Discurso proferido pelo deputado GERALDO RESENDE (PMDB/MS), em sessão no dia 19/09/2012. REDUZIR A TARIFA DE ENERGIA: CONSTRUINDO UM BRASIL MAIS COMPETITIVO Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, No dia 11 deste mês, a presidente Dilma Rousseff detalhou o pacote de redução de tarifas de energia elétrica, que já havia adiantado na véspera do dia 7 de setembro, em rede nacional de rádio e televisão. A presidente e o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, afirmaram que, a parir de janeiro de 2013, a tarifa de energia será reduzida em até 16,2% para os consumidores residenciais e em até 28% para as indústrias. No último dia 15 de agosto, o Governo Federal já havia anunciado um pacote de concessões de rodovias e ferrovias para iniciativa privada, estimando um investimento de R$ 133 bilhões em 25 anos. A iniciativa prevê melhorias em 7,5 mil quilômetros de estradas e 10 mil quilômetros de ferrovias. As duas medidas foram amplamente discutidas com o setor produtivo e buscam aumentar a competitividade dos produtos brasileiros. Tanto o Governo Federal, quanto a população esperam a contra partida do setor industrial, trabalhadores, em assegurar garantindo assim a o estabilidade pleno dos emprego conquistado na última década. Todas as vezes que discutimos competitividade, alguns especialistas defendem o exemplo chinês e o crescimento recorde da economia daquele País. Como todo o respeito a sólida nação que desponta como a próxima maior potencia mundial, não podemos fechar os olhos para as práticas condenáveis pelos direitos humanos, trabalho análogo a escravidão, jornadas acima de 12 horas diárias e o maior índice de trabalhadores suicidas do planeta. A construção de nossa competitividade tem de ser algo que respeita o nosso contexto regional, e que não se caracterize como um retrocesso para os trabalhadores. A redução das tarifas de energia elétrica é uma demanda antiga do setor industrial que foi pactuada com o Governo, construindo mecanismos não prejudiciais a eficiência do Estado brasileiro e que possa até mesmo refletir em produtos mais baratos para a população. Muitos empresários já afirmaram a intenção de efetivamente transferir, a economia com o barateamento da produção, para o consumidor final. Já as concessões de estradas e ferrovias também apontam para a melhora de nosso índice de competitividade, ofertando qualidade em logística para o transporte de nossas riquezas. Na área energética, a exemplo da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos e a chamada linha branca, que abarca eletrodomésticos como fogão, geladeira e máquina de lavar, o Governo Federal corta, de maneira pragmática, impostos para tornar o Brasil mais competitivo. No caso específico da tarifa de energia, serão cortadas a Conta de Consumo de Combustível (CCC), a Reserva Geral de Reversão (RGR) e reduzida em 25% a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). O Governo Federal ainda vai bancar os Programas “Luz para Todos” e “Tarifa Solidária” com o aporte de R$ 3,3 bilhões por ano. Sendo assim, parabenizo o novo mote do Governo Brasileiro, que já foi a busca pela estabilidade econômica e por mais justiça social e hoje, sem esquecer os avanços de governos anteriores, luta para transformar a sexta economia do mundo ainda mais competitiva. Muito obrigado pela atenção. Deputado GERALDO RESENDE (PMDB/MS)