MEMO/11/654 Bruxelas, 30 de Setembro de 2011 Eurobarómetro: Ensino e formação profissional – principais resultados O inquérito Eurobarómetro especial intitulado «Atitudes face ao ensino e formação profissional» foi levado a cabo por meio de entrevistas pessoais a 26 840 cidadãos da UE em todos os 27 Estados-Membros, entre 4 e 19 de Junho de 2011. Eis os principais resultados: Imagem positiva do ensino e formação profissional no que concerne à qualidade O ensino e formação profissional goza, em geral, de uma boa imagem. Para 71% dos inquiridos, esta via de ensino goza de uma imagem positiva no respectivo país. Há uma relação directa entre a imagem do ensino e formação profissional e a impressão de qualidade que lhe está associada. Na opinião de 75% dos inquiridos, o sistema de ensino e formação profissional proporciona formação de elevada qualidade. Entre outras razões que concorrem para uma imagem globalmente positiva citam-se a alta competência dos professores e formadores (76%), o acesso a equipamento moderno (82%) e as oportunidades de aceder aos estudos universitários (68%). Porém, para um terço dos inquiridos, há conveniência em melhorar a transmissão de aptidões e competências transversais, como a capacidade de comunicação ou a de trabalhar em equipa (34% estimam que estas aptidões não lhes foram ensinadas nesta via de ensino). Fortes perspectivas de emprego Segundo 82% dos inquiridos, o ensino e formação profissional proporciona as competências procuradas pelos empregadores. Também reconhecem, na sua maioria, que o ensino e formação profissional proporciona acesso a profissões que são procuradas no mercado de trabalho (73%) e bem remuneradas (55%). Na sua maioria, os inquiridos (56%) consideram que os jovens que frequentaram o ensino e a formação profissional estão mais bem colocados para encontrar um emprego no termo dos seus estudos do que os jovens que seguiram o ensino secundário geral ou obtiveram habilitações mais elevadas. Necessidade de melhorar a mobilidade para formação e trabalho Interrogados sobre se o ensino e formação profissional permite aos estudantes fazer parte da sua formação no estrangeiro, as respostas são variadas: são 43% os que concedem que o ensino e formação profissional no respectivo país dá esta oportunidade aos estudantes e estagiários, mas 35% não são dessa opinião. As respostas são ligeiramente mais positivas quanto à possibilidade de exercer uma profissão no estrangeiro; são 49% os que estimam que é fácil para as pessoas que receberam ensino ou formação profissional exercer a sua profissão noutro Estado-Membro (32% afirmam ser difícil). Impacto económico e social, implicações para a criação de empresas e apoio ao desenvolvimento sustentável Cerca de metade dos inquiridos consideram que o ensino e formação profissional não estimula a criação de pequenas empresas, enquanto 36% são de opinião contrária. Menos de metade (48%) dos participantes no inquérito reconhecem que o ensino e formação profissional propicia atitudes mais amigas do ambiente, contra 30% que manifestam opinião contrária. Por outro lado, em grande maioria, os inquiridos declaram que o ensino e formação profissional dá um contributo positivo para a economia (83%) e 76% referem que essa via de ensino concorre para a redução do desemprego. Na opinião de 80% dos inquiridos, há também um impacto positivo na qualidade dos serviços no respectivo país. Necessidade de melhorias nos serviços de orientação profissional A despeito de uma imagem globalmente positiva e das vantagens reconhecidas do ensino e formação profissional, 41% dos inquiridos dos 15 aos 24 anos de idade inclinar-se-iam mais para recomendar o ensino secundário geral ou o ensino superior como a melhor opção para os jovens, contra 27% que recomendariam a opção pelo ensino e formação profissional. Nas faixas etárias dos 25 aos 39 e dos 40 aos 54 anos, menos de metade dos inquiridos são de opinião de que os jovens recebem orientação profissional suficiente. Segundo o inquérito, a família continua a ser a fonte primordial de informação para os jovens quando chega o momento de fazer escolhas educativas (47% de inquiridos dos 15 aos 24 anos declaram ter consultado a sua família). Na mesma ordem de ideias, o nível de habilitações escolares dos pais tem uma forte influência na escolha dos filhos. Cerca de dois terços dos jovens cujos pais são titulares de um diploma do ensino profissional seguem os mesmos passos. A internet e as redes sociais em linha têm um papel cada vez mais determinante, que se reflecte no facto de 43% dos inquiridos referirem ter consultado estes canais de informação. As escolas também desempenham um papel importante na prestação de orientação e de informação. Para mais informações: Relatório Eurobarómetro completo, resumo e resultados do inquérito discriminados por país: http://ec.europa.eu/public_opinion/archives/eb_special_379_360_en.htm#369 Comissão Europeia: Ensino e formação profissional: http://ec.europa.eu/education/lifelong-learning-policy/doc60_en.htm Comissão Europeia: Programa Leonardo da Vinci: http://ec.europa.eu/education/lifelong-learning-programme/doc82_en.htm 2