Fundamentos
Psicológicos
da Educação
Drª Fátima Niemeyer da Rocha
09/10/2012
UNIDADE I.
Introdução ao estudo de Psicologia

Psicologia - ciência que estuda o comportamento humano, a
partir de processos subjetivos e interrelacionais.

A psicologia possui diversos objetos de estudos, cada um dos
quais entendidos em teorizações específicas.

O objeto de estudo da Psicologia, para o Comportamentalismo é o
comportamento humano, para a Psicanálise é o inconsciente, para
outras correntes é a consciência humana, a personalidade etc.

A Psicologia se interessa pelo comportamento humano, o
processo cognitivo, a interação social, o desenvolvimento e as
relações afetivas, além de constructos relativos à linguagem
humana, a expressão do pensamento, os modos de aquisição
de conhecimento etc., sendo definida pelas características
humano-psicológicas (conscientes ou inconscientes) do
sujeito.

A Psicologia contribui para o entendimento de que cada um é
historicamente construído, tanto por sua história pregressa,
quanto por sua história como membro social, pertencente à
humanidade.

Na construção do Eu há um Nós social que foi construído
histórica, social, cultural, política, religiosa e psicologicamente.

A complexidade na definição do objeto de estudo da
Psicologia dá-se também pelo fato de que o pesquisador se
confunde com o objeto a ser estudado.

Como próprio o ser humano é o objeto de estudo da Psicologia,
o pesquisador está inserido na mesma categoria a ser
estudada.

Estudar o ser humano é estudar sobre si mesmo.

E a concepção de ser humano que o pesquisador traz consigo
“contamina” inevitavelmente a sua pesquisa em Psicologia.

A Psicologia da Educação deve ter em conta todos os
componentes do complexo processo educativo e dos dois
agentes educativos (educador e educando),


bem como a relação entre ambos.
Seu objeto é a análise, a promoção e a avaliação do
comportamento do educador e do educando em situação
educativa,

através de métodos científicos, com objetivos a curto e a longo
prazo, próximos (operacionais) ou finais, específicos ou gerais.

O núcleo central da Psicologia Educacional é o processo
dinâmico ensino/aprendizagem ou os diversos sistemas
instrucionais.


Organiza cientificamente os conhecimentos pertinentes à
educação, colaborando na escola.
Estuda as condições psicológicas que rodeiam o ato
educativo,

e as implicações de diversos ramos da psicologia no processo
instrucional e educativo, como
da
Psicologia do
Desenvolvimento e da Psicologia da Aprendizagem, entre
outros.
1.1 Relações entre Psicologia e Educação

As raízes dessa relação encontram-se na própria história da
ciência psicológica, quando da conquista do estatuto científico
da Psicologia no final do século XIX, a despeito de existir há
muito tempo na Filosofia enquanto preocupação humana.

Marcada pelas descobertas da Biologia e influenciada pelo
ideário burguês da época, a Psicologia preocupou-se mais com
o estudo da natureza individual do homem, deixando de lado,
neste primeiro momento, as questões sociais que afetam o
individual.

A relação da Psicologia com a Educação, desde seu início, se
baseou na tentativa de adequar o homem à vida em
sociedade.

Caberia à Educação, com o auxílio da Psicologia, promover
este ajustamento, ao mesmo tempo em que os conflitos sociais
e a origem das diferenças de classe permaneciam ocultos.

A principal influência da Psicologia na Educação deu-se no
Movimento da Escola Nova que tomou-a como ciência
fundamental da Pedagogia, segundo os princípios de que os
homens diferem entre si em potencialidades e aptidões e que é
preciso
favorecer,
pela
educação,
o
seu
pleno
desenvolvimento.
1.2 Papel da Psicologia na formação de
professores

A Psicologia da Educação são sistematizados e orientados
para contribuir com a educação e vários dos processos a ela
pertinentes,


a exemplo da organização metodológica do ensino e
aprendizagem, da avaliação, da interação professor-aluno etc.
Quem ensina, ensina o que aprendeu dos conhecimentos
construídos pela humanidade, filtrados por sua história
pregressa, consoante suas crenças, de acordo com seus
valores morais, fundado em seus ideais, conforme o momento
histórico, lugar geográfico, posição social e condição
psicológica em que se encontra etc.

Isso não permite sua neutralidade, mas também não significa
que
não
deva
primar
pela
busca
de
uma
imparcialidade/isenção no seu fazer profissional.

Então, aquele que educa ensina e, ao ensinar, aprende,
reeducando-se na construção de um conhecimento que lhe
permitirá descobrir como ensinar, através do como o outro
aprende.

Nesse processo o professor afeta e é afetado pelo estudante,
pessoa humana como ele próprio, também com toda uma
construção histórica pregressa de si e da humanidade.

Nesse momento, há uma transformação nos e pelos
estudantes, daquilo que o professor ministrou.

Sendo, pois, afetados, os alunos repercutem, construindo o
conhecimento, e, na devolução ao professor, afetam-no, num círculo
de desequilíbrio e acomodação construtor do conhecimento.

Se nessa cadeia de eventos algo não funcionar, ou funcionar
inadequadamente, a construção do conhecimento ficará
prejudicada, podendo haver uma falha no processo de ensino
e/ou no da aprendizagem.

Neste caso, o vínculo entre professor e aluno estará
quebrado, o que poderá levar, entre outros fatores, à
desmotivação para o aprender e mesmo para o ensinar.

Ao dedicar-se aos aspectos da interação professor/aluno, a
Psicologia da Educação, pode contribuir para o
estabelecimento e/ou re-estabelecimento do vínculo
professor/aluno na escola.

Além disso, preocupada com o desenvolvimento humano, com
a interação entre as pessoas, com os processos cognitivos da
aquisição, transmissão e construção do conhecimento a
Psicologia vem auxiliar a educação e, portanto, os educadores
e educandos, no bem decorrer do ofício que envolve
professores e alunos.
UNIDADE II.
Fundamentos da Psicologia
2.1 A gênese da Psicologia - a Filosofia

Contribuições da Filosofia:

Antiguidade - Sócrates, Platão e Aristóteles

Idade Média - Filósofos-teólogos da era cristã - Santo
Agostinho e São Tomás de Aquino

As ideias a respeito da Psicologia eram abstratas e espiritualistas,
e defendiam a existência da alma como o lugar da vida psíquica.

Idade Moderna – R. Descartes, F. Bacon, G. F. Leibnitz, J. Locke,
I. Kant, G. Berkeley, D. Hume, J. Mill, J. S. Mill, A. Comte

Outras contribuições:

Astronomia – N. Copérnico, G. Galileu, J. Kepler

Física – I. Newton, R. Boyle

Biologia e Fisiologia – J. Muller, M. Hall, P. Flourens, P.
Broca, L. Galvani

Psicofísica - H. Helmholtz , E. Weber, G. T. Fechner

Medicina – W. Cullen, J.-M. Charcot, P. Janet, P. Pinel, E.
Kraepelin, S. Freud

Conceitos fundamentais:

Mecanicismo - o “espírito do mecanismo”, a imagem do
universo como uma grande máquina.


Determinismo - todo ato é determinado por eventos
passados.


Todos os processos naturais são mecanicamente determinados e
podem ser explicados pelas leis da física.
Podemos prever as mudanças que vão ocorrer no universo, por causa
da regularidade e da sequência operacional de suas partes.
Reducionismo - pode-se compreender o universo físico pela
análise e redução aos seus componentes básicos e mais
simples: moléculas e átomos.

Assim, surgiram, entre os séculos XVII e XIX:
A concepção dos seres humanos como máquinas - os seres
humanos são mecânicos


O método científico - mediante o qual era possível investigar a
natureza humana.


e os mesmos métodos experimentais e quantitativos, que tinham
alcançado sucesso no estudo dos segredos do universo físico,
podiam ser aplicados à pesquisa da natureza humana.
O mundo moderno foi dominado pela perspectiva científica

e todos os aspectos da vida passaram a ficar sujeitos a leis
mecânicas.
2.2 O Desenvolvimento da Psicologia Moderna

A Psicologia começou a alcançar uma identidade que a
distinguiu de suas raízes filosóficas quando os pesquisadores
passaram a se apoiar




na observação e
na experimentação
cuidadosamente controladas
para estudar a mente humana.

A ideia de que os métodos das ciências físicas e biológicas
poderiam ser aplicados ao estudo de fenômenos mentais.

No último quarto do século XIX a Psicologia tornou-se uma
disciplina independente, com métodos de pesquisa e
raciocínios teóricos característicos.


O método científico foi adotado como um recurso para tentar
resolver os problemas da Psicologia.
Wilhelm Wundt (1832-1920) - em dezembro de 1879, na
universidade de Leipzig, na Alemanha, implantou o primeiro
laboratório de Psicologia, onde desenvolveu estudos de
Psicologia Experimental, inaugurando/estabelecendo a
Psicologia com ciência.

Estruturou e normatizou a Psicologia:

Reuniu, classificou e agrupou os elementos da vida mental –
como sensação, sentimento, percepção, vontade e emoção;

Determinou como objeto da Psicologia – a consciência;

Estabeleceu o objetivo da Psicologia – estudar a experiência
imediata:

Analisar os processos conscientes, até chegar aos seus elementos
básicos;

Descobrir como esses elementos são sintetizados ou organizados;

Determinar as leis de conexão que governam a sua organização.

Estabeleceu como métodos de estudo - a análise ou redução, a
observação, a experimentação, a quantificação e a
introspecção.

A Psicologia deixa de ser o estudo da alma e passa a ser o
estudo da vida mental e da consciência ou dos fatos
conscientes.

Apercepção: a organização dos elementos da experiência
consciente - quando olhamos para objetos no mundo real,
vemos uma unidade ou síntese de percepções.

A consciência é ativa na organização do seu próprio conteúdo.
2.3 As Escolas em Psicologia
2.3.1 Estruturalismo

Edward Bradford Titchener (1867-1927): o objeto de estudo
da Psicologia é a experiência consciente, enquanto dependente
das pessoas que passam por ela.

Teses:



Os psicólogos deveriam estudar a consciência humana,
especialmente as experiências sensoriais (tato, olfato, visão e
audição);
Deveriam servir-se de trabalhosos estudos introspectivos
analíticos de laboratório;
Deveriam analisar os processos mentais em seus elementos,
descobrir suas combinações e conexões e localizar no sistema
nervoso as estruturas a eles relacionadas.
2.3.2 Funcionalismo

William James (1842-1910): o objetivo da Psicologia é o
estudo das pessoas vivas em sua adaptação ao ambiente.

A função da consciência é nos orientar quanto aos fins exigidos
pela sobrevivência.

A consciência é vital para as necessidades de seres complexos
num ambiente complexo.



Fluxo de consciência - a consciência flui como uma corrente, é um
fluxo contínuo.
Nossa mente está constantemente fazendo associações, revendo
experiências, iniciando, interrompendo e movendo-se para a frente e
para trás no tempo.
Hábito - quando repetimos uma ação, nosso sistema nervoso é
modificado de maneira que cada repetição se torna mais fácil que
a anterior.

John Dewey (1859-1952) - fundou uma escola experimental movimento da educação progressista.

Aplicou a Psicologia a problemas da educação - acreditava que
o ensino deveria orientar-se para o aluno, e não para o
assunto.

Atacou o reducionismo psicológico do arco reflexo, que
distinguia entre estímulo e resposta.

o reflexo forma mais um círculo e o comportamento envolvido em
uma resposta reflexa tem que ser considerado uma unidade e,
não, sensações e respostas individuais.

O comportamento deve ser tratado em termos de sua
significação para o organismo ao adaptar-se ao ambiente.

Objeto de estudo da Psicologia - o organismo total funcionando
em seu ambiente.

Influências anteriores: C. Darwin, F. Galton, H. Spencer,
criação dos Testes Mentais, Psicologia Animal.

Outros funcionalistas: J. R. Angell, H. A. Carr, R. S.
Woodworth, G. S. Hall, J. McK. Cattell, L. Witmer, W. D. Scott,
H. Münsterberg.

A Psicologia Funcional interessa-se pela mente tal como esta
funciona ou é usada na adaptação do organismo ao seu
ambiente - o que os processos mentais realizam?

Estudava a mente como um conglomerado de funções ou
processos que levam a consequências práticas no mundo real.

Devido a ênfase no funcionamento do organismo em seu
ambiente, os funcionalistas interessaram-se pelas possíveis
aplicações da Psicologia.

Psicologia Aplicada - os psicólogos funcionalistas levaram
sua Psicologia para o mundo real.

Os princípios e métodos da Psicologia podiam ser usados para
melhorar o bem-estar humano.

Ênfase nos estudos dos testes, da aprendizagem, da
percepção e outros processos funcionais que ajudam a nossa
adaptação e o nosso ajustamento ao ambiente.

Os psicólogos passaram a atuar nas escolas, na industria, nas
organizações, nas agências de publicidade, nos tribunais, nas
clínicas de orientação infantil, na saúde pública, nos hospitais,
nos centros de reabilitação, no esporte, no aconselhamento
psicológico, nas comunidades, nos meios de comunicação etc.
2.3.3 Psicanálise

Sigmund Freud (1856- 1939) - Médico vienense, que se
especializou no tratamento de problemas do sistema nervoso e,
em particular, de desordens neuróticas.

Desordem neurótica - caracteriza-se pela ansiedade
excessiva, causando depressão, fadiga, insônia, paralisia ou
outros sintomas relacionados com conflitos ou tensões.

Objeto de estudo - a personalidade normal e anormal.

Ênfase nas leis do funcionamento do aparelho psíquico, nos
determinantes da primeira infância e nos aspectos inconscientes;

E no tratamento do comportamento anormal.

Hipnose – no transe hipnótico o paciente era encorajado a
“exteriorizar pela fala” os seus problemas.

Ao rever as suas experiências traumáticas, que pareciam estar
associadas aos seus sintomas, o paciente, frequentemente,
melhorava.


Abandonou a hipnose, por resultar, em alguns casos, em cura apenas
temporária.
Associação livre - método em que o paciente repousava num
sofá e era encorajado a dizer o que quer que lhe viesse à
mente, sendo também convidado a relatar seus sonhos.

Analisava todo o material que aparecia, procurando desejos,
temores, conflitos, pensamentos e lembranças que se
encontravam além do conhecimento consciente do paciente.

O estudo da Personalidade

Personalidade - o conjunto de hábitos, atitudes e traços que
determinam o ajustamento de uma pessoa a seu ambiente.

Gordon W. Allport (1897-1967) – é a organização dinâmica
dos traços no interior do eu, formados com base nos genes
particulares que herdamos, nas existências singulares que
suportamos e nas percepções individuais que temos no mundo,
capazes de tornar cada indivíduo único em sua maneira de ser
e de desempenhar o seu papel social.

Resulta da interação de fatores genéticos (hereditários) e
ambientais (sócio culturais) que são os acontecimentos ou
demandas do meio.

Freud estudou a personalidade, por estar ligada ao
desenvolvimento do indivíduo na busca de sua subsistência,
autoproteção e satisfação.


A personalidade é temporal, relaciona-se com o meio e procura
adaptar-se.
A história pessoal de cada indivíduo é a unidade primordial e
básica para que se possa estudá-lo.

Não se deve dissociar o psíquico do físico, no
desenvolvimento de um indivíduo, visto que estão intimamente
ligados.

A personalidade é a resultante psicofísica da interação da
hereditariedade como o meio, manifestada por meio do
comportamento, cujas características são peculiares a cada
pessoa.

Temperamento - parte da personalidade que se refere aos
fenômenos característicos da natureza emocional do sujeito,


Suas reações emocionais e suas peculiaridades de humor;
Depende de aspectos da hereditariedade e da constituição
fisiológica, que determinam e interferem no seu modo de agir e
na intensidade da sua vitalidade e emotividade.


Envolve, por exemplo, sensibilidade à estimulação, intensidade e
rapidez de resposta aos estímulos, irritabilidade etc.
Caráter - parte da personalidade que se refere ao conjunto
das características (boas ou más) que determinam a conduta,
a concepção moral, a firmeza e a coerência de atitudes e o
domínio de si mesmo.

Está relacionado com o padrão moral do indivíduo.
UNIDADE III.
Concepções epistemológicas
para as teorias psicológicas
3.1 CONCEPÇÃO INATISTA
(Nativista, Apriorista, Racionalista)

Inspirada nas premissas do idealismo filosófico,

O qual parte do princípio de que a consciência é que determina a
vida.

Nada existe fora do ser humano - o mundo real é um mero
fenômeno da consciência.

As capacidades básicas do ser humano (personalidade,
valores, comportamentos, formas de pensar etc.) são inatas,
isto é, já se encontram prontas no momento do nascimento.

O ser humano já nasce pronto.

O destino individual de cada ser humano já estaria determinado
ao nascimento.

Os eventos que ocorrem após o nascimento não são
essenciais ou importantes para o desenvolvimento.

A prática pedagógica
contextualizadas,

não
advém
de
circunstâncias
Mas se fundamenta nas capacidades básicas do ser humano.

A prática escolar não importa, nem desafia o aluno, já que
está restrita àquilo que o educando já traz em si.


O desenvolvimento biológico é que é determinante para a
aprendizagem.
O processo de ensinar e aprender só pode acontecer na
medida em que o educando estiver maduro para aprender.

A educação terá apenas o papel de aprimorar o educando.

Justifica práticas pedagógicas baseadas no reforço das
características inatas, onde o sucesso ou o fracasso escolar
estão no educando - nunca na escola.

O papel do professor é minimizado.
3.2 CONCEPÇÃO EMPIRISTA
(Ambientalista, Behaviorista, Comportamentalista)

Inspirada no empirismo,


Privilegia a experiência como fonte do conhecimento e
formação de hábitos,


corrente filosófica que enfatiza a experiência sensorial no
conhecimento da realidade humana.
atribuindo um grande poder ao ambiente no desenvolvimento e
na constituição das características humanas.
Preocupa-se em explicar o comportamento através da
observação, descartando a análise de aspectos mentalistas,
como raciocínio, desejos, fantasias, sentimentos etc.

Destaca e valoriza a importância de medir, testar, comparar,
experimentar e controlar o comportamento do educando e sua
aprendizagem.

O ser humano é concebido como um ser plástico, que
desenvolve suas características em função das condições
presentes no meio em que se encontra.

O ambiente é mais importante do que a maturação biológica.

Os estímulos presentes numa dada situação é que levam ao
aparecimento de um determinado comportamento.

Os estímulos ambientais controlam o comportamento,

fazendo com que aumente ou diminua a frequência com que
ele aparece ou fazendo com que ele desapareça ou fazendo
com que só apareça em situações consideradas adequadas ou
que se refine e se aprimore etc.

O indivíduo é um ser extremamente reativo à ação do meio.

Mudanças no comportamento podem ser provocadas;

As consequências positivas provocam um aumento na
frequência com que o comportamento aparece - reforçamento.

As consequências negativas levam a uma diminuição na
frequência com que certos comportamentos ocorrem –
punição.

Para eliminar um comportamento inadequado, pode-se
quebrar a ligação estabelecida entre o comportamento
indesejável e algumas de suas consequências, retirando-se
do ambiente essas consequências que o mantém – extinção.

Aprendizagem - processo pelo qual o comportamento é
modificado como resultado da experiência.

Para que ocorra é preciso que se considere:

A natureza dos estímulos presentes na situação,

O tipo de resposta que se espera obter,

O estado físico e psicológico do organismo

E o que resultará da própria aprendizagem - como mais
conhecimentos, elogios, prestígio, notas altas etc.

Novas aprendizagens ocorrem através da manipulação dos
estímulos que vêm antes e depois do comportamento,


sendo necessária uma análise profunda da forma como o
indivíduo atua em seu ambiente, identificando os estímulos que
provocam o aparecimento do comportamento e as
consequências que o mantém - análise funcional do
comportamento.
Em sala de aula, a concepção empirista tem sua importância
no planejamento do ensino, na organização das condições
para que a aprendizagem ocorra, no esclarecimento dos
objetivos instrucionais e operacionais, na sequência das
atividades que levarão aos objetivos propostos e nos
reforçadores que serão utilizados.
3.3 CONCEPÇÃO INTERACIONISTA

O organismo e o meio exercem influências recíprocas,
acarretando mudanças sobre o indivíduo.

Da interação entre o organismo e o mundo físico e social
resulta a aquisição de conhecimentos;




É um processo construído pelo indivíduo,
Através de sua ação sobre o mundo,
E que dura a vida toda.
As experiências anteriores servem de base para novas
construções de conhecimentos, que não serão adquiridos
passivamente, mas graças as pressões que o meio exerce
sobre o indivíduo e as relações que o mesmo estabelece com
o ambiente numa determinada situação.
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