UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSU” EM HIGIENE E INSPEÇÃO DE
PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL
BEM-ESTAR ANIMAL APLICADO NA BOVINOCULTURA DE CORTE
Larissa Simone de Moraes
Fátima do Sul, dez. 2008
LARISSA SIMONE DE MORAES
Aluna do Curso de Especialização Latu Sensu em Higiene e Inspeção de Produtos de
Origem Animal.
BEM-ESTAR ANIMAL APLICADO NA BOVINOCULTURA DE CORTE
Trabalho de conclusão do curso de PósGraduação “Latu Sensu” de Higiene e
Inspeção de Produtos de origem animal,
apresentado á UCDB como requisito parcial
para a obtenção de titulo especializado em
Higiene e Inspeção de Produtos de Origem
Animal, Sob a orientação do Prof. Valmir
Kowalewski de Souza.
Fátima do Sul, dez. 2008
BEM ESTAR ANIMAL APLICADO NA BOVINOCULTURA DE CORTE
Elaborado por Larissa Simone de Moraes
Aluna do Curso Especialização Latu Sensu em Higiene e Inspeção de Produtos de Origem
Animal.
Foi analisado e aprovado com
grau:....................................
Fátima do Sul, ____/___________/_____.
__________________________
Membro
__________________________
Membro
__________________________
Professor Orientador
Presidente
Fátima do Sul, dez. 2008
Dedico
este
trabalho
aos
meus
familiares, principalmente a minha mãe
Odete e meu Namorado Rafael pelo apoio
recebido e carinho.
Agradecimentos
A minha família pelo apoio e incentivo e
compreensão;
A minha mãe por ter acreditado em mim;
Ao
Rafael
pelo
amor
e
carinho;
Ao meu orientador, Prof. Valmir - pelo
apoio e dedicação.
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo relatar a importância do bem estar animal e como deve ser
aplicado em bovinos de corte. O bem-estar deve ser definido de forma que permita pronta
relação com outros conceitos, tais como: necessidades, liberdades, felicidade, adaptação,
controle, capacidade de previsão, sentimentos, sofrimento, dor, ansiedade, medo, tédio,
estresse e saúde. Os efeitos sobre o bem-estar incluem aqueles provenientes de doença,
traumatismos, fome, estimulação benéfica, interações sociais, condições de alojamento,
tratamento inadequado, manejo, transporte, procedimentos laboratoriais, mutilações
variadas, tratamento veterinário ou alterações genéticas através de seleção genética
convencional ou por engenharia genética. Há uma preocupação crescente com bem estar
animal, uso de manejo adequado, tudo visando à qualidade final da carne. É imprescindível
que haja manejo pré-abate adequado nas propriedades, nos transportes e matadourosfrigoríficos. Também existe uma necessidade de compromisso com a produção sustentável
e a promoção do bem estar animal, assegurando satisfação do consumidor e a renda ao
produtor sem causar danos ao ambiente (COSTA, 2002). Segundo Costa et al (2000) o
estudo do comportamento animal (etologia) assume uma função importante para a
compreensão das necessidades dos bovinos, bem com os seres humanos em relação aos
animais. Por outro lado o manejo pré-abate pode comprometer o bem estar animal e a
carcaça. Outros fatores importantes para manter o bem estar animal são: o abate
humanitário, que, segundo Roça, é o conjunto de procedimentos técnicos e científicos que
vão garantir o bem estar dos animais desde a recepção até a operação de sangria, segundo a
legislação vigente; e o bem estar animal aplicado desde o manejo pré -abate, que é o
embarque dos animais nas propriedades, o transporte adequado, o desembarque, a recepção
dos animais, acondicionamento em currais, banho de aspersão, rampa de acesso a matança,
boxe de atordoamento, a insensibilização, o resultado do estresse animal e os efeitos na
carne bovina.
Palavras chave: bem-estar animal na bovina-cultura, necessidade, manejo, estresse,
qualidade da carne.
Bem aventurado o homem que teme ao
Senhor,
que
em
seus
mandamentos
tem grande prazer.
Salmos 102.1
SUMÁRIO
Página
Resumo.......................................................................................................................... 6
1. Introdução.................................................................................................................
9
2. Abate Humanitário...................................................................................................
10
3. Procedimentos de Abate de Bovino.........................................................................
11
3.1. Embarque dos Animais......................................................................................
11
3.2. Transporte..........................................................................................................
12
3.3. Desembarque.....................................................................................................
13
3.4. Descanso e Dieta Hídrica................................................................................... 14
3.5. Currais...............................................................................................................
15
3.6. Banho de Aspersão............................................................................................
16
3.7. Rampa de Acesso a Sala de Matança................................................................
17
3.8. Insensibilização................................................................................................
17
3.9. Sangria.............................................................................................................
20
4. Estresse Animal e os Efeitos na Carne...................................................................
22
4.1. Danos Causados na Carne..............................................................................
23
5. Aspectos Importantes para o Bem Estar Animal....................................................
25
5.1. Compreendendo a Importância da Zona de Fuga dos Animais.......................
25
5.2. Aproveitamento do Instinto de Líder dos Animais..........................................
25
5.3. Formas de Distrações no Manejo Animal........................................................
26
6. A influência da Economia no Bem Estar Animal ..................................................
27
7. Conclusão................................................................................................................
29
8. Referências Bibliográficas.......................................................................................
31
9. Anexos......................................................................................................................
34
1. INTRODUÇÃO
A preocupação com bem estar animal não humano,
tem trazido forte restrição no ambiente científico a partir do desenvolvimento da filosofia
cartesiana no século XVII. Com o avanço da pesquisa em etologia animal na década de
1970 e as preocupações com proteção do bem estar animal, anteriormente rotuladas como
“leigas”, começa a assumir importância no meio acadêmico.
O bem estar animal tem forte presença nos códigos
morais e nos pilares éticos de vários países com tratamento apropriado aos animais, e não
esta mais sendo deixado para livre escolha de pecuaristas individuais (SINGER, 2002).
Quando há equilíbrio entre os valores do produto e do bem estar animal, estes não podem
ser atingidos somente por decisões privadas, (McINERNEY, 2004) afirma que a função do
governo é refletir a preferência geral da sociedade; essa é a base para implantar a política
da legislação.
As organizações federais multinacionais estão em
processo crescente de imposição de critérios mínimos de bem estar na produção animal
(McINERNEY, 2004). Em países da União Européia existem moratórias para eliminação
completa de sistema de criação considerados de baixo potencial e de bem estar animal,
embora essa transição envolva menor produtividade.
Todos os países devem estabelecer regulamentos nos
frigoríficos, com o objetivo de garantir condições para proteção humanitária a diferentes
espécies (CORTESI, 1994; LAURET, 1997).
2. ABATE HUMANITÁRIO
São técnicas para que não ocorra o sofrimento animal em
todo o processo de Pré-Abate e Abate; e também o melhoramento da qualidade da carne,
mantendo-se o bem estar animal durante todo o processo operacional.
Só é permitido o sacrifício dos animais de açougue por
métodos humanitários, utilizando-se a prévia insensibilização baseadas em princípios
científicos, seguidos de imediata sangria (seção Art.120 RIISPOA).
Abate humanitário segundo Roça (2002) é um conjunto de
procedimentos técnicos e científicos que vão garantir o bem estar dos animais, desde
recepção até a operação de sangria, segundo a legislação vigente (figura 1).
Há vários critérios que define um bom método de abate:
Os animais não devem ser tratados com crueldade e estressados desnecessariamente, a
sangria deve ser a mais rápida e completa possível, as contusões da carcaça devem ser
mínimas e, finalmente, o método de abate deve ser higiênico, econômico e seguro para os
operadores (ROÇA, 2002).
O não uso das técnicas do abate humanitário faz com que
ocorra o estresse no animal ao ser abatido, podendo comprometer a qualidade da carne.
Além da perda da qualidade da carcaça pode ocorrer a perda do mercado, principalmente o
externo, porque países importadores dão preferência a frigoríficos que usam técnicas
humanitárias.
3. PROCEDIMENTOS DE ABATE DOS BOVINOS
3.1. Embarque dos Animais:
No embarque dos animais deve se instruir as pessoas que
lidam com o manejo a respeito da maneira adequada de manejá-los.
Antes do embarque dos animais deve ser feito o
agrupamento dos animais em um curral com antecedência, em lotes uniformes, de acordo
com o sexo, faixa de idade e peso. Evitar apartações e correrias no momento do embarque
dos animais. E sempre que possível não fazer uso de aguilhões, do choque elétrico, nem
usar cães, paus e objetos pontiagudos no manejo e condução.
Não embarcar animais doentes e sem condições de
transporte. Caso seja necessário, embarcá-los em caminhão separado e o produtor deve
assinar um termo (minuta de embarque) responsabilizando-se pelo animal. Verificar se o
embarcadouro oferece as recomendações técnicas para o embarque de modo a não causar
dano à carcaça.
Realizar o embarque em horário previamente combinado
com a transportadora. Verificar a documentação e as condições do veículo e observar se o
motorista está habilitado para transporte e respeitar a lotação máxima do caminhão.
Aguardar aproximadamente 20 minutos após o embarque
para que a viagem seja iniciada, proporcionando tempo para que os animais se adaptem ao
novo espaço.
3.2. Transporte:
O Processo se inicia no embarque dos animais nas
fazendas. Transporte rodoviário é o mais comum em animais de corte (TARRANT et al.
1988). Os animais são embarcados em caminhões boiadeiros tipo truque e a capacidade de
carga é em média de 20 animais. A densidade media no Brasil é de 320 a 410 Kg/m2, com
limite máximo de 550 Kg/m2.
Deve ser dada preferência para que o transporte seja em
horários mais frescos do dia. Exigir que os caminhoneiros façam paradas de acordo com a
legislação, para que os animais descansem na sombra (figura 2).
O transporte incorreto dos animais pode causar contusões,
acarretar a perda de peso, o estresse, podendo até levar a morte, (KNOWLES, 1999), e
com isso trazer prejuízos financeiros, tanto para o produtor como para os frigoríficos. As
contusões podem ser geradas por vários fatores durante o transporte, no embarque, no
desembarque dos animais, a maneira imprudente dos motoristas ao conduzirem o
caminhão. Grandin (2000b) apud Grandin (1981).
O aumento de estresse durante o período de transporte é
dado pelas condições desfavoráveis como privação de alimento e água, umidade elevada,
alta velocidade do ar e densidade de carga (SHARAMA et al,1996). A resposta ao estresse
é traduzida através da hipertermia, aumento da freqüência respiratória e cardíaca.
A maior influência do transporte é depleção de glicogênio
por atividade física ou estresse, com isso ocorrendo à queda do pH. Essas condições de
estresse são causadas por transporte prolongado (KNOWLES, 1999). O tempo aceitável é
de até 15 horas.
Há meios de monitorar a carga visando à segurança e
mantendo o padrão de qualidade; é feito o monitoramento do transporte on-line através de
um sistema via satélite GERRS et al (1998). O objetivo visa o bem estar animal e a
prevenção de doenças, o sistema é TETRAD – Transport Animal Disease Prevention
sistema de telemetria e envio via satélite.
Costa (2000) identificou de maneira geral os problemas do
pré-abate que aumentam o risco de hematomas na carcaça: agressões diretas, alta
densidade social provocada pelo manejo inadequado do gado em currais das fazendas ou
embarcadouros, instalação inadequada, transporte inadequado, caminhões, estrada em
péssimas condições de conservação e gado agitado devido manejo agressivo. As operações
de embarque e desembarque de animais, se bem conduzidas, não produzem reações
estressantes importantes (KENNY & TARRANT, 1987).
3.3. Desembarque:
Para
que
ocorra
um
desembarque
apropriado
os
procedimentos são basicamente os mesmo do embarque, cuidados como: não usar bastões
de choque ou ferrões para forçar o animal descer caminhão. É imprescindível que após o
desembarque no abatedouro-frigorífico tenham a disposição um local, curral de espera,
onde permanecerão para que se acalmem e descansem da viagem.
Os animais devem ser desembarcados o mais rapidamente
possível após a chegada, se for necessário que os animais aguardem, eles tem que ser
colocados em locais protegido contra as ações climáticas e ter ventilação adequada.
Quando ocorre o risco dos animais se ferirem mutuamente, devem ser colocados em locais
adequados. Na recepção assegurar que os animais, não sejam acuados, excitados ou
maltratados. Não é permitido espancar os animais e agredi-los, ergue-los pela pata, chifres,
orelhas ou cauda, ocasionando dores e sofrimento.
Segundo RIISPOA Art.96 os estabelecimentos são
obrigados a tomar medidas, no sentido de evitar maus tratos aos animais, adotando ações
que visam à proteção e o bem estar animal desde o embarque na propriedade de origem até
o aumento do abate.
3.4. Descanso e Dieta Hídrica:
O descanso ou dieta hídrica é o tempo necessário para que
os animais se recuperem totalmente das perturbações surgida pelo deslocamento desde o
local de origem até o estabelecimento de abate (GIL & DURÃO, 1985). De acordo com o
artigo n° 110 do RIISPOA, os animais devem permanecer em descanso, jejum e dieta
hídrica nos currais por até 24 horas, podendo esse período ser reduzido à seis horas se
ocorrer uma menor distância.
De maneira geral é necessário um tempo de 6 a 24 horas
de retenção e descanso para o gado que esteve em condições desfavoráveis para se
recuperar (figura 3).
Os animais submetidos a essas mesmas condições, mas
por período prolongado, necessitam tempo maior para readquirirem a normalidade
fisiológica (THORTON, 1969).
O descanso tem como objetivo principal reduzir o
conteúdo gástrico para facilitar a evisceração da carcaça (THORTON, 1969). E
restabelecer as reservas de glicogênio muscular (BARTELS, 1980; SHORTHOSE, 1991;
THORTON, 1969). Nas condições de estresse ocorre a redução das reservas de glicogênio
antes do abate (BRAY et al 1989).
3.5. Currais:
Os animais serão destinados ao curral de chegada ou
seleção. Após o desembarque esses serão separados em lotes de acordo com a categoria e
proprietário, os currais são em número de acordo com a capacidade de matança. Os currais
devem ser limpos e higienizados.
Trabalhos de Filho e Silva (2004) observam a importância
da separação dos lotes no curral de espera, evitando o aumento do estresse e traumas
podendo comprometer o produto final. É muito importante o modo de condução dos
animais até a linha de abate, sendo de um modo menos estressante possível, levando em
consideração os aspectos das instalações, a construção da linha de condução dos animais
que deve ser em forma circular para facilitar a condução dos animais.
Devem-se
evitar
pontos
metálicos
porque
podem
provocar reflexos, ruídos de alta densidade; presença de pessoas e locais escuros podem ser
interpretados como barreiras (FILHO & SILVA, 2004).
Os dispositivos produtores de carga elétrica apenas serão
utilizados em caráter excepcional em animais que se recusam a se mover, desde que a
descarga não dure mais de dois segundos e haja espaço para que os animais avancem. Os
animais que são mantidos em currais devem ter livre acesso à água limpa e abundante, e se
for mantido mais que 24 horas, devem ser alimentados em quantidades moderadas e em
intervalos adequados, evitando-se a superlotação (figura 4).
A retenção dos animais, o manejo adotado e as inovações
que o animal recebe são causas de estresses psicológicos, enquanto que os extremos de
temperatura, fome, sede, fadiga e injúrias são as principais causas do estresse físico
(GRANDIN, 1997).
A inspeção ante-morte é realizada neste período, com a
exigência do certificado de sanidade e vacinação, identificação e isolamento de animais
doentes ou suspeitos, vacas gestantes, recém paridas e outras causas.
3.6. Banho de Aspersão:
Os animais passam por uma rampa de acesso ao boxe de
atordoamento e nesta rampa é realizado o banho de aspersão. Segundo o Ministério da
Agricultura (BRASIL 1968, 1971) é um sistema tubular disposto transversalmente,
longitudinalmente e lateralmente orientados com o jato para o centro deste. A água não
deve ser de pressão inferior a 3 atmosferas (3,03Kgf/cm2) e recomenda hipercloração a 15
ppm de cloro-livre disponível. O afunilamento do final da rampa de acesso é denominado
seringa, onde há canos dotados de borrifadores (figura 5).
O ponto crítico que vai influenciar na qualidade
microbiológica da carne, objetivo do banho, é a limpeza da pele do animal para assegurar a
esfola higiênica e reduzir a poeira, tendo em vista que a pele fica úmida, portanto diminui a
contaminação da sala de abate (STEINER, 1983). Também tem finalidade de produzir
vasoconstrição periférica e vasodilatação interna de modo que a sangria será mais
abundante. (SOERENSEM & MARULLI, 1990). Para limpar casco, extremidades e região
anal usa-se uma mangueira no corredor, se necessário.
3.7. Rampa de Acesso à Sala de Matança:
Piso antiderrapante para evitar quedas, paredes laterais de
2 metros de altura, largura de 3 metros, porteira tipo guilhotina, com abertura ou não,
aclive de 12 a 13% no máximo.
3.8. Insensibilização:
Insensibilização ou atordoamento consiste em colocar o
animal em inconsciência, que perdure até o final da sangria, não causando sofrimento
desnecessário e promovendo uma sangria tão completa quanto possível (GIL & DURÃO,
1985).
A insensibilização deve ocorrer no boxe de atordoamento,
o qual deve ser bastante estreito para impedir que o animal se vire, o chão deve ser
antiderrapante para que o animal não perca o equilíbrio e deve ocorrer a insensibilização de
um animal por vez Grandin (2000m), (figura 6).
Grandin (1997) mostra que o sangue na área da
insensibilização não faz com que o animal se recuse a entrar no local, porém se os animais
percebem que há um animal agitado na entrada do box de atordoamento, todos posteriores
a este ficarão agitados também, portanto deve se diminuir o uso do bastão de eletricidade
nesse momento e evitar que os animais fiquem agitados. O centro imaginário traçado da
base dos chifres aos olhos é idealizado como ponto vital para uma boa insensibilização
(figura 7).
Métodos de insensibilização mais utilizados são os de
concussão (abalo) e percussão (perfuração) cerebral, martelo pneumático não penetrante
(cash knorcker), arma de fogo (firearm-gunshot), pistola pneumática de penetração
(pneumatic-powered stunners) pistola pneumática de penetração com injeção de ar
(pneumatic-powered air injections stunners) pistola de dardo cativo acionada por cartucho
de explosão (cartridge-fired captive bolt stunners). O abate pode ser por degola cruenta
(método Kasher) sem atordoamento prévio.
O método Kasher ou Kosher é feito de acordo com as leis
judáicas de alimentação (REGENSTEIN & REGENSTEIN, 1970, 1988). Esse abate
envolve a contenção do animal, estiramento da cabeça através de um ganho e uma incisão,
sem movimentos bruscos, entre a cartilagem cricóide e a laringe (PICCHI & AJZENTAL,
1993), cortando a pele, músculos, traquéia, esôfago, veias jugulares e artérias carótidas
(REGENSTEIN & REGENSTEIN, 1988). Está operação tem como objetivo segundo
REGENSTEIN & REGENSTEIN (1988) permitir a máxima remoção de sangue.
De acordo com um trabalho feito por Roça (1994) em que
foram avaliados os métodos de insensibilização mais comuns, os resultados foram que o
martelo pneumático teve baixa eficiência, avaliada pela presença de freqüência cardíaca,
pressão sangüínea, respiração e presença de reflexos o que contraria os sinais físicos de
uma eficiente insensibilização mecânica que são: ausência de respiração rítmica,
mandíbula relaxada, expressão fixa e vidrada, língua para fora e ausência de reflexo ocular.
A pistola de dardo cativo é método que possui mais
destaque nas publicações cientificas, sendo mais humano. Para CASTILLO (2006) a
pistola de dardo cativo penetrativo deve ser disparada corretamente na fronte do animal, no
centro do X imaginário traçados da base do chifre aos olhos, não devendo ser disparada
entre os olhos do animal. A cavidade atrás do Poll também deve ser evitada por ser menos
efetiva, apesar de ser indicada para plantas que precisem de cérebro intacto. Está pistola
pode ser impulsionada por ar comprimido ou por cartucho de arma de fogo. Esse tipo de
atordoamento é irreversível e leva a morte. A pistola de dardo cativo não penetrativo é
diferente, o dardo não penetra no cérebro causando apenas uma concussão. Esse tipo de
atordoamento necessita de um método complementar, como esgotamento sanguíneo para
causar a morte.
Um atordoamento mecânico efetivo pode ser definido
como aquele que torna os animais imediatamente inconscientes, exibindo exageradas
reações tônicas, seguidas por gradual relaxamento e por patadas involuntárias (GIL &
COSTA, 2000).
3.9 Sangria:
A sangria consiste no corte dos grandes vasos de
circulação de sangue do pescoço do animal e devera ser iniciada após a insensibilização, de
modo a provocar um rápido e completo escoamento do sangue (FILHO & SILVA, 2004)
É feita pela abertura sagital da barbela, através da linha
Alba e a secção da aorta anterior e a veia cava anterior, no inicio das artérias carótidas e no
final das veias jugulares. O sangue é recolhido pela canaleta de sangria (BRASIL, 1971).
Deve-se cuidar para que a faca não avance em direção ao peito porque o sangue pode
entrar na cavidade torácica e aderir a pleura parietal e as extremidades das costelas
(THORNTON, 1969).
É conveniente a utilização de duas facas de sangria: uma
para a incisão da barbela e outra para o corte dos vasos. As facas devem ser mergulhadas
em local para desinfecção após a sangria de cada animal, tendo em vista que os
microorganismos da faca já foram encontrados nos músculos e medula óssea
(MUCCIOLO, 1985).
A sangria deve ser completa e de preferência realizada
com o animal suspenso pelos membros traseiros. Nenhuma manipulação deve ser iniciada
antes que o sangue tenha se escoado ao máximo possível (SEÇÃO II art.121 RIISPOA),
(figura 8).
A sangria completa refere-se à retirada de cerca de 50% do
sangue ou 5% do peso corporal do animal, devendo ser realizada por um tempo mínimo de
3 minutos, durante o qual nenhuma outra operação deve ser realizada (SOERENSEN &
MARRULLI, 1990).
Segundo ROÇA et al (2001) vários fatores são
responsáveis pela eficiência da sangria. Pode ser citado o estado físico do animal antes do
abate, método de atordoamento e o intervalo entre o atordoamento e a sangria. Todas as
enfermidades que causa debilidade no sistema circulatório afetam a sangria, e
enfermidades febris e quando os animais são abatidos em estado agônico.
4. ESTRESSE ANIMAL E OS EFEITOS NA CARNE
O bem estar animal influencia diretamente na qualidade da
carne devido ao estresse animal. Essa influência se inicia no manejo dos animais desde o
embarque nas propriedades e o transporte, o desembarque e o manejo dentro do frigorífico.
Outro fator importante são instalações e modo de manejo. É importante que o animal seja
bem manejado em todas essas fases para evitar o estresse e com isso obter uma carne de
melhor qualidade.
É reconhecida a importância de reduzir o estresse animal
durante a rotina do manejo, sabe-se, por exemplo, que animais agitados durante o manejo
correm mais risco de acidentes, levando ao aumento de contusões nas carcaças
(PARANHOS DA COSTA et al ., 1998), afetando a qualidade da carne diretamente,
(figuras 9 e 10).
A zona atingida pela contusão tem uma aparência feia e
desagradável e, na maioria das vezes é necessário realizar toaletes causando perda de peso
e valor comercial, e também a propensão a contaminação devido o sangue ser grande meio
para desenvolvimento microbiano (PEREIRA, 2006).
A extensão das contusões das carcaças representa uma
forma de avaliação da qualidade de transporte. A extensão das contusões aumenta com o
aumento da densidade da carcaça e também podem ser atribuídas a inadequadas condições
de embarque e desembarque dos animais e também ao manejo inadequado ou manejo
agressivo. A aplicação incorreta de vacinas ou outros medicamentos causam lesões
subcutâneas e até mesmo intramusculares, representando grande prejuízo na indústria
frigorífica.
A maior influência do transporte na qualidade da carne é
a depleção do glicogênio muscular por atividade física ou estresse físico promovendo uma
queda anômala do pH post-mortem, originando a carne D.F.D. (dark, firm, dyr), (figura
12).
4.1. Danos Causados na Carne:
A carne DFD (Seca, dura, Escura) é um problema causado
pelo estresse crônico antes do abate, que esgota os níveis de glicogênio. Existem
evidências que o principal fator de indução do “dark cutting” seja devido o manejo
inadequado antes do abate e que conduz a exaustão física do animal. O pH cai
rapidamente; entretanto o pH final é alto. Ocorre que faltou glicogênio muscular, faltou
descanso para que o animal possa repor o glicogênio muscular.
O pH final é em torno 5.65 e causa características físicas
de cor escura e a alta capacidade de retenção de água na carne e ocorre devido a pequena
quantidade de ácido lático produzida. A glicose e os metabólicos intermediários também
são acumulados. O pH é indicador da qualidade da carne, e influencia a aparência do corte
e os atributos de qualidade (maciez, cor, sabor e odor) (DEVINE, citado por
CARRAGHER & MATTHEWS, 1996).
A carne PSE (Pálida, Flácida e Exudativa) é problema de
qualidade que está associada geralmente a carne suína, em que ouve manejo inadequado ou
resfriamento inadequado da carcaça. O estresse é principal fator de causa da carne PSE.
Gonçalvez et al Bliska (2000) concordam que a
combinação de temperaturas próxima ao estado fisiológico do animal (36 – 38) com baixo
pH muscular favorece a desnaturação das proteínas reduzindo a capacidade de retenção de
água e afeta negativamente o desenvolvimento da cor da carne.
Para Grandin (2000g) a carne PSE é causada pela uma
combinação de fatores que causam um rápido declínio no pH da carne, o glicogênio é
rapidamente metabolizado. Esses fatores são: Animais geneticamente propensos ao gene
causador da tensão, sistema de aspersão de água no transporte e de curral ineficiente ou
inexistente e manejo pré-abate, (figura 11).
5. ASPECTOS IMPORTANTES NO BEM ESTAR ANIMAL
5.1 Compreendendo a Importância da Zona de Fuga dos Animais: (abate)
Segundo Grandin (2000d) a zona de fuga é como o espaço
“pessoal” de cada animal e seu diâmetro está determinado pelo fato do animal estar
excitado ou calmo. Quando se maneja o animal, o manejador penetra o limite da zona de
fuga, e o animal começa a se afastar e fica parado olhando para o manejador; isso significa
que está fora da zona de fuga.
O uso dessa teoria facilita o manejo, e o manejador deve
ter em mente que o animal tem tendência a mover-se em direção oposta quando este
penetra na zona de fuga.
É importante que para que os animais sejam bem
manejados em grupo e em ordem, devem ter espaço suficiente para caminhar, o manejador
deve ir alternando em entrar e sair da zona de fuga do grupo. Devem-se manejar grupos
pequenos de animais porque diminui riscos de injurias físicas, fazendo proveito desses
argumentos se torna desnecessário o uso de bastões de eletricidade.
5.2. Aproveitamento do Instinto de Líder dos Animais:
De acordo com Grandin (2000d) os animais em geral,
seguem um líder e os manejadores devem obter vantagens deste comportamento natural
para mover os animais com facilidade evitando o estresse.
O manejador deve aproveitar e fazer o movimento de
avançar com os líderes em lugar de forçar os animais da parte posterior do grupo. Caso o
líder se recuse a avançar, deve-se usar o bastão de eletricidade, mas somente uma só vez se
for necessário.
5.3. Formas de Distrações no Manejo Animal:
Grandin (2000d) relatou que os animais se recusam a
avançar em lugares que percebem distrações, mas há soluções muito simples para
facilitar o manejo, verificando -se as distrações como:
Reflexo de luz sobre a poça de água, reflexo de luz
sobre metais, ruídos provocados por metais, ruídos por alta freqüência, ruídos ou assobios
provocados pela passagem entre a parede ou objetos, correntes de ar que se dirigem contra
os animais quando estes estão avançando, pedaços de plástico que se movem presença de
pessoas aos arredores, pequenos objetos no piso, mudança da superfície no piso ou em sua
textura, mudança brusca de cor do piso ou ao redor da grade de drenagem (ralo) no piso, e
com a escuridão os animais avançam mais facilmente de lugares mais escuros e a claridade
do sol no rosto dos animais.
6. A INFLUÊNCIA DA ECONOMIA NO BEM ESTAR ANIMAL
A um constante conflito entre obter produtos de origem
animal com o mínimo custo possível e manter um determinado padrão de bem estar em
animais utilizados na pecuária de corte. Quando a sociedade passa a reconhecer o bem
estar animal como um fator relevante, pode se inferir ao bem estar animal a um valor
econômico.
O bem estar animal de produção é afetado pelo sistema de
criação e pelo manejo dos pecuaristas e pelo manejo pré-abate nos frigoríficos, é
determinado largamente pelos sinais econômicos do mercado. O bem estar animal não é
muito comercializável, os benefícios que são gerados por ele não são evidentes e com isso
o objetivo se concentra apenas na produtividade.
As teorias econômicas demonstram que os sinais de
mercado tendem a conduzir a padrões de bem estar animal abaixo da norma considerada
desejável por algumas sociedades (McINERNEY, 2004). Isso ocorre devido ao valor dos
animais ser associado apenas pelo produto a ser obtido, esses animais serem alimentados,
abrigados e mantidos saudáveis até ponto de compensar financeiramente. Nessa analise
econômica o bem estar animal é irrelevante. Segundo McINERNEY (2004) o papel dos
animais como um recurso não implica em que eles tenham somente um valor “usável”.
McINERNEY (2004) comenta a importância prática no
contexto econômico de se quantificar e combinar os vários componentes que em conjunto
constituem um nível particular de bem estar animal. Alterações que afetam o bem estar
animal (instalações, nutrição, programa sanitário, restrições comportamentais) muitas
vezes utilizando maiores ou menores recursos e implica nas alterações dos gastos.
7. CONCLUSÃO:
O bem-estar dos animais esta cada vez mais sensibilizando
a sociedade e julgamos que não haverá retrocesso, embora seja ainda do conhecimento de
uma parcela minoritária da população. O mercado para produtos de animais criados em
condições “humanas”, é crescente, tendo enorme potencial.
“Os animais estão agora localizados centralmente no mapa
moral. A Etologia teve um importante papel nesta mudança, e a ciência do bem-estar
animal é fundamental no melhoramento das vidas dos animais não-humanos”
(JAMIESON, 1993).
Com o objetivo de melhorar o manejo da produção de
bovinos e durante o período de pré abate, o ideal seria a realização de treinamento continuo
das pessoas envolvidas nas propriedades e nos matadouros-frigoríficos, bem como propor
melhoria e adequação das boas práticas de manejo, melhorando assim também a qualidade
da carne. O bem-estar animal e a qualidade da carne não podem ser avaliados
isoladamente, e sim através de estudos multifatoriais.
A bovinocultura de corte brasileira tem evoluído muito
nos últimos anos (sistemas de produção, nutrição, genética, sanidade, meio ambiente e mão
de obra). Mesmo com o desenvolvimento e o ajuste dos procedimentos dos manejos; devese buscar a interação dos diferentes segmentos da cadeia produtiva sendo que cada um
deverá realizar o seu papel; a pesquisa deverá desenvolver novas metodologias para
melhorar a produção e transferir esse conhecimento para o serviço de extensão rural
(público e agroindústria); ao poder público cabe disponibilizar boas condições de
transporte dos animais (boas estradas); a indústria de caminhões e carrocerias terá a missão
de desenvolver e adaptar novos equipamentos (caminhões com diferentes tipos de
suspensão e novos modelos de carrocerias); e os matadouros-frigoríficos deverão ajustar os
procedimentos do manejo pré-abate e treinar as pessoas envolvidas nessa etapa da
produção.
REFERÊNCIAS
BRAY, A. R.; GRAAFHUIS, A. E.; CHRYSTALL, B. B.. The cumulative effect of
nutritional, shearing and preslaughter washing stresses on the quality o lamb meat. Meat
Science, Oxon, v.25, n.1, p.59, 1989.
BARTELS, H. Inspección Veterinária de la carne. Zaragoza: Acribia, 1980. 491p.
CASTILLO, C.J.C. Bem estar animal e Resultados de Auditoria em Frigoríficos.
Qualidade da carne. São Paulo:Varela, 2006, p. 11.
CORTESI, M.L. Slaughterhouses and humane treatment. Rev. Sci. Tecn. Off. Int. Epit.,
v.13, n.1, p.171-193, 1994.
COSTA; M. J. R. P. et al.Racionalização do Manejo de bovinos de corte:Bases Biológicas
para o planejamento. Associação brasileira do novilho precoce. 2000
FILHO, A. D. B.; SILVA, I. J. O. Abate humanitário: ponto fundamental do bem-estar
animal. Revista nacional da carne. São Paulo, v.328, p. 36-44, 2004
GRANDIN, T.. Assessment of stress during handling and transport. Journal of animal
science, Colorado, v.75, p. 249-250, 1997.
GEERS, R.; SAATKAMP, H. W.; GOOSSENS, K.; et al. TETRAD: na on-line telematic
surveillance system for animal transport. Computers and Electronics in Agriculture,
London, v.21, p.107, 1998.
GIL, J.I. DURÃO, J.C. Manual de inspeção sanitária de carnes. Lisboa: Fundação
Caloustre Gulbenkian, 1985. P. 563.
GONÇALVES, J. R.; BLISKA, F. M. de M.. Efeitos do manejo pré-abate na qualidade
das carcaças de carne bovina. Revista Nacional da Carne, São Paulo, n.278, p.109, 2000.
GRANDIN, T.. Buenas practicas de manejo para el arreo e insensibilizacion de
animales.[online].Colorado Univ. S. d [citado em 28 09
00]. Disponível em
http://www.grandin.com/spanish/buenas.practicas.html
KENNY, F.J., TARRANT, P.V. The physiological and behavioural responses of crossbred
Friesian steer to short-haul transport by road. Livestock Production Science, Amsterdam,
v.17, p.63-75, 1987.
KNOWLES, T.G. A review of the road transport of cattle. Veterinary Record, London,
v.144, n.8, p.197-201, 1999.
LAURET, H.R.H.P. The study of animal welfare: a moral obligation. In: ZUTPHEN,
L.F.M., BALLS, M. ed., animal alternatives, welfare and ethics. Amsterdam: Elsevier
Sci. Publ., 1997. p. 22-24.
McINERNEY, J.P. Animal Welfare, economics and policy-report on a study undertaken
for the Farm & Animal Health Economics Division of Defra, February 2004.Disponivel
em http//www.defra.gov.uk/esg/reports/animalwelfare.pdf
MUCCIOLO, P. Carnes: estabelecimentos de matança e de industrialização. São
Paulo: Ícone, 1985. p.102.
PARANHOS DA COSTA, M. J. R; ZUIN, L. F. S.; PIOVESAN, U. Avaliação
preliminar do manejo pré-abate de bovinos no programa de qualidade da carne
bovina do Fundepec. Relatório Técnico, 1998. 21p.
PEREIRA, A. S. C. Manejo pré-abate e qualidade da carne. São Paulo. Artigo técnico07/2006.
PICCHI, V. AJZENTAL, A. Abate bovino segundo o ritual judaico. Revista Nacional da
Carne, São Paulo, v.18, n.220, p.53-57, 1993.
REGENSTEIN, J. M.; REGENSTEIN, C. E.. The kosher dietary laws and their
implementation in the food industry. Food Technology, Chicago, v.42, n.6, p.86-94, 1988.
RIISPOA. Seção I , Art.96
RIISPOA. Seção II , Art.120
RIISPOA .Seção II , Art.121
ROÇA, R. O. Abate humanitário de bovinos. I Conferência Virtual Global sobre produção
Orgânica
de
Bovinos
de
Corte,
2002.
Disponível
em
http://www.cpap.embrapa.br/agencia/congressovirtual/pdf/portugues/02pt03.pdf
ROÇA, R. O.; PADOVANI, C. R.; FILIPI, M. C.; SCHWACH, E.; UEMI, A.; SHINKAI,
R. T.; BIOND, G. F. Efeitos dos Métodos de Abate de Bovinos na Eficiência da Sangria.
Ciência e tecnologia de alimentos, Campinas (SP), v.21, p.244, 2001.
SHORTHOSE, W.R. Experiência Australiana na utilização do búfalo para carne. In:
SÍMPOSIO SOBRE BÚFALO COMO PRODUTOR DE CARNE, 1, 1991, Campinas.
Palestra, 1991.
SCHARAMA, J.W., van dear HEL, W., GORSSEN, J., et al. required thermal thresholds
during transport of animals. The Veterinary Quarterly, Dordrecht, v-18, n.3, p.90-95,
1996.
SINGER, P. Animal liberation. New York: HarperCollins, 2002. 324p.
STEINER, H. Working model of standardized technique for the hygienic slaughtering
of
cattle. Fleischwirtschaft, Frankfurt, v.63, p.1186-1187, 1983.
TARRANT, P. V.; KENNY, F. J.; HARRINGTON, D. The effect of stocking density
during 4 hour transport to slaughter on behaviors, blood constituents and carcass bruising
in Friesian steers. Met Science, Oxon, v.24, n.3, p.209-222, 1988.
THORNTON, H. Compêndio de inspeção de carnes. Londres: Bail lire Tindall an Cassel,
1969. p. 665.
ANEXOS
Figura 1 – insensibilização de bovinos com pistola pneumática.
Fonte : Acervo próprio, 2008.
Contusão:
Figura 2 – Caminhão transportador de bovinos
Fonte: Acervo próprio, 2008.
Figura 3 - Área apropriada para descanso no curral.
Fonte: Voogd, 2006.
Figura 4 – Curral com superlotação de bovinos.
Fonte: Voogd, 2006.
Figura 5 – Banho de aspersão.
Fonte: acervo próprio.
acordo com os valores do
Figura 6 – Boxe de contensão para insensibilização de bovinos.
Fonte: Acervo próprio, 2008.
P
Figura 7 – Centro imaginário traçado da base dos chifres aos olhos.
Fonte: Acervo próprio, 2008.
Figura 8 – Sangria de bovinos pós-insensibilização.
Fonte: Acervo próprio, 2008.
Figura 9: Contusão localizada em meia-
Figura 10 – Contusão generalizada em
carcaça bovina.
meia-carcaça bovina.
Fonte: Acervo próprio, 2008.
Fonte: Acervo próprio.
Figura 11 - Lombos classificados como PSE, DFD e normal de acordo com os valores do
pH e L.
Fonte: Maganhini et al., 2006.
Figura 12 – Alterações na carne causada pelo pH.
Fonte: Maganhini et AL., 2006
Download

Bem Estar Animal - Larissa Simone de Moraes