Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar Os Caminhos da Inovação: Envelhecimento Saudável Integração de cuidados centrada na pessoa Eunice Carrapiço e Victor Ramos Unidade de Saúde Familiar S. João do Estoril (ACES de Cascais) INFARMED – 1 de dezembro de 2015 Tópicos Centragem na pessoa 1. Gestão Pessoal de Saúde “GPS” 2. O modelo clínico integrado 3. Desenvolvimento de uma nova cultura assistencial centrada na pessoa Trabalho em equipa 1. Equipa de saúde da pessoa e da família 2. Relevância do modelo de equipa alargada aberta e flexível e da comunicação e articulação entre todos “Sistema Local de Saúde” ou outra designação 1. Reformulação do conceito e das práticas de “referenciação” 2. Estratégias locais de saúde 3. Governação / coordenação local de saúde PNS 2011-2016, Estudo “Integração e Continuidade de Cuidados 2010 Recomendações 1. Reforço dos mecanismos de articulação, não só entre os diferentes níveis de prestação de cuidados de saúde, mas também com o cidadão, o utente e as famílias, a sociedade civil, o sector social e outros sectores cuja actividade pode ter impacto na saúde das populações 2. Aperfeiçoamento dos mecanismos de contratualização, através da combinação de meios de pagamento (e.g. pagamentos baseados no acto, capitação e salários), bem como, numa lógica de integração de cuidados, avaliar as possibilidades de um modelo integrado de contratualização, envolvendo nomeadamente os cuidados de saúde primários, os cuidados hospitalares e os cuidados continuados. 3. Mais investimento na formação de médicos em áreas como a Medicina Geral e Familiar e a Medicina Interna. Será igualmente importante incentivar a população a recorrer a estes profissionais, bem como, encorajar os futuros médicos no sentido de optarem por estas especialidades 4. No que respeita ao sistema de informação clínico, considera-se fundamental garantir a implementação do RSE, garantindo compatibilidade entre os diferentes sistemas de informação, clínicos, administrativos e financeiros já existentes, fornecendo e relacionando indicadores úteis para uma gestão mais célere a racional dos recursos em função das necessidades do utente e das instituições prestadoras. 5. Definição e utilização mais generalizada de protocolos ou normas de orientação clínica. 6. Promoção da criação de estruturas locais, não necessariamente a partir da fusão entre instituições, mas promovendo a cooperação, com vista à satisfação de necessidades específicas das populações. 7. Desenvolver mecanismos de paperless, nomeadamente através da criação de estruturas locais que permitam, com recurso à internet e a sistemas de informação, soluções Business to Business (B2B), por forma a agilizar e tornar mais eficiente e rápida a contratação de serviços e pagamentos a fornecedores, bem como a outros actores envolvidos na prestação de cuidados. PNS 2011-2016, Estudo “Integração e Continuidade de Cuidados 2010 Recomendações 8. Avaliação generalizada e sistemática da adequação das admissões e estadias hospitalares. 9. Gestão integrada dos recursos intra-hospitalares, nomeadamente, a gestão comum de camas para agudos, um maior investimento nos hospitais de dia, bem como a continuidade do investimento na cirurgia ambulatória. 10. Criar condições para uma maior eficácia no encaminhamento de doentes, quer através do aumento do número de estruturas de cuidados continuados, quer através da introdução de melhorias no planeamento da alta hospitalar que, teoricamente, deve começar no momento da admissão no hospital. 11. Promoção da integração vertical e horizontal dos cuidados, através de uma maior articulação entre os órgãos de governação clínica, nomeadamente os conselhos clínicos dos cuidados de saúde primários e as direcções clínicas e dos serviços dos hospitais, bem como os órgãos adequados nos cuidados continuados e sector social. 12. Revisão do desenho da oferta dos cuidados de saúde primários, com o objectivo de melhorar o acesso e garantir que a porta de entrada no sistema é, preferencialmente, neste nível de cuidados, assumindo o médico de família, a equipa de família ou outro profissional de saúde, um papel central na gestão de caso e na coordenação de cuidados dos utentes, nomeadamente na articulação com outros níveis de cuidados e/ou outros sectores. 13. Melhorar o acesso a cuidados médicos especializados, não necessariamente em contexto hospitalar. 14. Disponibilização de mais e melhor informação aos utentes sobre o desempenho dos prestadores, investindo na procura e construção de indicadores de benefício. 15. Avaliação das possibilidades da prestação de cuidados em casa do doente, em alternativa ao internamento, suportada e complementada por tecnologias que permitem a sua monitorização à distância. Relatório do GT para integração dos níveis de cuidados de saúde para Portugal Continental, 2014 Recomendações do Relatório 1. Introdução do conceito de gestor do doente 2. Criação de sistema nacional de gestão de referenciações em saúde 3. Aplicação de normas, guidelines e protocolos clínicos 4. Incentivos conjuntos: aplicação da unidade de pagamento capitação 5. Desenvolvimento e aplicação de um sistema de custeio por utente 6. Uniformização e centralização de procedimentos 7. Formação específica em integração de cuidados de saúde 8. Criação de um espaço de gestão de conhecimento sobre integração de cuidados de saúde 9. Implementação de estruturas organizacionais integradas 10. Planeamento Estratégico numa perspetiva de integração 11. Reforço da cultural organizacional Projeto “GPS” – Gestão Pessoal de Saúde 22 participantes Modelo Clínico Integrado Sistema de Saúde Rede social pessoal Unidades Funcionais 1993/99, Sistemas Locais de Saúde 1999 Equipa prof. alargada Família Equipa de saúde da pessoa e da família Pessoa Médico Comunicação & Relação M-D Comunidade e contexto social alargado Relevância do modelo de equipa alargada aberta e flexível e da comunicação e articulação entre todos Centros de dia Lares de idosos Farmácia Fisiatria / Fisioterapia UCC / ECCI Serviços de Apoio Domiciliário Outros projetos / recursos de apoio ginásios, paróquia, instituições com actividades específicas, terapia ocupacional liga de amigos e outros Família / Cuidadores Idoso Médico e enfermeiro de família Unidade de convalescença PSP USP Psicologia UMDR Outras especialidades ULDM (Oftalmologia, medicina interna,, ortopedia, urologia, ORL, neurologia, psiquiatria, geriatria, …) UP Serviço Social Relevância do modelo de equipa alargada aberta e flexível e da comunicação e articulação entre todos Conclusões Transformar a forma de trabalhar e de ver a pessoa e o sistema de saúde - Centragem na Pessoa - Gestão Pessoal de Saúde - Cuidados no domicílio - Ajustar normas, orientações, protocolos Desenvolver a equipa de saúde da pessoa e da família - Desenvolver o papel do enfermeiro de família – actualmente em curso - Aprofundar as competências do MF no contexto da equipa inclusiva de saúde da pessoa e da família - Trabalho próximo e articulado com outros profissionais dos CSP (assistente social, psicólogo, dentista) - Conhecimento e envolvimento de recursos da comunidade e de outras iniciativas Melhorar os sistemas de informação e comunicação - Processo clínico único interligado com “processo pessoal de saúde” - Telemedicina Implementar “Sistema Local de Saúde” ou outra designação - Governação / coordenação local de saúde - pode incluir UCF Envelhecimento Saudável - Consultadoria / pequenas equipas que vão até às pessoas - Intercâmbio de internos entre instituições Criar uma Unidade de Missão conduzir a transformação integrada do SNS Bem hajam pela vossa atenção! 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