TURMA ESPECIAL DE EXATAS - FÍSICA DISCURSIVA OBRIGATÓRIA – HERON Aluno(a): _______________________________________________ Data: ___/___/2012. Turma:_______ F – 012 1. Na figura a seguir está representado um aparato experimental, bastante simplificado, para a produção -19 de raios X. Nele, elétrons, com carga elétrica q = -1,6 · 10 C, partem do repouso da placa S1 e são acelerados, na região entre as placas S1 e S2, por um campo elétrico uniforme, de módulo 4 E = 8 · 10 V/m, que aponta de S2 para S1. A separação entre as placas é d = 2 · 10–1 m. Ao passar pela pequena fenda da placa S‚ eles penetram em uma região com campo elétrico nulo e chocam-se com a placa A, emitindo então os raios X. a) Calcule a diferença de potencial U2 – U1 entre as placas S2 e S1. b) Calcule a energia cinética com que cada elétron passa pela fenda da placa S‚. c) Suponha que toda a energia cinética de um determinado elétron seja utilizada para a produção de um –34 único fóton de raio X. Usando a constante de Planck h = 6,7 · 10 J/s, calcule qual a frequência deste fóton. RESOLUÇÃO a) U2 – U1 = E..d –1 U2 – U1 = 8 · 104 · 2 · 10 -3 U2 – U1 = 16 · 10 V b) Ec = ½ · m · v2 = q · U -19 -3 Ec = -1,6 · 10 · 16 · 10 -22 Ec = 25 · 6 · 10 J c) E = h · f f = E/h -22 -34 f = 25 · 6 · 10 /6 · 7 · 10 12 f =171,52 · 10 Hz 2012_Discursiva_Obrigatória_Física - 010 2. A ilustração mostra uma corda composta de duas partes de densidades lineares de massa distintas, μ1 e μ2 , ligada por uma das extremidades a um sistema massa-mola e, na extremidade oposta a um peso P. Uma onda é produzida na corda, deslocando, ao longo da guia, a massa M de sua posição de equilíbrio e soltando-a. Considerando as quantidades características da propagação ondulatória velocidade, comprimento de onda, frequência e fase descreva, qualitativa e quantitativamente, a propagação da onda nas duas partes da corda, sabendo que 2μ1 = μ2 = 0,4kg/m, P = 10N, a constante elástica da mola k é igual a 400 N/m, e a massa da mola M é igual a 100 kg. 1 RESOLUÇÃO Uma onda harmônica é gerada na extremidade de densidade μ1, ligada ao sistema massa-mola. Ao passar para a outra parte da corda, uma parte da onda é refletida e outra parte é transmitida - com mudança da velocidade de propagação e, consequentemente, do comprimento da onda. As velocidades nas partes 1 e 2 são: ⎡⎣(10 N) ⎤⎦ (P) µ1 = ( 0,2 kg / m ) = 5 2 m/s v1 = v2 = ⎡⎣(10 N) ⎤⎦ (P) µ 2 = ( 0, 4 kg / m ) = 5 m/s A frequência f e a frequência angular ω são impostas pelo sistema massa-mola e são iguais a ⎛ 1 ⎞ ⎜ ⎟ f = ⎝ 2π ⎠ (K ) ⎛ 1 ⎞ ⎜ ⎟ M = ⎝ 2π ⎠ ⎡⎣( 400 N / M) ⎤⎦ (100 kg) ⎛ 1⎞ ⎜ ⎟ = ⎝ π ⎠ Hz e ω = 2 π f = 2 rad/s. O comprimento de onda é dado pela relação λ = V/f e, assim, V1 V2 λ1 = f = 5 · 1,41 π m e λ2 = f = 5 π m. Com respeito às fases das ondas, a onda incidente e a transmitida estão em fase. A fase da onda refletida está deslocada de 180° ( π ) em relação à onda incidente, porque a segunda parte da corda é mais densa. 3. Um apreciador de música ao vivo vai a um teatro, que não dispõe de amplificação eletrônica, para assistir a um show de seu artista predileto. Sendo detalhista, ele toma todas as informações sobre as dimensões do auditório, cujo teto é plano e nivelado. Estudos comparativos em auditórios indicam preferência para aqueles em que seja de 30 ms a diferença de tempo entre o som direto e aquele que primeiro chega após uma reflexão. Portanto, ele conclui que deve se sentar a 20 m do artista, na posição indicada na figura. Admitindo a velocidade do som no ar de 340 m/s, a que altura h deve estar o teto com relação a sua cabeça? RESOLUÇÃO Como v = d/t temos que t = d/v Para o som direto: t' = 20/340 = 1/17 s = 1000/17 ms Para o som refletido: t'' = (a + b)/340 = 1000(a + b)/340 ms onde a e b são os trechos percorridos pelo som refletido (a é a distância entre o músico e o ponto de reflexão e b é a distância entre o ponto de reflexão e o espectador) t'' - t' = 30 ms 1000(a · b)/340 - 1000/17 = 30 5(a + b)/17 - 100/17 = 3 5(a + b) - 100 = 51 ⇒ (a + b) = 151/5 Da teoria de reflexão é possível construir um triângulo retângulo onde a hipotenusa é (a + b); o cateto vertical é 2h e o cateto horizontal é 20 m. Assim, por Pitágoras: 2 2 2 (a + b) = 20 + (2h) 2 2 (151/5) = 400 + 4h 2 2 (30,2) = 400 + 4h 2 2 912,04 - 400 = 4h 2 512,04 = 4h 2 512,04/4 = h 2 128,01 = h ⇒ h = 11,3 m 4. Derive a 3ª Lei de Kepler do movimento planetário a partir da Lei da Gravitação Universal de Newton considerando órbitas circulares. RESOLUÇÃO Na figura acima: M: massa do Sol; m: massa do planeta; r: raio da órbita; G V : velocidade orbital do planeta; G FG : força gravitacional; G RC : resultante centrípeta. Lembremos que a 3ª lei de Kepler afirma que: “o quadrado do período de translação (T) do planeta é 2 3 diretamente proporcional ao cubo do raio de sua órbita: T = k · r ”. Como o movimento é circular uniforme, a força gravitacional comporta-se como resultante centrípeta. Assim: GMm mv2 GM = ⇒ v2 = 2 r r . (equação 1) r FG = RC Þ ΔS 2πr 4π2r2 = ⇒ v2 = 2 T . (equação 2) Mas: v = Δt T Substituindo (2) em (1), vem: 4π2r2 GM r3 GM 4π2 3 2 = ⇒ = ⇒ T = r r GM . T2 T2 4π2 4 π2 Ora, G, M e p são todos constantes. Então: GM = k (constante). Assim: 2 3 T =k· r . 5. (Unicamp 2010) A Lua não tem atmosfera, diferentemente de corpos celestes de maior massa. Na Terra, as condições propícias para a vida ocorrem na troposfera, a camada atmosférica mais quente e densa que se estende da superfície até cerca de 12 km de altitude. a) A pressão atmosférica na superfície terrestre é o resultado do peso exercido pela coluna de ar atmosférico por unidade de área, e ao nível do mar ela vale P0 = 100 kPa. Na cidade de Campinas, que está a 700 m acima do nível do mar, a pressão atmosférica vale P1 = 94 kPa. Encontre a densidade do ar entre o nível do mar e a altitude de Campinas, considerando-a uniforme entre essas altitudes. 3 b) Numa viagem intercontinental um avião a jato atinge uma altitude de cruzeiro de cerca de 10 km. Os gráficos a seguir mostram as curvas da pressão (P) e da temperatura (T) médias do ar atmosférico em função da altitude para as camadas inferiores da atmosfera. Usando os valores de pressão e temperatura desses gráficos e considerando que o ar atmosférico se comporta como um gás ideal, encontre o volume de um mol de ar a 10 km de altitude. A constante universal dos gases é J R = 8,3 . mol K RESOLUÇÃO 2 a) Dados: P0 = 100 kPa = 10 Pa; P = 0,94 · 10 Pa; h = 700 m, g = 10 m/s . A diferença de pressão ocorre devido peso da coluna de ar, de altura h = 700 m que, conforme o teorema de Stevin, é dada por: |DP| = d g h Þ | ΔP | 105 −0,94×105 6×103 = 2 gh 7×103 ⇒ = 10×7×10 d= 3 d = 0,86 kg/m . 5 5 J mol.K b) Dados: R = 8,3 ; H = 10 km. Da leitura direta dos gráficos, obtemos para altura de 10 km: pressão, P = 30 kPa = temperatura, T = –50 °C = (– 50 + 273) = 223 K. Aplicando a equação de Clapeyron: 1(8,3) (223) nR T 4 P PV= nRT Þ V = ⇒ V = 3×10 ⇒ –2 V = 6,17 · 10 3 m ⇒ V = 61,7 L. 4 4 3 · 10 Pa;