um aglomerado de microrganismos.
A tríade de tumefação, fístulas e grãos é usada no sentido restrito
para definir o termo micetoma.
Os micetomas são doenças das zonas tropicais e subtropicais que
predominam em homem adulto lavrador.
O fungo penetra por traumatismo com vegetal (exógena) ou em
cavidades naturais (endógena).
Os locais preferenciais são membros inferiores, regiões cervicofacial,
abdominal e torácica.
MICETOMAS
Micetoma: aumento do volume do pé
(Fonte: Fernandes, NC)
Os micetomas são classificados em dois grupos:
•Actinomicóticos ou actinomicose provocado por bactérias
•Maduromicóticos ou maduromicose (fungo verdadeiro fungos ou
eumicetos).
Diagnóstico:
O diagnóstico laboratorial dos micetomas é baseado na observação
dos grãos, que drenam espontaneamente das lesões, ou que são
extraídos através de punção ou biopsia.
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MICETOMAS
Cladophialophora spp.
Phialophora verrucosa
Cladosporium carionii
Fonsecaea pedrosoi
Exophiala spp.
Wangiella spp.
Micetoma: fístulas na planta por onde são
eliminados os grãos
Os mesmos agentes da cromomicose. Elementos das hifas
dematiáceas podem se observados nos tecidos e grumos de
leveduras de coloração amarelo-clara (corpúsculo de Medlar).
LACAZIOSE OU LOBOMICOSE (DOENÇA DE JORGE LOBO)
Doença restrita a países da Central e
América do Sul (região amazônica)
Afeta membros inferiores, superiores e o
pavilhão auricular.
Desenvolvimento lento de nódulos cutâneos de tamanho e forma
variáveis. As lesões crônicas na pele: queloidais, nodulares,
ulceradas e verrucosas.
Acredita-se que Lacazia loboi (levedura) seja um saprófito do solo ou
de vegetação. Antes chamado de Loboa loboi.
Um dos habitats de L. loboi também é aquático (ocorre também em
golfinhos).
Não há tratamento eficaz, e têm sido empregados procedimentos
cirúrgicos.
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4. MICOSES SISTÊMICAS
PARACOCCIDIOIDOMICOSE
RESPIRATÓRIAS ENDÊMICAS
HISTOPLASMOSE
CRIPTOCOCOSE
SISTÊMICAS OPORTUNISTAS
ASPERGILOSE
CANDIDÍASE
PARACOCCIDIOIDOMICOSE
HISTÓRICO: 1908 – LUTZ
1953 – FAVA NETTO (Imunologia)
1958 – LACAZ - SAMPAIO (Anfotericina B)
1971 – Nome da moléstia (Paracoccidioidomicose)
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA:
MÉXICO
→→ ARGENTINA
BRASIL > COLÔMBIA > VENEZUELA
SÃO PAULO >>CASOS
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PARACOCCIDIOIDOMICOSE
EPIDEMIOLOGIA
O agente etiológico da Paracoccidioidomicose (PCM) é o fungo
Paracoccidioides brasiliensis.
É um fungo dimórfico, conhecido apenas em sua forma assexuada,
saprobiota do solo.
Formas de contágio:
Inalação de conídios
Ferimentos (inoculação)
Investigação epidemiológica: isolamento do agente e sorologia
PARACOCCIDIOIDOMICOSE
Na natureza, o fungo apresenta a forma filamentosa que produz os
conídios (células infectantes).
Cultivo fase M (bolor) 25C
No hospedeiro o fungo se transforma em leveduras (parasitária).
Células leveduriformes (37ºC)
•As células leveduriformes são arredondadas, com brotamentos
simples ou múltiplos, de base delgada (roda de leme ou Mickey
mouse).
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PARACOCCIDIOIDOMICOSE
A paracoccidioidomicose (antes conhecida como blastomicose sulamericana) é uma micose sistêmica autóctone da América Latina
(Brasil= 80% dos casos).
A PCM acomete principalmente indivíduos:
 Sexo masculino (90%) Mais de 90% dos casos são do sexo
masculino (Homem/mulher = 15:1).
 Idade entre 30 e 50 anos (rara a incidência abaixo de 14 anos de
idade).
Sua importância em saúde coletiva está ligada aos custos sociais e
econômicos:
Ocorre em indivíduos na sua fase mais produtiva de vida
Seqüelas secundárias a esta micose, motivo comum de
incapacitação para o trabalho. Quando não tratada, geralmente evolui
para o óbito.
Endêmica nas populações de zona rural.
A via inalatória é considerada a principal porta de entrada da
infecção.
A partir de um foco primário pulmonar, ocorre a disseminação
linfática ou hematogênica para diferentes regiões do organismo,
inclusive para a mucosa da orofaringe.
O pulmão (freqüentemente acometido) dá origem a manifestações
clínicas de maneira muito insidiosa, compreendendo tosse seca,
posteriormente produtiva, e dispnéia aos esforços.
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Acomete órgãos internos como fígado, baço, nódulos linfáticos,
além de lesões bucais externas.
Seu surgimento pode ser decorrente de co-infecções bacterianas
como Mycobacterium tuberculosis ou outros germes comuns.
O principal aspecto clínico é representado por:
 Adenomegalia difusa superficial e profunda
 Hepatoesplenomegalia
 Eventual disfunção de medula óssea
 Lesões de pele e múltiplas lesões ósteolíticas
 Febre e emagrecimento
Complicações:
Icterícia obstrutiva ou até síndrome de compressão de veia cava
superior (adenomegalia).
Diarréia e hipoproteinemia podem ocorrer por envolvimento de
vasos linfáticos intestinais com prejuízo da drenagem de linfa e
decorrente má absorção intestinal.
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Classificação das formas clínicas da PCM
Paracoccidioidomicose infecção
Paracoccidioidomicose doença
Forma aguda/subaguda
Forma crônica
Unifocal
Multifocal
Forma residual ou sequelar
A PCM crônica do adulto (freqüente) tem uma evolução de vários
meses onde predominam:
Adinamia
Emagrecimento
Lesões tegumentares
Linfoadenopatia
A presença de febre é irregular e em geral pouco intensa.
Na boca, nota-se a estomatite moriforme, sialorréia, sangramento,
abaulamento dentário e dor.
Lesões de pálato mole e faringe causam
emagrecimento e à piora do estado geral.
dor levando
ao
O acometimento da laringe e cordas vocais ocasiona diversos graus
de disfonia, ou mesmo afonia.
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HISTOPLASMOSE
HISTÓRICO: SAMUEL TAYLOR DARLING – 1905
Comum nos EUA
Comum nos pacientes com AIDS
POPULAÇÃO DE RISCO: Tratadores de aves, espeleólogos,
turistas (cavernas), agentes controladores de zoonoses, prédios
antigos (demolições), etc.
O micélio de H. capsulatum (FUNGO DIMÓRFICO) está presente em
solos úmidos, quentes e ricos em matéria orgânica = fezes de
pombos e morcegos.
HISTOPLASMOSE
O Histoplasma capsulatum cresce em solos úmidos com elevado
conteúdo de nitrogênio, (pH ácido) como o encontrado em fezes de
aves e morcegos.
Cavernas, árvores ocas, construções antigas e sótãos, são fontes
importantes de infecção e, além disso, a própria movimentação do
solo proporciona o transporte de esporos pelo ar.
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HISTOPLASMOSE: CONTÁGIO
Inalação de esporos H. capsulatum
Os esporos vão para o ar quando o
solo contaminado é agitado e então
inalados.
A histoplasmose não é transmitida
de pessoa para pessoa.
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SINTOMAS DA HISTOPLASMOSE
A maioria das pessoas não tem efeitos aparentes da doença.
Se os sintomas ocorrem dentro de 3 a 17 dias depois da
exposição, sendo que a média é de 10 dias.
A doença respiratória aguda é caracterizada por sintomas
respiratórios, sensação geral de estado de doença, febre, dor no
peito e tosse seca.
Inalação de esporos H. capsulatum
Pulmão
Histoplasma
capsulatum
(leveduras)
multiplica-se no interior dos macrófagos e a partir
dos pulmões ganham os linfonodos e depois a
circulação sistêmica.
Produzem focos inflamatórios em outros órgãos
como baço e medula óssea.
Causam lesões buco-faríngeas (lingua e palato) na
Histoplasmose disseminada.
A forma disseminada da histoplasmose pode ser
fatal se não for tratada
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SINTOMAS DA HISTOPLASMOSE
A doença crônica nos pulmões parece com tuberculose e pode
piorar no curso de meses ou anos.
RX
Localização bucal em paciente
DIMORFISMO TÉRMICO
25ºC
37ºC
H. capsulatum: parasitismo intracelular como
levedura (reproduzem-se dentro de macrófagos)
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MICOSES SISTEMICAS OPORTUNISTAS
CRIPTOCOCOSE
Leveduras do gênero Cryptococcus apresentam uma grande
cápsula de natureza polissacarídica, que envolve a parede celular.
A cápsula contém melanina (protege contra lesões oxidativas).
A cápsula é um fator de virulência (aderência e proteção contra
fagocitose).
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CRIPTOCOCOSE
Cryptococcus gattii vive em meio ambiente é as
árvores são a fonte de infecção desse fungo
(floresta Atlântica).
Cryptococcus neofomans por sua vez, ocorre
geralmente em excrementos secos principalmente
de pombos (ricas em nitrogênio).
Ambas as espécies Cryptococcus gattii e Cryptococcus neoformans
são capazes de produzir lacase, que permite a colonização da
madeira, principalmente em avançado estado de decomposição.
CRIPTOCOCOSE
O primeiro contato com fungo por inalação, produzindo lesão
pulmonar primária comumente assintomática, com tendência à
regressão espontânea, deixando lesões residuais.
A disseminação hematogênica depende da capacidade de resposta
do hospedeiro ou da quantidade de fungos inalados.
Sua distribuição geográfica por muito tempo foi considerada
restrita a regiões tropicais e subtropicais.
Entretanto, foi relatada a ocorrência de Cryptococcus gattii em
regiões de clima temperado (Vancouver-Canadá).
Criptococose humana:
C. gattii = doença em indivíduos imunocompetentes
C. neoformans = doença em imunodeprimidos.
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CRIPTOCOCOSE
A interação do hospedeiro com o C. neoformans tem amplo
aspecto, que varia da simples colonização até formas graves, que
podem levar ao óbito.
O C. neoformans tem capacidade de produzir infecção em
hospedeiros imunocompetentes, mas de forma autolimitada e
subclínica.
Graves em imunodeficientes.
Nos pacientes com AIDS, as micoses sistêmicas merecem atenção
especial, pois tendem a se disseminar.
O C. neoformans tropismo
(meningoencefalites).
pelo
sistema
nervoso
central
Têm-se detectado importante e progressivo aumento das infecções
fúngicas
sistêmicas,
principalmente
em
pacientes
imunossuprimidos.
Cryptococcus neoformans
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ASPERGILOSE
Aspergillus spp. estão nas vias respiratórias e a infecção depende da
imunidade do hospedeiro (mais do que da patogenicidade do fungo).
- A aspergilose pode se apresentar como lesões localizadas em
unhas, pés, canal auditivo, olhos e forma bronco-pulmonar alérgica.
Infecção
secundária
imunocomprometidos:
(crescente)
ocorre
em
pacientes
Tratamento prolongado com antibiótico
Corticosteróides
Carcinoma, tuberculose, pacientes neutropênicos
Lesões de tecidos subcutâneos, da pele ou da córnea.
- Forma disseminada ou cerebral: alta letalidade, geralmente,
associada a neutropenia ou à doenças debilitantes.
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ASPERGILOSE
Fungos cosmopolitas e presentes na natureza, sendo encontrados
em restos orgânicos, no solo, no ar e sobre a superfície de seres
vivos, etc.
Ocorrência: Distribuição universal.
No homem a doença depende do estado fisiológico geral ou local do
hospedeiro.
As principais espécies patogênicas para os humanos são:
•Aspergillus fumigatus
•Aspergillus niger
•Aspergillus flavus
• Aspergillus terreus
Agente etiológico: Aspergillus fumigatus (o mais comumente
isolado)
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O aspergiloma (bola fúngica) é visualizado como uma massa
móvel em uma cavidade pré-existente, em geral em um lobo
superior.
Massa de micélio
O diagnóstico baseia-se no quadro clínico, identificação do agente
nas secreções brônquicas e tecido pulmonar, achados em RX e TC
(sinal do halo), além de pesquisas sorológicas complementares.
CANDIDÍASE
Candidíases são causadas pela levedura Candida albicans,
embora outras espécies de Candida (não-albicans) estejam se
tornando cada vez mais importantes.
A C. albicans existe como normal no trato oral e gastrointestinal,
na área vulvovaginal, na pele e fezes.
As candidíases atingem principalmente as mucosas, exemplo
candidíase oral, broncopulmonar, vulvovaginal; candidíase
mucocutânea crônica, cutânea, ungueal, etc.
Está associada a AIDS, neoplasias, lúpus eritematoso,
tuberculose ou terapias com esteróides ou agentes citotóxicos, as
leveduras podem proliferar e causar auto-infecções.
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CANDIDEMIA
Em situações de desequilíbrio do hospedeiro, as leveduras
crescem excessivamente (sem a microbiota normal).
É um problema relacionado ao aumento da população de indivíduos
com imunidade baixa.
Candida spp. proliferam em soluções glicosadas e formam biofilmes
em cateter venoso de posição central.
Cateter Venoso Central - faz a ponte entre átrio
direito do coração do paciente e ambiente
externo (hospitalar animado e inanimado) =
risco.
CANDIDEMIA
A candidemia está associada a períodos prolongados de internação
(> 15 dias), pacientes cateterizados, uso de antibióticos de 3a
geração.
Aproximadamente 95% das infecções sanguíneas causadas por
Candida spp. são devidas a dois grupos:
Candida albicans
Não-albicans (C. parapsilosis, C. glabrata, C. tropicalis, C. krusei,
etc.).
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CANDIDEMIA
Candidemia é um quadro infeccioso que hoje representa a 4ª causa
de infecção hospitalar no país. O Brasil = alto índice de candidemia.
Wey SB et al.,
1989
Cerca de 20 a 70% dos profissionais de saúde são colonizados
transitoriamente por Candida spp. em suas mãos.
CANDIDEMIA
Nas candidemias as taxas de mortalidade bruta são de 57% e de
mortalidade atribuída atingem 38%.
Candida spp. está associada às taxas de mortalidade mais elevadas
do que as observadas com outros patógenos.
Condições de risco para candidemia em pacientes
hospitalizados

Uso de antibióticos

Corticosteróides

Quimioterapia

Câncer

Colonização prévia

Cateter intravascular ou CVC

Nutrição parenteral

Neutropenia

Cirurgia (intestino grosso) 

Hemodiálise

Prematuridade

Diabetes mellitus

Baixo peso ao nascer
Ventilação mecânica
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