ASFAC divulga estudo “A Relação dos Portugueses com o Dinheiro e o Crédito” 73% dos portugueses tem hábitos de poupança Em média, cada português poupa 14% do seu rendimento Lisboa, 2 de Abril de 2008 – Setenta e três por cento dos portugueses faz poupanças, a maioria dos quais mensalmente ou sempre que pode, revela um estudo realizado pela Netsonda, para a Associação de Instituições de Crédito Especializado - ASFAC. Em média, os cidadãos nacionais alocam 25% dos seus rendimentos ao pagamento de créditos, 48% ao pagamento de despesas fixas e 14% para poupança. O referido estudo, sobre “A Relação dos Portugueses com o Dinheiro e o Crédito” revela que 61% dos portugueses faz um plano de gastos mensal e 77% faz uma lista de compras antes de ir ao supermercado. Quanto aos hábitos familiares em relação ao dinheiro, 87% dos inquiridos afirma falar habitualmente sobre dinheiro e gastos, sendo que a maioria destes (62%) o faz com os respectivos cônjuges. Dos pais que dão dinheiro aos filhos, 25% opta por mesada, 17% por semanada e 25% dá dinheiro quando os mais jovens pedem; em média, cada família dá, mensalmente, 119 € aos filhos, maioriamente, para alimentação, actividades escolares e diversão. A maioria dos pais (80%) afirma que os filhos conseguem controlar o dinheiro que lhes dão até ao final do prazo estipulado e que incita os filhos a poupar (88%). Ainda assim, 60% diz que os filhos não participam na definição do plano familiar de gastos. Relativamente à educação financeira, 74% dos inquiridos considera que não existe informação suficiente sobre este tema nas escolas e que é necessário incluir esta temática nos curricula escolares. Analisando a relação dos portugueses com o crédito, o estudo revela que 84% dos respondentes está a pagar um ou mais créditos, sendo que a maioria (53,7%) está vinculado ao crédito à habitação, seguido do crédito pessoal (35,8%) e do crédito automóvel (22,5%). Mas, antes de recorrer ao crédito, 96% dos subscritores estipula o valor máximo que poderá pagar pela prestação mensal; aliás, quando se recorre ao crédito, para os inquiridos, o valor da mensalidade é mesmo o factor mais importante, seguido do custo total de crédito e, por fim, do crédito do empréstimo. Quem recorre ao crédito, na sua maioria (74%) considera-o vantajoso não só porque permite o acesso a bens que de outra forma não seria possível, mas também porque permite resolver situações imprevisíveis. Em relação à posse de cartão de crédito, 78% dos inquiridos afirma utilizar este meio de pagamento, sendo que 45% tem um cartão. Segundo o presidente da ASFAC, António Menezes Rodrigues, “A ASFAC tem vindo a desenvolver esforços no sentido de contribuir para o aumento da educação financeira dos portugueses. Este estudo mostra-nos, justamente, que a maioria dos portugueses já usa ferramentas de gestão financeira no seu dia-a-dia, nomeadamente a definição do plano de gastos, a elaboração de uma lista de compras e as semanadas/mesadas concedidas aos filhos. Esta é uma conclusão que nos deixa muito contentes, embora ainda exista muito trabalho a fazer nesta área. Um ponto muito importante e que poderá contribuir para o aumento da literacia financeira é a percepção que os pais têm da necessidade de uma disciplina de educação financeira nas escolas. No que diz respeito ao crédito, o estudo indica-nos que, ao contrário do que muitas vezes se afirma, os portugueses são bastante responsáveis, definindo o valor que poderão pagar pela prestação antes de contraírem o empréstimo. Salienta-se outro dado importante: que quem já recorreu ao crédito tem, em média, 25% do seu rendimento alocado ao pagamento das prestações – valor aconselhado pela ASFAC.” Ficha Técnica Este estudo foi realizado pela Netsonda para a ASFAC, entre os dias 12 e 26 de Março de 2008, com o objectivo de avaliar a relação dos portugueses com o dinheiro e os seus hábitos de consumo de crédito. O universo-alvo é composto por agregados familiares residentes em Portugal. A unidade de análise foi o indivíduo com conhecimento sobre os hábitos de consumo de crédito no seu agregado familiar. A amostra foi obtida junto do painel da Netsonda constituído por cerca de 30 mil participantes, registados voluntariamente ao longo dos últimos sete anos, através de campanhas de recrutamento diversificadas. A convocatória teve por base últimos dados de distribuição etária e regional. Foram obtidos 835 inquéritos válidos, sendo que 11,5% se referem a indivíduos entre os 18 e 25 anos, 17,5% a indivíduos entre 26 e 35 anos, 16,4% a indivíduos entre 36 e 45 anos e 54,6% a indivíduos com mais de 45 anos. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 835 inquiridos é de 3,4%, com um nível de confiança de 95%. TLF: + 351 21 711 21 80 FAX: + 351 21 711 21 81 E-Mail: [email protected]