Universidade Federal do Vale do São Francisco Campus de Juazeiro Colegiado de Engenharia de Produção Posto de trabalho Disciplina: Engenharia de métodos Professor: Marcel de Gois Pinto Porque estudar o posto de trabalho... Limpeza Conforto Porque estudar o posto de trabalho... Segurança Porque estudar o posto de trabalho... Satisfação com o trabalho Porque estudar o posto de trabalho... Eliminar movimentos desnecessários Reduzir doenças Diminuir a improdutividade Aumentar a produção Aumentar a lucratividade Posto de trabalho Definição Menor unidade produtiva, geralmente envolvendo um homem e seu local de trabalho. (IIDA, 1990) A análise dos postos de trabalho envolvem dois enfoques Tradicional – Taylorista/fordista Ergonômico Enfoque tradicional Baseia-se no estudo de movimentos corporais necessários para executar um trabalho e na medida do tempo gasto em cada um desses movimentos. Estudo de Tempos e Movimentos Etapas: Desenvolvimento de um método preferido Preparação do método padrão (padronização) Determinação do tempo-padrão Enfoque ergonômico Busca desenvolver de postos de trabalho que reduzam as exigências biomecânicas e psicológicas através das seguintes premissas: Colocar o operador em boa postura Colocar os objetos dentro do alcance da pessoa Facilitar a percepção das informações Análise da Tarefa Será abordado, doravante, a abordagem tradicional; Pode-se perceber que a abordagem ergonômica não exclui a tradicional, mas a complementa e, em alguns casos, corrige. Tarefa – Um conjunto de ações humanas, que torna possível um sistema atingir o seu objetivo. A análise da tarefa realiza-se em dois níveis: Descrição da tarefa – global Descrições das ações – detalhado Análise da Tarefa Descrição da tarefa – global Abrange os aspectos gerais da tarefa: Objetivo – Para que serve a tarefa Características Técnicas – Quais são as máquinas e materiais Operador – Que tipo de pessoa trabalha Aplicações – Localização do posto no sistema produtivo Análise da Tarefa Descrição da tarefa – global Abrange os aspectos gerais da tarefa: Condições Operacionais – Como trabalha o operador; Condições Ambientais – Temperatura, umidade, iluminação, ventilação, ruídos, vibrações, gases e vapores; Condições organizacionais – Qual a forma de organização do trabalho. Princípios de Economia de Movimentos Estes princípios foram desenvolvidos no início do desenvolvimento da engenharia de métodos (tempos e movimentos) A maioria deles ainda hoje é utilizada Classificação: Relacionados à Utilização do Corpo Humano. Relacionados com o arranjo físico do local de Trabalho. Relacionado com o projeto das ferramentas e equipamentos. Princípios de Economia de Movimentos Utilização do Corpo Humano Simultaneidade dos Movimentos das Mãos e dos Braços As duas mãos devem iniciar e terminar no mesmo instante os seus movimentos. As duas mãos não devem permanecer inativas ao mesmo tempo, exceto durante os períodos de descanso. Os movimentos dos braços devem ser executados em direções opostas e simétricas, devendo ser feitos simultaneamente. Princípios de Economia de Movimentos Utilização do Corpo Humano Dispêndio Mínimo de Energia Deve ser empregado o movimento manual que corresponde à classificação mais baixa de movimentos e com o qual seja possível executar satisfatoriamente o trabalho. 1 Movimento dos dedos 2 Movimento dos dedos e pulsos 3 Movimento dos dedos, pulsos e ante-braço 4 Movimento dos dedos, pulsos, ante-braço e braço 5 Movimento dos dedos, pulsos, ante-braço, braço e ombro Princípios de Economia de Movimentos Utilização do Corpo Humano Dispêndio Mínimo de Energia Os movimentos suaves, curvos e contínuos das mãos são preferíveis aos movimentos em linha reta, que necessitam mudanças bruscas de direção. Utilização da Força Viva Os movimentos parabólicos são mais rápidos, mais fáceis e mais precisos que os movimentos restritos ou controlados. Princípios de Economia de Movimentos Utilização do Corpo Humano Ritmo A aquisição de um ritmo é essencial à execução fácil e automática do trabalho. Fixação da vista devem ser tão reduzidas e tão próximas quanto possível Princípios de Economia de Movimentos Disposição do Posto de Trabalho Ordem na Área de Trabalho Deve existir lugar definitivo e fixo para todas as ferramentas e materiais. Ferramentas, materiais e controles devem se localizar perto do local de uso. Materiais e ferramentas devem ser localizados, de forma a permitir a melhor seqüência de movimentos. Princípios de Economia de Movimentos Disposição do Posto de Trabalho Utilização da Gravidade Deverão ser usados depósitos e caixas alimentadoras por gravidade, para distribuição de material o mais perto do local de uso. A distribuição da peça processada, deve ser feita por gravidade sempre que possível. Princípios de Economia de Movimentos Disposição do Posto de Trabalho Conforto e Iluminação do Posto de Trabalho Deve-se proporcionar a cada trabalhador as melhores condições de iluminação para o seu trabalho. A altura do local de trabalho e da banqueta que lhe corresponda devem ser tais, que possibilitem ao operário trabalhar em pé ou sentado, tão facilmente quanto possível. Deve-se fornecer a cada trabalhador uma cadeira do tipo e altura, tais que permitam boa postura para os trabalhos. Princípios de Economia de Movimentos Projeto das ferramentas e equipamentos Liberdade das Mãos As mãos devem ser aliviadas de todo o trabalho que possa ser executado mais convenientemente por um dispositivo, um gabarito, ou um mecanismo acionado a pedal. Combinar e Pré-posicionar Quando possível devem-se combinar duas ou mais ferramentas. As ferramentas e os materiais devem ser preposicionados sempre que possível. Princípios de Economia de Movimentos Projeto das ferramentas e equipamentos Localização dos Controles Devem-se localizar alavancas e volantes em posições tais que o operador possa manipulá-los com alteração mínima da posição do corpo Roteiro para análise de operações Materiais 1. Pode ser usado um material mais barato? 2. O material apresenta uniformidade e encontra-se em condições adequadas? 3. O peso, as dimensões e o acabamento do material são tais que resultem em maior economia global? 4. O material é utilizado de maneira integral? 5. Algum uso pode ser dado aos refugos e às peças rejeitadas? 6. O estoque de material e de peças pode ser reduzido? Roteiro para análise de operações Manuseio de Materiais 1. Pode-se reduzir o número de vezes que o material é movimentado? 2. Pode-se encurtar a distância percorrida? 3. As caixas para movimentação dos materiais são adequadas? Suas condições de limpeza são aceitáveis? 4. Existe espera na entrega do material para o operador? Roteiro para análise de operações Manuseio de Materiais 5. Pode o operador ser aliviado do transporte de materiais pelo emprego de transportadores? 6. Pode-se reduzir ou eliminar os transportes desnecessários? 7. Será possível a eliminação da necessidade de movimentação de materiais através de um rearranjo dos locais de trabalho ou através de combinações de operações? Roteiro para análise de operações Ferramentas, dispositivos e gabaritos 1. As ferramentas empregadas são as mais adequadas para este tipo de trabalho? 2. Estão as ferramentas em boas condições? 3. Possuem as ferramentas de usinagem ângulos de cortes corretos, e são afiadas em uma ferramentaria centralizada? 4. Podem ser introduzidos novas ferramentas ou dispositivos de tal forma que possa ser usado um operador menos qualificado na execução da tarefa? Roteiro para análise de operações Ferramentas, dispositivos e gabaritos 5. No uso de ferramentas e dispositivos, ambas as mão são empregadas em trabalhos produtivos? 6. Pode-se usar alimentadores automáticos, ejetores, morsas, etc.? 7. Pode-se simplificar o projeto do produto? Roteiro para análise de operações Máquina Preparação Utilização da TRF (Troca rápida de ferramentas) Operação 1. Podem-se eliminar a operação? 2. Podem-se combinar operações? 3. Pode-se aumentar a velocidade de corte? 4. Pode-se empregar alimentação automática? 5. Podem-se dividir a operação em operações mais simples? Roteiro para análise de operações Máquina Preparação Utilização da TRF (Troca rápida de ferramentas) Operação 6. Podem duas ou mais operações ser combinadas em uma única? Considere o efeito de tais combinações no período de treinamento dos operários. 7. Pode-se mudar a seqüência de operações? 8. Pode-se reduzir os refugos e perdas? Roteiro para análise de operações Máquina Preparação Utilização da TRF (Troca rápida de ferramentas) Operação 9. Pode a peça ser pré-posicionada para a operação seguinte? 10. Pode-se reduzir ou eliminar as interrupções? 11. pode-se combinar uma operação com uma inspeção? 12. As condições de manutenção da máquina são adequadas? Roteiro para análise de operações Máquina Operador 1. O operador é qualificado física e mentalmente para a execução da operação? 2. Pode-se eliminar fadiga através de uma mudança nas ferramentas, dispositivos, layout ou condições de trabalho? 3. É o salário adequado para tal espécie de trabalho? 4. A supervisão é satisfatória? 5. Pode a eficiência do operador ser aumentada por instrução? Roteiro para análise de operações Condições de Trabalho 1. As condições de iluminação, calor e ventilação são satisfatórias? 2. As instalações são adequadas? 3. Há o risco desnecessário na operação? 4. O operador pode trabalhar alternando sentado e em pé? 5. O período de trabalho e os intervalos para descanso são tais que proporcionem maior economia? 6. A conservação e limpeza da fábrica são satisfatórias? Universidade Federal do Vale do São Francisco Campus de Juazeiro Colegiado de Engenharia de Produção Posto de trabalho Disciplina: Engenharia de métodos Professor: Marcel de Gois Pinto