Renascença História da Psicologia 01/2005 Inícios • • • • • • • • • • • 1443 - Invenção da imprensa 1453 - Queda de Constantinopla 1492 - Descoberta do Novo Mundo 1517 - Reforma de Lutero 1543 - Teoria Heliocêntrica de Copérnico 1543 – De Humani Corporis Fabrica de Versalius 1544 – Tradução dos trabalhos matemáticos de Arquimedes 1545 –Introdução da álgebra na Europa 1595 – Invenção do microscópio 1610 – Galileu Galilei – uso do telescópio 1628 – On the Motion of the Heart and Blood in Animals – William Harvey Características • Quebra da unidade ou cosmovisão unitária do mundo cristão; • Luta contra os dogmas; • Problema: Como justificar as novas certezas? • A terra deixa de ser plana • A pólvora é introduzida na Europa no século IV; • A máquina tipográfica de Guttenberg quebra o monopólio clerical (meados do século XV); • Mudanças Profundas no argumento lógico e nos conceitos de dignidade humana; Idéias que contribuíram • William de Ockham (Guilherme D’Occan) (1290-1349) rebaixou as essências eternas a meros nomes; • Não se pode assumir coisas que não são logicamente necessárias Pico della Mirandola 1463-94 • Defende um homem livre, modelador e fabricante de si mesmo, tendo o poder de escolher. • “Você por sua própria vontade ordenará sua própria natureza” Pietro Pomponazzi (1462-1525) • O homem não é certamente de uma natureza simples, mas múltipla, de uma natureza certa mas ambígua (...) ele não é puramente temporal nem puramente eterno, desde que compartilha ambas as naturezas. E para o homem que assim existe como uma média entre as duas, é dado o poder de assumir qualquer natureza que deseje [1516]. Martinho Lutero (1483-1546) • Liberta o homem das penitências • Mantém que o aperfeiçoamento da vontade depende da graça de Deus. Sobre a alma • Aparecem defensores de uma alma mortal, inseparável do corpo; • Alma influenciada por condições materiais. • A imortalidade era uma possibilidade intelectual; Sistemas de Pitolomeu e Copérnico A TERRA DEIXA DE SER O CENTRO DO MUNDO Atenção para nomes e livros que marcaram o percurso das idéias. Nicolau Copernicus (1473-1543) • Polonês • Estudou nas Universidades de Bolonha e Pádua • Livro concluído em 1530; publicado em 1543: • De Revolutionibus Orbium Coelestium Johannes Kepler (1571-1630) • Seguindo Copérnico, apresenta descrições matemáticas acuradas para a órbita planetária. • “Sem os experimentos adequados não concluo nada” • Aliança da teoria (matemática) com a observação. • Teoria da inversão de imagens na retina. Sir Thomas Gresham • Este rico negociante londrino fez uma doação para que uma instituição fosse dedicada ao estudo das ciências • Funda-se o Gresham College, 1597 • Na Inglaterra funda-se The Royal Society em 1645 • Finalmente as universidades começam a ensinar pesquisa aos seus alunos. Andreas Vesalius (1514-1564) • Livro: De Humani Corporis Fabrica • Demostra que os conhecimentos anatômicos de Galeno (129-199) eram baseados em dessecação de animais; • Seus estudos eram baseados em corpos humanos • Belga, estudou medicina na Universidade de Paris Galileo Galilei (1564-1642) • Deixa a física especulativa para trabalhar com medidas exatas. • Descobriu a lei dos corpos que caem, as parábolas dos projéteis; • Estudou a mecânica e a força dos materiais. • Professor nas Universidades de Pisa e de Pádua. • Contradisse as leis físicas de Aristóteles sobre a queda dos objetos • Fez observações astronômicas. Um convite ao silêncio • Você está ouvindo a música renascentista; • Proceda, enquanto escuta a música, a leitura dos próximos diapositivos (slides) • Não se preocupe em copiar. • Farei algumas observações no decorrer da exposição. Giovanni del Biondo Annunciazione e santi Portas do Paraíso Escultura de Lorenzo Ghiberti, 1425/52 Catedral de Florença Madonna e Filha Fra Fiilippo Lippi, 1455 Itália Santa Maria Novella, Florença - Itália Séculos XIII - XV Ratto delle Sabine, 1582 Giambologna (1529-1608) Firenze Por que Polifonia? • A renascença foi uma época de muitas vozes • O mundo ampliou seus limites com a descoberta da América • O comércio mundial trouxe línguas, produtos e crenças que não eram conhecidas. • Abre-se espaço para a liberdade imaginativa que leva também a necessidade da observação exata. • Diminui o abismo entre a cultura popular e a cultura elitista. • A sociedade vai encontrando sua abertura e revoluciona a memória. • Sociedades fechadas = memórias coletivas • Sociedades abertas = memórias individuais • O desmoronamento da cosmovisão cristã cria a necessidade de uma nova cosmovisão de uma nova ontologia. • Onde encontrar certeza? • O que é a verdade? Duas novas vertentes: • A certeza está na observação e no método. • A certeza pode ser simplesmente a loucura de cada um. Segue o debate entre: • A racionalidade da ciência • A irracionalidade da vontade. • Está nascendo o psicológico dos nossos tempos atuais. Abre-se o caminho para o moderno • O Nominalismo empírico abala os fundamentos do realismo racional. • A mística que defende a teologia prática de que Deus não é o bem mas escolhe o bem, abre o caminho para experiência do próprio eu e do irracionalismo. • A atitude científica começa a surgir, através do experimento e da observação da própria natureza. “Expelindo mente e intenções do mundo físico, forçou-se os psicólogos a uma escolha entre uma assimilação materialista ou declaração dualística de independência ao domínio da física. As psicologias filosóficas dos séculos XVII e XVIII foram tentativas de vir a termo com esse dilema.” (Hearnshaw, 1987) Idade Moderna Tendências Filosóficas Séc Racionalistas . 17 Descartes Spinoza 18 Leibniz 19 Hu Empiricistas Hobbes Locke Newton Berkley Hume Idealistas Materialistas Associacionistas La Mettrie Hartley Condillac Reid Cabanis Steward Kant Mill, James Fichte Mill, John S. Schelling Hamilton Hegel Spencer Herbart Darwin Schopenhauer Bain Pensadores • Descartes (1596-1650) - Racionalista • Francis Bacon (1588-1626) Empirista • Spinoza 1632-1677 – (Racionalista) • Locke 1632-1704 – (Empirista) Racionalismo - Definição A No sentido metafísico, doutrina segundo a qual nada existe que não tenha sua razão de ser, de tal maneira que por direito, senão de fato, não há nada que não seja inteligível Racionalismo - Definição B Doutrina segundo a qual todo conhecimento certo provém de princípios irrecusáveis, a priori, evidentes, de que ela é conseqüência necessária, e por si sós, os sentidos não podem fornecer senão uma idéia confusa e provisória da verdade. (Descartes, Espinoza, Hegel) Racionalismo - Definição C A experiência só é possível para um espírito que tenha disciplina intelectual: fé na razão, na evidência e na demonstração; crença na eficácia da luz natural. (Kant) Racionalismo - Definição D Doutrina segundo a qual só nos devemos fiar na razão (sistemas de princípios universais e necessários) e não admitir nos dogmas religiosos senão o que ela reconhece como lógico e satisfatório segundo a luz natural. (Teólogos, definição dominante até século XIX) Empirismo Nome genérico de todas as doutrinas filosóficas que negam a existência de axiomas enquanto princípios de conhecimento logicamente distintos da experiência. Empirismo Do ponto de vista psicológico, opõe-se ao racionalismo inatista, que admite a existência no indivíduo de princípios de conhecimento evidentes. Por exemplo, Locke versus Descartes. Empirismo Do ponto de vista gnosiológico, o empirismo é a doutrina que, reconhecendo ou não a existência de princípios inatos no indivíduo, não admite que o espírito tenha leis próprias que difiram das coisas conhecidas e, por conseguinte, baseia o conhecimento do verdadeiro apenas sobre a experiência, fora da qual admite apenas definições e hipóteses arbitrárias. Por exemplo, Spencer contra Kant.