Informativo da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Ano XiII - nº 212 - NOVEMBRO/2009 Pimenta-rosa desponta para a exportação no Espírito Santo Foto: Divulgação Capixabas também produzem um dos mais sofisticados condimentos da cozinha internacional Páginas 6 e 7 Mulheres aprendem sobre alcoolismo Comunicação/Faes Senar capacita produtores de frangos Divulgação Página 3 Faes e CNA visitam Estados Unidos CNA Página 9 Página 11 EDITORIAL Campo legal Café: sim às parcerias, não à importação e ao desemprego Contribuição previdenciária não incide sobre o terço de férias EXPEDIENTE O regime de parceria permite ao cidadão vocacionado ser dono de fato da terra no meio em que vive, onde se inicia uma relação ganha/ganha, que deveria se estender por todos os elos da cadeia, até chegar ao consumidor. Nessa caminhada, todos os envolvidos têm importância relevante: produtores, proprietários, meeiros ou trabalhadores, cooperativas, Sindicatos, beneficiadores da produção, envolvendo a rede de distribuição, exportadores e consumidores. Propositalmente, deixamos para citar os organismos financeiros em separado. Da eficiência de suas ações depende o sucesso ou o fracasso da atividade. O crédito tem que ser oportuno, suficiente, e a custo compatível com a atividade, permitindo que o produtor não seja subjugado por preço aviltante, para quitar a dívida contraída. Especulações espúrias, sem qualquer respeito à laboriosa classe dos cafeicultores, como o alarme fabricado da necessidade de importação, devem ser rechaçadas com veemência. O preço do café, que já não vinha bem, baixou mais de 30% de março para cá. Poucos ganham muito, milhares perdem, desencadeando desemprego, insegurança e prejuízos irreparáveis a socioeconomia. A pergunta que não quer calar: a acentuada queda de preços pagos ao produtor veio favorecer os consumidores? 2 Voltemos aos parceiros, para citar os guardiões que devem proteger esse vital sistema, que emprega 350.000 pessoas em nosso Estado, que são os nossos representantes políticos. O Governo do Estado tem envidado todos os esforços para promover o ajustamento dos preços, primeiro, solidarizando-se com os produtores contra a importação, vale lembrar que no Vietnã, nosso principal concorrente, o trabalhador ganha de U$ 2,00 a U$ 3,00/dia; segundo, ouvindo-nos e encaminhando propostas que envolvem: pagamento de dívidas com o produto café; dinamização do AGF para pagamento de empréstimos de pré-comercialização e estocagem. Por último, a renegociação de débitos pendentes, junto aos agentes financeiros. Reconhecemos e agradecemos por tudo isso que depende da atitude do Governo Federal, carecendo, portanto, da atuação de todos os nossos representantes políticos, em quem depositamos nossas esperanças e a nossa confiança, principalmente para garantir o Direito de Propriedade. As incursões do INCRA para expropriar terras, particularmente aquelas ditas “quilombolas”, com titularidade e produtividade, arremete-nos ao total risco de chegarmos ao ponto de nem termos produção para defender preço, tampouco empregos garantidos. O Superior Tribunal de Justiça - STJ adequou sua jurisprudência ao entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal - STF para declarar que a contribuição previdenciária não incide sobre o terço de férias constitucional. A Jurisprudência do STF pela não incidência da contribuição foi firmada a partir de 2005, ao fundamento de que a referida verba tem natureza compensatória / indenizatória e que, nos termos do artigo 201, § 11, da Constituição de 1988, somente as parcelas incorporáveis ao salário para fins de aposentadoria sofrem a incidência da contribuição previdenciária. Para o STF, o adicional de férias é um reforço financeiro para que o trabalhador possa usufruir de forma plena o direito constitucional do descanso remunerado. Em seu voto, a ministra relatora Eliana Calmon reconheceu que o entendimento do STJ está em divergência com o posicionamento reafirmado pelo STF em diversos julgados. “Embora não se tenha decisão do Pleno, os precedentes demonstram que as duas Turmas da Corte Maior consignam o mesmo entendimento, o que me leva a propor o realinhamento da posição jurisprudencial desta Corte, adequando-se o STJ à jurisprudência do STF, no sentido de que a contribuição previdenciária não incide sobre o terço de constitucional de férias, verba que detém natureza indenizatória por não se incorporar à remuneração do servidor para fins de aposentadoria”. Assim, por unanimidade, a Primeira Seção do STJ, que até então considerava a incidência da contribuição legítima, acolheu o incidente de uniformização suscitado pela Fazenda Nacional e modificou seu entendimento sobre a questão. Júlio da Silva Rocha Jr. Presidente da Faes Valdirene Ornela da Silva Barros Assessora Jurídica Coordenadora-Faes O Jornal Esta Terra é uma publicação mensal da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo (FAES) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional do Estado do Espírito Santo (SENAR-AR/ES). FAES: DIRETORES: Júlio da Silva Rocha Júnior (Presidente), João Calmon Soeiro (1º Vice-presidente), Rodrigo José Gonçalves Monteiro (2º Vice-presidente), Abdo Gomes (3º Vice-presidente), José Garcia (4º Vice-presidente), Wilson Tótola (5º Vice-presidente), Acácio Franco (6º Vice-presidente), Luiz Carlos da Silva (1º Secretário), Altanôr Lôbo Diniz (2º Secretário), Neuzedino Alves Victor de Assis (1º Tesoureiro), Carlos Roberto Aboumrad (2º Tesoureiro). SUPLENTES DA DIRETORIA: Armando Luiz Fernandes, Antônio Roberte Bourguignon, Jairo Bastianello, Nilton Falcão, Fábio Gomes e Gama, Luiz Malavasi, Valdeir Borges da Hora, Antônio José Baratela, José Pedro da Silva, José de Assis Alves, Francisco Tristão Neto. CONSELHO FISCAL: Efetivos: Leomar Bartels, Jacintho Pereira das Posses, José Manoel Monteiro de Castro – Suplentes: Gilda Domingues, Luciano Henriques, Nelson Broetto. CONSELHO REPRESENTATIVO DA CNA: Júlio da Silva Rocha Júnior e João Calmon Soeiro. Endereço: Av. Nossa Senhora da Penha, nº 1495 - Torre A - 10º e 11º andares - Bairro Santa Lúcia - Vitória/ES - Tel: (27) 3185-9200 - Fax: (27) 3185-9201 - e-mail: [email protected] | [email protected] Produzido por: Iá! Comunicação (27) 3314-5909 - ([email protected]) - Jornalista responsável: Eustáquio Palhares ([email protected]) - Edição: Priscila Norbim - Textos: Priscila Norbim, Marcelle Desteffani e Lisandra Barbiero - Colaboradores: Neuzedino Assis, Ivanete Freitas, Maria Tereza Zaggo, Rodrigo José Gonçalves Monteiro, José Umbelino Lemos, Fabrício Gobbo, Rosimeire Santos. Editoração: Interativa Marketing e Comunicação (27) 3222-2908. Alcoolismo: um problema mais comum do que se imagina O O vício é caracterizado pelo consumo excessivo e prolongado do álcool alcoolismo no Brasil é um problema de saúde pública. Uma em cada quatro crianças no país com menos de nove anos de idade já experimentou bebidas alcoólicas. O problema é uma realidade presente tanto no meio rural quanto nos grandes centros urbanos e em todas as camadas sociais. Na última reunião das mulheres, realizada no dia 26 de outubro, na Faes, a professora da Ufes e assistente social Maria Lucia Teixeira, que ministrou uma palestra sobre o assunto, onde retratou o que leva a pessoa a desenvolver um quadro de dependência e os perigos existentes no consumo exagerado do álcool. Segundo Maria Lucia, o álcool leva a pessoa a experimentar fantasias e alegrias, fazendo com que a mente humana tenha um prazer inigualável. “Existe um fator genético que incentiva a pessoa a beber cada vez mais e experimentar menos sensações. O álcool se torna o incentivador para a diversão e o amigo companheiro para todas as horas. Assim, o prazer que temos em conversar com outras pessoas, sair e realizar um encontro familiar não é estar próximo das pessoas queridas. A diversão está em se encontrar para beber, pois o prazer de um alcoólatra é consumir álcool”. O alcoólatra é aquela pessoa que consome bebidas alcoólicas, mas não consegue estabelecer o momento de parar. Não é a quantidade ou a frequência de quanto tempo a pessoa bebe que irá dizer se ela tem o vício de beber ou não, mas sim a sua tolerância ao álcool. A tolerância é a necessidade de doses maiores de álcool para a manutenção do efeito de embriaguez obtido nas primeiras doses. Se a pessoa ingere bebidas alcoólicas e não consegue ter auto-controle sobre o desejo de começar e parar de beber e passa do seu limite, ela desenvolve um quadro de alcoolismo, explicou Maria Lucia. A psiquiatria denominou como “formação reativa”, o alcoólatra que não admite seu problema. Ele constrói uma auto-defesa, dizendo que não precisa de ajuda, pois não se vê como um dependente químico. O tratamento para quem deseja se livrar do álcool tem que começar de forma espontânea. É necessário que o alcoólatra tenha o desejo de se livrar do vício e entenda o seu problema como uma doença crônica que deve ser tratada. Em busca de ajuda A família que tem um caso de alcoolismo deve buscar ajuda em serviços de apoio a dependentes químicos, como a Irmandade Alcoólicos Anônimos (AA), que propõe uma dinâmica familiar e presta o apoio necessário para que o alcoólatra tome a coragem de deixar o vício. Segundo A.C.F., coordenador do Comitê Trabalhos com os Outros da Irmandade Alcoólicos Anônimos (que não deseja ser identificado) a busca de ajuda em centros de apoio é a melhor opção. “Sozinho é muito difícil sair do vício, só quem já foi ou ainda é alcoólatra sabe o quanto é complicado sair desse buraco negro sozinho. Partilhar as nossas experiências com outras pessoas que viveram ou vivenciam as mesmas situações que a sua é um incentivo para que você saia dessa vida de solidão e bebedeiras, pois você se espelha na vida do outro e vê como o álcool te faz mal e destrói toda a sua família”, explica. Serviço No Estado há vários Centros de Apoio de referência e tratamento do álcool. Somente a Irmandade Alcoólicos Anônimos possuem três unidades e tem mais de 150 grupos de apoio espalhados em vários municípios do Espírito Santo. Ligue para a unidade de apoio mais próxima e saiba como conseguir ajuda e tratamento gratuito com médicos psiquiatras e psicólogos. Irmandade Alcoólicos Anônimos de Vitória Av. Jerônimo Monteiro, 490, Centro, Salas 410 e 413, Ed. Ouro Verde - (27) 3223-4000 Irmandade Alcoólicos Anônimos de Cachoeiro de Itapemirim Rua Moreira, 25, Bairro Independência - (28) 3522-0648 Irmandade Alcoólicos Anônimos de Colatina Av. Ângelo Giuberti, 109, Centro - (27) 3722-5612 Centro de Prevenção e Tratamento de Toxicômanos da Capital (CPTT) Rua Álvaro Sarlo, s/n, Ilha de SantaMaria, Vitória. (27) 3132-5104 Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas - CAPS/AD Rua Castelo Branco, 1841, Jaburuna, Vila Velha. (27) 3239-9846 Divulgação 3 Itarana recebe Propriedade Ativa Cerca de 180 pessoas interessadas em tornar suas atividades no campo mais rentáveis participaram do evento A s novidades da produção de pinhão manso e s e ri n g u e i ra g a n h a r a m destaque no Programa Propriedade Ativa realizado no dia 20 de novembro em Itarana. O evento que reuniu cerca de 180 pessoas orientou e capacitou o trabalhador rural para garantir o cumprimento social de suas propriedades, aliando produtividade e preservação da natureza. O Programa é uma realização da Faes, do Senar/ES e do Sindicato Rural do município, e tem como objetivo agregar valor às atividades realizadas no campo. Itarana é conhecida como grande produtora de café, milho, feijão, arroz, tomate e hortaliças. Com o cultivo de pinhão manso e seringueira o município irá potencializar a base econômica de seu agronegócio. Para falar sobre o cultivo de pinhão manso, foi convidado o técnico do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Comunicação/Faes Extensão Rural (Incaper), José Carlos Loss. Já o agronegócio da seringueira foi abordado na palestra do técnico Rodrigo Maurício Rodrigues. De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Itarana, Jacintho Pereira das Posses, as informações levadas pelo Propriedade Ativa serviram para orientar os produtores sobre as oportunidades de desenvolver as duas culturas no município. “Os produtores ficaram bem animados, tenho certeza de que irão investir na produção da cultura de pinhão manso e seringueira e isso vai expandir rapidamente o agronegócio em toda a região norte”, diz. Conscientização ambiental Temas relacionados à adequação ambiental, como: reserva legal, outorga de água, preservação de nascentes, construção de barragens, licenciamento para construção de novas barragens e área de preservação permanente, também ganharam destaque durante o evento. O coordenador do Conselho de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Faes e engenheiro agrônomo Murilo Antônio Pedroni, ressaltou a importância dos produtores rurais produzirem com qualidade, respeitando as normais ambientais. No fim das palestras, os participantes puderam tirar dúvidas com os palestrantes sobre os assuntos abordados. O coordenador do Projeto Propriedade Ativa, Altanôr Lôbo Diniz, declarou que o evento é uma ação que fortifica a promoção social no meio rural. “Além de fornecer informações de utilidade para o produtor, o projeto proporciona capacitação para que o homem do campo possa tornar suas atividades agrícolas mais rentáveis”, explica. Presidentes de federações têm curso de renegociação de dívidas No dia 23 de novembro, na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília, a Comissão Nacional da Pequena Propriedade promoveu curso sobre crédito rural e renegociação de dívidas. O objetivo foi facilitar o entendimento de técnicos e auxiliares das Federações de Agricultura e Pecuária no atendimento aos produtores rurais para a repactuação dos débitos. A reunião foi comandada pelo presidente da Comissão Nacional da Pequena Propriedade, Júlio Rocha, que também preside a Federação 4 de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo (Faes) e é vice-presidente executivo da Confederação. O curso foi ministrado pela coordenadora de Assuntos Econômicos da CNA, Rosemeire Santos, que aproveitou a oportunidade para apresentar o software AGRICALC, um moderno simulador de saldo, que tem como objetivo fazer a avaliação de crédito rural de acordo com a lei 11.775, além de facilitar os cálculos de dívidas e sua respectiva repactuação. Durante o encontro na capital federal, Rosemeire também falou do histórico da política agrícola no Brasil e do sistema financeiro nacional. De acordo com a palestrante, reuniões como essas enriquecem e fortalecem o setor rural em todo o país. “Os representantes das federações que estiveram presentes no encontro, puderam obter mais informações sobre a problemática gerada em torno do crédito rural no Brasil. Esses conhecimentos serão levados aos produtores rurais de vários Estados, através de seus respectivos representantes. Uma vantagem para o produtor, que com informação poderá analisar melhor as oportunidades de crédito e renegociação de dívidas rurais que os bancos brasileiros oferecem. CNA Cidadania leva mais solidariedade ao campo Mutirão ofereceu vários serviços ao meio rural de Alfredo Chaves R ealizado pelo Sindicato Rural de Alfredo Chaves, Prefeitura Municipal, Faes e Senar/ES o Projeto Cidadania em Campo promoveu mais cidadania para as classes menos assistidas do meio rural. Um mutirão formado por mais de 226 pessoas - entre profissionais e voluntários, no dia 07 de novembro, no Parque de Exposição de Alfredo Chaves, ofereceu à população rural do município 24 tipos de serviços de utilidade pública, como atendimento médico e jurídico, além de atividades culturais. Segundo o presidente do Sindicato Rural de Alfredo Chaves, Sinval Rosa da Silva, o Projeto Cidadania em Campo permitiu o fortalecimento da cidadania no meio rural e intensificou a ações sociais que o sistema Faes/Senar/ES promovem para a melhoria da condição de vida do trabalhador rural e de sua família. “É importante para nós que vivemos no campo, que muitas vezes temos dificuldade em adquirir serviços básicos de saúde e documentação, contarmos com projetos como esse. O SR Alfredo Chaves Stands com serviços do Cidadania em Campo em Alfredo Chaves evento foi um sucesso e veio para acentuar a importância da federação e do Senar/ES que lutam para oferecer benefícios materiais e sociais a nós produtores”, destacou. Serviços e benefícios Durante a programação os participantes tiveram acesso gratuito a serviços como emissão de documentos, (CPF e carteira de trabalho), con- sultas médicas nas áreas de dermatologia e ginecologia, atendimento odontológico, fisioterapia, orientações jurídicas e tributárias, além de campanha de vacinação. Serviços odontológicos foram os mais procurados pelos participantes. Os dentistas prestaram 345 atendimentos no local. A emissão de documentos, também merece destaque entre os serviços requisitados pelos moradores de Alfredo Chaves. Ao todo 334 pessoas atualizaram e emitiram novas documentações. De acordo com a coordenadora do Programa Cidadania em Campo, Denise Bolelli, o projeto visa auxiliar o produtor rural, fazendo com que ele e toda a sua família possam adquirir serviços com facilidade e qualidade. “O evento permitiu o acesso da população rural de Alfredo Chaves a um rol de serviços gratuitos, sem ter a necessidade de se deslocar para o grande centro e assim poupar eventuais gastos”, enfatiza Denise Para facilitar o acesso da população de Alfredo Chaves e adjacências aos serviços oferecidos pelo Cidadania em Campo, um ônibus foi disponibilizado para levar e buscar as pessoas da zona rural pela manhã, no horário de almoço e no final do evento. Comunicação/Faes Expandindo horizontes No mês de outubro, o Senar/ES formou 23 novos instrutores de Formação Profissional Rural (FPR) e Promoção Social (PS), 25 novos m o b i l i zadores e 2 4 in s tr u to r e s para o projeto Apoena, que atende deficientes físicos. O objetivo das capacitações é elevar a qualidade dos treinamentos oferecidos ao homem do campo. Nos treinamentos de FPR e PS os participantes aprenderam fundamentos do processo de ensino e aprendizagem, além do planejamento, execução e avaliação da ação do FPR. Já na capacitação de mobilizadores, foi ensinado o processo de organização das ações de formação profissional rural e das atividades da promoção social. Para trabalhar no projeto Apoena, os instrutores aprenderam a lidar com as necessidades especiais na hora de ensinar atividades como fruticultura, jardinagem, produção caseira de pães e biscoitos e artesanato. Senar/ES Turma de novos Instrutores do Senar/ES 5 Pimenta-rosa: uma nova opçã Ainda novidade no Espírito Santo, a c A roeira, aroeira-vermelha, aroeira-pimenteira, pimenta do Brasil, aroeirinha, pimenta brasileira. São muitos os nomes para a pimenta-rosa, uma espécie pioneira e nativa do Brasil, que não tem qualquer parentesco com a família das pimentas. Na verdade, ela é parente do caju, da manga e do cajámirim. Seu plantio desponta como uma das alternativas para a diversificação agrícola, por ser um dos mais sofisticados condimentos da cozinha internacional e por seu sabor suave, adocicado e levemente apimentado. São Mateus, Linhares, J a g u a r é e N o v a Ve n é c i a são os municípios capixabas onde a produção da pimenta-rosa ganha destaque. A região litorânea é a mais propícia para a cultura, e, devido ao clima e tipo de solo a “pimenta” vegeta naturalmente. O mercado interno brasileiro desse produto é ainda muito reduzido, mas tem grande expressividade internacionalmente. O cultivo de pimentarosa no Espírito Santo é ainda uma novidade, sendo grande parte dele extrativista. “Nós não temos ainda os protocolos de produção, não desenvolvemos tecnologias para isso, mas alguns produtores já enxergam valor comercial no produto, vendido em sua maioria para o exterior”, declara o chefe regional do Incaper em Linhares, Antônio Carlos Benassi. O preço do quilo da pimenta-rosa no Estado é de aproximadamente R$ 3, variando de acordo com a qualidade da safra. O preço para exportação gira em torno de 13 dólares por quilo. Estados Unidos, Holanda, Alemanha, Itália e França são os principais países importadores da pimenta-rosa brasileira. técnica Fábio Merçon é um dos produtores do condimento do município da Serra. Ele destaca que para conseguir uma boa produção deve-se utilizar a muda correta. “O produtor tem que selecionar as plantas produtivas e plantar por estaca. O cultivo com sementes, nesse caso, não dá certo”. Segundo Fábio, ele produz cerca de seis quilos de pimenta-rosa por árvore. A previsão para 2010 é que sejam produzidos 50 mil quilos de pimenta-rosa em sua propriedade, na Serra, entre maio e junho, meses da safra da pimenta-rosa. M arl i Ro l di prod uz o c on dimento há sete anos e possui cerca de 5 mil pés de aroeira na sua propriedade, em Fundão. Ela enfatiza que a excelência da produção depende da apanha correta. “É preciso conscientização dos apanhadores no sentido de não quebrar a aroeira, que é muito delicada. Eles também não devem permitir que ela fique abafada e melada”. A p ro d u to ra v e n d e o c o n dimento já seco para São Paulo, que faz a export a ç ã o . S e g u n d o M a r l y, a secagem reduz o peso da Divulgação A regiã capixa do Bra 6 ão agrícola para os capixabas cultura já desponta para a exportação produção, mas o valor agregado aumenta. E ela deixa um alerta: “Deve-se tomar cuidados porque o mercado de pimenta-rosa não é elástico, ele não aumenta rapidamente com o aumento da produção”. A maioria dos produtores de pimenta-rosa do Espírito Santo vende o produto innatura para empresas terceirizadas que realizam o beneficiamento, a secagem e exportam. P i m e n ta - r o s a A pimenta-rosa originase de uma planta chamada aroeira. O fruto é ativador da produção de sangue na medula óssea, prevenindo o raquitismo e os vermes, é anti-inflamatório e atua na depuração e purificação do organismo. Da casca das sementes da pimenta-rosa é extraído um óleo, muito utilizado na m e d i c i n a p o p u l a r, e f i c i e n t e no tratamento de febres, tumores, doenças da córnea e das vias respiratórias e urinárias. Os óleos essenciais, como são chamados, são também usados como essência para perfumes ou na indústria de flavorização em carnes e lingüiças. O Peru é o país que mais produz esse tipo de óleo para a comercialização. Além do uso gastronômico e medicinal, a pimentarosa também é usada em bebidas, como caipirinha de laranja, limão e hortelã. Aplicações da pimenta-rosa Nome científico Schinus terebinthifolius Utilidade culinária A pimenta-rosa pode ser utilizada em uma grande variedade de pratos, de frango a vegetais e peixes. Misturada às pimentas do reino preta, branca e verde, decora e confere sabor delicado às saladas, m o l h o s , g r e l h a d o s e f r u t o s d o m a r. Deve ser usada com moderação, pois seu sabor predomina sobre o sabor de outros temperos. Seu principal uso é de decoração. Como não tem características picantes, sua cor melhora a aparência dos preparados. Utilidade medicinal As cascas e folhas secas da aroeira são utilizadas contra febres, problemas urinários, contra cistites, uretrites, diarréias, blenorragia, tosse e bronquite, problemas menstruais com excesso de sangramento, gripes e inflamações em geral. Sua resina é indicada para o tratamento de reumatismo e ínguas, além de servir como purgativo e combater doenças respiratórias. Seu óleo resina é usado externamente como cicatrizante e para dor de dente. A planta inteira é utilizada externamente como anti-séptico no caso de fraturas e feridas expostas. Curiosidades Devido ao alto teor de tanino, a pimenta-rosa é empregada nos curtumes para curtir peles e couros. No Peru, a aroeira é utilizada após fermentação para se fazer vinagre e bebida alcoólica. Seus frutos são utilizados na Flórida para decoração de Natal, o que lhe conferiu a denominação de C h r i s t m a s - b e r r y, a l g o c o m o f r u t o do natal. Divulgação ão norte do Espírito Santo é a maior produtora aba de pimenta-rosa, um dos produtos nativos asil. 7 Sindicato de Mucurici promove eventos para unir produtores S ituado ao norte do Espírito Santo, Mucurici tem na produção agropecuária a base da sua economia. A criação de gado de leite e a produção da cana, eucalipto e mandioca são as principais fontes de renda do município. Para expandir o potencial do agronegócio na região, o Sindicato Rural de Mucurici, que tem sua extensão de base em Ponto Belo, trabalha fortemente junto ao homem do campo a fim de alcançar melhores resultados na produção agrícola e oferecer produtos com qualidade. O Sindicato tem realizado novos projetos, com o intuito de atrair mais investimentos para o município e divulgar e fortalecer o agronegócio local. O leilão de gado que será realizado no dia 19 de dezembro, no Parque de Lei- SR Mucurici Unir os produtores rurais de Mucurici e Ponto Belo é um dos objetivos de Gilberto Mendes Couto, presidente do Sindicato. lões Antônio Francisco Prates é uma dessas ações. O evento visa fortalecer a classe produtora, apresentar o potencial pecuário da região aos visitantes e arrecadar fundos para manter o funcio- namento do Sindicato. “Com o nosso trabalho em prol do serviço rural e com a diretoria ativa, resgatamos a atividades festivas para movimentar o setor agropecuário da região norte e promover a união entre os produtores rurais”, destaca o presidente do Sindicato Rural de Mucurici, Gilberto Mendes Couto. O Sindicato acredita que a união promove a força. Por isso, conquistar a confiança dos produtores trabalhando com transparência junto aos sócios é a sua proposta. A entidade, que luta para defender os interesses da classe produtora, busca também fortalecer a parceria entre a Faes e o Senar/ES, levando formação e capacitação profissional aos produtores da região, por meio de treinamentos gratuitos. Outra meta da instituição é construir uma agenda participativa. Sindicato Rural de Mucurici Rodovia Mucurici x Ponto Belo, Km 02 - Tel: (27) 3751-1265 E-mail: [email protected] Sindicato de Nova Venécia empossa diretoria No dia 23 de outubro tomou posse a nova diretoria do Sindicato Rural de Nova Venécia. Judas Tadeu Colombi é o novo presidente da entidade, que elegeu também novo conselho fiscal. Na solenidade de posse estiveram presentes 51 a s s ociados ao Sindicato e algumas autoridades da região, como o prefeito de Nova Venécia, Wilson Luiz Venturim, o deputado estadual José Eustáquio de Freitas, o presidente da cooperativa Veneza João Marcarini Filho, o tenente Antônio Ednis de Freitas, além do presidente da Faes, Júlio Rocha. SR Nova Venécia Conheça os componentes da nova diretoria: Presidente: Judas Tadeu Colombi Nova Diretoria do Sindicato Rural de Nova Venécia Secretária: Maria Rosália Zottele Pagung Tesoureiro: Jacomo Braz Bergamin Suplentes da diretoria: Jairo Bastianello / Flaminio Grillo / Mateus Merlin Lourenço Conselho Fiscal (efetivos): José Carlos Taglia-ferre / Luiz Fernando Rodrigues / Mário Sérgio Lubiana. Conselho Fiscal (suplentes): Arlindo Bolsanello / João Machado Sarmento / Marta Soares de Souza Lima. 8 Senar/ES oferece novo treinamento a avicultores nsinar práticas corretas de criação de frangos para a obtenção de produtos com alta qualidade é o principal objetivo do novo treinamento “Produção de Frangos e Ovos Caipiras”, oferecido pelo Senar/ES em parceria com os Sindicatos Rurais. A capacitação aconteceu pela primeira vez em Linhares e duas turmas de jovens aprendizes, cada uma com 12 integrantes, aprenderam a produção de frango de corte, atividade que posteriormente pode se tornar uma fonte de renda para os jovens. “O treinamento é importante para os produtores rurais aprenderem a lidar com suas criações de forma mais correta, evitando erros de produção que podem prejudicá-los, principalmente financeiramente”, destaca a instrutora Núbia Broeto. Os principais temas ensinados na capacitação são: a situação do mercado econômico; o histórico do frango de corte; as principais raças e linhagens; o manejo da criação, desde a chegada dos pintinhos até a saída do frango para o abate; a ração correta; o manejo da água; as principais enfermidades que podem acometer o frango de corte, o pré-abate e a apanha das aves. A instrutora conta que o treinamento não é só teoria. Nas aulas práticas ela ensina a utilização e a disposição certa de equipamentos que auxiliam na criação dos frangos. “Quem participa pratica a limpeza de bebedouros, aprende a colocar a ração nos comedouros infantis de forma correta e a lidar com o silo. Além disso, aprende a montar o galpão aviário para receber os pintinhos e conhece as principais mudan- ças que acontecem dentro do local durante o crescimento dos frangos”. Cuidados com a criação Com investimentos relativamente baixos e instalações de fácil construção, a criação em sistema caipira tem se mostrado lucrativa, principalmente para pequenos produtores. Mas para obter uma produção realmente vantajosa são necessários alguns cuidados básicos. Conforme conta a instrutora do treinamento, logo quando chegam os pintinhos, os animais doentes devem ser descartados e os demais vacinados ainda no incubatório. É necessário que o local de criação esteja sempre limpo e o trânsito de pessoas nos galpões deve ser impedido para evitar a proliferação de doenças. Além disso, o criador precisa observar a temperatura, evitando o frio para os pintinhos e o calor para frangos. Comedouros e bebedouros têm que ser higienizados e abastecidos constantemente. Para a produção de ovos os ninhos devem ser usados exclusivamente na fase adulta das aves em postura, o que é muito importante para garantir ovos de boa qualidade, mais limpos e com menores riscos de contaminação. produzidas cerca de 480 caixas de ovos de mesa, com 30 dúzias cada, e quatro milhões de frangos vivos. A atividade avicultora gera anualmente 12,5 mil empregos diretos e 10 mil indiretos, e em 2008 obteve um faturamento bruto de aproximadamente de R$ 500 milhões. Santa Maria de Jetibá é o maior município avicultor do Espírito Santo, respondendo por 93% da produção capixaba de postura comercial. A atividade é a maior fonte de renda da região que possui pouco mais de 200 avicultores. Já Alfredo Chaves é responsável pela produção de 35% de frangos de corte. A caixa do ovo com 30 dúzias é vendida pelo produtor a uma média de R$ 30 na granja. O quilo do frango vivo vale R$1,70. “O segmento avicultor é um bom investimento no Espírito Santo. Ele apresenta significativos crescimentos no Estado, que se destaca nacionalmente devido à sua eficiência produtiva”, destaca o secretário executivo da AVES, Nélio Hand. Confira os principais treinamentos de dezembro*: Ação/ Atividade Viveirista Renovar Arábica Trabalhador na Ovinocultura Início 01/12 02/12 03/12 03/12 Uso Correto e Seguro de 07/12 Agrotóxicos 10/12 Artesanato em Fibra de Bananeira 04/12 Inseminação Artificial de Bovinos 07/12 Renovar Arábica 08/12 Trabalhador na Piscicultura 09/12 Motosserrista 10/12 Eletricista Rural 12/12 Produção Artesanal de Pães e 13/12 Biscoitos Administração de Recursos da 16/12 Família Cultivo de Eucalipto 22/12 Município Barra de São Francisco Iúna Afonso Cláudio Jaguaré Linhares Alfredo Chaves Afonso Cláudio São Gabriel da Palha Distrito Alto Mutum Preto Caxixe Quente Afonso Cláudio Pacotuba Pedro Canário A agenda de treinamentos pode sofrer alterações durante o mês. Para conferir a agenda completa de treinamentos acesse: www.faes.org.br Divulgação E “Produção de Frangos e Ovos Caipiras” é o enfoque da nova capacitação que ensinará o manejo correto das criações para que o avicultor obtenha mais lucro Setor avicultor capixaba A representatividade no cenário nacional da avicultura de postura comercial do Espírito Santo é de 11,48%, segundo dados da Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo - AVES. Por mês são 9 Faes monitora questões dos cafeicultores O bservando a situação dos cafeicultores capixabas, a Comissão Técnica de Café da Faes, está organizando reuniões para discutir questões como a redução constante do preço do café, desde março de 2009, a proposta da Associação Brasileira da Indústria do Café – Abic de importar o produto de países estrangeiros, a nova rotulagem do café, entre outras. E já alcançaram resultados positivos: os cafeicultores capixabas estão isentos do ICMS na primeira movimentação do café, quando o produto fica à disposição do Governo. Além disso, os armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab já Divulgação estão liberados para receber as sacas de café do Programa de Aquisição do Governo Federal – AGF e do Programa de Empréstimo do Governo Federal – EGF. Uma questão ainda preocupa o cafeicultor capixaba: a nova rotulagem do café proposta pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa e pela Abic. As instituições querem que nos rótulos esteja explícita a quantidade de café das variedades Arábica e Coni- lon, usada na composição do produto moído. A Faes se p o s i c i o n a c o n t ra ri a m e n t e à medida, pois acredita que a nova rotulagem poderá gerar discriminação contra algumas variedades, especialmente o Conilon, considerado de menor qualidade. Além disso, a Abic está pressionando o Governo para que seja permitido o Drawback do café, ou seja, a importação do produto de outros países. A Faes faz oposição a essa medida, porque acredita que ela fará com que o preço do café, que já está baixo, caia ainda mais. De olho nas ameaças, a Comissão Técnica do Café da Faes já está articulando medidas para auxílio ao produtor rural. Pecuaristas capixabas querem redução do ICMS do leite Frente às diferenças tributárias vigentes entre Estados brasileiros, o leite produzido no Espírito Santo vem perdendo mercado. Essa situação provoca prejuízos ao bolso do pecuarista, que tem que reduzir o preço do produto para se manter competitivo. Segundo a Comissão Técnica de Pecuária de Leite da Faes, atualmente o principal vilão do baixo valor no mercado é o ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços). A Comissão e a Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB já analisam uma proposta a ser enviada à Secretaria Estadual da Fazenda, reivindicando a equiparação do valor do ICMS do leite ao de outros Estados brasileiros. Além disso, eles têm a intenção de fazer com que os benefícios 10 da redução do imposto cheguem ao pequeno produtor, que é quem mais produz no Espírito Santo. A diminuição do ICMS significaria uma concorrência ni- velada com Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, que possuem políticas tributárias de proteção ao seu mercado interno leiteiro. O Rio de Janeiro, por exemplo, já deu isenção de ICMS aos produtores de leite de sua região. Porém, os que produzem lá, mas possuem indústrias em outros Estados, não participam do benefício. Divulgação Faes e CNA visitam os departamentos de agricultura dos Estados Unidos E O grupo conheceu os instrumentos da política agrícola americana, participou de palestras e visitou uma das organizações mais influentes da agropecuária mundial ntre os dias 31 de outubro e 07 de novembro, o presidente da Faes, Júlio Rocha, representando a Comissão de Pequenas Propriedades da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), esteve em viagem internacional, realizando uma visita técnica à sede do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), no Jaime L. Whitten Building, em Washington, para conhecer os instrumentos utilizados na política agrícola americana. A presidente da CNA, senadora Kátia Abreu e a comitiva de lideranças rurais, foram recebidos por Michael Michener, coordenador do Serviço de Promoção Internacional da Agricultura. Em seguida, eles assistiram uma palestra da chefe do Departamento de Economia, Carol Goodloe, que falou sobre os diversos programas desenvolvidos pelo Departamento de Agricultura, que visam oferecer suporte aos produtores rurais norteamericanos. Na sequência de palestras abordadas no USDA, o tema logística de escoamento da produção agrícola nos Estados Unidos chamou a atenção da comitiva brasileira. O palestrante e economista sênior Delmy Salin, do Serviço Agropecuário de Marketing, Programas de Transporte e Marketing, explicou que as maiores dificuldades encontradas na atividade logística americana é obter informações sobre a eficiência no transporte das safras, interna e externa, principalmente em países que competem com os Estados Unidos, como o Brasil, que é o principal concorrente americano no comércio de produtos agropecuários. CNA Comitiva brasileira que participou da visita técnica De acordo com Júlio Rocha, o sistema logístico dos Estados Unidos é impressionante e os transportes de cargas e qualquer tipo de obra são realizados com responsabilidade. “Os trabalhos desenvolvidos pelos americanos são realizados com convicção. Os pesquisadores fazem simulações com todo o transporte e ações que tenham algum vínculo com o meio ambiente, a fim de analisar os impactos prováveis que aquela ação poderia causar na natureza. Essa responsabilidade ambiental é o que a CNA prega no Brasil”, destaca. indústrias brasileiras para as americanas é que no Brasil as grandes empresas visam somente o lucro. Já nos Estados Unidos eles aliam a produtividade a novos procedimentos pautados na responsabilidade e adequação ambiental. Computadorização gráfica, recursos de satélite e laser são usados em simulações para agilizar os investimentos que interferem no meio ambiente, de forma segura, e com custo benefício favorável . Já em visita à sede da American Farm Bureau Federation, uma das organizações mais influentes na agropecuária mundial, a delegação brasileira foi recebida pelo presidente da instituição, Bob Stallman. Na ocasião, Kátia Abreu sugeriu a Stallman que as duas entidades realizem uma proposta com pontos convergentes para levarem à Conferência de Conpenhagen, que será realizada em dezembro, na Dinamarca, e tratará de assuntos ligados a mudanças climáticas. Em seguida, Cris Garza, diretora de política internacional, destacou a preocupação do setor agropecuário diante da política comercial do atual governo americano, que tem como objetivo impor a redução de gases de estufa para as atividades agropecuárias. Durante a viagem, os integrantes da missão técnica puderam observar, em especial, a utilização de novas tecnologias, o desenvolvimento do crédito agrícola, além de ter acesso às informações sobre qualificação profissional, conhecer o funcionamento das pequenas propriedades e os assuntos relacionados à proteção e saúde. CNA Investimentos que preservam Outro aspecto observado pelas lideranças rurais do Brasil são os valores que os americanos investem a cada ano em diversas pesquisas. Em destaque está a empresa Monsanto, situada em St. Louis, que teve 50 milhões, dos 980 milhões de dólares investidos, destinados à produção de fertilizantes. O restante foi designado a pesquisas. Segundo Julio Rocha, a diferença das Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Maranhão, José Hilton Coelho, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Amapá, Luiz Iraçú Guimarães e o presidente da Faes, Júlio Rocha. 11 MAIS Faes na mídia A Faes esteve em evidência no jornal A Gazeta. É que no dia 01 de novembro, foi publicada na coluna Ponto de Vista, a opinião do presidente Júlio da Silva Rocha Júnior sobre a insegurança no campo decorrente das invasões de terras pelo Movimento dos Sem Terra (MST). Ele apontou que concorda com a posição da CNA, defendendo a necessidade de identificação dos responsáveis pelos crimes e prejuízos causados pelo movimento. Júlio ainda destaca que é uma atribuição do Estado impedir que o MST continue agredindo os agropecuaristas brasileiros. Nova diretoria reativa sindicato Os produtores rurais de Apiacá foram às urnas, no dia 27 de novembro, e elegeram Emílio Bessa Valporto novo presidente do Sindicato Rural do município. O sindicato, que estava inativo, volta com força total para defender os interesses do produtor rural na região. Com a diretoria ativa, a comunidade rural de Apiacá poderá ter acessos a benefícios disponibilizados pelo Senar/ES, como treinamentos e cursos de capacitação, que promovem a valorização do trabalhador no campo. A sede do sindicato funcionará no prédio do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural – Incaper. Programa Jovem Aprendiz forma primeira turma de avicultura Divulgação Habilitar jovens para o mercado de trabalho é uma das funções do Senar/ES. Pa r a i s s o des env ol ve o programa Jovem Aprendiz, ministrando capacitações de formação profissional como a que aconteceu em Linhares no mês de novembro. O treinamento foi solicitado pela empresa Proteinorte Alimentos S.A. Os participantes tiveram a chance de conhecer as técnicas da avicultura, que envolvem a higienização das instalações e dos equipamentos, o manejo e a seleção das aves, o controle da sanidade dos animais e a realização de controles administrativos e ambientais. Du r a n t e 3 6 0 h o r a s d e ensinamentos teóricos, os jovens aprenderam sobre avicultura básica, cálculo e formulação de rações para aves, meio ambiente e ecologia, produção de eucalipto, administração rural, além de disciplinas básicas como: ética e cidadania, português e matemática. Na sequência eles passaram para a fase prática, com 540 horas dedicadas às atividades supervisionadas dentro da Proteinorte. ANIVERSARIANTES DE DEZEMBRO 12/12 13/12 16/12 22/12 23/12 28/12 03/12 Luana Bondrini Moreira 04/12 Eliana Almeida Lima 05/12 Liliane Ferreira Fundão 06/12 Genecy Sobral Barreto Maria Elieti Petini Alves Luiz Carlos da Silva Guilherme Pimentel Filho Helena Ribeiro Gomes Assari Maria da Penha Torres Cruz Fábio Gomes e Gama Funcionária da FAES Presidente SR de Iúna Funcionária da FAES Esposa do Pres. SR de Bom Jesus do Norte Esposa do Pres. SR de Muqui Presidente SR de Mimoso do Sul Diretor Nato da FAES Esposa do Pres. SR de Pedro Canário Esposa do Pres. SR de Castelo Presidente SR de São Mateus Av. Nossa Senhora da Penha, nº 1495 - torre A - 10º e 11º andares - Bairro Santa Lúcia - Vitória/ES - CEP: 29056-901 12 Leilão beneficente em Pedro Canário Aconteceu em Pedro Canário, no último dia 14, o Leilão Beneficente do Sindicato Rural da cidade. Noventa bezerros e carneiros, doados por produtores rurais da região, foram leiloados. Cerca de 400 pessoas participaram do evento que teve, entre suas atrações, exposição de veículos, tratores e irrigadores. O Senar/ES também esteve presente oferecendo degustação de conservas vegetais produzidas em treinamento realizado no município. Na ocasião, foram entregues certificados aos participantes de sete capacitações realizadas em Pedro Canário. Insegurança no norte O reconhecimento pelo Incra de uma portaria que declara 1.219.549 hectares de terra de São Mateus como pertencentes às Comunidades Quilombolas de Serraria e de São Cristóvão gera insegurança e preocupação na região norte do Estado. A população rural vive em constante instabilidade, temendo a invasão de terras pelos quilombolas e a desapropriação, já que as terras estão escrituradas em nome de proprietários rurais da região. A Faes está atenta à questão e discutirá a implantação de territórios quilombolas no Espírito Santo para tomar as devidas providências.