Informativo da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Ano XIV - nº 236 - DEZEMBRO/2011 Pequenas pessoas, grandes cidadãos 88 mil alunos e 5 mil professores de escolas públicas participaram do Programa Agrinho 2011 e desenvolveram o tema ‘Trabalho e Consumo’. Os melhores foram premiados em uma grande festa de encerramento Página 4 Entenda as principais alterações no Código Florestal Eficiência e estratégia nas atividades do campo Arroba do boi em alta Página 3 Página 09 Página 12 Sindicato Rural: apoio total às causas do campo EDITORIAL REFLEXÃO Celebrar a paz promovendo maior aproximação com DEUS, renovar-se para recomeçar, perdoar e agradecer por tudo o que conquistamos no ano que se finda, buscando a proteção Divina para alcançarmos outras conquistas no Ano Novo. O sucesso alcançado não nos garante o futuro e sim o aumento de nossas responsabilidades. O maior inimigo do sucesso é ele próprio, porque enquanto é relatado, o tempo passa. Não acredite que “devagar e sempre a gente chega lá”, porque devagar não se chega a lugar algum e quem espera não alcança, ou se chega tarde demais. Permitindo que outrem chegue na sua frente. Seja protagonista de sua história. Planeje onde deseja chegar daqui a 1,2 ou 3 anos. Sonhe de olhos abertos, focado onde deseja chegar. Invente o futuro com os pés no chão, mantendo sempre o foco, agradecendo sempre a Deus por tudo. Ele sempre faz a sua parte; cuide-se, seja proativo e faça a parte que lhe compete. Agradeça ao Pai, por tudo que conquistou, tenha um Natal repleto de amor e de paz, com toda a felicidade e confie em si para o alcance de um ANO NOVO venturoso e de plenas realizações. Júlio da Silva Rocha Jr. Presidente da Faes Mensagem de Natal É tempo de regar a árvore da vida. É tempo de fortalecer suas raízes. Que a magia do Natal lhe fortaleça com saúde, paz, prosperidade e alegria e que no próximo ano você semeie todos esses bons frutos para permitir que eles se tornem o alicerce de um mundo melhor. EXPEDIENTE São os votos da Faes o do Senar/ES para um Natal e um Ano Novo cheio de realizações. 2 O Jornal Esta Terra é uma publicação mensal da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo (FAES) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional do Estado do Espírito Santo (SENAR-AR/ES). FAES : DIRETORES : Júlio da Silva Rocha Júnior (Presidente), João Calmon Soeiro (1º Vice-presidente), Rodrigo José Gonçalves Monteiro (2º Vice-presidente), Abdo Gomes (3º Vice-presidente), José Garcia (4º Vice-presidente), Wilson Tótola (5º Vice-presidente), Acácio Franco (6º Vice-presidente), Luiz Carlos da Silva (1º Secretário), Altanôr Lôbo Diniz (2º Secretário), Neuzedino Alves Victor de Assis (1º Tesoureiro), Carlos Roberto Aboumrad (2º Tesoureiro). SUPLENTES DA DIRETORIA: Armando Luiz Fernandes, Antônio Roberte Bourguignon, Nilton Falcão, Fábio Gomes e Goma, Luiz Malavasi, Valdeir Borges da Hora, Antônio José Baratela, José Pedro da Silva, Francisco Tristão Neto. CONSELHO FISCAL: Efetivos: Leomar Bartels, Jacintho Pereira das Posses, José Manoel Monteiro de Castro – Suplentes: Gilda Domingues, Luciano Henriques, Nelson Broetto. CONSELHO REPRESENTATIVO DA CNA: Júlio da Silva Rocha Júnior e João Calmon Soeiro. Endereço: Av. Nossa Senhora da Penha, nº 1495 – Torre A – 10º e 11º andares – Bairro santa Lúcia – Vitória/ES – CEP: 29056-243 – Tel: (27) 3185-9200 – Fax: (27) 3185-9201 – e-mail: [email protected] / [email protected] Produzido por: Iá! Comunicação (27) 3314-5909 – ([email protected]) - Jornalista responsável: Eustáquio Palhares ([email protected]) – Edição: Caroline Csaszar e Priscila Norbim – Textos: Elaine Maximiniano e Luã Quintão – Colaboradores: Andreia Cristina, Mariana Guedes, Kelly Martins, Tereza Zaggo, Ivanete Freitas. Fotos: Comunicação Faes e Senar/ES – Editoração: Interativa Marketing e Comunicação (27) 3222-2908. Entenda as mudanças no Código Florestal Com nova lei, 90% dos proprietários rurais sairiam da ilegalidade. Texto foi aprovado no Senado e passará por nova votação na Câmara Ao longo dos anos, o Código Florestal Brasileiro, editado em 1965, sofreu uma série de mudanças. Atualmente, o debate é sobre a aprovação de alterações no código para um formato mais atual, de modo que atenda às transformações por que passou a produção rural. O setor agropecuário, que tornou o Brasil o segundo maior exportador de alimentos, está preocupado com a legalidade da atividade rural, que com as normativas atuais sofre restrições que inviabilizam processos no campo e podem impactar a produção. Com o novo código, 90% dos proprietários rurais do país sairiam da ilegalidade, de acordo com Julio da Silva Rocha Jr., presidente da Faes. O texto foi aprovado pela Câmara em maio deste ano e pelo Senado no início de dezembro, mas passará por nova votação na Câmara por ter sofrido modificações no Senado. Se aprovado, passará para sanção ou veto da presidente Dilma Roussef. Entre os destaques apresentados no novo código está a autorização A normativa atual sofre restrições que inviabilizam processos no campo e podem impactar a produção para que o Poder Executivo institua, no prazo de seis meses, um programa com regras para a implantação da conversão das multas em ações de preservação e recuperação ambiental para proprietários. Pagando com árvores O novo Código propõe a possibilidade de proprietários rurais com dificuldades financeiras contarem com juros menores em financiamentos e linhas especiais de crédito, em troca da recuperação da área em que atua. A ideia é trocar a punição e converter as multas em um compromisso com os donos das terras, assegurando que a vegetação desmatada seja recomposta. Entenda as Mudanças Áreas de preservação permanente (APP) A emenda no novo Código Florestal assegura a todas as propriedades rurais a manutenção de atividades em margens de rios consolidadas até 2008, sendo obrigatória, para rios de até dez metros de largura, a recomposição de faixas de vegetação de no mínimo 15 metros, a contar do leito regular. Recomposição Em rios com até 10 metros de largura deverão ser recu- perados 15 metros de mata. Para aqueles com mais de 10 metros, a recomposição terá de ser no mínimo a metade da largura do rio. Para propriedades maiores que quatro módulos fiscais, com áreas consolidadas nas margens de rios, a emenda estabelece que os conselhos estaduais de meio ambiente estabeleçam as dimensões mínimas obrigatórias de matas ciliares, também respeitando o limite correspondente à metade da largura do rio, observando o mínimo de 30 metros e máximo de 100 metros. Multas O Executivo irá instituir no prazo de seis meses, a partir da publicação da lei do novo código, um programa com regras para a implantação da conversão das multas em ações de preservação e recuperação ambiental para proprietário. Reserva legal Outra mudança é a redução do percentual obrigatório de reserva legal exigido nas propriedades privadas dos atuais 80% para 50% nos Estados amazônicos que tenham acima de 65% de seu território protegidos por unidades de conservações (como parques e florestas nacionais) e terras indígenas. Por enquanto, apenas Amapá dos nove Estados amazônicos se enquadraria nesta regra. Agricultura Familiar A agricultura familiar, composta em sua maioria por pequenos proprietários – com propriedades de até quatro módulos fiscais (entre 20 e 400 hectares) – ganhou um capítulo exclusivo para tornar menos burocrático o processo de regularização de suas terras. 3 Pequenas pessoas, grandes cidadãos 88 mil alunos e 5 mil professores de escolas públicas participaram do Programa Agrinho 2011 e desenvolveram o tema ‘Trabalho e Consumo’. Os melhores foram premiados em uma grande festa de encerramento S aúde, meio ambiente, ética e cidadania já foram temas do Programa Agrinho. Este ano, os alunos das escolas municipais puderam aprender mais sobre “Trabalho e Consumo”, e, através de ações desenvolvidas e executadas por eles, puderam melhorar a qualidade de vida de suas famílias. Com o tema “Trabalho e Consumo”, o Agrinho levou conhecimento para 88 mil alunos de escolas públicas e privadas de 35 municípios do Estado. As crianças exploraram assuntos relacionados à ética, empreendedorismo, consumo consciente, trabalho infantil e discriminação no trabalho. Depois de debater os assuntos e executar as ações propostas pelos alunos, chegou a hora de soltar a criatividade. Através de desenhos e redações, as crianças passaram para o papel tudo que aprenderam sobre as relações do homem com o trabalho. Como resultado, 738 trabalhos participaram dos concursos para escolha dos melhores do estado. O Agrinho é realizado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, com parceira dos Sindicatos Rurais Capixabas e Prefeituras Municipais. O objetivo do programa é proporcionar mudanças de hábitos e de atitudes quanto à preservação ambiental, à saúde, à educação e à cidadania, despertando o interesse das crian- 4 ças em assumir atitudes cidadãs. Professores Cinco mil educadores estiveram envolvidos no Programa Agrinho deste ano. Eles receberam capacitação metodológica, para apresentar a seus alunos o tema proposto. Além disso, foi entregue um material de apoio, distribuído a todos os alunos, contando as histórias do personagem, o menino Agrinho. “É uma grande oportunidade para nós da zona rural participar de programas que se preocupem com o meio em que as crianças vivem e, além disso, permitam que elas ampliem o conhecimento e a possibilidade de melhorar a sociedade, com ações do dia a dia”, Silvia Azevedo – Professora da ‘E.M.U.E.F Cachoeira Roberta’ do município de Alegre. Premiação No dia 07 de dezembro, uma grande festa foi realizada no Sesc de Guarapari para comemorar o encerramento da edição 2011 e premiar os melhores trabalhos. Cerca de 1,2 mil pessoas, entre alunos, professores e convidados participaram do evento. Foram distribuídos prêmios em três categorias: Educação Especial, Educação Infantil, Educação Fundamental (1° ano, 2° ano, 3° ano, 4° ano, 5° ano, 6° ano, 7° ano, 8º ano e 9° ano) e Relato de Experiência Pedagógica. Os primeiros colocados nas categorias foram premiados com um Notebook, os segundos colocados receberam um Netbook. Já os terceiros colocados levaram para casa uma bicicleta. “Com o Agrinho, aprendi a valorizar o que temos e a ter mais responsabilidade com o planeta. A partir de agora pretendo fazer minha parte para garantir a continuidade e a qualidade de vida do local onde vivemos”, revela Nayara Bianchi Gonçalo, de Alfredo Chaves, primeiro lugar na categoria 9° ano. Na categoria Experiência Pedagógica, o primeiro colocado foi premiado com uma viagem, com acompanhante, de 7 dias em um cruzeiro pela costa brasileira. O segundo e o terceiro ganharam, respectivamente, um notebook e um Netbook, juntamente com uma impressora. O quarto lugar, uma TV LED de 25 polegadas, o quinto, uma bicicleta e da sexta a décima colocação, um DVD player. Agrinho Há sete anos, o agrinho tem levado para a sala de aula de escolas públicas e privadas estado, reflexões sobre assuntos relacionados ao desenvolvimento responsável e sustentável. O programa tem o objetivo de contribuir com a melhoria da qualidade de vida nas comunidades e auxiliar a formação de cidadãos conscientes de seus direitos e deveres. Alfredo Chaves, onde 99% dos moradores são de famílias envolvidas na atividade rural, foi o primeiro município a aderir ao programa e, desde então, teve adesão de 100% das escolas, contemplando cerca de 2.300 alunos. “O programa Agrinho dá uma nova roupagem à educação, pois permite a professores e alunos um momento de reflexão sobre o mundo e faz com que eles se insiram num papel de transformadores da sociedade”, defende a Secretária de Educação de Alfredo Chaves, Vera Lúcia Bona. O programa é voltado para alunos da educação infantil e do ensino fundamental, com idade entre 04 e 16 anos. Priorizando a criança e o jovem, o Agrinho quer transformá-los pela educação, em agentes de melhoria das condições sociais e econômicas da família e da comunidade onde vivem. Exemplo de cidadania “O principal objetivo do programa é ampliar a visão das crianças e dos alunos da educação fundamental para os problemas e dificuldades enfrentados no dia a dia, dando-lhes a oportunidade de interferir positivamente, modificando a realidade presente e aprimorando o futuro” - Tereza Zaggo, Coordenadora do Agrinho. “A cada ano o programa Agrinho ganha mais comprometimento dos professores e dos alunos e se firma como projeto que cultiva cidadãos para que no futuro tenham caráter e ética” - Rodrigo Monteiro, 2º vice-presidente da Faes. “Os trabalhos desenvolvidos no programa Agrinho defendem questões de cidadania que fazem com que os alunos sejam inseridos na sociedade e atuem de forma consciente”, Marileide Caetano, pedagoga da Escola Bairro Brasília, de Montanha. “Fico a cada edição do programa mais honrado em participar do Agrinho e saber que ele contribui, e muito, para formar cidadãos mais conscientes” - Romário Basílio, prefeito de Itaguaçu. “O Programa Agrinho se consolida como ação cidadã que permite que alunos e professores reflitam e proponham soluções para o planeta, pensando num futuro cada vez melhor” - Neuzedino Alves Victor de Assis, Superintendente do Senar/ES. 5 E o prêmio saiu para... Confira os ganhadores e trabalhos do Agrinho 2010! Categoria: Educação Especial 1º Leones Kuster Nascimento (Santa Maria de Jetibá) 2º Érica Brioli Fávero (Alfredo Chaves) 3º Luan Peterle Caciano (São Domingos do Norte) Categoria: Educação INFANTIl 1º Alexandre Costa Balbino (Vila Velha) 2º Raila dos Santos Ramos (Linhares) Categoria: 1º ANO 1º Eysila da Silva Ribeiro (Montanha) Categoria: 4º ANO 2º Lucas Betini Fabres (Alfredo Chaves) 4º Poliana Bertossi da Rosa (Alegre) 1º Clayton Arantes Silva (Ecoporanga) Categoria: 2º ANO 1º Natalia Tavares Lopes (Montanha) 2º Joyce Barros de Almeida (Montanha) 3º Adrian Lucas Lemke Colodeti (Marechal Floriano) 2° Gustavo Santos Assis (Marechal Floriano) 3º Maria Antonia Gomes Oliveira (Atílio Vivácqua) Categoria: 3º ANO 1º Alehander Morecchi Almeida (Ecoporanga) 6 3º Abiank Braylon Barbosa da Silva (Mantenópolis) 2º Taynara Camila Ferreira Ramos (Domingos Martins) 3º Priscila Muniz Fernandes (Ecoporanga) Categoria: 5º ANO Categoria: 9º ANO 1º Gisele Salvador de Araujo (Afonso Cláudio) 2º Jackeline Freire valcher (Viana) 3º Leandro Bento Fernandes (São Gabriel da Palha) Categoria: 6º ANO 1º Nayara Bianchi Gonçalo (Alfredo Chaves) 1º Anderson Souza Pin (Alfredo Chaves) 2º Poliana da Silva Rocha (Ecoporanga) 3º Samuel Wutke (Domingos Martins) Categoria: 7º ANO 2º Andressa Carla Firmino Vieira (Iuna) 1º Allan Miranda Chaves (Mimoso do Sul) 2º Paula dos Santos Athayde (Alfredo Chaves) 3º Brenda Mirelly Jastrow (Santa Maria de Jetibá) Categoria: 8º ANO 3º Larissa Ahnert Gobbo (Itaguaçu) 1º Jeter Kainan Cassiano 2º Klemyr Fabrício Pianca Rodrigues (Jerônimo Monteiro) Silva Moraes (Alfredo Chaves) 3º Flávia Pinheiros Meireles (Montanha) Categoria: Relato de Experiência Pedagógica 1º Selma Maria Palacio (Mimoso do Sul) 2º Gilvania Heriard Menin (Dores do Rio Preto) 3º Luciana Ignácio Peisino (São Domingos do Norte) 4º Robson Storch (São Gabriel da Palha) 5º Maria Margareth Venturini Alexandri (Itaguaçú) 6º Jomara Lorenção (São Gabriel da Palha) 7º Gertrudes R. S. Cabral (Brejetuba) 8º Miriam Cristina Belizário (Brejetuba) 9° - Hedilene Aparecida Areas (Muniz Freire) 10º - Grinalda Begamashi Negrini (Itarana) 7 Viveiros credenciados trazem mais produtividade às lavouras Os viveiros credenciados garantem mudas de qualidade, que ampliam as chances da plantação dar certo O sucesso da lavoura depende da escolha de boas mudas. Com a modernização das técnicas de cultivo, os viveiros legalmente credenciados preparam as mudas com técnicas que garantem uma plantação mais fértil e produtiva. O principal diferencial está nos padrões de qualidade. Fatores como estruturação, textura do solo e disponibilidade para suprimento de água evitam áreas sujeitas a inundações ou com lençol freático superficial e são condições obrigatórias para a produção de boas mudas. Além disso, há a fiscalização periódica, para que não sejam comercializadas com quaisquer tipos de praga. “O credenciamento é uma 8 Métodos específicos garantem uma plantação mais fértil e eficiente garantia tanto para o produtor, quanto para os proprietários de viveiro. Os produtores aumentarão a qualidade de sua plantação e os viveiristas a confiança na venda para compradores de muda”, explicou o instrutor do Senar -ES, Luiz Alberto Nunes. Adquirir mudas de café de viveiros não credenciados e nem regularmente fiscalizados pode trazer vários danos à plantação. O produtor, além de correr o risco de introduzir em sua lavoura focos de doenças e pragas de difícil controle que afetam na produção, compromete a viabilidade econômica do empreendimento. Credenciamento O procedimento na plantaç ã o é o m e s m o , m a s o s viveiros credenciados lucram mais e oferecem aos clientes mudas de qualidade. Para credenciar o viveiro, o proprietário deve procurar um agrônomo credenciado no Crea-ES (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), que fará uma avaliação na área. Depois, o projeto deverá ser aprovado pelo Ministério da Agricultura. Por fim, um fiscal do Idaf (Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal) fará a fiscalização e, se aprovado, o viveiro estará legalmente credenciado. Outro olhar As mudas antes de serem comercializadas, precisam passar por uma fiscalização periódica. O problema é que os fiscais são contratados pelo próprio dono do viveiro, gerando um custo além do previsto. “Às vezes, o proprietário de um viveiro pequeno, legalizado e cumprindo todos os procedimentos exigidos, precisa fazer um gasto a mais para contratar um fiscal”, disse o Presidente do Sindicato Rural de Ibiraçu, José Alonso Cometti. Visando solucionar esse problema, José Alonso, propõe uma parceria do Governo, com os viveiristas, onde o Estado disponibilizaria para o proprietário os fiscais e em troca, seriam cultivadas no viveiro, mudas de plantas nativas para reflorestamento. “Com essa parceria, o produtor e o meio ambiente sairiam ganhando”, disse. Eficiência e estratégia no gerenciamento de propriedades rurais Em 2012, o Senar/ES vai capacitar gerentes de propriedades rurais para melhorar as ações planejadas no campo C om a modernização, a eficiência se torna fundamental em qualquer atividade econômica, tanto na produção, quanto no gerenciamento em si. Pensando nisso, o Senar/ES está preparando para janeiro de 2012 um treinamento voltado para a gestão no campo com o objetivo de capacitar os colaboradores e gestores de pequenas, médias e grandes propriedades rurais. A intenção é contribuir para que eles auxiliem na implantação e desenvolvimento das ações estratégicas da empresa rural. De acordo com o instru- tor do Senar, Rodrigo Martins de Souza, a capacitação será de grande relevância para os produtores rurais. “Esse treinamento é importante para disseminar uma cultura gerencial por toda a empresa rural, padronizando processos e melhorando o fluxo de informações”, disse. No total, a capacitação será composta por 7 módulos (4 na primeira fase, 1 na segunda e 2 na terceira), com carga horária de 76 horas. O treinamento piloto será em Linhares, em janeiro de 2012. Conhecer, desenvolver e aplicar O treinamento para gerentes de propriedades será dividido em três etapas. Na primeira, os participantes irão conhecer técnicas de planejamento, organização, direção e controle da propriedade. Na segunda fase, eles irão desenvolver as ferramentas apresentadas na primeira etapa à realidade de cada negócio. Já na terceira, os participantes do treinamento colocarão tudo o que foi aprendido em prática, aplicando um plano para a implantação e consolidação das ferramentas de gestão na propriedade rural. Treinamento vai contribuir para que desenvolvimento da empresa rural RELAÇÃO DE TREINAMENTOS DE JANEIRO* TREINAMENTO DATA LOCALIDADE Inseminação Artificial de Bovinos 02/01 Alegre Inclusão Digital 03/01 Iúna Cultivo de Café Conilon 09/01 Barra de São Francisco Produção de Conservas Vegetais 11/01 Santa Leopoldina Tratorista Agrícola 16/01 Pedro Canário Trabalhador na Olericultura 17/01 Viana Produção Caseira de Alimentos (Pães e Biscoitos) 17/01 Santa Leopoldina Uso Correto e Seguro de Agrotóxicos 23/01 São Mateus Tratorista Agrícola 23/01 Pinheiros Manejo de Pastagem 24/01 Afonso Cláudio Produção de Derivados do Leite 29/01 Rio Novo do Sul Trabalhador em Viveiros 30/01 Colatina * A lista completa de treinamentos pode ser acessada em: www.faes.org.br 9 Espaço dos sindicatos Jaguaré Seminário sobre Comitês de Bacias Hidrográficas O município de Jaguaré recebeu, no último dia 24 de novembro, um seminário sobre os Comitês de Bacias Hidrográficas. O local, que abriga o Rio Barra Seca, foi palco de um fórum de discussão que possibilitou o desenvolvimento de ideias e sugestões que servirão de embasamento para fortalecer a luta dos produtores locais pela criação de uma bacia independente do Rio Doce. De acordo com o presidente do Sindicato Rural do município, Carlos Giovanni Sossai, a reivindicação é antiga. “Nós nunca entendemos porque o rio Barra Seca faz parte da Bacia do Rio Doce. O que nós queremos é que ele se torne uma bacia independente”, afirma o presidente. Itaguaçu O 2011 positivo Sindicato Rural de Itaguaçu comemora os resultados positivos alcançados com as capacitações do Senar/ES. Só neste ano foram 15 treinamentos e mais de 150 pessoas capacitadas. Para fechar o ciclo, no dia 03 de dezembro, o Sindicato, com o apoio da Associação de Produtores Rurais do Paraju, Secretaria de Agricultura e do Incaper, finalizou a última capacitação do ano, com o treinamento ‘Artesanato em Fibras de Bananeira’, ampliando as oportunidades de desenvolvimento rural da região. 10 Para Giovanni, o seminário foi um importante passo para a conscientização dos produtores a respeito da importância de participar de discussões como essa. “Nós tivemos aqui 23 pessoas que compreenderam que é imprescindível estar nas reuniões onde a nossa voz é ouvida. Se não ficarmos atentos, decisões que penalizam o produtor são tomadas e nós só ficamos sabendo quando já é tarde demais”, diz Giovanni. Segundo o presidente, treinamentos como o realizado pelo Senar, em parceria com a Faes e o Sindicato Rural de Jaguaré, preparam o homem do campo para entender e lutar pelos seus direitos. O engenheiro agrônomo da Faes, Murilo Pedroni, foi o instrutor da capacitação. Colatina P Comemoração rodutores rurais credenciados, diretores e funcionários do Sindicato Rural de Colatina se reuniram em uma confraternização para comemorar os 60 anos da entidade. O evento aconteceu no dia 12 de dezembro, na Chácara Zorzanelli, e contou com a presença de 300 convidados. 60 anos do sindicato rural de Colatina “ Rio Barra Seca Nós do setor agropecuário temos que mexer com política e incentivar nossa classe produtora a ser mais ativa, a participar mais” Luiz Carlos da Silva, presidente do Sindicato Rural de Mimoso do Sul. Mimoso do Sul O Homem do campo conectado Sindicato Rural de Mimoso do Sul inaugurou, em novembro, a tele sala de inclusão social. O projeto, que é realizado em parceria com o Senar/ES e a CNA, visa levar ao homem do campo conhecimentos de informática e ajudá-lo a agilizar seus processos. A primeira turma, composta por 10 alunos, já se formou e a expectativa é de que sejam abertas novas turmas em 2012. P Propriedade Ativa rodutores rurais da Região Metropolitana se reuniram no dia 26 de novembro, em Ibiraçu, para participar do ‘Propriedade Ativa’. A programação contou com palestras sobre Tratos Culturais, Produção e Comercialização do Café, Fruticultura, Direito do Trabalho e a importância do Senar no Espírito Santo. Além das palestras, a prefeitura de Ibiraçu expediu carteiras de trabalho para a população. O Sindicato Rural de Domingos Martins e Marechal Floriano também promoveu o “Propriedade Ativa”. O encontro foi realizado no dia 03 de dezembro e reuniu 143 produtores. Santa Tereza Nova presidência M arcos Cortelleti assumiu como novo presidente do Sindicato Rural de Santa Tereza e cumpre mandato até 2014. Entre suas principais metas estão a construção da própria sede e da unidade de atendimento em São Roque do Canaã. Durante sua gestão, Cortelleti pretende melhorar os serviços prestados ao produtor rural fazendo com que eles voltem a participar ativamente do Sindicato. Convênios com laboratórios, farmácias, consultas médicas e odontológicas, onde o produtor sócio ativo seja beneficiado com descontos especiais, além de assistência jurídica em leis trabalhistas, previdenciárias, aposentadorias e contratos de trabalho, fazem parte das prioridades do novo gestor. “ Em Cachoeiro de Itapemirim estamos mobilizando parceiros para conseguir implantar a Polícia Rural e aumentar a segurança de nossos produtores. Vamos realizar uma campanha educativa para conscientizá-los de que é imprescindível denunciar a criminalidade no campo” Wesley Mendes, presidente do Sindicato Rural de Cachoeiro de Itapemirim. 11 MAIS Idaf realiza mutirão para reflorestamento de área queimada Em alta A arroba do boi gordo no Espírito Santo fecha 2011 em alta, permanecendo acima de R$ 100. Em comparação ao mesmo período de 2011, houve incremento de quase 5% sobre o valor comercializado pela arroba no Estado. Segundo o superintendente do Senar/ES (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), Neuzedino Alves de Assis, os pecuaristas capixabas estão satisfeitos. “A má fase da carne para os criadores parece ter passado. No Estado, os preços da arroba do boi têm acompanhado os índices nacionais e, com o mercado de carne aquecido, temos expectativas que em 2012 a margem de crescimento se mantenha em 5%”, comenta. Técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) e do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMbio) realizaram mutirão para promover o reflorestamento de uma área atingida por queimadas em meados de agosto, no Distrito de Laginha, em Pancas. Além de técnicos dos dois institutos, a ação, realizada no dia 29 de novembro, teve a contribuição de produtores da região. Para o chefe do escritório do Idaf em Pancas, Marcelo de Souza, a participação dos produtores rurais foi de grande importância. “Foram eles, por exemplo, os principais fornecedo- res de sementes para produção de mudas”, disse Marcelo. Cerca de mil mudas nativas da região foram plantadas na área atingida, situada no entorno da Unidade de Conservação do Monumento Natural dos Pontões Capixabas. O reflorestamento foi possível pela implantação de um viveiro para produção das mudas nativas, administrado pelo ICMbio, em parceria com o Idaf. Atualmente, o viveiro possui capacidade para produção anual de 50 mil mudas nativas, mas a expectativa é ampliar esse número, tornando possível a distribuição gratuita de mudas na região. Faes participa de reunião no MAPA O vice-presidente da Comissão de Borracha da Faes, José Manoel Monteiro de Castro, membro da CNA na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Borracha do Mapa, participou da sua última reunião, realizada no dia 03 de novembro, onde foi aprovado, a unanimidade dos ANIVERSARIANTES DE JANEIRO 11/01 Maria do Carmo Almeida Diniz Esposa do Presidente SR de São José do Calçado 15/01 Maria Tereza Prates Zaggo Funcionária do SENAR 16/01 Dilsa Baptista da Silva Esposa Diretor Nato da FAES (Waldemar Borges) 18/01 Luciano Henriques Presidente SR de Itapemirim 25/01 Otto Herzog Filho Presidente SR de Santa Leopoldina 25/01 Isabel Cristina Costalonga Roberte Esposa Presidente do SR Linhares 31/01 Andréa Batista Cândido Barbosa Esposa do Presidente do SR Baixo Guandú Av. Nossa Senhora da Penha, nº 1495 - torre A - 10º e 11º andares - Bairro Santa Lúcia - Vitória/ES - CEP: 29056-243 12 membros, o pedido de criação d a E M B R A PA S e r i n g u e i r a . Ressalta-se que este pedido foi encaminhado pelo membro da EMBRAPA e da CNA na Câmara. O documento já está sendo formalizado junto ao MAPA e contará com o apoio de diversas outras entidades ligadas ao setor.