1
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
PÓS-GRADUAÇÃO EM EQUOTERAPIA
ISABELE CELLI
A INFLUÊNCIA DA EQUOTERAPIA NO EQUILÍBRIO POSTURAL: CASO
CLÍNICO DE ENCEFALOPATIA CRÔNICA NÃO PROGRESSIVA
CURITIBA
2015
2
ISABELE CELLI
A INFLUÊNCIA DA EQUOTERAPIA NO EQUILÍBRIO POSTURAL: CASO
CLÍNICO DE ENCEFALOPATIA CRÔNICA NÃO PROGRESSIVA
Artigo apresentado à Pós-Graduação
de
Equoterapia
da
Universidade
Tuiuti do Paraná, como requisito à
obtenção do título de Especialista.
Orientadora: Profª Fabiana Teixeira
Riskalla.
Co-orientadora: Profª Cyntia Galvão
Cayres Minardi.
Colaborador:
Toniol.
CURITIBA
2015
Dr.
Tilso
Everaldo
3
A INFLUÊNCIA DA EQUOTERAPIA NO EQUILÍBRIO POSTURAL: CASO
CLÍNICO DE ENCEFALOPATIA CRÔNICA NÃO PROGRESSIVA
The influence of hippotherapy on postural balance: clinical case of chronic
encephalopathy no progressive
Isabele Celli1
Profª Orientadora Fabiana Teixeira Riskalla 2
Profª Co-orientadora Cyntia Galvão Cayres Minardi 3
Colaborador Dr. Tilso Everaldo Toniol 4
RESUMO: O objetivo deste estudo foi verificar a contribuição da Equoterapia no
equilíbrio corporal postural em um indivíduo com hemiparesia espástica leve
decorrente da Encefalopatia Crônica não Progressiva da Infância. A comparação
do equilíbrio corporal estático, antes e após cinco e dez atendimentos, pela
avaliação da Baropodometria, mostrou que houve um ganho considerado referente
ao equilíbrio corporal postural na posição estática. A avaliação foi realizada sem e
com a presença de órtese (palmilha), devido à presença de discrepância em
membros inferiores. Os resultados indicam a possibilidade do uso da palmilha em
casos específicos.
PALAVRAS-CHAVE: Equoterapia; Equilíbrio postural; Baropodometria.
ABSTRACT: The objective of this study was to investigate the contribution of
Hippotherapy on postural balance in an individual with mild spastic
hemiparesis due to Chronic Encephalopathy no Progressive Childhood.
Comparison of static body balance, before and at five and ten sessions,
assessing the Baropodometry, showed that there was a gain related to the
considered postural balance in the static position. The evaluation was
performed with and without the presence of bracing (insole), due to the
presence of discrepancy in lower limbs. The results indicate the possibility of
using insole in specific case.
KEY-WORDS: Hippotherapy; Postural balance; Baropodometry.
1
Fisioterapeuta formada pela PUC-PR. Especialização em Acupuntura Tradicional Chinesa e
Fisioterapia Ortopédica, Traumatológica e Desportiva pela PUC-PR. Cursando Pós em Equoterapia
UTP-PR. Email: [email protected]
2
Fisioterapeuta formada pela UTP-PR. Especialista em Educação Inclusiva – PUC-PR.
Psicomotricista Relacional.
3
Fonoaudióloga formada pela USP. Especialista em Equoterapia – UTP-PR.
4 Fisioterapeuta formado pela UEL (1992). Especialização em Ciências Fisiológicas e Acupuntura.
4
1 INTRODUÇÃO
A Encefalopatia Crônica não Progressiva da Infância se caracteriza por um
distúrbio não progressivo que ocorre no cérebro em desenvolvimento. Acarreta um
grupo de desordens do desenvolvimento, do movimento e da postura, causando
limitações nas atividades, bem como alterações na sensação e percepção (ABPC,
2012).
A manutenção de um satisfatório equilíbrio corporal é fundamental para que
o indivíduo possa executar suas tarefas de forma harmoniosa, e de permanecer em
posição ortostática com equilíbrio estático ajustado.
A Equoterapia é definida por Medeiros (2002) e Meregillano (2004) apud
Araújo, Ribeiro e Silva (2010, p.05), como um método que utiliza o cavalo como um
instrumento cinesioterapêutico, promotor de ganhos físicos, psicológicos e
educacionais, e que busca a aquisição e o desenvolvimento de funções motoras,
psíquicas e sociais.
Visto que se trata de um método terapêutico que tem sua atuação
diretamente no Sistema Nervoso Central e nos demais sistemas responsáveis pelo
equilíbrio corporal: sistema somatossensorial, vestibular, visual, proprioceptivo e
sensório-motor, conforme Ragnarsdotti (1996) apud Meereis et al (2001 p.109) e
Kisner e Colby (2009, p. 260), poderá trazer benefícios no tratamento destes
pacientes
com
alteração
do
equilíbrio
corporal
postural.
O
movimento
tridimensional produzido pelo cavalo ao passo proporciona ao praticante: melhora
da retificação postural, da simetria corporal e equilíbrio; ajuste tônico muscular
segundo Mc Gree (2009) apud ANDE BRASIL (2013, p. 69,70).
A atuação do profissional fisioterapeuta nos indivíduos com alterações do
equilíbrio postural é de grande importância em sua recuperação, e a Equoterapia é
uma das ferramentas que contribuirão, dentro de uma equipe interdisciplinar, para
o tratamento deste indivíduo. Segundo Medeiros (2002) e Meregillano (2004) apud
Araújo, Ribeiro e Silva (2010, p.05 e 07) todos os tratamentos atuais na
Encefalopatia
Crônica,
visam
minimizar
a
espasticidade
do
sistema
músculoesquelético e a fraqueza muscular, que impedem a função motora, onde
compreendem: a melhora do ajuste tônico, o alinhamento corporal, a coordenação
motora e força muscular, a organização espacial e temporal, o equilíbrio, a
5
flexibilidade e a consciência corporal, e entre eles se encontra a Equoterapia que
favorece a aquisição destas funções.
Nesta pesquisa foi realizado um estudo de caso quantitativo e qualitativo, com
um praticante com hemiparesia espástica leve à esquerda por sequela de
Encefalopatia Crônica não Progressiva da Infância, em estágio crônico de lesão. O
objetivo do trabalho foi verificar se a Equoterapia contribui para o aprimoramento
do equilíbrio corporal postural estático em um indivíduo com hemiparesia espástica.
O instrumento de mensuração foi a Baropodometria, num aplicação antes e
após cinco e dez atendimentos.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 ENCEFALOPATIA CRÔNICA NÃO PROGRESSIVA DA INFÂNCIA
A Encefalopatia Crônica não Progressiva da Infância é um conjunto de
distúrbios neuromusculares causados por lesão pré-natal, perinatal e pós-natal dos
neurônios motores superiores. Classifica-se em espástica (lesão do trato
piramidal), atetóide (comprometimento do trato extrapiramidal), atáxica (lesão do
trato extrapiramidal) e mista (características dos diversos tipos), segundo Moreira,
(2007, p. 309).
Quanto à semiologia é dividida em: tetraplegia, hemiplegia, diplegia,
monoplegia, paraplegia e triplegia, segundo Levitti (2001) apud Aquino (2007, p.
41).
Segundo Braun e Anderson (2009, p.265), os sintomas são variáveis na
Encefalopatia Crônica não Progressiva da Infância. Os prejuízos podem ser
manifestados por leves disfunções motoras durante atividades físicas, ou por
incapacidade grave, podendo haver problemas com habilidade motora fina ou com
a coordenação para o equilíbrio e para o andar.
Na Equoterapia, um atendimento semanal de trinta minutos com o cavalo ao
passo influencia positivamente no equilíbrio estático e dinâmico da criança,
aprimorando assim suas habilidades motoras (Coimbra, Bonifácio, Sanches et al,
2006).
6
2.2 EQUILÍBRIO POSTURAL
O equilíbrio postural se refere á habilidade de manter a posição do corpo,
especificamente do centro de massa, dentro dos limites de estabilidade por meio
da inter-relação das várias forças que agem sobre o corpo, incluindo a força de
gravidade, dos músculos e inércia (Carvalho e Almeida, 2009, p. 02).
Junior, Cavenaghi e Amarino (2011, p. 41), cita Silveira et al (2006), que
refere que o equilíbrio é a capacidade de manter o centro de gravidade sobre a
base de apoio com um mínimo de oscilação; como também relata que para
Miyamoto et al (2004), o equilíbrio deverá ser mantido durante tarefas cotidianas
dentro dos limites da estabilidade, do ajuste antecipatório e da reatividade às
perturbações externas.
O impulso mais importante para o controle da postura no ser humano é a
propriocepção. Porém, não somente o estímulo proprioceptivo faz a regulação da
postura. O equilíbrio postural usa informações sensoriais na forma de estímulos
vestibulares, visuais e proprioceptivos. Estes impulsos são processados por
estruturas neurais, que produzem resposta motora organizada que através de
reflexo restitui o alinhamento corporal. Deste modo, tanto o sistema visual, quanto
o vestibular, contribuem de forma efetiva para o controle da postura, principalmente
quando há alguma alteração do sistema proprioceptivo, segundo Bass (1999), apud
Vilibor e Vaz (2010 p. 383).
Oie, Kiemel e Jeka (2002), citados por Meneghetti et al (2009, p.395), dizem
que no processo de integração sensorial, as informações sensoriais são integradas
pelo sistema de controle postural.
A manutenção do equilíbrio na posição ortostática é uma tarefa realizada pelo
sistema de controle postural, o qual integra informações do sistema vestibular
(baseado nas forças gravitacionais), do sistema visual (receptores visuais;
informações sobre o ambiente e a localização, direção e velocidade do movimento
do indivíduo) e do sistema somatossensorial (proprioceptivo; informações
relacionadas ao contato e posição do corpo, incluindo receptores cutâneos,
musculares, tendões, ligamentos, articulações que informam sobre a posição dos
membros e do corpo), relatado por Melzer et al (2001), apud Aikawa, Braccialli,
Padula (2006, p.191).
7
As informações dos sistemas somatossensorial, visual e vestibular são
integradas pelo sistema do controle motor para orientar e alinhar a posição entre os
segmentos corpóreos e a sua localização em relação ao meio externo. A partir
destas informações, o Sistema Nervoso elabora estratégias posturais que
representam soluções sensório-motoras para o controle da postura, incluindo não
apenas sinergias musculares, mas também padrões de movimentos articulares,
torques e força de contato, segundo Krishnamoorthy et al (2003) e Ting (2007)
citados por Carvalho e Almeida (2009, p. 02).
Segundo Kisner e Colby (2009, p. 259), o equilíbrio, ou estabilidade postural,
é um termo utilizado para descrever o processo dinâmico por meio do qual a
posição do corpo mantém-se estabilizada. Equilíbrio estático significa que o corpo
está em repouso e equilíbrio dinâmico, estabilizado em movimento. O equilíbrio é
maior quando o centro de massa ou o centro de gravidade do corpo é mantido
sobre sua base de apoio.
Kisner e Colb (2009, p. 259), ainda definem centro de massa, centro de
gravidade e base de apoio:
●Centro de massa (CM): sendo um ponto que corresponde ao centro de
massa corporal total e é o ponto onde o corpo se encontra em equilíbrio perfeito;
ele é determinado pela média ponderada do centro de massa de cada segmento do
corpo.
●Centro de gravidade (CG): que refere-se á projeção vertical do centro de
massa em direção ao solo; na maioria dos seres humanos, esse centro de
gravidade é localizado um pouco á frente da segunda vértebra sacral, ou
aproximadamente 55% da altura do indivíduo.
●Base de apoio (BA): sendo o perímetro da área de contato entre o corpo e
sua superfície de apoio; o posicionamento do pé altera a base de apoio e modifica
a estabilidade postural da pessoa.
O equilíbrio é uma tarefa desempenhada pelo controle motor, que envolve a
detecção e a integração de informações sensoriais para avaliar a posição e o
movimento do corpo no espaço e a execução das respostas musculoesqueléticas
adequadas para controlar a posição do corpo dentro do contexto do ambiente e da
tarefa. Sendo assim, o controle do equilíbrio requer interação do sistema nervoso e
musculoesquelético com os efeitos contextuais (Kisner e Colby, 2009, p.260).
8
Para Woollacott e Schumway (2002) apud Carvalho e Almeida (2009, p. 02), o
controle postural é considerado uma habilidade motora complexa derivada da
interação do sistema neural e musculoesquelético. Os componentes neurais
envolvem o processamento motor, processamento sensorial, representação interna
e altos níveis de processamento essenciais para os aspectos adaptativos e
antecipatórios do controle postural. Os altos níveis de processamento neural se diz
à respeito das influências cognitivas no controle postural como: atenção e
motivação, e não ao controle consciente propriamente dito.
Esses sistemas, visual, vestibular, somatossensorial, sensório-motor, são
estimulados e aprimorados na Equoterapia, visto que se trata de uma atividade
multissensorial por meio da qual a oscilação rítmica e tridimensional da garupa do
cavalo estimula principalmente o mecanismo de reflexo postural do cavaleiro, desta
forma contribuindo para o treinamento do equilíbrio e coordenação, conforme
Janura et al (2009) apud Araújo et al (2011, p.415).
As atividades realizadas no atendimento de Equoterapia exigem
a
participação do corpo todo, o que favorece para o desenvolvimento de força, tônus
muscular, flexibilidade, relaxamento, consciência corporal e aprimoramento do
equilíbrio e coordenação motora, segundo Benda, McGibbon e Grant (2003) e
Copetti et al (2007) apud Araújo et al (2011, p. 415), bem como para seu
desenvolvimento global, segundo Medeiros, Dias (2002) e Cherng et al (2004) apud
Meneghetti et al (2009, p. 393).
Braccioli (1998) apud Valdiviesso, Cardillo e Guimarães (2005, p. 239),
também relata sobre a normalização do tônus e a postura na Equoterapia, por se
trabalhar com o cavalo ao passo a musculatura corporal.
O calvagar se constitui em um processo de controle postural, além de
promover a sensação de independência e autoconfiança conforme Medeiros e Dias
(2002) e Cherng et al (2004) apud Meneghetti et al (2009, p. 393).
9
2.3
SISTEMAS
RESPONSÁVEIS
PELO
EQUILÍBRIO
CORPORAL
POSTURAL
2.3.1 Sistema Visual
Conforme Kisner e Colby (2009, p. 261), o Sistema Visual fornece
informações relativas à posição da cabeça com respeito ao ambiente; à orientação
da cabeça para manter os olhos nivelados; e à direção e velocidade dos
movimentos da cabeça, pois conforme se move a cabeça, os objetos ao redor
movem-se em direção oposta.
2.3.2 Sistema Vestibular
Para Bhatnagar (2004, p. 199), o Sistema Vestibular é responsável pelo
controle da posição da cabeça e do pescoço no espaço; monitoriza reflexos
motores de proteção; coordena os movimentos dos olhos, da cabeça e do corpo; e
controla a fixação do olhar, durante o movimento do corpo e da cabeça. Isso ocorre
por integração da informação recebida dos receptores nos ductos semicirculares de
ambos os ouvidos internos. O Sistema Vestibular está associado ao Sistema Visual
e Proprioceptivo. Ele integra, de forma constante, a informação visual aferente e os
indícios proprioceptivos de todo o corpo, que contribuem para a realização de
atividades complexas, hábeis e coordenadas.
Conforme Kisner e Colby (2009, p. 262), o Sistema Vestibular fornece
informações sobre a posição e o movimento da cabeça com respeito á gravidade e
às forças de inércia. Isolado, ele não pode fornecer informações sobre a posição do
corpo. O Sistema Vestibular usa as vias motoras, que se originam nos núcleos
vestibulares, para o controle postural e a coordenação dos movimentos dos olhos e
da cabeça. O reflexo vestíbulo-espinhal desencadeia mudanças posturais para
compensar as inclinações e movimentos do corpo por meio de projeções do trato
vestíbulo-espinhal para os músculos antigravitários, em todos os níveis da medula
espinhal.
Desta forma, é importante ressaltar que o trabalho motor na Equoterapia
potencializa o equilíbrio e a força muscular, através da estimulação do Sistema
10
Proprioceptivo, Vestibular e Sensório-motor, segundo Lermontov (2004) apud
Aquino (2007, p. 40).
2.3.3 Sistema Somatossenssorial
A sensação somática refere-se à dor, temperatura, tato e propriocepção,
oriundos do corpo. Começa em receptores especializados na pele, músculos,
articulações e vasos sanguíneos, que convertem estímulos sensoriais em sinais
neurais, transmitindo-os para o lobo parietal, para sua percepção consciente. As
fibras ascendentes conduzem informações sobre dor, tato, temperatura e senso de
posição, e seguem pela medula espinhal, tranco encefálico e tálamo. Desta forma,
as informações são projetadas para os córtices sensorial primário (giro pós-central)
e associativo sensorial (lóbulo parietal superior), no lobo parietal. O Sistema
Somatossensorial
separadamente,
é
suas
organizado
respectivas
independentemente;
modalidades
cada
sensoriais,
trato
medeia,
mantendo
a
representação ponto a ponto da superfície corporal correspondente, (Bhatnagar,
2004, p.145).
Segundo Kisner e Colby (2009, p. 261), o Sistema Somatossensorial fornece
informações sobre a posição e o movimento do corpo e das partes do corpo, uma
em relação à outra e em relação à superfície de apoio. As informações
provenientes dos receptores articulares, que incluem os fusos musculares, os
órgãos tendinosos de Golgi (sensíveis ao comprimento e à tensão muscular),
receptores articulares (sensíveis à posição, ao movimento e à carga articular) e aos
mecanorreceptores
da
pele
(sensíveis
à
vibração,
á
pressão
profunda,
alongamento da pele) são os impulsos dominantes para a manutenção do equilíbrio
quando a superfície de apoio é firme.
Para Mochizuki e Amadio (2006) citados por Carvalho e Almeida (2009, p.03),
o Sistema Somatossensorial difere de outros por apresentar receptores pelo corpo
e por responder a vários estímulos que se agrupam em quatro categorias: toque,
temperatura dor e propriocepção. Os receptores proprioceptivos têm fundamental
relação com o controle postural por informarem continuamente ao Sistema Nervoso
Central a posição de cada segmento corpóreo em relação ao outro possibilitando a
representação geométrica estática e dinâmica do corpo.
11
2.3.4 Sistema Proprioceptivo
Conforme Doretto (1996, p. 158), é um conjunto de órgãos receptores
situados em tecidos mais profundos, distinguem-se os fusos musculares e os
órgãos neurotendíneos. Os fusos musculares são essenciais na transmissão da
sensibilidade cinético-postural, através de conexões das fibras Ia com outras vias
que atingem o córtex cerebral, sendo este papel também relacionado aos órgãos
neurotendíneos.
O mesmo autor ainda destaca os receptores articulares, distribuídos pela
cápsula articular e ligamentos; exercem função importante relativa à sensibilidade
cinético-postural, essencialmente os receptores localizados nas articulações
distais. Os Corpúsculos de Pacini, localizados no periósteo e ligamentos são
propioceptores responsáveis pelo registro de vibrações.
Nos estudos realizados na área de Equoterapia, há autores como Marchezeli
(2000) citado por Liporoni e Oliveira (2005, p. 23), e Janura (2009) citado por
Araújo (2011, p.415), que relatam que essas informações proprioceptivas, ativadas
no corpo do praticante, são interpretadas pelos seus órgãos sensoriais de equilíbrio
e postura exigindo novos ajustes posturais, para manutenção do praticante no
dorso do cavalo.
Os movimentos do cavalo ao passo fornecem estímulos proprioceptivos
profundos que, quando combinados a outros estímulos sensoriais, facilitam a
regularização do tônus muscular; aumento da força muscular; normalização da
simetria corporal com melhora da postura e balance; melhora do controle de tronco
e de cabeça; desenvolvimento da lateralidade; melhora da percepção do esquema
corporal; produção de dissociações corporais; ganho de equilíbrio estático, sentado
e em ortostatismo, e, dinâmico entre várias posições espaciais; ganho de
percepção espacial, de velocidade, de tempo e ritmo de movimento; melhora da
coordenação motora ampla e fina; melhora da marcha, ANDE Brasil (2013, p.70).
2.3.5 Sistema Sensório-motor
Barbro (2000) citado por Pierobon e Galetti (2008, p. 70), a estimulação
sensório-motora pode ser compreendida como facilitadora em estimular o sistema
nervoso a decodificar as informações vindas da periferia para que possa processá-
12
las, armazená-las e de maneira importante, integrá-las com outras áreas nervosas,
no intuito de potencializar o controle motor.
Baseado nas aferências sensoriais e eferências motoras integradas, o
controle
motor
é
de
forma
gradativa
remodelado,
buscando
constante
reorganização cortical com consequente aprimoramento funcional e de habilidades
motoras, sendo que todo este processo é permitido através da estimulação
sensório-motora, conforme afirmam Buonomano, Merzenich (1998); Barbro (2000)
apud Pierobon e Galetti (2008, p.70).
Para Carvalho e Almeida (2009, p.05), o Sistema Nervoso utiliza as
informações sensoriais na elaboração de comandos motores capazes de recuperar
e equilíbrio. Assim, estes comandos são modulados pelas características
sensoriais e também por mecanismos relacionados á atenção, experiência e
contexto.
O controle postural é mantido por um processo pelo qual o Sistema Nervoso
Central gera padrões de atividade muscular para regular a relação entre o centro
de massa corporal e a base de apoio, segundo Maki e Mcllroy (1996) citados por
Toledo e Barela (2010). Também o controle postural possui dois objetivos
comportamentais: orientação e equilíbrio postural e eles são alcançados a partir de
um relacionamento entre informação sensorial e atividade motora, conforme Horak
e Macpherson (1996), mencionado por Toledo e Barela (2010).
Segundo Schoner (1991) e Barela (1997), citados por Barela (2004), a
informação sensorial e a atividade motora estão interligados com o objetivo de
atingir ou manter o equilíbrio e a orientação postural. A informação sensorial
influencia a realização das ações motoras no controle postural e simultaneamente,
a realização destas ações motoras influencia a obtenção de informação sensorial.
Como exemplo, para manter a posição ereta em ortostatismo, uma oscilação para
frente é detectada pelos sistemas sensoriais e como resposta motora ocorre a
contração dos músculos posteriores para que a oscilação se reverta, agora para
trás, um novo fluxo de informação sensorial faz disponível, indicando a nova
direção da oscilação. Assim, ocorrerá nova contração muscular, agora dos
músculos anteriores e assim de forma sucessiva.
Essas
respostas,
oriundas
do
Sistema
Sensório-motor,
podem
ser
observadas na Equoterapia, que servem de base para construir a função motora do
praticante pelas quais ele pode desenvolver posturas, mantê-las durante o
13
movimento ou em alguma perturbação do equilíbrio, assumir e sair de posturas,
obter várias formas de locomoção. O movimento do cavalo produz reações de
endireitamento, balanço, entre demais, que juntas contribuem para o alcance de
movimentos normais e habilidades funcionais, ANDE Brasil (2013, p.70).
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 SUJEITO
A amostra da pesquisa foi composta por somente um sujeito, do sexo
masculino, 13 anos, com hemiparesia espástica leve à esquerda decorrente da
Encefalopatia Crônica não Progressiva da Infância. Os critérios de inclusão foram:
possuir o diagnóstico médico de Encefalopatia Crônica não Progressiva da
Infância; possuir diagnóstico fisioterapêutico: hemiparesia espástica; ter idade
entre10 e 15 anos. Os fatores de exclusão foram: diagnóstico clínico que não seja
de Encefalopatia Crônica não Progressiva da Infância, lesão em fase aguda e de
não possuir tônus muscular espástico (tônus muscular flutuante ou hipotônico);
estar realizando qualquer outra forma de intervenção terapêutica, como exemplo:
hidroterapia, reeducação postural global (RPG), fisioterapia em solo; ter aversão á
animal (cavalo); patologias associadas como: hidrocefalia, escoliose acima de 33
graus, processos inflamatórios e infecciosos.
O voluntário deste estudo e o responsável por ele tiveram uma explicação
sobre a natureza da pesquisa. O responsável assinou um termo de consentimento
livre esclarecido, permitindo a participação do voluntário no estudo. Foi esclarecido
que o mesmo poderia abandonar ou recusar a participação no estudo, a qualquer
momento. O estudo foi realizado no Setor de Equoterapia do Pequeno Cotolengo
do Paraná, o qual cedeu o espaço para a pesquisa.
3.2 EQUINO / MATERIAIS
O equino utilizado foi um cavalo de raça manga larga, com o tipo de
passada: sobrepista ao passo, idade de 7 anos, altura de 1,55 (da cernelha ao
14
chão). Arreamento: manta adaptada com estribo aberto de metal, alça simples em
nylon, grossura de 6 cm, barrigueira almofadada. Cabresto simples em nylon.
Foi utilizado material de segurança: capacete marca J Carvalho ind/Ltda,
n.57.
Os materiais utilizados foram: bolas de diferentes tamanhos, bambolês,
cesto de basquete, boca-do-palhaço, três tambores, estacas de madeira (colocar
argolas e para circuito em zigue-zague)
.
3.2 MENSURAÇÃO
Inicialmente, devido à suspeita de discrepância em membros inferiores foi
solicitado o exame de escanometria onde constatou-se a discrepância de 7 mm
(membro inferior esquerdo menor). Foi realizado exame de Baropodometria com e
sem palmilha antes do primeiro atendimento, após o quinto e décimo atendimento.
O Baropodômetro utilizado foi a Plataforma de Baropodometria – IST
Informatique Arkipelago – Foot Work com 80.000 pontos.
A órtese (palmilha) utilizada foi a Órtese Proprioceptiva Plantar em EVA com
polipropileno em região inferior de arco plantar.
Foi traçado um programa de tratamento de cinco atendimentos sem
palmilha e cinco atendimentos com palmilha para comparação de resultados, pois a
discrepância poderia interferir no resultado da pesquisa.
3.3 PROCEDIMENTO
Nos atendimentos de Equoterapia, foram realizados exercícios com o cavalo
ao passo, em terreno plano de pista de areia, no circuito oval para a esquerda e em
zique-zague; em terreno de pista de grama, com aclive e decline.
A duração de cada atendimento foi de 30 minutos.
Os exercícios realizados foram:
- ambientação, com o praticante montado com o cavalo ao passo em circuito
oval;
- exercícios de aquecimento, realizando movimento circular com os ombros,
rotação de tronco com o braço semiflexionado e estendido, alongamento ativo de
membros superiores.
15
- exercícios de simetria e retificação postural em diferentes posições (avião,
navio e foguete), em terreno plano (pista de areia), aclive e declive (pista de
grama);
- mudança de posição (sentado para o lado direito, trás, lado esquerdo e
frente) com o cavalo ao passo, sendo associados exercícios de simetria corporal;
- exercícios com argolas, bambolês, sendo exigida a posição de spot (em pé
sobre o estribo) nos momentos de colocar os materiais no alvo solicitado.
- posição de spot ao comando, sendo exigida simetria postural;
- exercícios com bolas (boca-do-palhaço, basquete), onde solicitado posição
de spot ao arremeçar as bolas;
- posição de gatas com o cavalo parado e ao passo;
- posição ajoelhado com o cavalo parado e ao passo;.
N° de
Sem
Com
atendimentos
Palmilha
Palmilha
Objetivo
Avaliar
05
X
Exercícios
os Com
Frequência
1 vez na
resultados
alteração do semana
com
comprimento
discrepância do estribo;
Avaliar
05
X
os Sem
resultados
1 vez na
alteração do semana
nivelando a comprimento
discrepância do estribo
16
4 RESULTADOS
BAROPODOMETRIA SEM PALMILHA– Antes do primeiro atendimento
Observava-se alterações da distribuição da carga em membros inferiores no
praticante, antes de realizar os atendimentos de Equoterapia. Porém seu centro de
equilíbrio corporal estava ajustado à discrepância por se tratar de um quadro
crônico.
17
BAROPODOMETRIA COM PALMILHA – Antes do primeiro atendimento
Ao nivelar a discrepância com as palmilhas, observou-se melhora da
distribuição da carga corporal em membros inferiores, porém o centro de equilíbrio
desajustou-se devido ao uso da órtese, por não estar adaptado à esta.
18
BAROPODOMETRIA SEM PALMILHA - Após 5 atendimentos sem palmilha
Observa-se que após 5 atendimento de Equoterapia sem a utilização de
palmilha em MIE, ao segundo exame de baropodometria sem a palmilha houve um
aumento de pressão em MID (em região de antepé), ou seja, melhora da descarga
da massa corporal em base direita, porém o centro de equilíbrio corporal ficou
alterado devido á presença de discrepância, também justificando o aumento de
pressão em região de antepé direito.
19
BAROPODOMETRIA COM PALMILHA - Após 5 atendimentos sem palmilha
Observa-se que após 5 atendimento de Equoterapia sem a utilização de
palmilha em MIE, ao segundo exame de baropodometria com a palmilha, houve
melhora do equilíbrio do corpo, estando ele mais centralizado, porém menor carga
em MID.
20
BAROPODOMETRIA SEM PALMILHA - Após 5 atendimentos com palmilha
Observa-se que após 5 atendimento de Equoterapia com a utilização de
palmilha em MIE, ao terceiro exame de baropodometria sem a palmilha,
permanece uma maior pressão em região de retropé esquerdo, porém menor que
na avaliação posterior sem palmilha, e maior pressão (descarga) em membro
inferior direito, com evidência no retropé, em relação à baropodometria anterior
sem a palmilha. O centro de equilíbrio sem a órtese ficou desajustado, pois o
paciente estava condicionando-se ao uso desta.
21
BAROPODOMETRIA COM PALMILHA - Após 5 atendimentos com Palmilha
Observa-se que após 5 atendimento de Equoterapia com a utilização de
palmilha em MIE, ao terceiro exame de baropodometria com a palmilha, observouse uma adequação da distribuição da carga corporal sobre os membros inferiores,
referente à baropodometria anterior com a palmilha, e melhora referente ao centro
de equilíbrio corporal, onde que o centro de massa do MID e MIE vieram de
encontro ao centro de gravidade corporal.
22
5 CONCLUSÃO
Neste estudo observou-se que a Equoterapia contribuiu para a melhora do
equilíbrio corporal postural, com o uso de palmilha em membro inferior esquerdo. O
uso da palmilha foi um diferencial importante, podendo esta ser indicada para
algumas situações específicas onde consta a discrepância.
Foi observado uma melhora da distribuição do peso em membro inferior
direito desde o primeiro atendimento até o décimo. Porém nos cinco atendimentos
que se realizaram com a órtese (palmilha), além do aumento da distribuição,
obteve-se uma melhora relacionado ao equilíbrio corporal postural. Pode-se
concluir que com o praticante com discrepância de 7 mm, o uso da palmilha pode
ser um recurso que potencialize os ganhos terapêuticos do indivíduo.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Verificando estes resultados, conta-se que há a necessidade de uma boa
avaliação e mensuração do praticante antes de iniciar a prática da Equoterapia
para que possa obter os resultados esperados.
Também foi possível verificar, de forma qualitativa, a melhora relacionada da
autonomia, segurança e iniciativa, onde que no último atendimento o praticante
adotou a posição de pé sobre o cavalo decorrente dos atendimentos realizados.
O praticante inicialmente antes dos atendimentos não encontrava-se
motivado pelo tratamento, porém ao decorrer deste, observou-se o aumento do
interesse e ao término dos dez atendimentos, o mesmo relatou que teve um grande
interesse pela Equoterapia.
Sugiro a realização de novos estudos, com número maior de atendimentos
com e sem o uso de órteses em casos de discrepância de membros inferiores, para
maiores comprovações sobre os benefícios destas no trabalho de equilíbrio
corporal postural.
23
REFERÊNCIAS
ABPC - Associação Brasileira de Paralisia Cerebral, 2012. Endereço: http:
www.paralisiacerebral.org.br. Acesso em 21/10/2014.
AIKAWA, Adriana Correia; BRACCIALLI, Ligia Maria Presumido; PADULA,
Rosimeire Simprini: Efeitos das Alterações Posturais e de Equilíbrio Estático nas
quedas de Idosos Institucionalizados. Revista de Ciências Médicas. Volume 15
N.03
(2006).
(acesso
em
01
de
Nov
de
2014).
Disponível:
http://www.periodicos.puc-campinas.edu.br.
ANDE Brasil – 116° Curso Básico de Equoterapia: Brasília, COEPE: 2013.
AQUINO, Fernando José Melo: Avaliação dos Padrões de Marcha e Postura
Corporal dos Praticantes de Equoterapia com Paralisia Cerebral (internet).
Trabalho apresentado no 7° Congresso Nacional de Iniciação Científica; 2007;
CONIC-SEMESP.
(acesso
em
20
maio
2014).
Disponível:
http://www.sare.anhanguera.com/index.php/anuic/article/viewArticle/1355
ARAÚJO, Taís Borges: Efeito da Equoterapia no Equilíbrio Postural de Idoso.
(internet). Revista Brasileira de Fisioterapia, São Carlos, 2011,Volume 15, n.5,
pag.214-9.
(acesso
em
20
maio
2014).
Disponível:
http:/www.scielo.br/pdf/rbfis/v15n5/PT_AOP025-11.pdf
ARAÚJO, Ana Eugenia Ribeiro Araújo; RIBEIRO, Valdinar Sousa; SILVA,
Barbara Tereza Fonseca: A Equoterapia no Tratamento de Crianças com Paralisia
Cerebral no Nordeste do Brasil. Revista FISIOTERAPIA Brasil – Volume11 - N. 01
Jan/Fev de 2010.
BARELA, José Angelo: Estratégias do Controle em Movimentos Complexos:
Ciclo Percepção-ação no Controle Postural. Revista Paul. Educ. Fis., São Paulo,
2000, supl.03. (acesso em Ago 2014). Disponível: http://www.citrus.uspnet.br
BHATNAGAR, Sublash: Neurociência – Para o Estudo dos Distúrbios da
Comunicação. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2004.
BRAUN, Carie A. e ANDERSON, Cindy M.: Fisiopatologia –Alterações
Funcionais na Saúde Humana. Artmed: São Paulo, 2009.
CARVALHO, Regiane Luz e ALMEIDA, Gil Lúcio: Aspectos Sensoriais e
Cognitivos do Controle Postural. Revista Neurociência: Minas Gerais, 2009.
(acesso em 14 ago 2014), Disponível: http://www.services.epm.br
COIMBRA, S.A.L.; BONIFÁCIO, T.D.; SANCHES, K.C.; SOUZA, M.F.;
JORGE, D.A: A Influência da Equoterapia no Equilíbrio Estático e Dinâmico:
Apresentação de Caso Clínico de Encefalopatia Não Progressiva Crônica do Tipo
Diparético Espástico. Revista: Fisioterapia Brasil, 7 (5): 391-395, set/out 2006.
(acesso em 21 de out de 2014). Disponível: http: www.bases.bireme.br.
24
DORETTO, Dário: Fisiopatologia Clínica do Sistema Nervoso “Fundamentos
da Semiologia”. Atheneu 2ª Edição: São Paulo, 1996.
JUNIOR, Carlyle Marinho; CAVENAGHI, Simone;MARINHO, Lais Helena
Carvalho: Escalas de Mensuração e Modalidades Fisioterapêuticas na Reabilitação
de Pacientes com Equilíbrio Deficitário. (internet) Arq Ciência e Saúde, 2011, 18(1),
pag.44-9. (acesso em 20 maio 2014).
Disponível: http://www.cienciasdasaude.famerp.br/racs_ol/vol-18-1/IDS%206%20%20 jan-mar%202011.pdf
KISNER, Carolyn e COLBY, Lynn Allen: Exercícios Terapêuticos –
Fundamentos e Técnicas. Manole 5ª Edição: São Paulo, 2009.
LIPORONI, Gabriela Faleiros; OLIVEIRA, Ana Paula Rocha: Equoterapia
como Tratamento Alternativo para Pacientes com Sequelas Neurológicas.(internet).
Revista Científica da Universidade de Franca, São Paulo, 2005, Vol 5, n.1-6, pag.
21-29. (acesso em 20 maio 2014).
Disponível:http://www.publicacoes.unifran.br/índex.php/investigação/article/view/19
0/144
MEEREIS ECW, LEMOS LFC, PRANKE GI, ALVES RF,TEIXEIRA CS, MOTA
CB: Deficiência Visual: Uma Revisão Focada no Equilíbrio Postural,
Desenvolvimento Psicomotor e Intervenções. (internet). Revista Brasileira de
Ciência e Movimento, Universa: 2011, 19(1), pag.108-113. (acesso em 20 maio
2014).
Disponível:http://www.portalrevistas.ubb.br/index.php/RBCM/article/viewArticle/137
7
MENEGHETTI, CHZ; PORTO, CH; IWABE C; POLETTI S: Intervenção da
Equoterapia no Equilíbrio Estático de Criança com Síndrome de Down. (internet).
Revista Neurociência, 2009, 17(4), pag. 392-6. (acesso em 20 de maio 2014).
Disponível: http://www.neren.com.br/site/artigos/018.pdf
MOREIRA, Marléa Chagas: Fisiopatologia. LAB: Rio de Janeiro, 2007.
PIEROBON, Juliana C. Marchizeli, GALETTI, Fernanda Cristina: Estímulos
Sesório-motores Proporcionados ao Praticante de Equoterapia pelo Cavalo ao
Passo Durante a Montaria. (internet). Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas,
Agrárias e da Saúde. Vol XII, N°2, 2008. (acesso em 20 de Mai de 2014).
Disponível:http:/www.sare.anhanguera.com/índex.php/renscqarticleqviewArticle427
TOLEDO Daiana R. e BARELA, José A.: Diferenças Sensoriais e Motoras
entre Jovens e Idosos: Contribuição Somatossensorial no Controle Postural.
Revista Brasileira de Fisioterapia. Vol 14, n.03. São Carlos. Maio/Junho 2010.
(acesso em Ago 2014). Disponível em: http://www.dxdoi.org/101590/S141335553010000300004 (Scielo Brasil)
25
VALDIVIESSO, Vivian; CARDILLO Lívia; GUIMARÃES, Elaine Leonezi: A
Influência da Equoterapia no Desempenho Motor e Alinhamento Postural da
Criança com Paralisia Cerebral Espástico-Atetóide – Acompanhamento de Um
Caso. (internet). Revista Uniara, n.16, 2005. (acesso em 20 maio 2014). Disponível
em: http://www.uniara.com.br/revistauniara/pdf/16/rev16completa_26.pdf
VILIBOR, Renata Hydee Hasue; VAZ, Regiane Henrique: Correlação entre a
Função Motora e Cognitiva de Pacientes com Paralisia Cerebral. Revista
Neurociência, 2010, 18/3. (acesso em 01 de Nov de 2014). Endereço:
http://www.revistaneurociencia.com.br.
Download

a influencia da equoterapia no equilibrio postural - TCC On-line