Informativo da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Ano XiII - nº 212 - NOVEMBRO/2009
Pimenta-rosa desponta para a
exportação no Espírito Santo
Foto: Divulgação
Capixabas também produzem um dos mais sofisticados condimentos da cozinha internacional
Páginas 6 e 7
Mulheres
aprendem sobre
alcoolismo
Comunicação/Faes
Senar capacita
produtores de
frangos
Divulgação
Página 3
Faes e CNA
visitam Estados
Unidos
CNA
Página 9
Página 11
EDITORIAL
Campo legal
Café:
sim às parcerias, não à importação e ao desemprego
Contribuição
previdenciária não
incide sobre o terço
de férias
EXPEDIENTE
O regime de parceria permite ao
cidadão vocacionado ser dono de fato
da terra no meio em que vive, onde se
inicia uma relação ganha/ganha, que
deveria se estender por todos os elos
da cadeia, até chegar ao consumidor.
Nessa caminhada, todos os envolvidos têm importância relevante:
produtores, proprietários, meeiros
ou trabalhadores, cooperativas, Sindicatos, beneficiadores da produção,
envolvendo a rede de distribuição,
exportadores e consumidores.
Propositalmente, deixamos para
citar os organismos financeiros em
separado. Da eficiência de suas ações
depende o sucesso ou o fracasso
da atividade. O crédito tem que ser
oportuno, suficiente, e a custo compatível com a atividade, permitindo
que o produtor não seja subjugado
por preço aviltante, para quitar a dívida
contraída.
Especulações espúrias, sem qualquer respeito à laboriosa classe dos
cafeicultores, como o alarme fabricado
da necessidade de importação, devem
ser rechaçadas com veemência. O
preço do café, que já não vinha bem,
baixou mais de 30% de março para
cá.
Poucos ganham muito, milhares
perdem, desencadeando desemprego,
insegurança e prejuízos irreparáveis
a socioeconomia. A pergunta que não
quer calar: a acentuada queda de preços pagos ao produtor veio favorecer
os consumidores?
2
Voltemos aos parceiros, para citar
os guardiões que devem proteger esse
vital sistema, que emprega 350.000
pessoas em nosso Estado, que são os
nossos representantes políticos.
O Governo do Estado tem envidado todos os esforços para promover
o ajustamento dos preços, primeiro,
solidarizando-se com os produtores
contra a importação, vale lembrar que
no Vietnã, nosso principal concorrente,
o trabalhador ganha de U$ 2,00 a U$
3,00/dia; segundo, ouvindo-nos e encaminhando propostas que envolvem:
pagamento de dívidas com o produto
café; dinamização do AGF para pagamento de empréstimos de pré-comercialização e estocagem. Por último, a
renegociação de débitos pendentes,
junto aos agentes financeiros.
Reconhecemos e agradecemos
por tudo isso que depende da atitude
do Governo Federal, carecendo, portanto, da atuação de todos os nossos
representantes políticos, em quem
depositamos nossas esperanças e a
nossa confiança, principalmente para
garantir o Direito de Propriedade.
As incursões do INCRA para expropriar terras, particularmente aquelas
ditas “quilombolas”, com titularidade
e produtividade, arremete-nos ao total
risco de chegarmos ao ponto de nem
termos produção para defender preço,
tampouco empregos garantidos.
O Superior Tribunal de Justiça - STJ adequou
sua jurisprudência ao entendimento firmado pelo
Supremo Tribunal Federal - STF para declarar que a
contribuição previdenciária não incide sobre o terço
de férias constitucional.
A Jurisprudência do STF pela não incidência da
contribuição foi firmada a partir de 2005, ao fundamento de que a referida verba tem natureza compensatória
/ indenizatória e que, nos termos do artigo 201, § 11,
da Constituição de 1988, somente as parcelas incorporáveis ao salário para fins de aposentadoria sofrem
a incidência da contribuição previdenciária. Para o
STF, o adicional de férias é um reforço financeiro para
que o trabalhador possa usufruir de forma plena o
direito constitucional do descanso remunerado.
Em seu voto, a ministra relatora Eliana Calmon
reconheceu que o entendimento do STJ está em
divergência com o posicionamento reafirmado pelo
STF em diversos julgados. “Embora não se tenha
decisão do Pleno, os precedentes demonstram que
as duas Turmas da Corte Maior consignam o mesmo
entendimento, o que me leva a propor o realinhamento
da posição jurisprudencial desta Corte, adequando-se
o STJ à jurisprudência do STF, no sentido de que a
contribuição previdenciária não incide sobre o terço
de constitucional de férias, verba que detém natureza
indenizatória por não se incorporar à remuneração do
servidor para fins de aposentadoria”.
Assim, por unanimidade, a Primeira Seção do STJ,
que até então considerava a incidência da contribuição legítima, acolheu o incidente de uniformização
suscitado pela Fazenda Nacional e modificou seu
entendimento sobre a questão.
Júlio da Silva Rocha Jr.
Presidente da Faes
Valdirene Ornela da Silva Barros
Assessora Jurídica Coordenadora-Faes
O Jornal Esta Terra é uma publicação mensal da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo (FAES) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional do Estado do Espírito Santo (SENAR-AR/ES).
FAES: DIRETORES: Júlio da Silva Rocha Júnior (Presidente), João Calmon Soeiro (1º Vice-presidente), Rodrigo José Gonçalves Monteiro (2º Vice-presidente), Abdo Gomes (3º
Vice-presidente), José Garcia (4º Vice-presidente), Wilson Tótola (5º Vice-presidente), Acácio Franco (6º Vice-presidente), Luiz Carlos da Silva (1º Secretário), Altanôr Lôbo Diniz (2º
Secretário), Neuzedino Alves Victor de Assis (1º Tesoureiro), Carlos Roberto Aboumrad (2º Tesoureiro). SUPLENTES DA DIRETORIA: Armando Luiz Fernandes, Antônio Roberte
Bourguignon, Jairo Bastianello, Nilton Falcão, Fábio Gomes e Gama, Luiz Malavasi, Valdeir Borges da Hora, Antônio José Baratela, José Pedro da Silva, José de Assis Alves, Francisco
Tristão Neto. CONSELHO FISCAL: Efetivos: Leomar Bartels, Jacintho Pereira das Posses, José Manoel Monteiro de Castro – Suplentes: Gilda Domingues, Luciano Henriques,
Nelson Broetto. CONSELHO REPRESENTATIVO DA CNA: Júlio da Silva Rocha Júnior e João Calmon Soeiro.
Endereço: Av. Nossa Senhora da Penha, nº 1495 - Torre A - 10º e 11º andares - Bairro Santa Lúcia - Vitória/ES - Tel: (27) 3185-9200 - Fax: (27) 3185-9201 - e-mail: [email protected] |
[email protected]
Produzido por: Iá! Comunicação (27) 3314-5909 - ([email protected]) - Jornalista responsável: Eustáquio Palhares ([email protected]) - Edição:
Priscila Norbim - Textos: Priscila Norbim, Marcelle Desteffani e Lisandra Barbiero - Colaboradores: Neuzedino Assis, Ivanete Freitas, Maria Tereza Zaggo, Rodrigo José
Gonçalves Monteiro, José Umbelino Lemos, Fabrício Gobbo, Rosimeire Santos. Editoração: Interativa Marketing e Comunicação (27) 3222-2908.
Alcoolismo: um problema
mais comum do que se imagina
O
O vício é caracterizado pelo consumo excessivo e prolongado do álcool
alcoolismo no Brasil é
um problema de saúde
pública. Uma em cada
quatro crianças no país com
menos de nove anos de idade já experimentou bebidas
alcoólicas. O problema é uma
realidade presente tanto no
meio rural quanto nos grandes
centros urbanos e em todas
as camadas sociais. Na última
reunião das mulheres, realizada
no dia 26 de outubro, na Faes, a
professora da Ufes e assistente
social Maria Lucia Teixeira, que
ministrou uma palestra sobre o
assunto, onde retratou o que
leva a pessoa a desenvolver
um quadro de dependência e os
perigos existentes no consumo
exagerado do álcool.
Segundo Maria Lucia, o
álcool leva a pessoa a experimentar fantasias e alegrias,
fazendo com que a mente humana tenha um prazer inigualável. “Existe um fator genético
que incentiva a pessoa a beber
cada vez mais e experimentar
menos sensações. O álcool se
torna o incentivador para a diversão e o amigo companheiro
para todas as horas. Assim, o
prazer que temos em conversar
com outras pessoas, sair e realizar um encontro familiar não
é estar próximo das pessoas
queridas. A diversão está em
se encontrar para beber, pois
o prazer de um alcoólatra é
consumir álcool”.
O alcoólatra é aquela pessoa que consome bebidas
alcoólicas, mas não consegue
estabelecer o momento de
parar. Não é a quantidade ou
a frequência de quanto tempo
a pessoa bebe que irá dizer
se ela tem o vício de beber ou
não, mas sim a sua tolerância
ao álcool. A tolerância é a necessidade de doses maiores
de álcool para a manutenção
do efeito de embriaguez obtido
nas primeiras doses. Se a pessoa ingere bebidas alcoólicas e
não consegue ter auto-controle
sobre o desejo de começar
e parar de beber e passa do
seu limite, ela desenvolve um
quadro de alcoolismo, explicou
Maria Lucia.
A psiquiatria denominou
como “formação reativa”, o
alcoólatra que não admite seu
problema. Ele constrói uma
auto-defesa, dizendo que não
precisa de ajuda, pois não se vê
como um dependente químico.
O tratamento para quem deseja se livrar do álcool tem que
começar de forma espontânea.
É necessário que o alcoólatra
tenha o desejo de se livrar do
vício e entenda o seu problema
como uma doença crônica que
deve ser tratada.
Em busca de ajuda
A família que tem um caso
de alcoolismo deve buscar
ajuda em serviços de apoio a
dependentes químicos, como a
Irmandade Alcoólicos Anônimos
(AA), que propõe uma dinâmica
familiar e presta o apoio necessário para que o alcoólatra tome
a coragem de deixar o vício.
Segundo A.C.F., coordenador do Comitê Trabalhos com os
Outros da Irmandade Alcoólicos
Anônimos (que não deseja ser
identificado) a busca de ajuda
em centros de apoio é a melhor
opção. “Sozinho é muito difícil
sair do vício, só quem já foi
ou ainda é alcoólatra sabe o
quanto é complicado sair desse
buraco negro sozinho. Partilhar
as nossas experiências com
outras pessoas que viveram ou
vivenciam as mesmas situações
que a sua é um incentivo para
que você saia dessa vida de
solidão e bebedeiras, pois você
se espelha na vida do outro
e vê como o álcool te faz mal
e destrói toda a sua família”,
explica.
Serviço
No Estado há vários Centros de Apoio de referência e
tratamento do álcool. Somente a Irmandade Alcoólicos
Anônimos possuem três unidades e tem mais de 150 grupos de apoio espalhados em vários municípios do Espírito
Santo. Ligue para a unidade de apoio mais próxima e saiba
como conseguir ajuda e tratamento gratuito com médicos
psiquiatras e psicólogos.
Irmandade Alcoólicos Anônimos de Vitória
Av. Jerônimo Monteiro, 490,
Centro, Salas 410 e 413,
Ed. Ouro Verde - (27) 3223-4000
Irmandade Alcoólicos Anônimos de
Cachoeiro de Itapemirim
Rua Moreira, 25,
Bairro Independência - (28) 3522-0648
Irmandade Alcoólicos Anônimos de Colatina
Av. Ângelo Giuberti, 109,
Centro - (27) 3722-5612
Centro de Prevenção e Tratamento de Toxicômanos
da Capital (CPTT)
Rua Álvaro Sarlo, s/n,
Ilha de SantaMaria, Vitória.
(27) 3132-5104
Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas
- CAPS/AD
Rua Castelo Branco, 1841,
Jaburuna, Vila Velha.
(27) 3239-9846
Divulgação
3
Itarana recebe Propriedade Ativa
Cerca de 180 pessoas interessadas em tornar suas atividades no campo mais rentáveis participaram do evento
A
s novidades da produção de pinhão manso e
s e ri n g u e i ra g a n h a r a m
destaque no Programa Propriedade Ativa realizado no dia
20 de novembro em Itarana.
O evento que reuniu cerca de
180 pessoas orientou e capacitou o trabalhador rural para
garantir o cumprimento social
de suas propriedades, aliando
produtividade e preservação da
natureza.
O Programa é uma realização da Faes, do Senar/ES e do
Sindicato Rural do município,
e tem como objetivo agregar
valor às atividades realizadas
no campo.
Itarana é conhecida como
grande produtora de café, milho,
feijão, arroz, tomate e hortaliças. Com o cultivo de pinhão
manso e seringueira o município
irá potencializar a base econômica de seu agronegócio. Para
falar sobre o cultivo de pinhão
manso, foi convidado o técnico
do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e
Comunicação/Faes
Extensão Rural (Incaper), José
Carlos Loss. Já o agronegócio
da seringueira foi abordado
na palestra do técnico Rodrigo
Maurício Rodrigues.
De acordo com o presidente
do Sindicato Rural de Itarana,
Jacintho Pereira das Posses,
as informações levadas pelo
Propriedade Ativa serviram para
orientar os produtores sobre as
oportunidades de desenvolver
as duas culturas no município.
“Os produtores ficaram bem
animados, tenho certeza de
que irão investir na produção
da cultura de pinhão manso e
seringueira e isso vai expandir
rapidamente o agronegócio em
toda a região norte”, diz.
Conscientização
ambiental
Temas relacionados à adequação ambiental, como: reserva
legal, outorga de água, preservação de nascentes, construção
de barragens, licenciamento
para construção de novas barragens e área de preservação
permanente, também ganharam
destaque durante o evento.
O coordenador do Conselho
de Meio Ambiente e Recursos
Hídricos da Faes e engenheiro
agrônomo Murilo Antônio Pedroni, ressaltou a importância dos
produtores rurais produzirem
com qualidade, respeitando as
normais ambientais.
No fim das palestras, os participantes puderam tirar dúvidas
com os palestrantes sobre os
assuntos abordados. O coordenador do Projeto Propriedade
Ativa, Altanôr Lôbo Diniz, declarou que o evento é uma ação
que fortifica a promoção social
no meio rural. “Além de fornecer
informações de utilidade para o
produtor, o projeto proporciona
capacitação para que o homem
do campo possa tornar suas
atividades agrícolas mais rentáveis”, explica.
Presidentes de federações
têm curso de renegociação de dívidas
No dia 23 de novembro,
na sede da Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília, a Comissão Nacional da Pequena
Propriedade promoveu curso
sobre crédito rural e renegociação de dívidas. O objetivo
foi facilitar o entendimento
de técnicos e auxiliares das
Federações de Agricultura
e Pecuária no atendimento
aos produtores rurais para a
repactuação dos débitos.
A reunião foi comandada
pelo presidente da Comissão
Nacional da Pequena Propriedade, Júlio Rocha, que
também preside a Federação
4
de Agricultura e Pecuária do
Estado do Espírito Santo (Faes)
e é vice-presidente executivo
da Confederação. O curso foi
ministrado pela coordenadora
de Assuntos Econômicos da
CNA, Rosemeire Santos, que
aproveitou a oportunidade para
apresentar o software AGRICALC,
um moderno simulador de saldo,
que tem como objetivo fazer a
avaliação de crédito rural de
acordo com a lei 11.775, além de
facilitar os cálculos de dívidas e
sua respectiva repactuação.
Durante o encontro na capital federal, Rosemeire também
falou do histórico da política
agrícola no Brasil e do sistema
financeiro nacional. De acordo
com a palestrante, reuniões
como essas enriquecem e fortalecem o setor rural em todo
o país. “Os representantes das
federações que estiveram presentes no encontro, puderam
obter mais informações sobre a
problemática gerada em torno
do crédito rural no Brasil. Esses
conhecimentos serão levados
aos produtores rurais de vários
Estados, através de seus respectivos representantes. Uma
vantagem para o produtor, que
com informação poderá analisar melhor as oportunidades
de crédito e renegociação de
dívidas rurais que os bancos
brasileiros oferecem.
CNA
Cidadania leva mais
solidariedade ao campo
Mutirão ofereceu vários serviços ao meio rural de Alfredo Chaves
R
ealizado pelo Sindicato
Rural de Alfredo Chaves, Prefeitura Municipal, Faes e Senar/ES o Projeto
Cidadania em Campo promoveu
mais cidadania para as classes
menos assistidas do meio rural.
Um mutirão formado por mais
de 226 pessoas - entre profissionais e voluntários, no dia
07 de novembro, no Parque de
Exposição de Alfredo Chaves,
ofereceu à população rural do
município 24 tipos de serviços
de utilidade pública, como atendimento médico e jurídico, além
de atividades culturais.
Segundo o presidente do Sindicato Rural de Alfredo Chaves,
Sinval Rosa da Silva, o Projeto
Cidadania em Campo permitiu
o fortalecimento da cidadania
no meio rural e intensificou a
ações sociais que o sistema
Faes/Senar/ES promovem para
a melhoria da condição de vida
do trabalhador rural e de sua
família. “É importante para nós
que vivemos no campo, que
muitas vezes temos dificuldade
em adquirir serviços básicos de
saúde e documentação, contarmos com projetos como esse. O
SR Alfredo Chaves
Stands com serviços do Cidadania em Campo em Alfredo Chaves
evento foi um sucesso e veio
para acentuar a importância da
federação e do Senar/ES que
lutam para oferecer benefícios
materiais e sociais a nós produtores”, destacou.
Serviços
e benefícios
Durante a programação os
participantes tiveram acesso gratuito a serviços como
emissão de documentos, (CPF
e carteira de trabalho), con-
sultas médicas nas áreas de
dermatologia e ginecologia,
atendimento odontológico,
fisioterapia, orientações jurídicas e tributárias, além de
campanha de vacinação.
Serviços odontológicos foram os mais procurados pelos
participantes. Os dentistas
prestaram 345 atendimentos
no local. A emissão de documentos, também merece
destaque entre os serviços
requisitados pelos moradores
de Alfredo Chaves. Ao todo 334
pessoas atualizaram e emitiram novas documentações.
De acordo com a coordenadora do Programa Cidadania
em Campo, Denise Bolelli, o
projeto visa auxiliar o produtor
rural, fazendo com que ele e
toda a sua família possam adquirir serviços com facilidade e
qualidade. “O evento permitiu
o acesso da população rural
de Alfredo Chaves a um rol de
serviços gratuitos, sem ter a
necessidade de se deslocar
para o grande centro e assim
poupar eventuais gastos”, enfatiza Denise
Para facilitar o acesso da
população de Alfredo Chaves
e adjacências aos serviços
oferecidos pelo Cidadania em
Campo, um ônibus foi disponibilizado para levar e buscar
as pessoas da zona rural pela
manhã, no horário de almoço
e no final do evento.
Comunicação/Faes
Expandindo horizontes
No mês de outubro, o Senar/ES
formou 23 novos instrutores de
Formação Profissional Rural (FPR)
e Promoção Social (PS), 25 novos
m o b i l i zadores e 2 4 in s tr u to r e s
para o projeto Apoena, que atende
deficientes físicos. O objetivo das
capacitações é elevar a qualidade
dos treinamentos oferecidos ao
homem do campo.
Nos treinamentos de FPR e PS
os participantes aprenderam fundamentos do processo de ensino
e aprendizagem, além do planejamento, execução e avaliação da
ação do FPR. Já na capacitação
de mobilizadores, foi ensinado o
processo de organização das ações
de formação profissional rural e das
atividades da promoção social. Para
trabalhar no projeto Apoena, os instrutores aprenderam a lidar com as
necessidades especiais na hora de
ensinar atividades como fruticultura,
jardinagem, produção caseira de
pães e biscoitos e artesanato.
Senar/ES
Turma de novos Instrutores do Senar/ES
5
Pimenta-rosa: uma nova opçã
Ainda novidade no Espírito Santo, a c
A
roeira, aroeira-vermelha, aroeira-pimenteira, pimenta do
Brasil, aroeirinha, pimenta
brasileira. São muitos os
nomes para a pimenta-rosa,
uma espécie pioneira e nativa do Brasil, que não tem
qualquer parentesco com
a família das pimentas. Na
verdade, ela é parente do
caju, da manga e do cajámirim. Seu plantio desponta
como uma das alternativas
para a diversificação agrícola, por ser um dos mais
sofisticados condimentos da
cozinha internacional e por
seu sabor suave, adocicado
e levemente apimentado.
São Mateus, Linhares,
J a g u a r é e N o v a Ve n é c i a
são os municípios capixabas onde a produção da
pimenta-rosa ganha destaque. A região litorânea
é a mais propícia para a
cultura, e, devido ao clima
e tipo de solo a “pimenta”
vegeta naturalmente. O
mercado interno brasileiro
desse produto é ainda muito
reduzido, mas tem grande
expressividade internacionalmente.
O cultivo de pimentarosa no Espírito Santo é
ainda uma novidade, sendo
grande parte dele extrativista. “Nós não temos ainda
os protocolos de produção,
não desenvolvemos tecnologias para isso, mas alguns
produtores já enxergam
valor comercial no produto, vendido em sua maioria
para o exterior”, declara o
chefe regional do Incaper
em Linhares, Antônio Carlos
Benassi.
O preço do quilo da pimenta-rosa no Estado é
de aproximadamente R$
3, variando de acordo com
a qualidade da safra. O
preço para exportação gira
em torno de 13 dólares
por quilo. Estados Unidos,
Holanda, Alemanha, Itália
e França são os principais
países importadores da
pimenta-rosa brasileira.
técnica
Fábio Merçon é um dos
produtores do condimento
do município da Serra. Ele
destaca que para conseguir
uma boa produção deve-se
utilizar a muda correta. “O
produtor tem que selecionar as plantas produtivas
e plantar por estaca. O
cultivo com sementes, nesse caso, não dá certo”.
Segundo Fábio, ele produz
cerca de seis quilos de
pimenta-rosa por árvore. A
previsão para 2010 é que
sejam produzidos 50 mil
quilos de pimenta-rosa em
sua propriedade, na Serra,
entre maio e junho, meses
da safra da pimenta-rosa.
M arl i Ro l di prod uz o c on dimento há sete anos e
possui cerca de 5 mil pés de
aroeira na sua propriedade,
em Fundão. Ela enfatiza que
a excelência da produção
depende da apanha correta.
“É preciso conscientização
dos apanhadores no sentido
de não quebrar a aroeira,
que é muito delicada. Eles
também não devem permitir que ela fique abafada e
melada”.
A p ro d u to ra v e n d e o c o n dimento já seco para São
Paulo, que faz a export a ç ã o . S e g u n d o M a r l y, a
secagem reduz o peso da
Divulgação
A regiã
capixa
do Bra
6
ão agrícola para os capixabas
cultura já desponta para a exportação
produção, mas o valor agregado aumenta. E ela deixa
um alerta: “Deve-se tomar
cuidados porque o mercado de pimenta-rosa não é
elástico, ele não aumenta
rapidamente com o aumento
da produção”.
A maioria dos produtores
de pimenta-rosa do Espírito
Santo vende o produto innatura para empresas terceirizadas que realizam o
beneficiamento, a secagem
e exportam.
P i m e n ta - r o s a
A pimenta-rosa originase de uma planta chamada
aroeira. O fruto é ativador
da produção de sangue na
medula óssea, prevenindo
o raquitismo e os vermes, é
anti-inflamatório e atua na
depuração e purificação do
organismo.
Da casca das sementes
da pimenta-rosa é extraído
um óleo, muito utilizado na
m e d i c i n a p o p u l a r, e f i c i e n t e
no tratamento de febres,
tumores, doenças da córnea
e das vias respiratórias e
urinárias.
Os óleos essenciais,
como são chamados, são
também usados como essência para perfumes ou na
indústria de flavorização em
carnes e lingüiças. O Peru
é o país que mais produz
esse tipo de óleo para a
comercialização.
Além do uso gastronômico e medicinal, a pimentarosa também é usada em
bebidas, como caipirinha de
laranja, limão e hortelã.
Aplicações da pimenta-rosa
Nome científico
Schinus terebinthifolius
Utilidade culinária
A pimenta-rosa pode ser utilizada em uma grande variedade de
pratos, de frango a vegetais e peixes. Misturada às pimentas do reino
preta, branca e verde, decora e
confere sabor delicado às saladas,
m o l h o s , g r e l h a d o s e f r u t o s d o m a r.
Deve ser usada com moderação,
pois seu sabor predomina sobre
o sabor de outros temperos. Seu
principal uso é de decoração. Como
não tem características picantes,
sua cor melhora a aparência dos
preparados.
Utilidade medicinal
As cascas e folhas secas da
aroeira são utilizadas contra febres,
problemas urinários, contra cistites,
uretrites, diarréias, blenorragia,
tosse e bronquite, problemas menstruais com excesso de sangramento, gripes e inflamações em geral.
Sua resina é indicada para o
tratamento de reumatismo e ínguas,
além de servir como purgativo e
combater doenças respiratórias.
Seu óleo resina é usado externamente como cicatrizante e para
dor de dente.
A planta inteira é utilizada externamente como anti-séptico no caso
de fraturas e feridas expostas.
Curiosidades
Devido ao alto teor de tanino,
a pimenta-rosa é empregada nos
curtumes para curtir peles e couros.
No Peru, a aroeira é utilizada após
fermentação para se fazer vinagre
e bebida alcoólica.
Seus frutos são utilizados na
Flórida para decoração de Natal, o
que lhe conferiu a denominação de
C h r i s t m a s - b e r r y, a l g o c o m o f r u t o
do natal.
Divulgação
ão norte do Espírito Santo é a maior produtora
aba de pimenta-rosa, um dos produtos nativos
asil.
7
Sindicato de Mucurici promove eventos
para unir produtores
S
ituado ao norte do Espírito Santo, Mucurici
tem na produção agropecuária a base da sua economia. A criação de gado de
leite e a produção da cana,
eucalipto e mandioca são as
principais fontes de renda do
município. Para expandir o
potencial do agronegócio na
região, o Sindicato Rural de
Mucurici, que tem sua extensão de base em Ponto Belo,
trabalha fortemente junto ao
homem do campo a fim de alcançar melhores resultados
na produção agrícola e oferecer produtos com qualidade.
O Sindicato tem realizado
novos projetos, com o intuito
de atrair mais investimentos
para o município e divulgar
e fortalecer o agronegócio
local. O leilão de gado que
será realizado no dia 19 de
dezembro, no Parque de Lei-
SR Mucurici
Unir os produtores rurais de Mucurici e Ponto Belo é um dos objetivos de
Gilberto Mendes Couto, presidente do Sindicato.
lões Antônio Francisco Prates é uma dessas ações. O
evento visa fortalecer a classe produtora, apresentar o
potencial pecuário da região
aos visitantes e arrecadar
fundos para manter o funcio-
namento do Sindicato.
“Com o nosso trabalho em
prol do serviço rural e com a
diretoria ativa, resgatamos a
atividades festivas para movimentar o setor agropecuário
da região norte e promover
a união entre os produtores
rurais”, destaca o presidente
do Sindicato Rural de Mucurici, Gilberto Mendes Couto.
O Sindicato acredita que
a união promove a força. Por
isso, conquistar a confiança
dos produtores trabalhando
com transparência junto aos
sócios é a sua proposta. A
entidade, que luta para defender os interesses da classe produtora, busca também
fortalecer a parceria entre a
Faes e o Senar/ES, levando
formação e capacitação profissional aos produtores da
região, por meio de treinamentos gratuitos. Outra meta
da instituição é construir uma
agenda participativa.
Sindicato Rural de Mucurici
Rodovia Mucurici x Ponto Belo,
Km 02 - Tel: (27) 3751-1265
E-mail: [email protected]
Sindicato de Nova Venécia
empossa diretoria
No dia 23 de outubro tomou posse a nova diretoria
do Sindicato Rural de Nova
Venécia. Judas Tadeu Colombi é o novo presidente
da entidade, que elegeu
também novo conselho fiscal. Na solenidade de posse estiveram presentes 51
a s s ociados ao Sindicato
e algumas autoridades da
região, como o prefeito de
Nova Venécia, Wilson Luiz
Venturim, o deputado estadual José Eustáquio de Freitas,
o presidente da cooperativa
Veneza João Marcarini Filho,
o tenente Antônio Ednis de
Freitas, além do presidente
da Faes, Júlio Rocha.
SR Nova Venécia
Conheça os componentes da
nova diretoria:
Presidente: Judas Tadeu Colombi
Nova Diretoria do Sindicato Rural de Nova Venécia
Secretária: Maria Rosália Zottele Pagung
Tesoureiro: Jacomo Braz Bergamin
Suplentes da diretoria: Jairo Bastianello / Flaminio Grillo / Mateus Merlin Lourenço
Conselho Fiscal (efetivos): José Carlos Taglia-ferre / Luiz Fernando Rodrigues / Mário Sérgio Lubiana.
Conselho Fiscal (suplentes): Arlindo Bolsanello / João Machado Sarmento / Marta Soares de Souza Lima.
8
Senar/ES oferece
novo treinamento a avicultores
nsinar práticas corretas
de criação de frangos
para a obtenção de produtos com alta qualidade é o
principal objetivo do novo treinamento “Produção de Frangos e Ovos Caipiras”, oferecido pelo Senar/ES em parceria
com os Sindicatos Rurais. A capacitação aconteceu pela primeira vez em Linhares e duas
turmas de jovens aprendizes,
cada uma com 12 integrantes,
aprenderam a produção de
frango de corte, atividade que
posteriormente pode se tornar
uma fonte de renda para os jovens.
“O treinamento é importante para os produtores rurais
aprenderem a lidar com suas
criações de forma mais correta, evitando erros de produção
que podem prejudicá-los, principalmente financeiramente”,
destaca a instrutora Núbia
Broeto.
Os principais temas ensinados na capacitação são: a situação do mercado econômico; o
histórico do frango de corte; as
principais raças e linhagens; o
manejo da criação, desde a
chegada dos pintinhos até a
saída do frango para o abate;
a ração correta; o manejo da
água; as principais enfermidades que podem acometer o
frango de corte, o pré-abate e
a apanha das aves.
A instrutora conta que o
treinamento não é só teoria.
Nas aulas práticas ela ensina a
utilização e a disposição certa
de equipamentos que auxiliam
na criação dos frangos. “Quem
participa pratica a limpeza de
bebedouros, aprende a colocar
a ração nos comedouros infantis de forma correta e a lidar
com o silo. Além disso, aprende a montar o galpão aviário
para receber os pintinhos e
conhece as principais mudan-
ças que acontecem dentro do
local durante o crescimento
dos frangos”.
Cuidados com
a criação
Com investimentos relativamente baixos e instalações de
fácil construção, a criação em
sistema caipira tem se mostrado lucrativa, principalmente para pequenos produtores.
Mas para obter uma produção
realmente vantajosa são necessários alguns cuidados básicos.
Conforme conta a instrutora do treinamento, logo quando chegam os pintinhos, os
animais doentes devem ser
descartados e os demais vacinados ainda no incubatório.
É necessário que o local de
criação esteja sempre limpo
e o trânsito de pessoas nos
galpões deve ser impedido
para evitar a proliferação de
doenças. Além disso, o criador
precisa observar a temperatura, evitando o frio para os
pintinhos e o calor para frangos. Comedouros e bebedouros têm que ser higienizados e
abastecidos constantemente.
Para a produção de ovos
os ninhos devem ser usados
exclusivamente na fase adulta
das aves em postura, o que é
muito importante para garantir
ovos de boa qualidade, mais
limpos e com menores riscos
de contaminação.
produzidas cerca de 480 caixas de ovos de mesa, com 30
dúzias cada, e quatro milhões
de frangos vivos. A atividade
avicultora gera anualmente
12,5 mil empregos diretos e
10 mil indiretos, e em 2008 obteve um faturamento bruto de
aproximadamente de R$ 500
milhões.
Santa Maria de Jetibá é o
maior município avicultor do
Espírito Santo, respondendo
por 93% da produção capixaba
de postura comercial. A atividade é a maior fonte de renda
da região que possui pouco
mais de 200 avicultores. Já
Alfredo Chaves é responsável
pela produção de 35% de frangos de corte.
A caixa do ovo com 30 dúzias é vendida pelo produtor a
uma média de R$ 30 na granja. O quilo do frango vivo vale
R$1,70. “O segmento avicultor é um bom investimento no
Espírito Santo. Ele apresenta
significativos crescimentos no
Estado, que se destaca nacionalmente devido à sua eficiência produtiva”, destaca o
secretário executivo da AVES,
Nélio Hand.
Confira os principais treinamentos de dezembro*:
Ação/ Atividade
Viveirista
Renovar Arábica
Trabalhador na Ovinocultura
Início
01/12
02/12
03/12
03/12
Uso Correto e Seguro de
07/12
Agrotóxicos
10/12
Artesanato em Fibra de Bananeira 04/12
Inseminação Artificial de Bovinos 07/12
Renovar Arábica
08/12
Trabalhador na Piscicultura
09/12
Motosserrista
10/12
Eletricista Rural
12/12
Produção Artesanal de Pães e
13/12
Biscoitos
Administração de Recursos da
16/12
Família
Cultivo de Eucalipto
22/12
Município
Barra de São Francisco
Iúna
Afonso Cláudio
Jaguaré
Linhares
Alfredo Chaves
Afonso Cláudio
São Gabriel da Palha
Distrito Alto Mutum Preto
Caxixe Quente
Afonso Cláudio
Pacotuba
Pedro Canário
A agenda de treinamentos pode sofrer alterações durante o mês.
Para conferir a agenda completa de treinamentos acesse: www.faes.org.br
Divulgação
E
“Produção de Frangos e Ovos Caipiras” é o enfoque da nova capacitação que ensinará o manejo correto das
criações para que o avicultor obtenha mais lucro
Setor avicultor
capixaba
A representatividade no cenário nacional da avicultura de
postura comercial do Espírito
Santo é de 11,48%, segundo
dados da Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo - AVES. Por mês são
9
Faes monitora questões dos cafeicultores
O
bservando a situação
dos cafeicultores capixabas, a Comissão
Técnica de Café da Faes,
está organizando reuniões
para discutir questões como
a redução constante do preço
do café, desde março de 2009,
a proposta da Associação
Brasileira da Indústria do Café
– Abic de importar o produto
de países estrangeiros, a
nova rotulagem do café, entre
outras.
E já alcançaram resultados
positivos: os cafeicultores
capixabas estão isentos do
ICMS na primeira movimentação do café, quando o produto
fica à disposição do Governo.
Além disso, os armazéns
da Companhia Nacional de
Abastecimento – Conab já
Divulgação
estão liberados para receber
as sacas de café do Programa de Aquisição do Governo
Federal – AGF e do Programa
de Empréstimo do Governo
Federal – EGF.
Uma questão ainda preocupa o cafeicultor capixaba:
a nova rotulagem do café
proposta pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa e pela Abic.
As instituições querem que
nos rótulos esteja explícita
a quantidade de café das
variedades Arábica e Coni-
lon, usada na composição
do produto moído. A Faes se
p o s i c i o n a c o n t ra ri a m e n t e à
medida, pois acredita que a
nova rotulagem poderá gerar
discriminação contra algumas
variedades, especialmente o
Conilon, considerado de menor qualidade.
Além disso, a Abic está
pressionando o Governo para
que seja permitido o Drawback
do café, ou seja, a importação
do produto de outros países. A
Faes faz oposição a essa medida, porque acredita que ela
fará com que o preço do café,
que já está baixo, caia ainda
mais. De olho nas ameaças,
a Comissão Técnica do Café
da Faes já está articulando
medidas para auxílio ao produtor rural.
Pecuaristas capixabas
querem redução do ICMS do leite
Frente às diferenças tributárias vigentes entre Estados
brasileiros, o leite produzido
no Espírito Santo vem perdendo mercado. Essa situação provoca prejuízos ao bolso do pecuarista, que tem que
reduzir o preço do produto
para se manter competitivo.
Segundo a Comissão Técnica
de Pecuária de Leite da Faes,
atualmente o principal vilão
do baixo valor no mercado é o
ICMS (Imposto de Circulação
de Mercadorias e Prestação
de Serviços).
A Comissão e a Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB já analisam
uma proposta a ser enviada
à Secretaria Estadual da
Fazenda, reivindicando a
equiparação do valor do
ICMS do leite ao de outros
Estados brasileiros. Além
disso, eles têm a intenção de
fazer com que os benefícios
10
da redução do imposto cheguem ao pequeno produtor,
que é quem mais produz no
Espírito Santo.
A diminuição do ICMS significaria uma concorrência ni-
velada com Minas Gerais, Rio
de Janeiro e São Paulo, que
possuem políticas tributárias
de proteção ao seu mercado
interno leiteiro. O Rio de
Janeiro, por exemplo, já deu
isenção de ICMS aos produtores de leite de sua região.
Porém, os que produzem lá,
mas possuem indústrias em
outros Estados, não participam do benefício.
Divulgação
Faes e CNA visitam os departamentos de
agricultura dos Estados Unidos
E
O grupo conheceu os instrumentos da política agrícola americana, participou de palestras e
visitou uma das organizações mais influentes da agropecuária mundial
ntre os dias 31 de outubro e 07 de novembro, o
presidente da Faes, Júlio
Rocha, representando a Comissão de Pequenas Propriedades
da Confederação Nacional
da Agricultura e Pecuária do
Brasil (CNA), esteve em viagem internacional, realizando
uma visita técnica à sede do
Departamento de Agricultura
dos Estados Unidos (USDA),
no Jaime L. Whitten Building,
em Washington, para conhecer
os instrumentos utilizados na
política agrícola americana.
A presidente da CNA, senadora Kátia Abreu e a comitiva
de lideranças rurais, foram
recebidos por Michael Michener, coordenador do Serviço
de Promoção Internacional
da Agricultura. Em seguida,
eles assistiram uma palestra
da chefe do Departamento
de Economia, Carol Goodloe,
que falou sobre os diversos
programas desenvolvidos pelo
Departamento de Agricultura,
que visam oferecer suporte
aos produtores rurais norteamericanos.
Na sequência de palestras
abordadas no USDA, o tema
logística de escoamento da
produção agrícola nos Estados
Unidos chamou a atenção da
comitiva brasileira. O palestrante e economista sênior Delmy
Salin, do Serviço Agropecuário
de Marketing, Programas de
Transporte e Marketing, explicou que as maiores dificuldades encontradas na atividade
logística americana é obter
informações sobre a eficiência
no transporte das safras, interna e externa, principalmente em
países que competem com os
Estados Unidos, como o Brasil,
que é o principal concorrente
americano no comércio de
produtos agropecuários.
CNA
Comitiva brasileira que participou da visita técnica
De acordo com Júlio Rocha,
o sistema logístico dos Estados
Unidos é impressionante e os
transportes de cargas e qualquer tipo de obra são realizados
com responsabilidade. “Os
trabalhos desenvolvidos pelos
americanos são realizados com
convicção. Os pesquisadores
fazem simulações com todo o
transporte e ações que tenham
algum vínculo com o meio
ambiente, a fim de analisar os
impactos prováveis que aquela
ação poderia causar na natureza. Essa responsabilidade
ambiental é o que a CNA prega
no Brasil”, destaca.
indústrias brasileiras para as
americanas é que no Brasil as
grandes empresas visam somente o lucro. Já nos Estados
Unidos eles aliam a produtividade a novos procedimentos
pautados na responsabilidade
e adequação ambiental. Computadorização gráfica, recursos
de satélite e laser são usados
em simulações para agilizar os
investimentos que interferem
no meio ambiente, de forma
segura, e com custo benefício
favorável .
Já em visita à sede da American Farm Bureau Federation,
uma das organizações mais
influentes na agropecuária
mundial, a delegação brasileira
foi recebida pelo presidente da
instituição, Bob Stallman. Na
ocasião, Kátia Abreu sugeriu a
Stallman que as duas entidades
realizem uma proposta com
pontos convergentes para levarem à Conferência de Conpenhagen, que será realizada
em dezembro, na Dinamarca,
e tratará de assuntos ligados
a mudanças climáticas. Em
seguida, Cris Garza, diretora
de política internacional, destacou a preocupação do setor
agropecuário diante da política
comercial do atual governo
americano, que tem como objetivo impor a redução de gases
de estufa para as atividades
agropecuárias.
Durante a viagem, os integrantes da missão técnica puderam observar, em especial, a
utilização de novas tecnologias,
o desenvolvimento do crédito
agrícola, além de ter acesso
às informações sobre qualificação profissional, conhecer o
funcionamento das pequenas
propriedades e os assuntos
relacionados à proteção e
saúde.
CNA
Investimentos
que preservam
Outro aspecto observado
pelas lideranças rurais do
Brasil são os valores que os
americanos investem a cada
ano em diversas pesquisas.
Em destaque está a empresa
Monsanto, situada em St. Louis,
que teve 50 milhões, dos 980
milhões de dólares investidos,
destinados à produção de fertilizantes. O restante foi designado a pesquisas. Segundo
Julio Rocha, a diferença das
Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Maranhão, José Hilton Coelho,
presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Amapá, Luiz Iraçú Guimarães e o
presidente da Faes, Júlio Rocha.
11
MAIS
Faes na mídia
A Faes esteve em evidência
no jornal A Gazeta. É que no dia
01 de novembro, foi publicada na
coluna Ponto de Vista, a opinião
do presidente Júlio da Silva Rocha Júnior sobre a insegurança no
campo decorrente das invasões
de terras pelo Movimento dos
Sem Terra (MST). Ele apontou
que concorda com a posição da
CNA, defendendo a necessidade
de identificação dos responsáveis
pelos crimes e prejuízos causados pelo movimento. Júlio ainda
destaca que é uma atribuição do
Estado impedir que o MST continue agredindo os agropecuaristas
brasileiros.
Nova diretoria
reativa sindicato
Os produtores rurais de Apiacá foram às urnas, no dia 27 de
novembro, e elegeram Emílio
Bessa Valporto novo presidente
do Sindicato Rural do município.
O sindicato, que estava inativo,
volta com força total para defender os interesses do produtor rural
na região. Com a diretoria ativa,
a comunidade rural de Apiacá
poderá ter acessos a benefícios
disponibilizados pelo Senar/ES,
como treinamentos e cursos de
capacitação, que promovem a valorização do trabalhador no campo. A sede do sindicato funcionará
no prédio do Instituto Capixaba de
Pesquisa, Assistência Técnica e
Extensão Rural – Incaper.
Programa Jovem Aprendiz forma
primeira turma de avicultura
Divulgação
Habilitar jovens para o
mercado de trabalho é uma
das funções do Senar/ES.
Pa r a i s s o des env ol ve o
programa Jovem Aprendiz,
ministrando capacitações
de formação profissional
como a que aconteceu
em Linhares no mês de
novembro. O treinamento
foi solicitado pela empresa
Proteinorte Alimentos S.A.
Os participantes tiveram
a chance de conhecer as
técnicas da avicultura,
que envolvem a higienização das instalações e dos
equipamentos, o manejo
e a seleção das aves, o
controle da sanidade dos
animais e a realização de
controles administrativos e
ambientais.
Du r a n t e 3 6 0 h o r a s d e
ensinamentos teóricos, os
jovens aprenderam sobre
avicultura básica, cálculo
e formulação de rações
para aves, meio ambiente
e ecologia, produção de
eucalipto, administração
rural, além de disciplinas
básicas como: ética e cidadania, português e matemática. Na sequência
eles passaram para a fase
prática, com 540 horas
dedicadas às atividades
supervisionadas dentro da
Proteinorte.
ANIVERSARIANTES DE DEZEMBRO
12/12
13/12
16/12
22/12
23/12
28/12
03/12
Luana Bondrini Moreira
04/12
Eliana Almeida Lima
05/12
Liliane Ferreira Fundão
06/12
Genecy Sobral Barreto
Maria Elieti Petini Alves
Luiz Carlos da Silva
Guilherme Pimentel Filho
Helena Ribeiro Gomes Assari
Maria da Penha Torres Cruz
Fábio Gomes e Gama
Funcionária da FAES
Presidente SR de Iúna
Funcionária da FAES
Esposa do Pres. SR de Bom Jesus do Norte
Esposa do Pres. SR de Muqui
Presidente SR de Mimoso do Sul
Diretor Nato da FAES
Esposa do Pres. SR de Pedro Canário
Esposa do Pres. SR de Castelo
Presidente SR de São Mateus
Av. Nossa Senhora da Penha, nº 1495 - torre A - 10º e 11º
andares - Bairro Santa Lúcia - Vitória/ES - CEP: 29056-901
12
Leilão
beneficente em
Pedro Canário
Aconteceu em Pedro
Canário, no último dia 14, o
Leilão Beneficente do Sindicato Rural da cidade.
Noventa bezerros e carneiros, doados por produtores rurais da região, foram
leiloados.
Cerca de 400 pessoas
participaram do evento que
teve, entre suas atrações,
exposição de veículos, tratores e irrigadores.
O Senar/ES também esteve presente oferecendo
degustação de conservas
vegetais produzidas em
treinamento realizado no
município.
Na ocasião, foram entregues certificados aos
participantes de sete capacitações realizadas em
Pedro Canário.
Insegurança
no norte
O reconhecimento pelo
Incra de uma portaria que
declara 1.219.549 hectares
de terra de São Mateus
como pertencentes às Comunidades Quilombolas de
Serraria e de São Cristóvão
gera insegurança e preocupação na região norte do
Estado.
A população rural vive
em constante instabilidade,
temendo a invasão de terras pelos quilombolas e a
desapropriação, já que as
terras estão escrituradas em
nome de proprietários rurais
da região.
A Faes está atenta à questão e discutirá a implantação
de territórios quilombolas no
Espírito Santo para tomar as
devidas providências.
Download

Pimenta-rosa desponta para a exportação no Espírito Santo