Com a devida vénia transcrevemos artigo publicado na edição de hoje do Jornal de Negócios on line Apenas um quinto dos portugueses poupa a pensar no médio e longo prazo AnaLuísa Marques - [email protected] A maioria dos portugueses "considera como poupança o dinheiro deixado numa conta à ordem para gastar mais tarde". Esta é uma das primeiras conclusões do "Inquérito à literacia financeira da população portuguesa" realizado pelo Banco de Portugal (BdP), que visa "analisar os comportamentos e atitudes da população portuguesa relativamente a questões financeiras e apurar o seu nível de conhecimentos nesta área". O inquérito realizado pelo banco central começa por revelar que 11% dos inquiridos não possui conta bancária. Esta percentagem é muito semelhante à registada no Reino Unido e nos Estados Unidos e refere-se, maioritariamente, a pessoas que não fazem parte da população activa ou a jovens entre os 16 e os 24 anos ou com mais de 70 anos. Na parte da poupança, o estudo revela que uma "percentagem muito significativa (89%) dos inquiridos considera 'importante' ou 'muito importante' planear o orçamento familiar. No entanto, apenas "52% dos inquiridos afirmam que efectuam poupanças". Portugueses pouco sensíveis à importância de poupar No que diz respeito ao destino e às poupanças dos portugueses, o inquérito revela que a “população [portuguesa] é muito pouco sensível à importância de poupar". “Assim, apenas cerca de 20% dos inquiridos afirmam poupar numa lógica de médio e longo prazo, aplicando os recursos numa conta a prazo ou noutra aplicação financeira. A maioria dos participantes (54%) “considera como poupança o dinheiro deixado numa conta à ordem para gastar mais tarde”. "A prática de deixar os recursos excedentários numa conta à ordem poderá indicar alguma inércia quanto à poupança", refere o inquérito do BdP. Quando à motivação para poupar, 58% dos participantes apontam "razões de precaução", 14% como "forma de acumular riqueza" e 15% por motivos imediatos, como férias e viagens. Na hora de escolher os produtos financeiros, a maioria dos inquiridos revela analisar "a informação pré-contratual (83%) mas apenas 8% afirmam comparar os produtos". 2010.10.18