O ecstasy é a
droga do
momento:
centenas de
jovens, embalados
por músicas e
luzes, consomem
esta substância,
em raves e boates.
Este é o cenário de uma rave,
embalada por techno, luzes e o
ecstasy. O MDMA (N-Metil-3,4metilenodioxiamfetamina,
comumente conhecido como
Ecstasy é uma droga com intensa
atividade psicotrópica.
O mecanismo de ação é o
mesmo da grande maioria
das drogas tipo-anfetamina: é
a potencialização dos
sistemas nervosos central e
periférico, devido ao aumento
na produção de acetilcolina.
Acetilcolina é um dos
neurotransmissores,
moléculas que transmitem
sinais químicos entre os
neurônios. Mas os principais
efeitos mentais que o MDMA
provoca devem-se a sua
interferência no SNC.
Ele está associado a vários
fatores no cérebro, como o
sono, sonho, humor, euforia,
percepção sensorial, etc.. O
MDMA provoca uma liberação
massiva de 5-HT e, por isso,
apresenta um forte efeito
sobre o humor.
Após algum tempo, o estoque
de 5-HT vai acabando e a
biossíntese não atende a
demanda. Chega-se ao
estado de depressão e
esgotamento, que ocorre
entre 6 a 8 horas após a
ingestão da droga.
Os efeitos da droga MDMA no
organismo são muito
pronunciados, variando desde o
estímulo até o relax. A droga
potencializa os estímulos
sensoriais; por isso, nas raves,
os usuários encontram um
ambiente perfeito, cheio de
música e luzes.
Na psiquiatria, o MDMA era utilizado
para surtir os mesmos efeitos que,
hoje, são causados pelo Prozac
(fluoxetina), conhecida como a
droga da felicidade.
Entretanto, um dos
piores e mais
perigosos efeitos
colaterais causados
pelo ecstasy é a
súbita elevação da
temperatura corpórea
(o MDMA provoca
hipertermia).
Isto pode causar uma
desidratação profunda e, em
muitos casos, levar à morte.
Nas raves, os usuários
costumam ingerir litros de
água, tentando resfriar e
hidratar o corpo.
Desde os tempos mais
remotos, o homem tem se
utilizado de substâncias
químicas, encontradas em
plantas ou, mais
recentemente, sintéticas, para
provocar alterações no seu
estado mental.
Algumas vezes associadas a
cultos religiosos, ritos
espirituais ou práticas de
iniciação, as drogas sempre
fascinaram a humanidade. Por
serem capazes de alterar
profundamente a personalidade
e interesses humanos, algumas
drogas, com o passar dos anos,
se tornaram ilícitas.
Outras, entretanto, como o
etanol, a nicotina e a cafeína,
continuam legais, fazendo
com que determinados
grupos na sociedade se
enriqueçam cada vez mais, a
despeito dos males
conseqüentes do uso
deliberado destas drogas.
Muitos usuários relatam
efeitos desconfortáveis,
como cólicas, vômito e
paranóias. Algumas pessoas
ficam deprimidas nos dias
posteriores a ingestão da
droga.
A linha que separa as drogas
lícitas das ilícitas é tênue e,
muitas vezes, imaginária.
Muito mais do que
embasamento científico, esta
distinção se faz com base em
parâmetros comerciais.
Qual presidente seria
corajoso o suficiente para,
por exemplo, banir o álcool
ou a nicotina de seu país?
O ecstasy é apenas mais
uma droga, destas que
costumam aparecer a cada
geração.
Com o acentuado avanço da
química orgânica nas últimas
décadas, não será surpresa se,
nos próximos anos, novas
substâncias, com efeitos
diversos, sejam escolhidas pelos
jovens e adolescentes como
novas portas para a fuga da
realidade.
Fonte: QMCWEB
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Ecstasy