Informativo da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Ano XIV - nº 236 - DEZEMBRO/2011
Pequenas pessoas,
grandes cidadãos
88 mil alunos e 5 mil professores de escolas públicas participaram do Programa
Agrinho 2011 e desenvolveram o tema ‘Trabalho e Consumo’. Os melhores foram
premiados em uma grande festa de encerramento
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Entenda as principais
alterações no Código
Florestal
Eficiência e estratégia
nas atividades do campo
Arroba do boi em alta
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Sindicato Rural: apoio total às causas do campo
EDITORIAL
REFLEXÃO
Celebrar a paz promovendo maior aproximação com DEUS, renovar-se para recomeçar, perdoar e agradecer por tudo o que conquistamos no
ano que se finda, buscando a proteção Divina para alcançarmos outras
conquistas no Ano Novo.
O sucesso alcançado não nos garante o futuro e sim o aumento de
nossas responsabilidades. O maior inimigo do sucesso é ele próprio, porque
enquanto é relatado, o tempo passa.
Não acredite que “devagar e sempre a gente chega lá”, porque devagar
não se chega a lugar algum e quem espera não alcança, ou se chega tarde
demais. Permitindo que outrem chegue na sua frente.
Seja protagonista de sua história. Planeje onde deseja chegar daqui
a 1,2 ou 3 anos.
Sonhe de olhos abertos, focado onde deseja chegar.
Invente o futuro com os pés no chão, mantendo sempre o foco, agradecendo sempre a Deus por tudo. Ele sempre faz a sua parte; cuide-se,
seja proativo e faça a parte que lhe compete.
Agradeça ao Pai, por tudo que conquistou, tenha um Natal repleto de
amor e de paz, com toda a felicidade e confie em si para o alcance de um
ANO NOVO venturoso e de plenas realizações.
Júlio da Silva Rocha Jr.
Presidente da Faes
Mensagem de Natal
É tempo de regar a árvore da vida. É tempo de fortalecer suas raízes. Que a magia do Natal lhe fortaleça com
saúde, paz, prosperidade e alegria e que no próximo ano
você semeie todos esses bons frutos para permitir que
eles se tornem o alicerce de um mundo melhor.
EXPEDIENTE
São os votos da Faes o do Senar/ES para um Natal e
um Ano Novo cheio de realizações.
2
O Jornal Esta Terra é uma publicação mensal da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo (FAES) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural –
Administração Regional do Estado do Espírito Santo (SENAR-AR/ES).
FAES : DIRETORES : Júlio da Silva Rocha Júnior (Presidente), João Calmon Soeiro (1º Vice-presidente), Rodrigo José Gonçalves Monteiro (2º Vice-presidente),
Abdo Gomes (3º Vice-presidente), José Garcia (4º Vice-presidente), Wilson Tótola (5º Vice-presidente), Acácio Franco (6º Vice-presidente), Luiz Carlos da Silva
(1º Secretário), Altanôr Lôbo Diniz (2º Secretário), Neuzedino Alves Victor de Assis (1º Tesoureiro), Carlos Roberto Aboumrad (2º Tesoureiro). SUPLENTES DA
DIRETORIA: Armando Luiz Fernandes, Antônio Roberte Bourguignon, Nilton Falcão, Fábio Gomes e Goma, Luiz Malavasi, Valdeir Borges da Hora, Antônio José
Baratela, José Pedro da Silva, Francisco Tristão Neto. CONSELHO FISCAL: Efetivos: Leomar Bartels, Jacintho Pereira das Posses, José Manoel Monteiro de
Castro – Suplentes: Gilda Domingues, Luciano Henriques, Nelson Broetto. CONSELHO REPRESENTATIVO DA CNA: Júlio da Silva Rocha Júnior e João Calmon
Soeiro. Endereço: Av. Nossa Senhora da Penha, nº 1495 – Torre A – 10º e 11º andares – Bairro santa Lúcia – Vitória/ES – CEP: 29056-243 – Tel: (27) 3185-9200 –
Fax: (27) 3185-9201 – e-mail: [email protected] / [email protected] Produzido por: Iá! Comunicação (27) 3314-5909 – ([email protected]) - Jornalista
responsável: Eustáquio Palhares ([email protected]) – Edição: Caroline Csaszar e Priscila Norbim – Textos: Elaine Maximiniano e Luã
Quintão – Colaboradores: Andreia Cristina, Mariana Guedes, Kelly Martins, Tereza Zaggo, Ivanete Freitas. Fotos: Comunicação Faes e Senar/ES – Editoração: Interativa Marketing e Comunicação (27) 3222-2908.
Entenda as mudanças no
Código Florestal
Com nova lei, 90% dos proprietários rurais sairiam da ilegalidade. Texto foi aprovado no Senado e passará por nova votação na Câmara
Ao longo dos anos, o Código
Florestal Brasileiro, editado em 1965,
sofreu uma série de mudanças. Atualmente, o debate é sobre a aprovação
de alterações no código para um
formato mais atual, de modo que
atenda às transformações por que
passou a produção rural.
O setor agropecuário, que tornou
o Brasil o segundo maior exportador
de alimentos, está preocupado com a
legalidade da atividade rural, que com
as normativas atuais sofre restrições
que inviabilizam processos no campo
e podem impactar a produção.
Com o novo código, 90% dos
proprietários rurais do país sairiam da
ilegalidade, de acordo com Julio da
Silva Rocha Jr., presidente da Faes.
O texto foi aprovado pela Câmara
em maio deste ano e pelo Senado
no início de dezembro, mas passará
por nova votação na Câmara por ter
sofrido modificações no Senado. Se
aprovado, passará para sanção ou
veto da presidente Dilma Roussef.
Entre os destaques apresentados
no novo código está a autorização
A normativa atual sofre restrições que inviabilizam processos no campo e podem impactar a produção
para que o Poder Executivo institua,
no prazo de seis meses, um programa com regras para a implantação da
conversão das multas em ações de
preservação e recuperação ambiental
para proprietários.
Pagando com árvores
O novo Código propõe a possibilidade de proprietários rurais com dificuldades financeiras contarem com juros menores em financiamentos e linhas
especiais de crédito, em troca da recuperação da área em que atua. A ideia
é trocar a punição e converter as multas em um compromisso com os donos
das terras, assegurando que a vegetação desmatada seja recomposta.
Entenda as Mudanças
Áreas de preservação permanente (APP)
A emenda no novo Código
Florestal assegura a todas
as propriedades rurais a manutenção de atividades em
margens de rios consolidadas
até 2008, sendo obrigatória,
para rios de até dez metros
de largura, a recomposição
de faixas de vegetação de no
mínimo 15 metros, a contar do
leito regular.
Recomposição
Em rios com até 10 metros
de largura deverão ser recu-
perados 15 metros de mata.
Para aqueles com mais de 10
metros, a recomposição terá
de ser no mínimo a metade da
largura do rio.
Para propriedades maiores
que quatro módulos fiscais,
com áreas consolidadas nas
margens de rios, a emenda
estabelece que os conselhos
estaduais de meio ambiente
estabeleçam as dimensões
mínimas obrigatórias de matas
ciliares, também respeitando
o limite correspondente à metade da largura do rio, observando o mínimo de 30 metros
e máximo de 100 metros.
Multas
O Executivo irá instituir
no prazo de seis meses, a
partir da publicação da lei do
novo código, um programa
com regras para a implantação da conversão das multas
em ações de preservação e
recuperação ambiental para
proprietário.
Reserva legal
Outra mudança é a redução
do percentual obrigatório de
reserva legal exigido nas propriedades privadas dos atuais 80%
para 50% nos Estados amazônicos que tenham acima de 65%
de seu território protegidos por
unidades de conservações (como
parques e florestas nacionais) e
terras indígenas.
Por enquanto, apenas Amapá
dos nove Estados amazônicos se
enquadraria nesta regra.
Agricultura Familiar
A agricultura familiar, composta
em sua maioria por pequenos
proprietários – com propriedades de até quatro módulos
fiscais (entre 20 e 400 hectares)
– ganhou um capítulo exclusivo
para tornar menos burocrático
o processo de regularização de
suas terras.
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Pequenas pessoas, grandes cidadãos
88 mil alunos e 5 mil professores de escolas públicas participaram do Programa Agrinho 2011 e desenvolveram o
tema ‘Trabalho e Consumo’. Os melhores foram premiados em uma grande festa de encerramento
S
aúde, meio ambiente, ética e
cidadania já foram temas do
Programa Agrinho. Este ano,
os alunos das escolas municipais
puderam aprender mais sobre
“Trabalho e Consumo”, e, através
de ações desenvolvidas e executadas por eles, puderam melhorar a
qualidade de vida de suas famílias.
Com o tema “Trabalho e Consumo”, o Agrinho levou conhecimento
para 88 mil alunos de escolas públicas e privadas de 35 municípios do
Estado. As crianças exploraram assuntos relacionados à ética, empreendedorismo, consumo consciente,
trabalho infantil e discriminação no
trabalho.
Depois de debater os assuntos e
executar as ações propostas pelos
alunos, chegou a hora de soltar a
criatividade. Através de desenhos
e redações, as crianças passaram
para o papel tudo que aprenderam
sobre as relações do homem com
o trabalho. Como resultado, 738
trabalhos participaram dos concursos para escolha dos melhores do
estado.
O Agrinho é realizado pela Federação da Agricultura e Pecuária
do Espírito Santo e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, com
parceira dos Sindicatos Rurais Capixabas e Prefeituras Municipais. O
objetivo do programa é proporcionar
mudanças de hábitos e de atitudes
quanto à preservação ambiental, à
saúde, à educação e à cidadania,
despertando o interesse das crian-
4
ças em assumir atitudes cidadãs.
Professores
Cinco mil educadores estiveram
envolvidos no Programa Agrinho
deste ano. Eles receberam capacitação metodológica, para apresentar a seus alunos o tema proposto.
Além disso, foi entregue um material
de apoio, distribuído a todos os
alunos, contando as histórias do
personagem, o menino Agrinho.
“É uma grande oportunidade
para nós da zona rural participar de
programas que se preocupem com
o meio em que as crianças vivem e,
além disso, permitam que elas ampliem o conhecimento e a
possibilidade
de melhorar
a sociedade,
com ações do
dia a dia”, Silvia Azevedo
– Professora
da ‘E.M.U.E.F
Cachoeira
Roberta’ do
município de
Alegre.
Premiação
No dia 07 de dezembro, uma
grande festa foi realizada no Sesc
de Guarapari para comemorar o
encerramento da edição 2011 e
premiar os melhores trabalhos.
Cerca de 1,2 mil pessoas, entre
alunos, professores e convidados
participaram do evento.
Foram distribuídos prêmios em
três categorias: Educação Especial,
Educação Infantil, Educação Fundamental (1° ano, 2° ano, 3° ano, 4°
ano, 5° ano, 6° ano, 7° ano, 8º ano
e 9° ano) e Relato de Experiência
Pedagógica.
Os primeiros colocados nas
categorias foram premiados com um
Notebook, os segundos colocados
receberam um Netbook. Já os terceiros colocados levaram para casa
uma bicicleta.
“Com o Agrinho,
aprendi a valorizar o
que temos e a ter mais
responsabilidade com
o planeta. A partir de
agora pretendo fazer
minha parte para garantir a continuidade e
a qualidade de vida do
local onde vivemos”,
revela Nayara Bianchi
Gonçalo, de Alfredo
Chaves, primeiro lugar
na categoria 9° ano.
Na categoria Experiência Pedagógica,
o primeiro colocado foi premiado
com uma viagem, com acompanhante, de 7 dias em um cruzeiro
pela costa brasileira. O segundo
e o terceiro ganharam, respectivamente, um notebook e um Netbook,
juntamente com uma impressora.
O quarto lugar, uma TV LED de 25
polegadas, o quinto, uma bicicleta
e da sexta a décima colocação, um
DVD player.
Agrinho
Há sete anos, o agrinho tem levado para a sala de aula de escolas
públicas e privadas estado, reflexões sobre assuntos relacionados
ao desenvolvimento responsável e
sustentável. O programa tem o objetivo de contribuir com a melhoria da
qualidade de vida nas comunidades
e auxiliar a formação de cidadãos
conscientes de seus direitos e deveres.
Alfredo
Chaves,
onde 99%
dos moradores são
de famílias
envolvidas
na atividade rural, foi
o primeiro
município
a aderir ao
programa e,
desde então, teve adesão de 100%
das escolas, contemplando cerca de
2.300 alunos.
“O programa Agrinho dá uma
nova roupagem à educação, pois
permite a professores e alunos um
momento de reflexão sobre o mundo e faz com que eles se insiram
num papel de transformadores da
sociedade”, defende a Secretária
de Educação de Alfredo Chaves,
Vera Lúcia Bona.
O programa é voltado para
alunos da educação infantil e do
ensino fundamental, com idade
entre 04 e 16 anos. Priorizando a
criança e o jovem, o Agrinho quer
transformá-los pela educação, em
agentes de melhoria das condições
sociais e econômicas da família e da
comunidade onde vivem.
Exemplo de cidadania
“O principal objetivo do programa é ampliar a visão das crianças e dos alunos da educação fundamental
para os problemas e dificuldades enfrentados no dia a dia, dando-lhes a oportunidade de interferir positivamente, modificando a realidade presente e aprimorando o futuro” - Tereza Zaggo, Coordenadora do Agrinho.
“A cada ano o programa Agrinho ganha mais comprometimento dos professores e dos alunos e se firma
como projeto que cultiva cidadãos para que no futuro tenham caráter e ética” - Rodrigo Monteiro, 2º vice-presidente da Faes.
“Os trabalhos desenvolvidos no programa Agrinho defendem questões de cidadania que fazem com que os
alunos sejam inseridos na sociedade e atuem de forma consciente”, Marileide Caetano, pedagoga da Escola
Bairro Brasília, de Montanha.
“Fico a cada edição do programa mais honrado em participar do Agrinho e saber que ele contribui, e muito,
para formar cidadãos mais conscientes” - Romário Basílio, prefeito de Itaguaçu.
“O Programa Agrinho se consolida como ação cidadã que permite que alunos e professores reflitam e proponham soluções para o planeta, pensando num futuro cada vez melhor” - Neuzedino Alves Victor de Assis,
Superintendente do Senar/ES.
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E o prêmio saiu para...
Confira os
ganhadores
e trabalhos
do Agrinho
2010!
Categoria: Educação Especial
1º Leones Kuster Nascimento (Santa Maria de Jetibá)
2º Érica Brioli Fávero (Alfredo Chaves)
3º Luan Peterle Caciano
(São Domingos do Norte)
Categoria: Educação INFANTIl
1º Alexandre Costa Balbino
(Vila Velha)
2º Raila dos Santos Ramos
(Linhares)
Categoria: 1º ANO
1º Eysila da Silva Ribeiro
(Montanha)
Categoria:
4º ANO
2º Lucas Betini Fabres (Alfredo Chaves)
4º Poliana Bertossi da Rosa
(Alegre)
1º Clayton Arantes Silva
(Ecoporanga)
Categoria: 2º ANO
1º Natalia Tavares Lopes
(Montanha)
2º Joyce Barros de Almeida
(Montanha)
3º Adrian Lucas Lemke Colodeti (Marechal Floriano)
2° Gustavo Santos Assis
(Marechal Floriano)
3º Maria Antonia Gomes Oliveira (Atílio Vivácqua)
Categoria: 3º ANO
1º Alehander Morecchi
Almeida (Ecoporanga)
6
3º Abiank Braylon Barbosa
da Silva (Mantenópolis)
2º Taynara Camila Ferreira
Ramos (Domingos Martins)
3º Priscila Muniz Fernandes
(Ecoporanga)
Categoria: 5º ANO
Categoria:
9º ANO
1º Gisele Salvador de
Araujo (Afonso Cláudio)
2º Jackeline Freire valcher (Viana)
3º Leandro Bento Fernandes
(São Gabriel da Palha)
Categoria: 6º ANO
1º Nayara Bianchi Gonçalo
(Alfredo Chaves)
1º Anderson Souza Pin (Alfredo Chaves)
2º Poliana da Silva Rocha
(Ecoporanga)
3º Samuel Wutke (Domingos Martins)
Categoria: 7º ANO
2º Andressa Carla Firmino
Vieira (Iuna)
1º Allan Miranda Chaves
(Mimoso do Sul)
2º Paula dos Santos
Athayde (Alfredo Chaves)
3º Brenda Mirelly Jastrow
(Santa Maria de Jetibá)
Categoria: 8º ANO
3º Larissa Ahnert Gobbo
(Itaguaçu)
1º Jeter Kainan Cassiano
2º Klemyr Fabrício Pianca
Rodrigues (Jerônimo Monteiro) Silva Moraes (Alfredo Chaves)
3º Flávia Pinheiros Meireles
(Montanha)
Categoria: Relato de Experiência Pedagógica
1º Selma Maria Palacio (Mimoso do Sul)
2º Gilvania Heriard Menin
(Dores do Rio Preto)
3º Luciana Ignácio Peisino
(São Domingos do Norte)
4º Robson Storch (São
Gabriel da Palha)
5º Maria Margareth Venturini Alexandri (Itaguaçú)
6º Jomara Lorenção
(São Gabriel da Palha)
7º Gertrudes R. S.
Cabral (Brejetuba)
8º Miriam Cristina
Belizário (Brejetuba)
9° - Hedilene Aparecida Areas (Muniz Freire)
10º - Grinalda Begamashi Negrini (Itarana)
7
Viveiros credenciados trazem mais
produtividade às lavouras
Os viveiros credenciados garantem mudas de qualidade, que ampliam as chances da plantação dar certo
O
sucesso da lavoura
depende da escolha
de boas mudas. Com
a modernização das técnicas
de cultivo, os viveiros legalmente credenciados preparam
as mudas com técnicas que
garantem uma plantação mais
fértil e produtiva.
O principal diferencial está
nos padrões de qualidade.
Fatores como estruturação,
textura do solo e disponibilidade para suprimento de água
evitam áreas sujeitas a inundações ou com lençol freático
superficial e são condições
obrigatórias para a produção
de boas mudas. Além disso,
há a fiscalização periódica,
para que não sejam comercializadas com quaisquer tipos
de praga.
“O credenciamento é uma
8
Métodos específicos garantem uma plantação mais fértil e eficiente
garantia tanto para o produtor,
quanto para os proprietários
de viveiro. Os produtores aumentarão a qualidade de sua
plantação e os viveiristas a
confiança na venda para compradores de muda”, explicou
o instrutor do Senar -ES, Luiz
Alberto Nunes.
Adquirir mudas de café de
viveiros não credenciados e
nem regularmente fiscalizados
pode trazer vários danos à
plantação. O produtor, além de
correr o risco de introduzir em
sua lavoura focos de doenças
e pragas de difícil controle que
afetam na produção, compromete a viabilidade econômica
do empreendimento.
Credenciamento
O procedimento na plantaç ã o é o m e s m o , m a s o s
viveiros credenciados lucram
mais e oferecem aos clientes
mudas de qualidade. Para
credenciar o viveiro, o proprietário deve procurar um
agrônomo credenciado no
Crea-ES (Conselho Regional
de Engenharia, Arquitetura
e Agronomia), que fará uma
avaliação na área. Depois, o
projeto deverá ser aprovado
pelo Ministério da Agricultura. Por fim, um fiscal do Idaf
(Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal) fará a
fiscalização e, se aprovado,
o viveiro estará legalmente
credenciado.
Outro olhar
As mudas antes de serem
comercializadas, precisam
passar por uma fiscalização
periódica. O problema é que
os fiscais são contratados
pelo próprio dono do viveiro,
gerando um custo além do
previsto. “Às vezes, o proprietário de um viveiro pequeno, legalizado e cumprindo todos os procedimentos
exigidos, precisa fazer um
gasto a mais para contratar
um fiscal”, disse o Presidente
do Sindicato Rural de Ibiraçu,
José Alonso Cometti.
Visando solucionar esse
problema, José Alonso, propõe uma parceria do Governo, com os viveiristas, onde
o Estado disponibilizaria para
o proprietário os fiscais e
em troca, seriam cultivadas
no viveiro, mudas de plantas
nativas para reflorestamento.
“Com essa parceria, o produtor e o meio ambiente sairiam
ganhando”, disse.
Eficiência e estratégia no gerenciamento de
propriedades rurais
Em 2012, o Senar/ES vai capacitar gerentes de propriedades rurais para melhorar as ações planejadas no campo
C
om a modernização, a
eficiência se torna fundamental em qualquer
atividade econômica, tanto na
produção, quanto no gerenciamento em si. Pensando nisso, o
Senar/ES está preparando para
janeiro de 2012 um treinamento
voltado para a gestão no campo
com o objetivo de capacitar os
colaboradores e gestores de
pequenas, médias e grandes
propriedades rurais.
A intenção é contribuir para
que eles auxiliem na implantação e desenvolvimento das
ações estratégicas da empresa
rural. De acordo com o instru-
tor do Senar, Rodrigo Martins
de Souza, a capacitação será
de grande relevância para os
produtores rurais.
“Esse treinamento é importante para disseminar uma
cultura gerencial por toda a
empresa rural, padronizando
processos e melhorando o
fluxo de informações”, disse.
No total, a capacitação será
composta por 7 módulos (4 na
primeira fase, 1 na segunda e 2
na terceira), com carga horária
de 76 horas. O treinamento
piloto será em Linhares, em
janeiro de 2012.
Conhecer, desenvolver e aplicar
O treinamento para gerentes de propriedades será dividido em três etapas. Na primeira, os participantes irão conhecer técnicas de
planejamento, organização, direção e controle da propriedade. Na segunda fase, eles irão desenvolver as ferramentas apresentadas
na primeira etapa à realidade de cada negócio. Já na terceira, os participantes do treinamento colocarão tudo o que foi aprendido em
prática, aplicando um plano para a implantação e consolidação das ferramentas de gestão na propriedade rural.
Treinamento vai contribuir para que desenvolvimento da empresa rural
RELAÇÃO DE TREINAMENTOS DE JANEIRO*
TREINAMENTO
DATA
LOCALIDADE
Inseminação Artificial de Bovinos
02/01
Alegre
Inclusão Digital
03/01
Iúna
Cultivo de Café Conilon
09/01
Barra de São Francisco
Produção de Conservas Vegetais
11/01
Santa Leopoldina
Tratorista Agrícola
16/01
Pedro Canário
Trabalhador na Olericultura
17/01
Viana
Produção Caseira de Alimentos (Pães e Biscoitos)
17/01
Santa Leopoldina
Uso Correto e Seguro de Agrotóxicos
23/01
São Mateus
Tratorista Agrícola
23/01
Pinheiros
Manejo de Pastagem
24/01
Afonso Cláudio
Produção de Derivados do Leite
29/01
Rio Novo do Sul
Trabalhador em Viveiros
30/01
Colatina
* A lista completa de treinamentos pode ser acessada em: www.faes.org.br
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Espaço dos sindicatos
Jaguaré
Seminário sobre Comitês de Bacias Hidrográficas
O
município de Jaguaré
recebeu, no último dia
24 de novembro, um
seminário sobre os Comitês
de Bacias Hidrográficas. O
local, que abriga o Rio Barra
Seca, foi palco de um fórum
de discussão que possibilitou
o desenvolvimento de ideias
e sugestões que servirão de
embasamento para fortalecer a
luta dos produtores locais pela
criação de uma bacia independente do Rio Doce.
De acordo com o presidente
do Sindicato Rural do município, Carlos Giovanni Sossai,
a reivindicação é antiga. “Nós
nunca entendemos porque o rio
Barra Seca faz parte da Bacia
do Rio Doce. O que nós queremos é que ele se torne uma
bacia independente”, afirma o
presidente.
Itaguaçu
O
2011 positivo
Sindicato Rural de Itaguaçu comemora os resultados positivos
alcançados com as capacitações do
Senar/ES. Só neste ano foram 15 treinamentos e mais de 150 pessoas capacitadas.
Para fechar o ciclo, no dia 03 de dezembro,
o Sindicato, com o apoio da Associação de
Produtores Rurais do Paraju, Secretaria de
Agricultura e do Incaper, finalizou a última
capacitação do ano, com o treinamento ‘Artesanato em Fibras de Bananeira’, ampliando as oportunidades de desenvolvimento
rural da região.
10
Para Giovanni, o seminário
foi um importante passo para a
conscientização dos produtores
a respeito da importância de
participar de discussões como
essa. “Nós tivemos aqui 23
pessoas que compreenderam
que é imprescindível estar nas
reuniões onde a nossa voz é
ouvida. Se não ficarmos atentos, decisões que penalizam
o produtor são tomadas e nós
só ficamos sabendo quando já
é tarde demais”, diz Giovanni.
Segundo o presidente, treinamentos como o realizado
pelo Senar, em parceria com
a Faes e o Sindicato Rural de
Jaguaré, preparam o homem
do campo para entender e
lutar pelos seus direitos. O
engenheiro agrônomo da Faes,
Murilo Pedroni, foi o instrutor da
capacitação.
Colatina
P
Comemoração
rodutores rurais credenciados, diretores e
funcionários do Sindicato Rural de Colatina
se reuniram em uma confraternização para
comemorar os 60 anos da entidade. O evento
aconteceu no dia 12 de dezembro, na Chácara
Zorzanelli, e contou com a presença de 300 convidados.
60 anos do sindicato rural de Colatina
“
Rio Barra Seca
Nós do setor
agropecuário temos
que mexer com política e incentivar nossa
classe produtora a ser
mais ativa, a participar mais”
Luiz Carlos da Silva, presidente do Sindicato Rural de
Mimoso do Sul.
Mimoso do Sul
O
Homem do campo conectado
Sindicato Rural de Mimoso do Sul inaugurou, em novembro, a
tele sala de inclusão social.
O projeto, que é realizado em
parceria com o Senar/ES e
a CNA, visa levar ao homem
do campo conhecimentos de
informática e ajudá-lo a agilizar seus processos. A primeira
turma, composta por 10 alunos,
já se formou e a expectativa é
de que sejam abertas novas
turmas em 2012.
P
Propriedade Ativa
rodutores rurais da Região
Metropolitana se reuniram
no dia 26 de novembro,
em Ibiraçu, para participar do
‘Propriedade Ativa’. A programação contou com palestras sobre
Tratos Culturais, Produção e
Comercialização do Café, Fruticultura, Direito do Trabalho e a
importância do Senar no Espírito
Santo. Além das palestras, a
prefeitura de Ibiraçu expediu
carteiras de trabalho para a
população.
O Sindicato Rural de Domingos Martins e Marechal Floriano
também promoveu o “Propriedade Ativa”. O encontro foi realizado no dia 03 de dezembro e
reuniu 143 produtores.
Santa Tereza
Nova
presidência
M
arcos Cortelleti assumiu como novo
presidente do Sindicato Rural de Santa Tereza
e cumpre mandato até 2014.
Entre suas principais metas
estão a construção da própria
sede e da unidade de atendimento em São Roque do
Canaã. Durante sua gestão,
Cortelleti pretende melhorar
os serviços prestados ao
produtor rural fazendo com
que eles voltem a participar
ativamente do Sindicato.
Convênios com laboratórios, farmácias, consultas
médicas e odontológicas,
onde o produtor sócio ativo
seja beneficiado com descontos especiais, além de
assistência jurídica em leis
trabalhistas, previdenciárias,
aposentadorias e contratos
de trabalho, fazem parte das
prioridades do novo gestor.
“
Em Cachoeiro de
Itapemirim estamos mobilizando parceiros para
conseguir implantar a
Polícia Rural e aumentar a segurança de nossos produtores. Vamos
realizar uma campanha
educativa para conscientizá-los de que é imprescindível denunciar a
criminalidade no campo”
Wesley Mendes, presidente do Sindicato Rural de
Cachoeiro de Itapemirim.
11
MAIS
Idaf realiza mutirão
para reflorestamento
de área queimada
Em alta
A arroba do boi gordo no Espírito
Santo fecha 2011 em alta, permanecendo acima de R$ 100. Em
comparação ao mesmo período de
2011, houve incremento de quase
5% sobre o valor comercializado
pela arroba no Estado. Segundo
o superintendente do Senar/ES
(Serviço Nacional de Aprendizagem
Rural), Neuzedino Alves de Assis,
os pecuaristas capixabas estão
satisfeitos.
“A má fase da carne para os
criadores parece ter passado. No
Estado, os preços da arroba do boi
têm acompanhado os índices nacionais e, com o mercado de carne
aquecido, temos expectativas que
em 2012 a margem de crescimento
se mantenha em 5%”, comenta.
Técnicos do Instituto de Defesa
Agropecuária e Florestal (Idaf) e do
Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMbio)
realizaram mutirão para promover
o reflorestamento de uma área
atingida por queimadas em meados
de agosto, no Distrito de Laginha,
em Pancas.
Além de técnicos dos dois institutos, a ação, realizada no dia 29 de
novembro, teve a contribuição de
produtores da região. Para o chefe
do escritório do Idaf em Pancas,
Marcelo de Souza, a participação
dos produtores rurais foi de grande importância. “Foram eles, por
exemplo, os principais fornecedo-
res de sementes para produção de
mudas”, disse Marcelo.
Cerca de mil mudas nativas da
região foram plantadas na área atingida, situada no entorno da Unidade
de Conservação do Monumento
Natural dos Pontões Capixabas.
O reflorestamento foi possível
pela implantação de um viveiro
para produção das mudas nativas,
administrado pelo ICMbio, em
parceria com o Idaf. Atualmente,
o viveiro possui capacidade para
produção anual de 50 mil mudas
nativas, mas a expectativa é
ampliar esse número, tornando
possível a distribuição gratuita de
mudas na região.
Faes participa de reunião no MAPA
O vice-presidente da Comissão de Borracha da Faes,
José Manoel Monteiro de
Castro, membro da CNA na
Câmara Setorial da Cadeia
Produtiva de Borracha do
Mapa, participou da sua última reunião, realizada no
dia 03 de novembro, onde foi
aprovado, a unanimidade dos
ANIVERSARIANTES
DE JANEIRO
11/01
Maria do Carmo Almeida Diniz
Esposa do Presidente SR de São José do Calçado
15/01
Maria Tereza Prates Zaggo
Funcionária do SENAR
16/01
Dilsa Baptista da Silva
Esposa Diretor Nato da FAES (Waldemar Borges)
18/01
Luciano Henriques
Presidente SR de Itapemirim
25/01
Otto Herzog Filho
Presidente SR de Santa Leopoldina
25/01
Isabel Cristina Costalonga Roberte
Esposa Presidente do SR Linhares
31/01
Andréa Batista Cândido Barbosa
Esposa do Presidente do SR Baixo Guandú
Av. Nossa Senhora da Penha, nº 1495 - torre A - 10º e 11º
andares - Bairro Santa Lúcia - Vitória/ES - CEP: 29056-243
12
membros, o pedido de criação
d a E M B R A PA S e r i n g u e i r a .
Ressalta-se que este pedido
foi encaminhado pelo membro
da EMBRAPA e da CNA na
Câmara. O documento já está
sendo formalizado junto ao
MAPA e contará com o apoio
de diversas outras entidades
ligadas ao setor.
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1324470579_Jornal FAES - DEZEMBRO2