Ela
Ela não veio de branco
Que coisa linda...
Nem era mulher de Jorge
Mas mulher de se querer bem
Ela não estava despenteada
Ousada e tímida como ninguém
Amor de tablatura
Mudez de muitas notas
Ela explica para complicar
Corre para não chegar
O medo é escudo do querer
Sempre com, nunca sem
Ela tem sede de amar
Pavor de se entregar
Cintura de sereia
Jeito de Nefertiti
Ela quer o desafio
“Não me provoca, baby”...
Deusa do amanhã
Eterno e doce deleite
Ela, “menina má” e sem pudores
De gemidos e marcantes odores
Beijos quentes e sem fim
Em face dita cor de mel
Ela ficou de pensar
Eu esperei
De pronto disse sim
Depois disse não sei
Post-scriptum
Assim é Ela. Quis, mas a Paris comigo não foi.
Cidade-luz, gostar que ainda reluz.
Foi num domingo longe sem ser distante.
Deixou saudade, sabor de quero mais.
Parei para esperar. O mundo andou. E eu, à beira do caminho,
vi o que tinha tudo para ser o último dos meus amores passar.
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