UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Denize Zaduski ANÁLISE DE CONTROLE DE QUALIDADE DE TESTES DE ESPIROMETRIA EM UNIDADES SESI CURITIBA 2010 ANÁLISE DE CONTROLE DE QUALIDADE DE TESTES DE ESPIROMETRIA EM UNIDADES SESI CURITIBA 2010 Denize Zaduski ANÁLISE DE CONTROLE DE QUALIDADE DE TESTES DE ESPIROMETRIA EM UNIDADES SESI Monografia apresentada ao Curso de Pós Graduação - Especialização em Auditoria e Gestão em Saúde da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do título de Gestor e Auditor na Área da Saúde. Orientadora: Profª Dra. Ana Maria Dyniewicz. CURITIBA 2010 TERMO DE APROVAÇÃO Denize Zaduski ANÁLISE DE CONTROLE DE QUALIDADE DE TESTES DE ESPIROMETRIA EM UNIDADES SESI Monografia apresentada ao Curso de Pós Graduação - Especialização em Auditoria e Gestão em Saúde da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do título de Gestor e Auditor na Área da Saúde. Curitiba, ______________________ Curso de Auditoria e Gestão Universidade Tuiuti do Paraná Orientadora: _________________________________ Profª Dra. Ana Maria Dyniewicz SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO........................................................................................................6 2 OBJETIVOS............................................................................................................9 3 ESPIROMETRIA: HISTÓRIA, CONCEITOS E ATRIBUTOS...............................10 4 NORMAS E RECOMENDAÇÕES PARA A ESPIROMETRIA.............................12 5 TREINAMENTO EM ESPIROMETRIA DOS TÉCNICOS DOS SESI...................16 6 METODOLOGIA....................................................................................................18 7 RESULTADOS......................................................................................................19 8 CONCLUSÃO........................................................................................................30 REFERÊNCIAS........................................................................................................32 ANEXOS...................................................................................................................35 LISTA DE TABELAS TABELA 1 – Total de exames de espirometria por unidade SESI Paraná........................................................................................................................19 TABELA 2 – Distribuição dos exames realizados com dificuldade por unidade......................................................................................................................20 TABELA 3 – Distribuição dos percentuais de erros técnicos nas unidades avaliadas...................................................................................................................22 TABELA 4 – Porcentagem de tipos de erros encontrados na unidade de Curitiba......................................................................................................................23 TABELA 5 – Porcentagem de tipos de erros encontrados na unidade de Cascavel....................................................................................................................24 TABELA 6 – Porcentagem de tipos de erros encontrados na unidade de Toledo........................................................................................................................24 TABELA 7 – Porcentagem de tipos de erros encontrados na unidade de Francisco Beltrão.....................................................................................................25 TABELA 8 – Porcentagem de tipos de erros encontrados na unidade de Pato Branco (Dois Vizinhos)............................................................................................25 TABELA 9 – Porcentagem de tipos de erros encontrados na unidade de Foz do Iguaçu........................................................................................................................26 TABELA 10 – Porcentagem de tipos de erros encontrados na unidade de Quatro Barras...........................................................................................................26 TABELA 11 – Porcentagem de tipos de erros encontrados na unidade de São José dos Pinhais......................................................................................................27 TABELA 12 – Porcentagem de tipos de erros encontrados na unidade de Rio Negro.........................................................................................................................27 TABELA 13 – Porcentagem de tipos de erros encontrados na unidade de Arapongas.................................................................................................................28 TABELA 14 – Porcentagem de tipos de erros encontrados na unidade de Londrina....................................................................................................................28 RESUMO O SESI do Paraná é uma instituição que desempenha ações juntamente com as indústrias para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. Isto é conseguido por meio de serviços como o PCMSO, que realiza consultas clínicas e exames de auxílio diagnóstico. Dentre estes se destaca o exame de espirometria, que é a medida do ar que entra e sai dos pulmões. O objetivo deste trabalho foi analisar a aplicação dos critérios de qualidade na realização do exame de espirometria pelos técnicos do SESI. Foram avaliados 787 exames de espirometria realizados no mês de Abril de 2010, em 12 unidades. A unidade que apresentou um maior percentual de erro foi São José dos Pinhais com 57,6%, seguida de Arapongas com 53,6% e Cascavel com 39,4%. A unidade de Apucarana não apresentou nenhum erro técnico no período. Foi analisado também cada unidade em relação aos tipos de erros mais freqüentes. Concluímos que os erros técnicos encontrados não estão relacionados com os equipamentos utilizados, qualidade do treinamento aplicado, infra-estrutura da unidade ou escolaridade do técnico. A falta de atenção em observar o cumprimento dos critérios de qualidade do exame foi a causa principal dos erros encontrados, sugerindo que há necessidade de treinamento continuado e feedback para os técnicos envolvidos. Palavras-chave: Espirometria; Controle de Qualidade; Saúde Ocupacional; Saúde do Trabalhador; Saúde e Segurança no Trabalho. 1 INTRODUÇÃO O SESI (Serviço Social da Indústria) é uma instituição que nasceu após a Segunda Guerra Mundial, em meio a um sentimento de esperança de prosperidade e harmonia com a eleição do presidente Eurico Gaspar Dutra (SESI, 2010a). Em 25 de junho de 1946, com o decreto-lei 9.403, foi atribuído à Confederação Nacional da Indústria (CNI) a criação do SESI. Os principais atores envolvidos neste cenário foram Roberto Simonsem, do estado de São Paulo, e Euvaldo Lodi, do Rio de Janeiro, que acreditavam que o crescimento do Brasil estava atrelado à uma tranqüilidade social e a solidariedade entre patrões e empregados (SESI, 2010a). A criação do SESI teve portanto um caráter de união. O SESI “foi uma das primeiras instituições privadas de prestação de serviços assistenciais construída com recursos e com a direção do empresariado“(SESI, 2010a). O SESI Paraná apresenta como missão “promover a qualidade de vida do trabalhador e de seus dependentes, com foco na educação, saúde e lazer e estimular a gestão socialmente responsável da empresa industrial” (SESI, 2010b). As áreas de atuação do SESI Paraná podem ser divididas em três vertentes: 1) Educação para a nova indústria; 2) Indústria saudável e 3) Responsabilidade social corporativa. Com a vertente da Indústria Saudável o SESI Paraná desempenha ações juntamente com as indústrias para melhorar a qualidade de vida do trabalhador, realizando programas de promoção da saúde e prevenção de doenças e acidentes de trabalho, além de estimular o trabalhador para que adote uma atitude preventiva e estilo de vida saudável (SESI, 2010b). As principais linhas de ação do programa da Indústria Saudável são a Segurança e Saúde no Trabalho, o Esporte e Lazer e a Cultura (SESI, 2010c). A Segurança e Saúde no Trabalho enfoca nas ações integradas de segurança e saúde relacionadas especificamente com o trabalho e com o objetivo de agregá-las ao planejamento estratégico e aos negócios da empresa, tendo como metas a redução de custos, melhoria no ambiente de trabalho, na produtividade e na imagem da empresa, atendendo às exigências éticas e legais (SESI, 2010d). Dentre os produtos e serviços oferecidos pelo SESI Paraná na área de Segurança e Saúde no Trabalho, podemos destacar o Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO), que se destina a “preservar a saúde e integridade dos trabalhadores através da prevenção, detecção precoce, monitoramento e controle de possíveis danos à saúde do trabalhador, causados pelos riscos existentes no ambiente de trabalho“ (SESI, 2010e). Isto é conseguido com a agregação de outros serviços, como consultas clínicas ocupacionais e o auxílio diagnóstico, sendo que este último reúne exames que têm como objetivo a identificação e monitoramento de doenças, visando a promoção e manutenção da saúde do trabalhador. São ofertados exames de audiometria, teste de visão, espirometria, radiologia, eletrocardiograma, eletroencefalograma, exames laboratoriais clínicos e toxicológicos (SESI, 2010f). Espirometria é um termo derivado do latim spirare + metrum e sua tradução poderia ser descrita como a medida da respiração. Sendo assim, podemos definir Espirometria como um teste em que medimos o ar que entra e sai dos pulmões (SBPT, 1996; 2002) . É o teste funcional mais utilizado na prática clínica (NEDER et al., 2006) e tem como principais objetivos auxiliar na prevenção de doenças, na realização de diagnósticos e na quantificação de alterações ventilatórias. A espirometria é um exame curioso em medicina por ser esforço-dependente, exigindo a colaboração e compreensão do paciente para a sua realização (SBPT, 1996; 2002; FERGUSON et al., 2000; PETTY, 2001; MILLER et al., 2005b). Este teste depende da utilização de equipamentos exatos e da aplicação de técnicas padronizadas empregadas por pessoas especialmente capacitadas para sua execução (SBPT, 1996; 2002; FERGUSON et al., 2000; MILLER et al., 2005b). 2 OBJETIVOS Este trabalho teve como objetivos avaliar a aplicação dos critérios de qualidade do teste de espirometria pelos técnicos nas unidades do SESI no estado do Paraná, analisar os fatores que levaram ao não cumprimento destes critérios e sugerir estratégias para melhorar a qualidade dos exames. 3 ESPIROMETRIA: HISTÓRIA, CONCEITOS E ATRIBUTOS A aplicação prática da espirometria tem seu registro pioneiro em 1846 com John Hutchinson, que definiu e mediu a capacidade vital simples em indivíduos saudáveis (GOTTSCHALL, 1980; PEREIRA, 1992; YERNAULT, 1997). Em 1933, Hermannsen registrou a ventilação máxima e acrescentou a medida do tempo associado aos volumes pulmonares (GOTTSCHALL, 1980; YERNAULT, 1997). A popularização das medidas espirométricas nos anos 40 foi feita por Cournand, Darling e Richards. No final dos anos 40, Tiffeneau e Gaensler iniciaram a prática da análise do espirograma. O mesmo Tiffeneau, juntamente com Pinelli, publicou em 1947 na revista Paris Medical, os primeiros resultados dos registros da manobra expiratória forçada (GOTTSCHALL, 1980; PEREIRA, 1992; YERNAULT, 1997). A história registra outros investigadores que contribuíram para o progresso da confiança diagnóstica dos testes de função pulmonar, e mais particularmente da espirometria (GOTTSCHALL, 1980; YERNAULT, 1997). A espirometria, na definição atual e fisiológica, é um teste que mede a capacidade do indivíduo inspirar e expirar volumes de ar em função do tempo. O sinal elementar medido durante a execução do exame pode ser o volume ou o fluxo (MILLER et al., 2005b). A medida dos fluxos e volumes é realizada por equipamentos chamados espirômetros, que podem ser divididos em duas categorias: espirômetros que medem diretamente o volume de ar (espirômetros com deslocamento de volume) ou espirômetros que medem diretamente o fluxo de ar (espirômetros baseados em fluxo) (SBPT, 1996; 2002). Na atualidade, a maioria dos equipamentos adota medidores de fluxo de ar conhecidos com pneumotacógrafos (NEDER et al., 2006). 4 NORMAS E RECOMENDAÇÕES PARA A ESPIROMETRIA A ABNT e as várias sociedades nacionais e internacionais estabeleceram como requisitos de qualidade para os equipamentos de espirometria padrões mínimos em relação à sua capacidade, acurácia, erro, linearidade e registros gráficos. Todos os equipamentos devem ser testados e aprovados pelas sociedades de especialidades e laboratórios de referência em função pulmonar antes da sua utilização na prática clínica ou em pesquisa (SBPT, 1996; 2002). A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), nas suas Diretrizes para Testes de Função Pulmonar de 2002 e em seu Consenso sobre Espirometria de 1996, recomenda que os laboratórios de função pulmonar devam ter seus equipamentos informatizados, devido ao fato que os testes por eles realizados são muito mais eficientes e confiáveis. A utilização de espirômetros computadorizados apresenta como vantagens o número reduzido de erros de cálculo, a calibração destes aparelhos é mais consistente, apresentam uma menor variabilidade das medidas repetidas, um tempo reduzido para alcançar o final do teste, proporciona a padronização dos procedimentos, a eficiência no armazenamento e recuperação de dados e somado a isto o computador também permite a inspeção imediata das medidas, especialmente aquelas relacionadas aos resultados questionáveis, além da facilidade de impressão de relatórios e gráficos. Como principais desvantagens podemos citar a menor compreensão do sistema e interação com o mesmo pelos técnicos, o aumento da complexidade do teste, o encarecimento do custo, uma demanda maior de treinamento dos técnicos e a dificuldade de atualizar e corrigir eventuais problemas do software utilizado pelo espirômetro (SBPT, 1996; 2002). Quando pensamos em qualidade em exames de função pulmonar não podemos nos preocupar somente com o controle de qualidade como processo de monitorização da precisão e acurácia do teste, mas devemos abranger os demais atores e processos envolvidos na realização do exame (SBPT, 2002). Devemos, portanto, levar em consideração a manutenção do equipamento e suas características de desempenho, a calibração do equipamento (SBPT, 2002; NEDER et al., 2006), a exposição dos resultados e a manutenção dos registros (SBPT, 2002; MILLER et al., 2005a) e o treinamento do pessoal técnico e sua constante avaliação de habilidades (SBPT, 2002). Um laboratório de função pulmonar deve possuir um programa de garantia de qualidade que tenha como meta minimizar as várias causas de erros e variações, focando principalmente nos instrumentos utilizados, na equipe técnica, no procedimento realizado e sem excluir o paciente como participante ativo do processo (SBPT, 2002). Enright (2003), em seu artigo sobre a qualidade do exame de espirometria, assegura que os erros relacionados aos instrumentos utilizados para a realização do exame são muito menos comuns que os erros cometidos pelos técnicos responsáveis pelos mesmos. Excluindo-se os fatores relacionados aos equipamentos utilizados nos exames de espirometria, outros itens influenciam a acurácia e reprodutibilidade dos testes, a maioria deles estão relacionados com o técnico que realiza o exame, sendo os fatores principais o treinamento técnico realizado, a experiência adquirida, o número de exames realizados, a motivação, a habilidade motivacional e a paciência (SBPT, 2002). Macintyre (2004) afirma que um treinamento insuficiente pode reduzir substancialmente a qualidade da espirometria. As Diretrizes para Testes de Função Pulmonar da SBPT de 2002 (p.16) apontam como item principal no programa de qualidade para a realização de espirometria o técnico, que é responsável pela execução do exame. Afirma que “apenas um técnico competente e treinado pode obter a cooperação necessária do paciente e operar apropriadamente o equipamento para assegurar resultados acurados e reprodutíveis“. A ATS (American Thoracic Society) e ERS (European Respiratory Society) em sua “Standardisation of Lung Function Testing – number 1” de 2005 vai mais além na afirmação que o componente mais importante no sucesso do teste de função pulmonar é um técnico entusiasmado e bem motivado. Isto somente é conseguido com treinamento e educação apropriados e supervisão (SBPT, 2002). Uma aplicação insuficiente da técnica de realização do exame de espirometria aumenta consideravelmente o risco de interpretações equivocadas dos resultados do teste, ou seja, exames de qualidade inferior podem levar a resultados falso positivos ou falso negativos (ENRIGHT, 2003). O ponto crítico para conseguirmos um teste de espirometria adequado recai sobre a atitude do técnico na hora de instruir o paciente a realizar as manobras respiratórias necessárias para compor o exame. A qualidade fundamental para um técnico em espirometria é a motivação para conseguir o máximo de colaboração e entendimento do paciente durante o exame, sendo necessária também a capacidade de avaliar o grau de esforço e cooperação do indivíduo. “Os resultados obtidos por um técnico que não tem estas habilidades não são apenas inúteis, mas resultam em falsa informação que pode ser perigosa para o doente” (SPBT, 2002). 5 TREINAMENTO EM ESPIROMETRIA DOS TÉCNICOS DOS SESI No período de um ano, entre novembro de 2008 e novembro de 2009, 43 técnicos de espirometria de todas as unidades do SESI Paraná receberam treinamento para a realização do exame. Este treinamento realizou-se na unidade do SESI da Cidade Industrial de Curitiba, através de um curso teórico e prático com duração de 30 horas. Todos os técnicos participantes foram considerados no final da capacitação, aptos para exercer a função. Um dos enfoques deste treinamento foi a obrigatoriedade da aplicação dos critérios de qualidade para o teste de espirometria exigidos pela SBPT e também pelas sociedades internacionais ATS e ERS (Quadro 1), descritos a seguir: Quadro 1: Critério de qualidade do exame de espirometria Critérios para espirometria de boa qualidade Pelo menos três testes aceitáveis Inspiração máxima antes do início do teste Início satisfatório da expiração Evidência de esforço máximo Volume retroextrapolado < 5% da CVF ou 0,15L, o que for o maior Diferença entre os três maiores valores do PFE< 10% ou 0,5L/s, o que for maior Expiração sem hesitação Duração satisfatória do teste Em geral > 6 segundos (seg) Pelo menos 10 seg na presença de obstrução, idealmente 15 seg Término Platô no último segundo Desconforto acentuado ou risco de síncope Artefatos ausentes Tosse no 1º segundo Vazamento Obstrução da peça bucal Manobra de Valsalva Ruído glótico Resultados reprodutíveis Para CVF e VEF1 os dois maiores valores devem diferir < 0,15L Se estes critérios não são preenchidos após oito tentativas, interrompa o exame e siga com a interpretação usando os três melhores testes. Seleção das curvas para interpretação Selecione dos testes de qualidade aceitável Selecione a maior CVF Selecione o maior VEF1 das curvas com valores de PFE aceitáveis Selecione os fluxos instantâneos da curva com maior soma de CVF e VEF1, obedecido o critério anterior. FONTE: Diretrizes para testes de função pulmonar 2002 Além destes critérios, algumas regras devem ser seguidas no preparo do paciente para o exame de espirometria, prevenindo resultados falsos positivos ou negativos: 1- Ausência de infecção respiratória nas últimas três semanas; 2- Não ingerir café e chá nas últimas 6 horas antes do exame; 3- Não usar broncodilatador de curta ou longa duração nas últimas 4 a 12 horas; 4- Não ingerir álcool nas últimas 4 horas; 5- Não fumar por pelo menos 2 horas antes do exame. 6 METODOLOGIA Foi realizado um estudo transversal para avaliar a aplicação dos critérios de qualidade durante a realização dos exames de espirometria em 12 unidades do SESI Paraná. Esta pesquisa foi autorizada pela Coordenação de Saúde do Departamento Regional do SESI no Paraná. O critério de seleção utilizado para a escolha das unidades participantes do estudo foi a capacidade da transmissão dos exames e questionários via on line. Todas as unidades participantes do estudo possuíam os mesmos equipamentos para a realização das espirometrias, ou seja, espirômetros, seringas de calibração e computadores. O material de coleta de dados da pesquisa foram os exames de espirometria ocupacionais realizados pelos trabalhadores de diversos setores da indústria (ANEXO 2) e os questionários respiratórios (ANEXO 1) preenchidos pelos técnicos que aplicaram o exame. Os exames foram feitos nas cidades de origem juntamente com os questionários respiratórios, onde o técnico deveria descrever se houve ou não alguma dificuldade durante a sua realização. Estas espirometrias com seus respectivos questionários foram enviados para Curitiba via online, onde foram avaliados em conjunto por um profissional médico com especialidade em Pneumologia e habilitado para realizar a avaliação técnica dos exames e formular os laudos. 7 RESULTADOS Foram analisados 787 exames de espirometria e seus questionários respiratórios, realizados durante o mês de abril de 2010 em 12 unidades do SESI Paraná. A quantidade de exames realizados em cada unidade do SESI está apresentado na tabela a seguir: Tabela 1: Total de exames de espirometria por unidade SESI Paraná Cidade Total Curitiba 186 Cascavel 165 Toledo 12 Francisco Beltrão 60 Pato Branco 16 Foz do Iguaçu 35 Quatro Barras 121 São José dos Pinhais 33 Rio Negro 28 Arapongas 56 Londrina 49 Apucarana 26 Total 787 As cidades de Curitiba, Cascavel e Quatro Barras foram as que mais realizaram exames, correspondendo a 60% dos exames do período. Estas unidades são as que possuem as melhores e maiores condições de estrutura física e de quadro funcional. Por isso também são as que detêm a maior concentração de clientes que realizam os exames. As unidades de Curitiba, Cascavel, Quatro Barras, São José dos Pinhais e Arapongas possuem 2 técnicos treinados que realizam os testes, as demais unidades possuem somente um técnico habilitado para este fim. As unidades de Curitiba, Cascavel, Francisco Beltrão, Londrina e Rio Negro possuem um dos técnicos de espirometria com formação universitária sendo 3 fisioterapeutas e 2 enfermeiras. Os demais técnicos possuem curso técnico em enfermagem. Uma porcentagem de 17,8% dos pacientes apresentou alguma dificuldade na hora de realizar o exame, estas dificuldades foram descritas no questionário respiratório pelo técnico responsável. A dificuldade mais freqüente foi a falta de colaboração do paciente e a não compreensão da técnica de realização do mesmo. A SBPT nas suas Diretrizes para Testes de Função Pulmonar de 2002 já previu esta particularidade do exame quando relata que “a espirometria é um exame peculiar em medicina, posto que exige a compreensão e colaboração do paciente” (SBPT, 2002). A unidade que apresentou maior quantidade de exames com dificuldade técnica foi Pato Branco (68,8%) e a unidade que apresentou menor índice foi Foz do Iguaçu com 5,1% (Tabela 2). Tabela 2: Distribuição dos exames realizados com dificuldade por unidade Cidade Total de exames Dificuldade de realização Curitiba 186 16% Cascavel 165 13,5% Toledo 12 8,5% Francisco Beltrão 60 33,5% Pato Branco 16 68,5% Foz do Iguaçu 35 5,7% Quatro Barras 121 16,5% São José dos Pinhais 33 15,2% Rio Negro 28 14,3% Arapongas 56 25% Londrina 49 10,2% Apucarana 26 23,1% Estes 140 exames que foram considerados portadores de algum grau de dificuldade para serem realizados foram excluídos da amostragem dos exames com erros técnicos, pois pressupõem subjetividade na análise do problema apresentado pelo paciente, embora nem todos os exames tiveram correspondência entre o problema relatado e o erro técnico encontrado. Os exames e seus respectivos questionários avaliados neste estudo referem-se a exames de prevenção à saúde e fazem parte do rol de exames ocupacionais realizados no SESI em trabalhadores saudáveis. Assim sendo podemos excluir que os erros técnicos encontrados estejam relacionados a causas previsíveis nos consensos, como pacientes com sintomas respiratórios, história de asma, broncoconstrição, idosos, indivíduos com nível mental alterado e presença de infecções de vias aéreas (SBPT, 2002). Na avaliação dos erros técnicos, foram utilizados os critérios de qualidade apresentados no quadro 1 (MILLER et al., 2005b; SBPT, 1996; 2002). Dos 787 exames avaliados, 21,3% (168) apresentaram um ou mais erros técnicos, sua distribuição nas unidades participantes é mostrada na Tabela 3. Tabela 3: Distribuição dos percentuais de erros técnicos nas unidades avaliadas. Cidade Total Erro técnico Porcentagem Curitiba 186 29 15,6% Cascavel 165 65 39,4% Toledo 12 2 16,7% Francisco Beltrão 60 1 1,7% Pato Branco 16 4 25% Foz do Iguaçu 35 8 22,9% Quatro Barras 121 4 3,3% São José dos Pinhais 33 19 57,6% Rio Negro 28 4 14,3% Arapongas 56 30 53,6% Londrina 49 2 4,1% Apucarana 26 0 0% Total 787 168 21,3% A unidade que apresentou um percentual de erros mais elevado foi São José dos Pinhais (57.6%), seguida de Arapongas com 53,6% e Cascavel com 39,4%. As unidades com menor índice de erros encontrados em relação ao total de exames realizados foram Francisco Beltrão com 1,7% e Quatro Barras com 3,3%. A unidade de Apucarana não apresentou nenhum erro técnico no período avaliado. Estes dados estão em contradição com a afirmação das Diretrizes para Testes de Função Pulmonar de 2002 que assegura que os centros com maior número de exames realizam melhor os testes, visto que as unidades de Curitiba e Cascavel que realizaram 44,6% de todos os exames não estão incluídas entre as unidades que apresentaram os menores índices de erros técnicos. Esta hipótese também é confirmada analisando-se os dados das unidades de Francisco Beltrão e Apucarana que são centros menores em comparação com Curitiba, Cascavel e Quatro Barras e no entanto apresentaram os menores índices de erros técnicos. Nas tabelas apresentadas na seqüência estão distribuídos os tipos de erros mais freqüentemente encontrados por unidade analisada. Os erros técnicos podem se somar, ou seja, um exame pode apresentar mais de um tipo de erro, por esta razão nas análises realizadas, em alguns casos, a soma das porcentagens dos erros encontrados está acima de 100%. Tabela 4: Porcentagem de tipos de erros encontrados na unidade de Curitiba Curitiba % de erros técnicos Falta de esforço inicial 3,4% Diferença dos PFE maior que 0,5L/s 44,8% TEF menor que 6 seg. 13,8% Ausência de platô 17,2% Presença de artefatos 37,9% Falta de reprodutibilidade 6,9% O erro mais freqüente encontrado na unidade de Curitiba foi a diferença entre os três maiores picos de fluxo acima de 10% ou 0,5L/s em 44,8% dos casos, seguido da presença de artefatos nas curvas em 37,9%. O erro técnico menos freqüente foi a falta de reprodutibilidade nos exames analisados em 6,9% dos casos. Tabela 5: Porcentagem de tipos de erros encontrados na unidade de Cascavel Cascavel % de erros técnicos Falta de esforço inicial 0% Diferença dos PFE maior que 0,5L/s 95,4% TEF menor que 6 seg. 1,5% Ausência de platô 0% Presença de artefatos 15,4% Falta de reprodutibilidade 0% Na unidade de Cascavel o erro mais freqüentemente encontrado foi a diferença entre os três maiores picos de fluxo acima de 10% ou 0,5L/s em 95,4% dos casos, seguido pela presença de artefatos nas curvas em 15,4%. Nenhum erro relacionado a falta de esforço inicial, ausência de platô no final da curva e falta de reprodutibilidade foi encontrado. Tabela 6: Porcentagem de tipos de erros encontrados na unidade de Toledo Toledo % de erros técnicos Falta de esforço inicial 0% Diferença dos PFE maior que 0,5L/s 100% TEF menor que 6 seg. 0% Ausência de platô 0% Presença de artefatos 0% Falta de reprodutibilidade 0% Na unidade do SESI de Toledo 100% dos erros encontrados estavam relacionados com a diferença entre os três maiores picos de fluxo acima de 10% ou 0,5L/s. Entre os 12 exames realizados no período 2 apresentaram este tipo de erro. Tabela 7: Porcentagem de tipos de erros encontrados na unidade de Francisco Beltrão Francisco Beltrão % de erros técnicos Falta de esforço inicial 0% Diferença dos PFE maior que 0,5L/s 0% TEF menor que 6 seg. 0% Ausência de platô 0% Presença de artefatos 0% Falta de reprodutibilidade 100% Em Francisco Beltrão foram realizados 60 exames no período analisado e em somente 1 caso foi encontrado erro técnico, este estava relacionado a falta de reprodutibilidade do teste. Tabela 8: Porcentagem de tipos de erros encontrados na unidade de Pato Branco (Dois Vizinhos) Pato Branco ( Dois Vizinhos) % de erros técnicos Falta de esforço inicial 25% Diferença dos PFE maior que 0,5L/s 75% TEF menor que 6 seg. 0% Ausência de platô 0% Presença de artefatos 0% Falta de reprodutibilidade 0% Dos 16 exames realizados na unidade de Pato Branco, 4 apresentavam erros técnicos distribuídos em falta de esforço inicial em 25% dos casos e em 75% a diferença entre os três maiores picos de fluxo estava acima de 10% ou 0,5L/s. Tabela 9: Porcentagem de tipos de erros encontrados na unidade de Foz do Iguaçu Foz do Iguaçu % de erros técnicos Falta de esforço inicial 0% Diferença dos PFE maior que 0,5L/s 37,5% TEF menor que 6 seg. 0% Ausência de platô 0% Presença de artefatos 75% Falta de reprodutibilidade 0% Em Foz do Iguaçu a maior porcentagem de erros estava relacionada a presença de artefatos nas curvas em 75%, seguida da diferença entre os três maiores picos de fluxo acima de 10% ou 0,5L/s em 37,5% dos casos. Os demais tipos de erros não foram encontrados. Tabela 10: Porcentagem de tipos de erros encontrados na unidade de Quatro Barras Quatro Barras % de erros técnicos Falta de esforço inicial 0% Diferença dos PFE maior que 0,5L/s 25% TEF menor que 6 seg. 0% Ausência de platô 0% Presença de artefatos 75% Falta de reprodutibilidade 0% Na unidade de Quatro Barras dos 121 exames analisados somente em 4 exames haviam erros técnicos. Destes 75% foram relacionados a presença de artefatos nas curvas e 25% foram devido a diferença entre os três maiores picos de fluxo acima de 10% ou 0,5L/s. Tabela 11: Porcentagem de tipos de erros encontrados na unidade de São José dos Pinhais São José dos Pinhais % de erros técnicos Falta de esforço inicial 5,3% Diferença dos PFE maior que 0,5L/s 52,6% TEF menor que 6 seg. 31,6% Ausência de platô 0% Presença de artefatos 42,1% Falta de reprodutibilidade 10,5% A unidade de São José dos Pinhais foi a que apresentou o percentual de erros mais elevado com 57,6% dos exames com problemas técnicos. A maioria estava relacionada com a diferença entre os três maiores picos de fluxo acima de 10% ou 0,5L/s em 52,6%, seguido da presença de artefatos em 42,1% dos casos e do tempo expiratório forçado menor que 6 segundos em 31,6%. O único tipo de erro não encontrado foi a ausência de platô no final da curva do exame. Tabela 12: Porcentagem de tipos de erros encontrados na unidade de Rio Negro Rio Negro % de erros técnicos Falta de esforço inicial 0% Diferença dos PFE maior que 0,5L/s 100% TEF menor que 6 seg. 0% Ausência de platô 0% Presença de artefatos 25% Falta de reprodutibilidade 0% Foram 28 exames realizados em Rio Negro no período analisado e em 4 houveram erros técnicos. Todos os 4 apresentaram a diferença entre os três maiores picos de fluxo acima de 10% ou 0,5L/s e em 25% foi verificado a presença de artefatos nas curvas. Tabela 13: Porcentagem de tipos de erros encontrados na unidade de Arapongas Arapongas % de erros técnicos Falta de esforço inicial 3,3% Diferença dos PFE maior que 0,5L/s 80% TEF menor que 6 seg. 3,3% Ausência de platô 0% Presença de artefatos 10% Falta de reprodutibilidade 3,3% Em Arapongas a maior porcentagem de erros foi encontrada na diferença entre os três maiores picos de fluxo acima de 10% ou 0,5L/s com 80%, seguida da presença de artefatos nas curvas em 10% dos casos. Não houve nenhum caso em que fosse verificada a ausência de platô no final da curva. Tabela 14: Porcentagem de tipos de erros encontrados na unidade de Londrina Londrina % de erros técnicos Falta de esforço inicial 0% Diferença dos PFE maior que 0,5L/s 100% TEF menor que 6 seg. 50% Ausência de platô 0% Presença de artefatos 0% Falta de reprodutibilidade 0% Na unidade de Londrina dos 49 exames realizados no período somente 2 apresentaram erros. Nos dois a diferença entre os três maiores picos de fluxo estava acima de 10% ou 0,5L/s (100%) e em 1 deles também verificouse que o tempo expiratório forçado estava abaixo de 6 segundos (50%). Os resultados apresentados neste estudo estão de acordo com o que Enright (2003) mencionou em seu artigo, dizendo que os erros relacionados aos equipamentos são muito menos freqüentes que os relacionados aos erros cometidos pelos técnicos de espirometria. Silva (2007) descreve o treinamento técnico continuado como um dos fatores qualificadores para assegurar a qualidade dos exames espirométricos. O consenso da ATS e ERS de 2005 menciona que treinamentos de atualização são necessários, sugerindo que sejam efetuados a cada 3 a 5 anos ou dependendo dos fatores e diferenças individuais de cada localidade. Analisando os resultados deste estudo verificamos a necessidade de treinamentos mais freqüentes para as unidades que apresentaram maiores índices de erros como São José dos Pinhais, Arapongas e Cascavel. 8 CONCLUSÃO Analisando os dados apresentados podemos concluir que os erros encontrados não parecem estar relacionados aos equipamentos ou a qualidade do treinamento realizado, pois todas as unidades possuem o mesmo material para a prática do exame e receberam o mesmo treinamento. Não nos parece também que os erros estejam relacionados à infraestrutura da unidade, comprovamos isso com a unidade de Apucarana, que não está entre as maiores unidades do SESI e foi a que obteve índice de erro nulo. Os erros técnicos encontrados não sugerem ter correlação com a escolaridade do técnico, pois podemos encontrar profissionais com graduação universitária nos dois extremos dos resultados. Como por exemplo, em Cascavel que foi uma das unidades com maior índice de erros técnicos encontrados e possui um fisioterapeuta, já em Francisco Beltrão, que possui um dos menores índices, o técnico é um enfermeiro. Também observamos esta mesma característica em São José dos Pinhais, que teve o maior índice de erro e não possui técnico com nível universitário, em comparação com Apucarana que não teve nenhum erro encontrado e também não tem técnico com nível universitário. Podemos supor então que os erros encontrados nos exames de espirometria sejam devido a falta de cuidado dos técnicos em observar o cumprimento dos critérios para uma espirometria de boa qualidade (Quadro 1) (MILLER et al., 2005b; SBPT, 1996; 2002). Podemos concluir também que um treinamento continuado dos técnicos envolvidos é necessário para melhorar a qualidade do exame especialmente nas unidades em que a porcentagem de erros encontrados foi maior. Há necessidade de manter um contínuo controle de qualidade dos exames, com um feedback para os técnicos envolvidos sobre o seu desempenho nos exames, sendo estes fatores destacados por Stoller (2008) e Haynes (2010) como pontos fundamentais para melhorar a qualidade dos testes e alcançar resultados confiáveis (MILLER et.al,2005a). REFERÊNCIAS ENRIGHT, P.L. How to make sure your spirometry tests are of good quality. Resp. Care, v.48, n.8, p.773-776, aug. 2003. FERGUSON, G.T. et al. Office Spirometry for Lung Health Assessment in Adults. Chest, v. 117, n.4, p.1146-1161, April 2000. GOTTSCHALL, C.A.M. Função pulmonar e espirometria. J. Pneumol., v.6, n.3, p.107-120, set. 1980. HAYNES, J.M. Comprehensive Quality Control for Pulmonary Function Testing: It´s Time to face the Music. Respir. Care, v.55, n.3, p.355-357, 2010. MACINTYRE, N.R. The American Association for Respiratory Care and the National Lung Health Education Program: Assuring Quality in Spirometry. Resp. Care, v.49, n.6, p.587-588, jun. 2004. MILLER, M.R. et al. General considerations for lung function testing. Eur. Respir. J., v.26, n.1, p.153-161, 2005a. MILLER, M.R. et al. Standardisation of spirometry. Eur. Respir. J., v.26, n.2, p.319-338, 2005b. NEDER, J.A. et al. Testes de Função Pulmonar. In: NERY, L.E. et al. Guia de Pneumologia. São Paulo: Barueri, 2006. PEREIRA, C.A.C. et al. Valores de referência para a espirometria em uma amostra da população brasileira adulta. J. Pneumol., v.18, n.1, p.10-22, mar. 1992. PETTY, T.L. Commentary: Quality of Spirometry Testing. Am. J. Med. Qual., v.16, n.6, p.216-218, nov./dec. 2001. SBPT. I Consenso Brasileiro sobre Espirometria 1996. J. Pneumol., v.22, n.3, p.105-164, mai/jun. 1996. SBPT. Diretrizes para Testes de Função Pulmonar 2002. J. Pneumol., v.28, n.3 (sup.), p. S1-S82, 2002. SESI – Serviço Social da Indústria. Histórico. Disponível em:<http://www.sesipr.org.br/FreeComponent61content68938.shtml>. Acesso em: 07 mar. 2010a. SESI – Serviço Social da Indústria. Institucional. Disponível em:<http://www.sesipr.org.br/FreeComponent67content253.shtml>. Acesso em: 07 mar. 2010b. SESI – Serviço Social da Indústria. Indústria Saudável. Disponível em:<http://www.sesipr.org.br/FreeComponent61content68878.shtml>. Acesso em: 07 mar. 2010c. SESI – Serviço Trabalho. Social da Disponível Indústria. Segurança e Saúde no em <http://www.sesipr.org.br/FreeComponent61content68887.shtml>. : Acesso em: 07 mar. 2010d. SESI – Serviço Social da Indústria. Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO). Disponível <http://www.sesipr.org.br/ProductService9447content68885.shtml>. em: 07 mar. 2010e. em: Acesso SESI – Serviço Social da Indústria. Auxílio diagnóstico. Disponível em: <http://www.sesipr.org.br/ProductService9447content68891.shtml>. Acesso em: 07 mar. 2010f. SILVA, L.C.C. Espirometria: o que é normal. J. Pneumol., v.33, n.4, p.xxixxii, 2007. STOLLER, J.K. Quality Control for Spirometry in Large Epidemiologic Studies:”Breathing Quality” Into Our Work. Respir. Care, v.53, n.8, p.10081009, 2008. YERNAULT, J.C. The birth and development of the forced expiratory manoeuvre: a tribute to Robert Tiffeneau (1910 – 1961). Eur. Respir. J., v.10, p.2704-2710, 1997. ANEXOS ANEXO 1 – MODELO DE QUESTIONÁRIO RESPIRATÓRIO Nome: RG: Empresa: Situação: Setor: Função: QUESTIONÁRIO RESPIRATÓRIO 1. Você tosse ou pigarreia pela manhã? (S/N) 2. Elimina catarro com a tosse? (S/N) 3. Seu peito chia com freqüência? (S/N) 4. Você tem falta de ar? (S/N) 5. Você está ou esteve com “gripe” ou “resfriado” nas duas últimas semanas? (S/N) 6. Já teve alguma doença no pulmão? (S/N) Qual?_______________________________________________________________ 7. Você tem (ou teve) asma ou bronquite? (S/N) 8. Você tem alguma doença? (S/N) Qual?_______________________________________________________________ 9. Já fez alguma cirurgia no tórax ou no pulmão? (S/N) 10. Você toma algum remédio? (S/N) Qual?______________________________________________________________ 11. Já trabalhou em ambiente com poeira por 1 ano ou mais? (S/N) Qual? ______________________________________________________________ 12. Você fuma? (S/N) Há quanto tempo?____________________________________________________ Quantos cigarros por dia?______________________________________________ Para o técnico: Houve dificuldade na realização do exame? (S/N) Qual?______________________________________________________________ Nome do técnico: Local / Data: ANEXO 2 – MODELO DE LAUDO DE EXAME