DROGAS E ÁLCOOL NO TRABALHO MBA – FEG – UNESP – GUARATINGUETÁ – SP 4 DE NOVEMBRO DE 2010 TRABALHO APRESENTADO PELOS ALUNOS DO COTEL - LORENA * Este trabalho foi executado pelos alunos do Colégio Técnico de Lorena – COTEL – valendo como nota na Avaliação Bimestral, na Disciplina “Psicologia Aplicada ao Trabalho”, na turma do 3o. ano, e apresentado em 6 de novembro de 2009. * O grupo o apresentou com desenvoltura e conhecimento, o que motivou a professora a utilizá-lo em suas aulas da Graduação, tanto na EEL-USP como na FEG-UNESP. DROGAS “Droga”, em seu sentido original, é um termo que abrange uma grande quantidade de substâncias, que pode ir desde o carvão à aspirina. * Contudo, há um uso corrente mais restritivo do termo (surgido após quase um século de repressão ao uso de certas substâncias), remetendo a qualquer produto alucinógeno (ácido lisérgico, heroína etc.) que leve à dependência química e, por extensão, a qualquer substância ou produto tóxico (tal como o fumo, álcool etc.) de uso excessivo, sendo um sinônimo assim para entorpecentes. •* CONSUMO DE DROGAS * O ser humano sempre procurou fugir de sua condição natural cotidiana, empregando substâncias que aliviassem seus males ou que propiciassem prazer. TIPOS DE DROGAS * Depressivas = aumentam a frequência cerebral e podem dificultar o processamento das mensagens que são enviadas ao cérebro. Exemplos: álcool, heroína e maconha. * Psicodistrópticas ou alucinógenas = têm por característica principal a despersonalização em maior ou menor grau. Exemplos: LSD, chá de cogumelo e DMT. * Psicotrópicas ou estimulantes = produzem um aumento da atividade pulmonar, diminuem a fadiga, aumentam a percepção ficando os demais sentidos ativados. Exemplos: cocaína, crack, cafeína, ecstasy e anfetaminas. AS DROGAS MAIS COMUNS EM ALGUMAS PROFISSÕES * Médicos e enfermeiros: Especialmente anestesistas, cirurgiões e profissionais que trabalham em UTI tendem a consumir os chamados opiáceos, como a morfina e a dolatina. Após duas ou três vezes de uso, a pessoa pode tornar-se dependente. * Caminhoneiros e motoristas de ônibus: As anfetaminas são as mais utilizadas por esses profissionais. Como, muitas vezes, são obrigados a se manter acordados a recorrem à droga. O efeito cessa abruptamente e o usuário pode dormir no volante, causando sérios acidentes. * Operadores da Bolsa de Valores, advogados, publicitários e jornalistas: A pressão do tempo, o acúmulo de trabalho e a necessidade de produzir intensamente levam à escolha da cocaína, droga altamente estimulante, nesses profissionais; o álcool também é praxe, principalmente para relaxar. * Marinheiros e estivadores: Esses profissionais, como os demais que trabalham em espaços abertos são propensos a consumir maconha, crack ou drogas injetáveis. * Jovens profissionais: Ecstasy e crack, as drogas da moda, são as que mais atraem o público jovem, que já começa a semana de trabalho baqueado pelos excessos cometidos nas baladas de final de semana. Como cada droga interfere na rotina do trabalhador Álcool Os efeitos físicos são: sensação de moleza, cansaço, dificuldade para se concentrar a dor de cabeça e enjoo, entre outros. Há desconforto também para quem trabalha ao lado. Ele é responsável por grande parte dos acidentes de trabalho que ocorrem após o almoço. São inquietos, ansiosos e, às vezes, agressivos quando querem beber e não podem. Cigarro: Aproximadamente a cada 30 minutos, o fumante começa a apresentar sintomas sutis de abstinência, como irritabilidade, inquietação, ansiedade e queda na concentração. É comum que ele conviva com esses sintomas o dia todo, livrando-se deles só ao acender um cigarro. Outra decorrência do abuso é a queda na produtividade. Maconha: Quando retoma as suas atividades, quem usa maconha tende a ficar desatento, disperso e com dificuldade para realizar tarefas mais complexas ou para processar várias informações ao mesmo tempo. Quem consome a droga três vezes por semana, pelo menos, pode apresentar menor motivação no dia-a-dia. Cocaína: Em geral, usuários de cocaína tendem a ficar instáveis mentalmente, apresentando comportamento mais impulsivo e irritadiço. O consumo no trabalho pode deixar o usuário muito eufórico em uma reunião, agressivo em outra e, não raro, deprimido após o efeito do entorpecente.. A instabilidade emocional, então, é constante no ambiente de trabalho. Ecstasy: O ecstasy é uma substância psicotrópica. É chamada droga de recreio ou de desenho, pois possui ação estimulante e alucinógena. Seus efeitos surgem após vinte e setenta minutos, atingindo estabilidade em duas horas, pode agrupar efeitos da cannabis, das anfetaminas e do álcool. Os jovens são quem mais utilizam essa droga principalmente em finais de semana, em festas e baladas. USO DE DROGAS Uso na vida: quando a pessoa fez uso de qualquer droga pelo menos uma vez na vida; Uso no ano: quando a pessoa utilizou drogas pelo menos uma vez nos 12 meses que antecederam uma provável consulta. Uso no ano: quando a pessoa utilizou drogas pelo menos uma vez nos 12 meses que antecederam uma provável consulta. Uso frequente: quando a pessoa utilizou drogas seis ou mais vezes nos 30 dias que antecederam a provável consulta. Uso de risco: padrão de uso ocasional, repetido ou persistente, que implica em alto risco de dano futuro à saúde física ou mental do usuário, mas que ainda não resultou em significantes efeitos mórbidos. Uso prejudicial: padrão de uso que já cause dano à saúde física ou mental. DEPENDÊNCIA •Existe quando ocorrer pelo menos 3 dos seguintes sintomas ao longo de um ano: - Forte desejo ou compulsão de consumir drogas; - Consciência de dificuldades na capacidade de controlar a ingestão de drogas; - Uso de substâncias psicoativas para atenuar sintomas de abstinência com plena consciência da efetividade de tal estratégia; - Estado fisiológico de abstinência; - Evidência de tolerância, necessitando de doses crescentes da substância para alcançar os efeitos antes produzidos; - Negligência progressiva de prazeres e interesses outros em favor do uso de drogas. - Persistência no uso, a despeito de manifestações danosas. CONSEQUÊNCIAS Trabalhadores: aumento do absentismo, mau relacionamento com chefia e/ou colegas, perda constante de empregos, ou aumento dos acidentes de trabalho. Diminuição da motivação, do aumento dos conflitos e do aumento da exposição a acidentes de trabalho, o que reduz a produtividade. Empresas: perdas de mão de obra, de clientes, gastos com saúde e segurança. Diminuição da eficácia da força de trabalho, o aumento das perdas e defeitos na produção e o aumento dos acidentes de trabalho, diminuição da produtividade e consequente diminuição da competitividade. Clientes: menor qualidade e da existência de defeitos dos produtos adquiridos, através da redução da qualidade do serviço e consequente aumento dos preços do produto final. ALCOOLISMO No Brasil, o alcoolismo é o terceiro motivo para absenteísmo no trabalho, causa mais frequente de aposentadorias precoces e acidentes no trabalho e a oitava causa para concessão de auxílio doença pela Previdência Social. * O Alcoolismo é o segundo transtorno psiquiátrico mais prevalente na atualidade, sendo superado apenas pelas depressões. * Caracteriza-se pela busca ou uso compulsivo, repetitivo do álcool a despeito das consequências físicas e/ou psicológicas, sociais e morais. * Quanto mais precoce o início do alcoolismo e mais tardia a intervenção terapêutica, maior a chance de tornar-se mais grave e com maior dificuldade de recuperação. * O alcoolismo é tão grave que às vezes toda a família deve ser tratada, tamanho o estrago ocorrido no relacionamento e conflitos familiares, devido os longos períodos da permanência do indivíduo em seu consumo abusivo. * Apesar do desconhecimento da maioria das pessoas, o álcool também é considerado uma droga psicotrópica, pois atua no sistema nervoso central provocando mudanças no comportamento de quem o consome, além de ter potencial para desenvolver dependência. * Apesar da ampla aceitação social o consumo abusivo de bebidas alcóolicas passa a ser um problema. * Além dos inúmeros acidentes de trabalho, no trânsito e a violência associada a episódios de embriaguez, o consumo abusivo de álcool a longo prazo, frequência e circunstâncias, pode provocar o quadro de dependência conhecido como alcoolismo. * O consumo abusivo do álcool tornou-se, então, problema de saúde pública, acarretando altos custos para a sociedade e envolvendo questões médicas, psicológicas, familiares, profissionais e morais. COMO EMPRESAS MODERNAS AUXILIAM OS FUNCIONÁRIOS DEPENDENTES - Deixam claro que o empregado que participar do programa não será demitido, mas sim orientado e tratado. - Incluem esses programas em outros maiores, de qualidade de vida, o que diminui o preconceito com o tema. - Não obrigam o profissional a aderir; a participação é sempre voluntária. - Montam equipes multidisciplinares que coordenam o programa, formadas por médicos, psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais, entre outros profissionais. - Montam equipes de monitores -funcionários treinados para "educar", orientar e encaminhar para tratamento eventuais dependentes químicos. - Oferecem consultas com psicólogos, dentro e fora da empresa. - Custeiam tratamentos ambulatoriais, internações e medicamentos. - Estendem a familiares alguns dos benefícios oferecidos aos empregados. CONCLUINDO... Acredito ter sido de suma importância falarmos sobre as drogas e sobre o álcool no ambiente de trabalho. Vocês, futuros engenheiros, deverão estar atentos a qualquer indício de uso de drogas e de abuso de consumo de álcool, principalmente, seja pelos comportamentos diferentes que o funcionário demonstre, como pela ineficiência que antes não apresentava em seu trabalho. Só assim poderão, realmente, auxiliá-los a se livrarem desse grande mal que assola as organizações e as pessoas em geral, além de servir de alerta para todos nós.