REFLEXÕES EM RELAÇÃO AO ESTADO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTES QUANTO AOS FATORES
QUE MODIFICAM O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL: O QUE FAZER
OLIVEIRA, E, Daiana.1
FORMIGHIERI, M.S, Fábio.2
SILVA, Tatiane.3
ROMAN, P, Everton.4
RESUMO
Introdução: O uso de dados referente às características biológicas e sociais dos adolescentes é uma
ferramenta comumente usada para se estudar os níveis de saúde de uma determinada população.
Um destes dados é o Índice de Massa Corporal (IMC) relacionado ao nível socioeconômico de
indivíduos separados em faixas etárias. Objetivo: abordar o estado nutricional de escolares do sexo
feminino e suas de diferentes níveis socioeconômicos. Encaminhamento Metodológico: Trata-se
de um levantamento bibliográfico sobre o tema e uma posterior análise e organização dos materiais
encontrados. Os materiais encontrados foram analisados qualitativamente e organizados conforme a
relevância para o tema proposto. A literatura consultada para esta pesquisa foi entre os anos de 1993
até 2014. Considerações finais: A diminuição da prática da atividade física, o uso em excesso de
aparelhos tecnológicos, a violência urbana e a mudança abrupta nos hábitos alimentares são fatores
preponderantes para o aumento nos valores do IMC entre os adolescentes. É necessário que sejam
adotadas políticas públicas para que tenhamos pessoas saudáveis não somente agora, mas
principalmente no futuro.
PALAVRAS-CHAVE: Índice
de Massa Corporal, estado nutricional, fatores socioeconômicos.
REFLECTIONS RELATED TO THE TEENAGERS’ NUTRITIONAL STATUS AS FACTS
THAT MODIFYES THE BODY MASS INDEX: WHAT TO DO?
Introduction: The use of data related to the teenagers’ biological and social characteristics is a very
used tool to study the social economic levels of people separated in age levels. Objective: study the
nutritional status of female students a different social economic level. Routing Methodology: This
is a biography search about the theme and a posterior analyses and organization of the materials
found. The materials found were analyzed qualitatively and organized as the relevance for the
proposed theme. The literature searched for this research was between the years of 1993 to 2014.
Final Considerations: The decrease in physical activity practice, the excess of using technology
equipment, the urban violence and the abrupt change in eating habits are big factors to the increase
of BMI among teenagers. It is necessary to adopt public politics so that we have healthy people not
even now but mainly in the future.
Key words: BMI, nutritional status, social economic factors.
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Acadêmica do curso de Educação Física da Faculdade Assis Gurgacz - 2014. E-mail: [email protected]
Acadêmico do curso de Educação Física da Faculdade Assis Gurgacz - 2014. E-mail: [email protected]
3
Acadêmica do curso de Educação Física da Faculdade Assis Gurgacz - 2014. E-mail: [email protected]
4
Docente orientador professor Doutor do curso de Educação Física da Faculdade Assis Gurgacz – 2014. E-mail:
[email protected]
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1. INTRODUÇÃO
O aumento do sobrepeso e obesidade na infância e na adolescência vem sendo considerado
como um dos fatores mais agravantes da saúde pública, tanto em países desenvolvidos, mas também
nos designados em via de desenvolvimento. Esse agravante acarreta gastos crescentes com
tratamento decorrentes da obesidade, e do rápido crescimento na prevalência.
Quanto à frequência de sobrepeso e obesidade nos estratos socioeconômicos em indivíduos
jovens, observaram-se resultados inconsistentes e além de fatores como idade, sexo, metodologia
utilizada na determinação das classes socioeconômicas, e dos aspectos culturais. A fase de
desenvolvimento socioeconômico do país aparenta ser um dos principais fatores interferentes nessa
relação, como mostram estudos envolvendo adolescentes de países desenvolvidos, a posição
socioeconômica apresentou-se inversamente associada ao sobrepeso e/ ou obesidade em indivíduos
de ambos os sexos (FARIAS JUNIOR, 2008).
Ainda segundo Farias Junior (2008), nos países em processo de desenvolvimento, assim
como o Brasil, embora haja divergências entre alguns estudos, verificou-se maior prevalência de
sobrepeso e obesidade em indivíduos do sexo masculino de classes socioeconômicas mais elevadas,
e em indivíduos do sexo feminino, dependendo da localidade, pertencentes à classe econômica
menos provida ou com distribuição semelhante nos estratos socioeconômico.
O uso de medidas antropométricas na avaliação do estado nutricional tem se tornado o modo
mais prático para análise de indivíduos e populações. A opção pela classificação probabilística no
caso do estado nutricional infantil contrasta com a classificação do estado nutricional em adultos a
partir do Índice de Massa Corporal (IMC) (CONDE e MONTEIRO, 2006).
A Organização Mundial da Saúde (2007) aconselha a utilização do Índice de Massa
Corporal (IMC) para identificar tanto a obesidade quanto a desnutrição. Nesse sentido utiliza-se o
IMC principalmente para estudos populacionais, em razão do baixo custo, simplicidade para a
verificação das medidas e à produtividade.
Para Conde e Monteiro (2006) inúmeros fatores podem condicionar o IMC, entre eles a
atividade física. A diminuição da atividade física por um período prolongado pode obter ganho de
peso corpóreo e de modo consequente o aumento do IMC. De outro modo, o aumento de atividade
física frequente pode diminuir a chance dos indivíduos indicarem valores acima dos adequados para
ser considerado saudável (CONDE e MONTEIRO, 2006).
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Segundo os mesmos autores citados anteriormente, outro fator que pode agir sobre o IMC é
a alimentação, pois o aumento de consumo de energia, acima do necessário para o organismo, por
um longo período, pode ocasionar aumento da massa corpórea. A baixa ingestão energética
necessária para o corpo pode ocasionar perda de peso progressiva, causando assim a redução do
IMC.
É essencial identificar os fatores determinadores do IMC em pubescentes, pois por meio
disso é possível a elaboração de estratégias que tenham como objetivo a prevenção e o tratamento
de distúrbios nutricionais (ROMERO, 2008).
Para se estudar os níveis de saúde de uma determinada população, deve-se observar as
características biológicas e sociais dos adolescentes. Dentre elas, as que refletem nos dias atuais,
sendo através do Índice de Massa Corporal e o nível socioeconômico.
Sabe-se que este trabalho poderá auxiliar profissionais que atuam na área da saúde
principalmente Educadores Físicos, Médicos, Nutricionistas e Fisioterapeutas para melhor
entendimento quanto a todo o processo que envolve o IMC durante a adolescência. Sendo assim, de
acordo com os fatos expostos anteriormente, o objetivo deste estudo foi abordar o estado nutricional
de escolares do sexo feminino dentro de uma abordagem teórica e conceitual.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. ÍNDICE DE MASSA CORPORAL: FORMAS DE AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO
NUTRICIONAL
É durante a adolescência que a pessoa adquire cerca de 25% de sua estatura final e 50% de sua
massa corporal, sendo esta fase caracterizada por alterações morfológicas, fisiológicas, psicológicas
e sociais intensas e complexas (ANJOS et al, 1998).
Os adolescentes têm como características comportamentos com mudanças vulneráveis
referentes a grupos e moda, preocupando-se com o corpo e a aparência. A tendência social e
cultural em considerar a magreza como padrão e aceitação da grande maioria da população, têm
elevado cada vez mais a exigência de aparência magra, causando prejuízo para a saúde do indivíduo
(MELLO, 2009)
Na atenção a saúde, como prevenção aos quadros mórbidos diversos, a avaliação do estado
nutricional expressado pelas necessidades fisiológicas deveria ser rotineira. Através das medidas
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lineares de área e de volume encontrados no corpo humano, Quetelet criou uma fórmula a fim de
relacionar matematicamente o peso com a estatura do individuo sendo esta peso/estatura², sendo
este o Índice de Massa Corporal (RICARDO e ARAÚJO, 2002).
Por meio do IMC que é uma das variáveis do estudo. É possível obter classificações do
estado nutricional. Trata-se de um método prático, barato, de fácil acesso e sugerido pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), para mensurações de sobrepeso e obesidade em
adolescentes por ter boa relação com a gordura corporal (VIEIRA et al, 2006).
Em relação a isso, Melo et al (2009) afirmam que a importância da atividade física tem se
mantido abaixo dos níveis considerados satisfatórios, em especial, os adolescentes, aumentando o
índice de sedentarismo. As opções de lazer têm crescido consideravelmente, colocando os
videogames e jogos de internet no lugar das brincadeiras de infância.
A idade cronológica é a idade determinada pela diferença entre um dado dia e o dia do
nascimento do indivíduo. Para Gallahue e Ozmun (2005), a classificação para a idade cronológica
apresenta da seguinte maneira: vida pré–natal (oito semanas de nascimento); primeira infância (um
mês a 24 meses do nascimento); segunda infância (24 meses a 10 anos); adolescência (10 – 11 anos
a 20 anos); adulto jovem (20 a 40 anos); adulto meia idade (40 a 60 anos) e idoso (acima de 60
anos).
Observa-se que a antropometria é utilizada por estudos ligados a muitas áreas, contudo é
desenvolvida com instrumentos específicos e procedimentos rigorosamente padronizados. A
escolha das medidas deve estar relacionada com o tipo de estudo a ser realizado, porém em alguns
momentos utilizam-se as mesmas medidas antropométricas para vários tipos de estudo (GUEDES e
GUEDES, 1997).
Segundo Sichieri (1998), para determinar a massa gorda e identificar possíveis alterações da
massa corporal, é possível utilizar o peso ou massa corpórea como sinônimo de massa de gordura.
Tanto o peso quanto o índice de massa corporal (IMC), medidos pela relação peso (Kg)/ altura (m²),
tem alta correlação com as medidas de gordura corpórea. Para a medida realizada individualmente,
um alto IMC pode expressar uma grande concentração de massa muscular, portanto o IMC é
considerado uma medida de sobrepeso e não de obesidade, pois, a massa livre de gordura é pouco
variável.
Sendo assim, os resultados do IMC em crianças geralmente apresentam-se abaixo de 20, por
isso a comparação com os valores que indica falta ou excesso de peso em adultos não é
recomendada. O IMC é um método bastante eficaz devido à praticidade e facilidade de se obter os
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resultados, e por ser um método recomendado pela Organização Mundial da Saúde, que indica de
maneira clara qual poderia ser o melhor peso para o indivíduo (WEINECK, 2003).
Conforme Conde e Monteiro (2006) o estado nutricional dos menores de 20 anos
tradicionalmente vem sendo classificado com base em critérios probabilísticos. Em 1997, a
International Obesity Task Force (IOTF) propôs definir o estado dos menores de 20 anos com base
em desfechos que, na idade adulta, definiam os diagnósticos de desnutrição, em excesso de peso e
obesidade e/ou na alteração de diversos indicadores bioquímicos associados a doenças crônicas na
fase adulta. Em 2000, foi publicado o conjunto de valores críticos para definir excesso de peso e
obesidade no grupo etário de 2 a 18 anos.
A avaliação do estado nutricional é uma etapa essencial no estudo de uma criança,
possibilitando verificar se o crescimento está se desviando do padrão esperado por doença e/ou por
condições sociais desfavoráveis. Seu objetivo é verificar o crescimento e as proporções corporais de
um indivíduo ou de uma população, procurando estabelecer atitudes de intervenção. Dessa forma,
quanto mais avaliações forem realizadas referentes do ponto de vista nutricional, e quanto mais
seriadas são essas avaliações, mais precocemente pode-se intervir, melhorando a qualidade devida
da população de uma forma geral (MELLO, 2002).
A avaliação do estado nutricional é indispensável para o diagnóstico da desnutrição ou
sobrepeso. A antropometria é um método não invasivo e fácil realização, com baixo custo, seguro e
com valor preditivo, utilizado para identificar indivíduos com estado nutricional alterados. Para
avaliação nutricional de adolescentes, utilizam-se medidas antropométricas, (altura, peso,
circunferência do pescoço, do abdômen e quadril). Pesquisadores há anos vêm buscando
desenvolver um modelo de avaliação que possa ser utilizada em qualquer parte do mundo, que
consista em uma metodologia simples, facilmente aplicada e com baixo custo em grande parte das
localidades. (GARCIA, 2007).
É complexa a mensuração do estado nutricional de adolescentes através da antropometria,
devido à oscilação do crescimento e das dimensões corporais decorrentes da idade, sexo e
maturação sexual. O emprego do índice de massa corpórea para identificação do estado nutricional
da população em estudo vem sendo utilizada por ser uma medida simples e de menor custo, assim
sendo mais viável para utilização em serviços públicos de saúde (VITOLO, 2007).
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2.2 FATORES ASSOCIADOS À ALTERAÇÃO DE
SOCIOECONÔMICO E INFLUÊNCIA DA TECNOLOGIA.
IMC:
MATURAÇÃO
SEXUAL,
NÍVEL
A puberdade é um acontecimento fisiológico do processo de maturação sexual que tem
início com a ativação do eixo hipotálamo-hipófise-gônada e culmina com a capacidade reprodutiva.
Na puberdade as mudanças são dinâmicas podendo variar quanto à idade de início ou término, à
importância, à velocidade que se apresenta e suas inter-relações, além da etnia, do tipo e do meio
ambiente em que o indivíduo coabita. Ela envolve o desenvolvimento das gônadas, dos órgãos
sexuais e das características sexuais secundárias, assim sendo, nas mulheres, identificadas pelo
desenvolvimento das mamas (telarca), dos pêlos pubianos (pubarca) e a ocorrência da primeira
menstruação (menarca) (ROMAN et al, 2006).
A adolescência compreende diversas transformações somáticas, psicológicas e sócias, e se
estende dos 10 aos 19 anos. Perante esse processo dinâmico, há uma significativa variação da
composição corporal entre indivíduos, que pode ser induzido por fatores, tais como hereditariedade,
ingestão de alimentos, atividade física, idade e sexo (PINHO et al, 2014).
Com o surgimento da puberdade, acontece o desenvolvimento das características sexuais
primárias e secundárias e como resultado disso, o aparelho genital feminino começa a funcionar,
promovendo a primeira menstruação, denominado menarca (VITALLE, et al, 2003). A menarca
além de ser um parâmetro de maturidade sexual, ainda indica as alterações que acontecem no
desenvolvimento social e econômico do ser humano. As meninas com condições socioeconômicas
superior apresentaram a primeira menstruação precocemente em relação as meninas com menor
condições financeiras, que residem no mesmo país.
Segundo Barbosa et al (2006), para o sexo feminino, considerando o estágio 2, foram
classificados como sobrepeso, aqueles com IMC maior que 21,0kg/m2, com aumento de 1 kg/m2
em cada estágio do desenvolvimento pubertário, atingindo o valor de 24,0 Kg/m2 referente ao
estágio.
Esse resultado é respaldado pela literatura. Pesquisas realizadas no Chile, Suécia e
Guatemala constataram valores semelhantes de IMC conforme o estágio de maturação sexual.
Assim sendo, os autores recomendam que a situação em questão seja aplicada, de forma
sistemática, na análise do estado nutricional de adolescentes (BARBOSA et al, 2006).
Terres et al (2006) constaram a combinação de sobrepeso com a idade de maturação sexual.
Adolescentes que tiveram sua maturação sexual tardia mostraram menos sobrepeso em relação aos
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que tiveram maturação precoce (p=0,01), esse diferencial foi significativo entre meninas (p=0,02),
porém não entre os meninos.
A alimentação como um todo não tem sido coerentemente associada a um bom estado
nutricional, pois o ato de omitir refeições, em especial o desjejum, combinado com a ingestão de
refeições rápidas, fazem parte do cotidiano dos adolescentes, contribuindo para o desenvolvimento
da obesidade.
Para Giugliano e tal (2004) “nas últimas décadas, as crianças tornaram-se menos ativas,
incentivadas pelos avanços tecnológicos. Uma relação positiva entre a inatividade, como o tempo
gasto assistindo televisão, e o aumento da adiposidade em escolares vem sendo observada”.
A atividade física é um fator importante das características dos adolescentes, pois a
obesidade na adolescência resulta do desequilíbrio entre atividade reduzida e do excesso de
alimentos extremamente calóricos, um fator que contribui para a obesidade é o número de horas que
um adolescente passa assistindo TV, causando um aumento de 2% na prevalência da obesidade para
cada hora adicional na frente da televisão (FONSECA, 1998).
No Brasil, assim como em Portugal, os adolescentes demonstram maior interesse em no uso
de computadores e videogames com relação à atividade física. Estudos demonstraram que cerca de
30% dos adolescentes portugueses estão 4 horas ou mais por dia vedo TV, ao mesmo tempo em que
40% permanecem de 1 a 3 horas por dia jogando videogame ou usando computadores (PALMEIRA
et al, 2007).
No Brasil, bem como na maioria dos países em desenvolvimento, a prevalência tanto do
sobrepeso quanto da obesidade parece ser maior na população mais favorecida economicamente, ao
contrário do que ocorre nos países desenvolvidos onde a grande maioria das crianças com sobrepeso
ou obesas pertence a famílias de classe socioeconômica baixa (RONQUE et al, 2005).
Segundo Mazoque e Quintão (2012) a obesidade pode vir de diferentes origens, uma delas é
o fato que o modo de vida errôneo está inversamente associado com a prática de atividade física
regular, com a existência de TVs, computadores e videogames nas residências, comprovando a
influência do meio ambiente a respeito sobre o excesso de peso nos dias atuais.
Dados epidemiológicos segundo Mendes et al (2013), estimam que ¼ da população mundial
sofre de obesidade, sendo 40% do sexo masculino e 30% do sexo feminino. Na América Latina,
cerca de 200 milhões de indivíduos estão com sobrepeso (50%), e 45 milhões (11%) estão obesos, e
com prognóstico de 100% de excesso de peso em 2025.
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Recentes dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), através do relatório
“Estatísticas Mundiais de Saúde 2012”, certificaram que a obesidade é a causa da morte de 2,8
milhões de pessoas anualmente, e ainda afirmam que 12% da população mundial é considerada
obesa (MENDES et al, 2013).
Segundo dados do Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição realizado em 1989, no
Brasil ocorreram mudanças no estilo de vida da população, tais como a diminuição da desnutrição e
o aumento progressivo da obesidade infantil, causando um processo de transição nutricional
(MENDES et al, 2013). Ainda segundo os mesmos autores, dados da OMS afirmam que a
obesidade infantil vem aumentando no mundo inteiro, inclusive no Brasil. No mundo todo se estima
que aproximadamente 17,6 milhões de crianças menores de 5 anos possuem diagnóstico de
sobrepeso. Nas décadas de 1960 e 1990, houve um dramático aumento da obesidade em jovens
entre 12 a 17 anos, de 5% para 13% em meninos e de 5% para 9% em meninas
3. METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, sendo utilizada a técnica bibliográfica. As fontes serão
retiradas de livros, artigos científicos e materiais disponíveis na internet.
Para a realização da pesquisa qualitativa será seguido o seguinte caminho, inicialmente será
tratado à identificação do Índice de Massa Corporal de adolescentes do sexo feminino, relatar se
existe influência do nível socioeconômico sobre o Índice de Massa Corporal entre as meninas
participantes da pesquisa e analisar o nível socioeconômico de adolescentes de 06 a 17 anos de
idade do sexo feminino. A literatura consultada para esta pesquisa foi entre os anos de 1993 até
2014.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Constata-se que as crianças e os adolescentes cada vez mais estão mudando seus hábitos
alimentares e diminuindo a frequência da prática de atividade física. Essas mudanças alimentares
incluem excesso de ingestão de alimentos calóricos e pobres em nutrientes, que incide como
consequência o sobrepeso e/ou a obesidade.
Observa-se que os fatores responsáveis por essa mudança incluem maturação sexual, nível
socioeconômico, baixos níveis de atividade física devido ao fácil acesso a tecnologia e a falta
segurança dos pais em permitir que seus filhos realizem atividades em espaços abertos, tais como
parques e outros espaços públicos.
Em relação à pergunta exposta no título em relação ao que fazer, os pesquisadores sugerem
que medidas preventivas incluam reeducação alimentar, atividade física frequente e orientada por
profissionais da área de Educação Física e diminuição de horas de uso de aparelhos tecnológicos.
Sugere-se também a inclusão de mais uma aula de Educação Física Escolar com atividades que
aumentem coordenação motora e como consequência maior gasto calórico durante as aulas.
No mundo atual, a rotina desgastante de ter que se fazer muitas coisas em pouco espaço de
tempo, a cobrança dos pais para que os mesmos sejam “bem sucedidos” e tenham foco por diversas
horas do dia em aprimorar seus estudos e a falta de políticas públicas direcionadas a estas
populações tornam-se na atualidade um grande desafio para que tenhamos pessoas saudáveis não
somente agora mas principalmente no futuro.
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reflexões em relação ao estado nutricional de adolescentes